Apenas mais um final de tarde comum como qualquer outro, os únicos sons que se destacavam no ambiente era de pássaros cantando e do sino de uma escola tocando.
Vários alunos estavam encerrando seu dia, saindo de sua escola, prontos para irem para casa.
Nesse dia, nessa mesma escola, houve a entrega de boletins, todos os alunos que estavam ali, exaustos, indo direto até suas casas.
Mas ao meio desta multidão alguém se destaca, ele, Cristian Kinetic.
“Não importa quanto eu estude, essa matéria sempre me persegue, eu te odeio química.”
Disse ele frustrado olhando para o boletim que acabou de ser entregue no final da aula.
Mesmo passando semanas estudando ele ainda não consegue entender essa matéria, então ao chegar em casa ele resolve pegar alguns livros de química e alguns materiais que estavam no porão de sua casa deixado pelo seu falecido pai para poder realizar experimentos
Então lá vai ele, desce aquelas escadas empenhado, acende as luzes e pega um livro sem título com algumas receitas de experimentos, deduzindo que aquilo era estudos de seu pai, ele pega uma receita e usa alguns ingredientes que ele tinha, e os que ele não tinha acesso ele substitui pelo versão mais acessível, afinal estava muito tarde para fazer compras.
“Eu só posso substituir essas coisas estranhas por algo mais fácil. Promécio? Posso usar Cério no lugar dessa coisa. ”
Depois de separar todos os elementos que iria precisar para o experimento, ele começa a perceber que são usados elementos líquidos, era algo inviável para ele aquecer os elementos sólidos e transformá-los em líquidos para realizar o experimento, mas mesmo assim, ele resolve continuar, agora só iria utilizar elementos os líquidos.
“Não preciso usar isso tudo, isso é algo simples, eu só preciso do que eu tenho agora.”
Disse ele colocando os elementos líquidos dentro de um béquer. Porém, quando ele foi adicionar o último elemento, uma luz começou a sair do béquer, era uma luz com uma coloração laranja intensa.
Cristian olhou alegre para o béquer, pois em sua cabeça o experimento deu certo, mesmo sem ler a finalidade do experimento no livro.
“Legal, essa é a primeira vez que algo que eu faço dá certo.”
Porem a luz não se dissipou... apenas foi se intensificando, até o momento que em um piscar de olhos, um repentino clarão seguido de um forte estrondo veio a acontecer.
“AARGH-”
A Poeira e a fumaça tomam conta do lugar, acompanhado pelo o som distante das sirenes de uma ambulância, então ele perde a consciência.
Ele acorda em um local diferente, era uma sala branca, o branco desta sala fazia seus olhos doerem, e ele estava em silencio deitado em uma cama enquanto havia um homem ao lado dele observando tudo.
-Onde eu estou?
Disse ele com um olhar cansado, confuso. Então o homem faz uma cara de estranheza, e diz:
-Hah...Quem deveria fazer perguntas aqui sou eu. Oque você estava fazendo antes de acordar aqui?
Os dois se encaram por alguns segundos em silencio.
-Eu estava realizando uns experimentos e aparentemente algo deu errado, e agora estou aqui.
Com naturalidade o homem fala.
-Você é um azarado e um sortudo ao mesmo tempo...Então você teve o mesmo azar de muitos que hoje estão aqui. Você não sabe o que está carregando agora não é?
-...QUE? Não faço a mínima ideia, como assim?
O silencio pairou o ar, até que palavras começam a sair da boca do homem.
-Bom, você acabou de acordar de um ritual, agora você está sobre tutela da chefia, que é a OECA (Organização de Extermínio de Criaturas Anômalas), você fez o que chamamos de ritual químico, nessa brincadeira você adquiriu um poderes, todas as pessoas que ganham esses poderes por meio do ritual ganham poderes de um elemento químico, a mesma coisa aconteceu com você, você foi abençoado pelo elemento de cobre.
Atento e assustado, Cristian pergunta:
-Isso é irreal, então agora eu tenho poderes? De cobre? Esse lugar que eu estou é a instalação dessa tal de OECA?
E o estranho homem responde:
-Isso cara, exato. A OECA luta contra algo que chamamos de criaturas anômalas, são seres vivos que também como nós, que tem a posse desse poder, nós fomos mudados por reações químicas, porem eles são eles são como mandantes do mal, não tem nada que faça eles mudarem, a não ser a própria convicção deles. Sabe eles são um amontoado de falhas e não tem direito de viverem no mesmo mundo que a gente!
Em busca de saber mais dessa confusa situação, Cristian continua a perguntar
-Ok... estou conseguindo entender..., agora me fale o que vocês vão fazer comigo? Afinal eu tenho uma vida lá fora.
- Vida?!Esquece isso, agora você está sobre a tutela da OECA agora, sua única função é servir esta organização, você não tem escolha, sua casa foi completamente destruída, esquece.
Um silencio paira o ar.
-Então eu vou viver aqui mesmo? Uma hora alguém vai sentir minha falta.
-Você foi dado como morto, forjamos até um funeral, depois que você vira um usuário desse poder não tem mais volta.
-... Vocês forjaram minha morte?
-Claro. Tu presenciou um ritual, esse poder é algo que é oculto da população, ninguém sabe da existência disso, a não ser membros da OECA ou usuários deste poder.
A sala branca, em conjunto com as luzes, já não estavam mais fazendo seus olhos doerem tanto.
-...Esse poder que você está falando, como isso funciona? Você citou o cobre.
- Citei. Esse tipo de poder é manifestado conforme o usuário, então não temos como saber de qual forma esse poder vai se manifestar, só pudemos ver qual é o seu elemento porque temos tecnologia o suficiente para isso.
Agora ele está mais conformado com a situação, aceitando que não há nada que poderá ser feito.
-Saquei, como eu começo a manifestar esse poder?
-Você pergunta demais garoto, Isso não é comigo, é com um treinador, mas garanto que é mais fácil do que você imagina.
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