A História Parte Final
Ao ficar sabendo dos primeiros confrontos entre os Aasgardianos e Olympianos, antes da guerra ter sido iniciada, Skadi ficou preocupada como uma disputa entre as duas raças poderia afetar Atlantis, tanto negativamente quanto positivamente. Primeiro ela reforçou a guarda da cidade, ordenando que seus soldados vigiassem principalmente as pessoas dessas duas raças que estiverem na cidade, depois ela sugeriu que alguns artesãos começassem a produzir artefatos relacionados a combate, pois era provável que ambas as raças iriam procurar qualquer vantagem que os ajudaria a ganhar os combates. A previsão de Skadi foi correta, e ainda antes de ser considerada uma “Grande Guerra”, Aasgardianos e Olympianos procuraram as lojas de Atlantis. Odin reclamou sobre Skadi comercializar com seus inimigos, e ela lembrou o rei que enquanto estiver no gerenciamento da cidade-estado, ela é regente primeiro, Aasgardiana segundo, e irá agir de acordo com a cultura da raça Atlante, que naquela situação é não tomar lados. Naquele momento surgiu uma pequena rixa entre os dois.
Quando os Phantons entraram nos confrontos, aliados aos Aasgardianos, a princesa Hella sugeriu um acordo com o Skadi, no qual sua raça forneceria novos conhecimentos sobre artefatos e encantamentos, em troca de exclusividade comercial com a Geada da Morte (nome da aliança entre os Aasgardianos e Phatons). Skadi viu que este acordo seria ótimo para sua cidade-estado, pois a única raça com conhecimento mágico superior aos Atlantes eram os Phantons, e aprender com eles iria adicionar muito para seus artesãos e alquimistas, além disso os Olympianos estavam comprando muito pouco e perder renda vindo deles não faria muita diferença. O acordo foi fechado, e foi ainda melhor do que o esperado, os Aasgardianos compravam muitos artefatos relacionados a cura e sustentabilidade de seus soldados na guerra, já que nunca foram focaram muito em desenvolvê-los, e se tornaram os responsáveis por mais de 70% dos lucros de Atlantis durante a guerra, já os Phantons procuravam itens que complementassem os que eles já tinham, e mesmo que a quantidade de compra por parte deles foi relativamente pequena, o conhecimento que eles forneceram proporcionou uma grandes avanços para os Atlantes.
Quando a guerra foi oficializada como uma Grande Guerra de Yggdrasil, Skadi percebeu que aquele confronto escalou muito além do que ela previu, e poderia crescer ainda mais, então mais uma vez ela redobrou a segurança de Atlantis. Até o final da guerra ela foi bem rígida em seu governo, e apesar de alguns dos cidadãos da capital mais conservadores comparar ela com Lhenah, desta vez a maioria absoluta dos Atlantes entendeu e apoiou as ações da regente, que encontrou um meio termo entre a vigilância rígida e continuação do comércio da cidade-estado. Após o término da guerra, Atlantis foi a única das grandes capitais a crescer por causa da guerra sem sofrer nenhuma perda, e isto tornou o governo de Skadi ainda mais favorecido pelos Atlantes. Assim que ela se sentiu segura, ela retornou a cidade como o de costume, um grande porto comercial aberto para todos.
A 6ª Era foi a melhor para esta raça, com o surgimento das Cidades Livres também surgiram novas possibilidades de comércio e acordos, mesmo apesar de algumas delas aparecerem com uma oferta forte de artefatos mágicos, Atlantis se manteve acima de todas por terem produtos únicos, como sua indústria têxtil, medicina, e turismo. Porém um antigo problema voltou a incomodar a cidade-estado, seu espaço limitado. As Cidades Livres foram consequência do boom de emigrantes pós-guerra, e graças a fama que Atlantis conquistou por ter se saído tão bem durante a guerra, muitos desses emigrantes viram a capital como uma das melhores opções para começarem sua nova vida. O número de moradores dobrou em um piscar de olhos, e Skadi passou dias recebendo reclamações de moradores de rua, falta de emprego, aumento na criminalidade, e todos os outros problemas causados pela superlotação. A regente foi forçada a proibir a entrada daqueles com intuito de permanecer na cidade, e até mesmo expulsar uma grande quantidade de imigrantes que estavam causando problemas. Para solucionar de vez o problema, Skadi novamente procurou na história da raça Atlante a solução, expandir o território da cidade, mas desta vez esta operação era ainda mais complicada.
Naquele ponto já haviam 2 colônias Atlantes, uma na Ilha de Comércio, dedicada ao turismo, e outra na Ilha Selvagem, dedicada a exploração da ilha, e ambas tinham total possibilidade de acomodar mais moradores, porém a grande maioria dos imigrantes queriam morar na capital. Abrir a parte submersa da cidade-estado estava fora de cogitação, Skadi sabia que aquela região era sagrada para os Atlantes, um local onde eles poderiam ser quem eles realmente eram sem a interferência de estrangeiros, e já havia sido bastante complicado abrir as pousadas para que os turistas pudessem apreciar a vida marinha. Então Skadi apresentou um plano que os magistrados julgaram impossível de início, mas ela os lembrou que a primeira vez que a raça Atlante enfrentou esse mesmo problema, eles fizeram o “impossível”, e ela acreditava que eles poderiam mais uma vez. Inspirados pela regente, os magistrados uniram seus esforços para começarem a segunda expansão de Atlantis; a construção de setores flutuantes a partir dos portos da cidade.
Por vários anos Skadi reuniu os maiores engenheiros, magos, e construtoras da cidade-estado para planejar a expansão, eles enfrentaram problemas em finalizar o projeto, e tiveram que buscar ajuda. Skadi procurou o conhecimento do povo de Atargatis, que ainda tinham um certo ressentimento em relação a raça Atlante, mas a regente conseguiu fechar todas as feridas na relação entre eles. Mesmo com o conhecimento de Atargatis ainda permaneceram detalhes cujas soluções estavam fora do alcance, então Skadi foi até a raça que se tornou famosa por solucionar vários problemas que se encaixavam nesta categoria, os Phantons. A primeira resposta foi “não”, a raça da magia Negra ainda estava se recuperando de sua quase extinção, e a rainha Hella julgou não ter recursos suficientes para gastar com assuntos fora da reconstrução de sua capital, mas Skadi como uma boa negociadora conseguiu fechar um acordo com Hella, que beneficiaria bastante ambas as raças; os arquitetos e engenheiros Phantons ajudariam na construção dos novos setores de Atlantis, e assim que a situação da cidade-estado se estabilizar, Skadi iria fornecer recursos importantes para o crescimento de Nifelheim, a nova capital Phanton, principalmente materiais para suas construções, o que era, e ainda é, um grande problema para os Phantons, pois os materiais locais de Nifelheim são bastante limitados.
Com a ajuda dos Phantons, Skadi finalmente conseguiu completar o planejamento da expansão de Atlantis, e no dia 1 de Leviathan de 2125 iniciaram as obras. Skadi avisou aos cidadãos da capital que os primeiros anos serão críticos e complicados, pois será a fase de reconstrução dos portos da cidade, onde a maioria serão destruídos para dar espaço às conexões das novas áreas com a ilha, outros serão totalmente modificados para poderem receber o tráfego dos que forem sendo demolidos, e apenas os 4 maiores e principais portos serão mantidos, e sofrerão apenas algumas adaptações menores. A estimativa foi que a 1ª fase do processo de expansão durasse 5 anos, na prática foram alguns meses a mais do que o planejado. A 2ª fase foi a construção das bases das plataformas flutuantes das 4 novas áreas da cidade, que tinham a estimativa de 10 anos até serem finalizadas, e mais uma vez precisaram de mais alguns meses. Atualmente o processo se encontra na 3ª fase, construir a infraestrutura das plataformas para que possam abrir seus portos e desafogar os que permaneceram funcionando, esta fase está prevista para ser completada em 7 anos. Apesar das 4 plataformas estarem sendo construídas simultaneamente, as plataformas Noroeste, Nordeste e Sudoeste estão sendo priorizadas, pois são as direções nas quais o tráfego de navios é maior.
Com as obras em andamento, Atlantis já está colhendo bons frutos, como o aumento de empregos, crescimento das colônias para abrigarem os trabalhadores das expansões, mais empregados geram mais poder de compras, e até mesmo mais turistas que desejam acompanhar o processo das construções. Atlantis ainda tem os problemas mais comuns de uma cidade grande, abrigando atualmente quase 2 milhões de habitantes, dos quais 30% não são Atlantes, e recebe aproximadamente 1 milhão de turistas por ano, desde os últimos 10 anos.
Esta é a história da raça Atlante, a raça dos artesãos mágicos, da energia elemental de Água. Uma raça que mantém sua cultura forte com poucas alterações em todos os seus anos de existência, sua cidade com leis rígidas, e sua identidade acima de tudo.
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