Esta foi a última guerra, em escala mundial, ocorrida em Yggdrasil, um confronto entre as raças Phanton, Aasgardianos, Olympianos e Angeels, que afetou o mundo todo. A história se repetiu, e assim como na 1ª Grande Guerra, raças foram extintas, regiões destruídas, e a energia dos continentes diminuída. Este evento teve seu início no dia 1 do mês Suijin no ano de 1998, e terminou no dia 2 do mesmo mês no ano 2000, mas não foi algo repentino, uma tensão entre as raças foi crescendo durante os últimos anos daquela Era, e bastou apenas um pequeno “empurrão” para estourar.
Vamos entender como isso aconteceu.
Colisão de "fronteiras"
A 5ª Era foi chamada de “A Segunda Era de Ouro” graças ao crescimento rápido das 7 grandes raças; Aasgardianos, Angeels, Atlantes, Methaliers, Phantons, Olympianos e Teranos. Cada uma delas oferecendo novas descobertas que beneficiaram o mundo como um todo. É natural que um reino procure expandir seus territórios para suprir suas necessidades à medida que for crescendo, e quase todas dessas raças o fizeram. Os Atlantes, Methaliers e Teranos, mantiveram até hoje quase o mesmo território que tinham naquela época, pois eles ficaram confortáveis com o que tinham e não sentiram a necessidade de continuar expandindo. Os Aasgardianos, Angeels, Phantons e Olympianos, por outro lado, continuaram a buscar novas terras para agregarem aos seus reinos, se aventurando até mesmo em outros continentes, cada um com seus próprios motivos.
Por muitos anos essas raças mantiveram distância umas das outras, o problema foi quando uma conquistou o que outra queria, e devido a grande diferença cultural entre elas, acordos pacíficos falharam. O primeiro confronto foi entre Aasgardianos e Olympianos, a raça dos guerreiros de gelo estavam conquistando vários territórios, inclusive raças menores, que possuíam recursos alvejados pela raça do fogo. Os Olympianos sempre deram bastante importância para riquezas materiais, e assim tentaram comprar territórios conquistados pelos Aasgardianos, que por possuírem uma cultura guerreira, valorizando aquilo que conquistam em pilhagens, recusaram todas as ofertas.
Após as várias tentativas falhas de compra pelos Olympianos, piadas surgiram entre os Aasgardianos, os chamando de covardes, sem honra, e fracos por tentarem comprar vitórias ao invés de conquistá-las. Não demorou muito para que isto chegasse aos ouvidos orgulhosos e egocêntricos dos Olympianos, que realmente não davam valor a honra, e nem consideravam comprar seus inimigos como sendo um ato “covarde”, mas só o fato de outra raça se julgar superior a eles foi o suficiente para os irritar ao ponto de instigar os primeiros confrontos. Os primeiros atos de “retaliação”, como os próprios Olympianos chamavam, foram ataques a pequenas colônias e postos avançados Aasgardianas, que sempre estão atrás de batalhas, e viram diante de deles a primeira oportunidade de enfrentar um oponente a altura. Porém nem tudo foi como eles achavam que seria.
O confronto foi difícil para a raça de gelo, pois sua grande vantagem é o combate corpo a corpo, ao contrário da raça Olympiana, que contava com poderosos magos capazes de causar grandes destruições em massa a uma distância segura. A própria natureza do elemento mágico de cada um também foi um fator importante, pois magias de Gelo são fracas contra magias de Fogo. Após várias derrotas, e poucas vitórias, o rei dos Aasgardianos, Odin Aesir, percebeu que não poderia vencer seus inimigos lutando da mesma maneira que sempre fez, e precisava de algo a mais para lhe dar uma vantagem.
Alianças
Os Phantons, mestres da magia negra, já haviam conquistado quase todo o Continente Negro, e eram os responsáveis pelos maiores avanços mágicos do mundo todo, considerados por muitos como a raça mais avançada até então, e até hoje nenhuma raça chegou ao mesmo nível mágico que eles tinham naquela época. Eles sempre tiveram boas relações com os Aasgardianos, ambas as raças tinham uma concepção de honra, lealdade ao trono, e dever, bastante parecida, então Odin propôs a Loki Katsumoto, rei dos Phantons, que se juntasse a ele na guerra contra os Olympianos, com a promessa de dividir os espólios. Loki aceitou sem hesitação, e o vasto conhecimento e habilidades em magia dos Phantons, juntamente com a força bruta dos Aasgardianos, criaram um exército visto como imbatível na época, ganhando o apelido de “Geada da Morte”
A guerra virou contra os Olympianos, que passaram meses sem ganhar nenhuma batalha, e isso machucou o orgulho deles muito mais do que a perda de soldados ou recursos. Kronos Olympus, rei dos Olympianos, se viu obrigado a encontrar um aliado, e havia apenas uma raça que aceitaria esta aliança; os Angeels.
A raça alada vivia em sua cidade voadora Éden, no Continente Branco, realizavam magias do elemento mágico Luz, e desprezavam os Phantons mais do que tudo, não só pela natureza dos elementos, que já era um motivo deles se acharem superiores, pois magias de Luz tem vantagem sobre magias Negras, mas pela maneira oposta de como as raças se comportavam. O Phantons compartilhavam seus avanços mágicos com o mundo, nunca escravizaram outras raças, e adaptaram partes de outras culturas, quando acreditavam que iria melhorar ou adicionar algo a mais, a sua própria. O Angeels mantiveram todo o seu conhecimento mágico para eles mesmos, escravizaram várias raças menores, e forçaram a sua cultura em todas as que conquistaram. Por todas essas diferenças, os Angeels viam os Phantons como “seres estúpidos que devem ser conquistados”. O fato de que no passado um renomado guerreiro Angeel perdeu um duelo contra um guerreiro Phanton também pesava bastante no orgulho deles.
Começa a verdadeira Guerra
A aliança chamada de “Luz Ardente” conseguiu então virar a guerra. Os Angeels não só tinham a vantagem elemental para se sobressair aos magos Phantons, mas por serem alados também levavam vantagem sobre os soldados Aasgardianos. No primeiro mês dessa nova fase da guerra, a Luz Ardente empurrou cada vez mais a Geada da Morte contra a parede, eventualmente as táticas inteligentes dos Phantons conseguiram reduzir bastante as derrotas, mas mesmo depois de aprenderem como lutar contra seu inimigo renovado, eles sabiam que não tinham as ferramentas necessárias para acabar de vez com o conflito, que nesse ponto já não era mais sobre território e recursos, e sim uma disputa de ego. A guerra prolongada dava às raças alguns bons frutos; os Aasgardianos aprenderam novas táticas com os Phatons, e o número de voluntários para se tornarem soldados disparou, os Olympianos desenvolveram várias novas magias de combate, e aprenderam a utilizar novos recursos que até então nem julgavam ser úteis, cada vitória dos Angeels aumentava seu ego, e lhes davam mais escravos. Mas foram os Phantons que obtiveram o maior avanço, algo que ninguém em toda Yggdrasil imaginava ser possível. Com a urgente necessidade de encontrarem alguma arma para combater os Angeels, eles conseguiram desenvolver e criar um novo elemento mágico, no qual chamaram de Trevas.
As magias geradas pelo elemento Trevas não só eram mais poderosas do que as magias do elemento Negro, como também levavam vantagem contra magias de Luz. Vários Phantons se voluntariaram para serem imbuídos com este novo elemento, houveram várias mortes até que o processo foi aperfeiçoado, mas logo os primeiros testes de campo mostraram o grande problema deste novo elemento; o controle emocional. As magias Negras requerem um forte controle emocional de quem as realiza, fúria dá mais poder para o usuário ao preço de seu controle mental, enquanto medo o enfraquece. Graças ao aumento brusco do poder bruto da energia das Trevas, o limiar das emoções do usuário se tornou muito menor, necessitando de uma disciplina mental muito maior do que a magia Negra. Com soldados perdendo o controle e destruindo tudo em sua volta, os Phantons foram forçados a recuar aqueles soldados, abrindo mão de sua maior arma. Era necessário um tempo de adaptação e aprendizagem para que um soldado conseguir alcançar um nível de controle emocional seguro para um campo de batalha, e o tempo estava contra a Geada da Morte. Apenas uma mulher de todos os voluntários conseguiu controlar quase que totalmente o novo elemento, a princesa Hella, e ela sozinha não ganharia a guerra. Além do mais, o elemento Trevas daria vantagem apenas aos Phantons, e os Aasgardianos também necessitavam de algo novo para se manterem. Eis que entra em cena outra raça, os Methaliers.
Graças a capacidade de controlar vários tipos de metais, os Methaliers eram mestres em criar diferentes tipos de armas, armaduras, e equipamentos em geral, adaptados para qualquer um que tenha condições de comprar. Uma arma ou armadura feita por um ferreiro Methalier renomado, poderiam valer centenas de pérolas. Os Phantons recorreram a eles, e pediram que eles criassem armaduras e armas específicas para combater os Angeels. A raça de metal aceitou o desafio, por um enorme preço, mas os Phantons juntamente dos Aasgardianos pagaram esse preço, a vista, e com um adicional na condição de que todas as informações trocadas entre eles fossem totalmente confidenciais. Para construir tais equipamentos, os Methaliers pediram detalhes sobre a anatomia e a maneira de lutar de ambas as raças. Um contrato foi assinado e em menos de dois meses a Geada da Morte recebeu suas novas armas para virar a guerra.
Mais uma vez a balança da guerra mudou de lado. A Luz Ardente só estava conseguindo superar as táticas da Geada da Morte, graças a sua vantagem no confronto direto, mas devido aos novos equipamentos, nem assim conseguiam mais lutar. Batalhas se tornaram massacres. Os Angeels, ainda mais orgulhosos e egocêntricos que os Olympianos, não aceitavam perder de maneira alguma para raças que julgavam ser inferiores, e começaram a culpar seus aliados de serem incompetentes, criando um conflito interno que iria os destruir, mas generais de ambos os lados conseguiram manter o controle antes de que isso pudesse acontecer, e apresentaram um plano para mudar a maré da guerra em seu favor mais uma vez. O plano era simples; oferecer aos Methaliers um valor absurdo, mas possível pela soma das riquezas de ambas as raças, para que eles revelassem todos os segredos sobre as armas de seus inimigos, e desenvolverem armas capazes de derrotá-los.
A ganância, e excitação do desafio de superarem suas melhores criações, fizeram com que os Methaliers aceitassem sem nem pensar meia vez, mas também obscurecem a mente deles, pois a Luz Ardente prometeu que iria pagar apenas após no fim da guerra. A verdade é que nunca houve a intenção de pagar aquele valor absurdamente alto, e ambos os Olympianos e Angeels estavam tranquilos em relação a isso. Os Methaliers já eram conhecidos pela sua sociedade caótica e indisciplinada, o que torna quase impossível a criação de uma organização militar, e juntamente do fato de que nunca precisaram, graças a todas as proteções naturais de sua terra natal, eles nunca haviam criado um exército, e nem mostravam a intenção de criar um. Não havia maneiras deles exigirem o pagamento. De qualquer forma, pouco mais de dois meses depois eles conseguiram criar equipamentos ainda melhores dos que haviam vendido para a Geada da Morte.
Assim que viram seus inimigos com novos equipamentos altamente especializados, os Phantons e Aasgardianos logo perceberam que foram traídos. Ao ver seus exércitos serem dizimados Loki, conhecido como “Rei Louco”, que só futuramente fora descoberto que sofria de uma doença mental, se desesperou e ordenou que quase todo o seu exército marchasse em direção a capital Olympiana, ignorando todos os avisos de que seria um ataque suicida. Utilizando do terreno favorável, os Olympianos, com ajuda dos Angeels e das novas armas, dizimaram os Phantons. Ao perceber que seus inimigos estavam desprotegidos, Cronos fez um cerco na capital dos Phantons, e ameaçou destruir a cidade-estado Necrópolis, caso não se rendessem. Loki mais uma vez se desespera, e quase leva sua raça a ruína, mas foi parado por sua filha, Hella. A princesa se viu forçada a matar seu próprio pai para assumir o trono e salvar sua raça de uma iminente extinção. Utilizando de seus novos poderes, ela realizou uma magia tão grandiosa que muitos acreditavam ser impossível; ela transportou todos os Phantons na cidade-estado para um outro local totalmente desconhecido.
Odin já havia mandado parte de seu exército para ajudar seus aliados, mas Hella acreditava que ele não chegaria a tempo, mesmo assim ele se aproveitou do elemento surpresa, tanto de sua chegada quanto do fato do exército Olympiano ter acabado de presenciar uma magia tão grandiosa, e dizimou seus inimigos. Ainda sim a guerra ainda não foi terminada. Os Angeels cresceram fortes, e sua ameaça era evidente, mesmo apesar de que os Olympianos já não tinham mais condições de lutarem em grande escala, eles não desistiram e resolveram atacar Midgard diretamente em um plano inspirado no ato de Hella; eles iriam levar toda a sua cidade flutuante até a capital de seus inimigos. Odin descobriu sobre tal plano, e sabia que mesmo com seu enorme poder, ele sozinho não teria como defender sua raça, e agora os Phantons não poderiam mais ajudar. Quando as esperanças estavam quase todas abandonadas, uma nova peça surgiu no tabuleiro; os Dragoons.
Comments (0)
See all