Alguns meses no futuro. Diamante conta sua idéia para Cosmos e ela concorda. Os dois vão para o Povo da Terra e novamente são bem recebidos.
- Olá Cosmos! Em que nós podemos te ajudar hoje?!
- Eu gostaria de saber se por aqui tem alguma mulher grávida.
- Tem a Rose...
Todos que estavam ao redor de Cosmos se abrem fazendo uma passagem até a jovem mãe viúva. Seu marido morreu assassinado por saqueadores.
- Você que é Rose?
- Sim... – a moça tinha uma voz delicada e frágil. Quase não dava pra ouvi-la.
- Como Catrina não pode ter herdeiros, vou precisar de que alguém que gere uma criança no lugar dela... Eu poderia criar uma criança, mas... A Poção da Vida acabou, então... Você poderia fazer esse favor?
- Sim! Seria maravilhoso poder te ajudar de qualquer jeito.
- Então, por favor, permita-me...
Cosmos toca no ventre de Rose e dá os mesmos poderes de Catrina para o bebê dela (só que melhores rs). Agora só restava esperar ele nascer.
- Só lamento por uma coisa... Catrina tem ameaças pra você...
Ela conta o destino da futura mãe. Mesmo com isso em mente, ela ainda aceita o cargo.
Mudando de assunto...
Povo do gelo, 4 anos no futuro. Uma mulher ensanguentada e com um furo na barriga (mais especificamente na boca do estomago) segurando uma criança anda cambaleando no meio de uma nevasca, encontra algum lugar no meio do nada. Um iglu com uma chaminé saindo fumaça (???) onde vivia uma idosa.
- Por... Favor... Fique com ela... – a mulher estava à beira da morte.
A idosa pega a menina de cabelos brancos que estava adormecida, no colo.
- Mas... Cuidado... Ela é um... Monstro!...
A velha senhora não entende. Uma menina aparentemente tão doce ser um monstro? O que ela fez?
A idosa para de olhar pra menina dormindo e olha para a mulher tentando correr da criança, mas morrendo no meio do caminho. Ela leva a menina pra dento de casa.
Acontece que a idosa, na verdade, é a Maga do Gelo, como é conhecida, sendo tipo uma feiticeira local aonde pessoas vão para fazer amuletos, bruxarias e afins (mas não magia negra. nem macumba).
A Maga põe a menina em cima de um tapete com uns desenhos cabulosos e faz um ritual para transferir tudo que não é material de seu corpo (tipo consciência, emoções, personalidade, memórias, alma...) para um amuleto; quem o possuir, toma conta dessas coisas.
Ela fez isso porque ela recebeu uma profecia em sonho. Um grupo de crianças se juntaria para derrotar uma... Outra criança? Não... Tá mais pra adulta pequena... Se juntariam para derrotar uma moça destruidora... Muito familiar até. Ela reconhece a menina; ela estava lá no sonho também.
- Olá. – a menina acorda sem saber onde estava.
- Olá. – a Maga responde com um sorriso enquanto pega um cajado desnecessariamente complexo.
- Quem eu sou? – a menina perdeu tudo de si. Era praticamente só um corpo que a única coisa que fazia era falar e guardar memórias de pouca duração. Era como um robô que foi reiniciado e ainda não foi programado.
- Você saberá – a maga toca de leve seu cajado na testa da menina, que desmaia. Ela reprogramou a menina com memórias criadas por ela. Agora seu nome é Friv, foi criada por Cosmos e a Maga seria sua avó adotiva.
Ela com certeza não era uma menina comum. Naquele mesmo dia, Friv perde o controle de seus poderes. Eles tomam conta dela e a fazem se tornar um ser destrutivo. Matou qualquer um que viu pela frente, inclusive seus pais (fique feliz pela morte do babacão). Enquanto Friv está nesse modo, ela não tem a menor consciência do que está fazendo. E quando volta ao normal, desmaia; e quando acorda não se lembra de nada que fez durante o modo fora de controle (vamos chamar de “modo FDC”).
Maga não consegue remover isso dela. Friv teria que conviver com isso pra sempre. Mas é aí que o amuleto entra. Segue o esquema:
Coisas que o amuleto pode ser / fazer:
• Quando ela começar a perder o controle, pode ser utilizado pra fazê-la “reiniciar” e voltar pro ultimo “save”.
• Maga colocou sinais nela: pupilas pulsantes, fica mais calada que o normal, o braço esquerdo e as costas congelam (literalmente), entre outros, pra que o povo já ficasse esperto pra tragédia que ia tá vindo.
• Quando começa a lembrar de seu passado, pode ser utilizado para dar “reset” e esquecer.
• Mesmo que suas memórias tenham sido apagadas, elas podem voltar de alguma forma (e isso é bem constante, até) e isso pode levá-la a perder o controle.
• Para lembrar-se de algo que esqueceu.
• Por causa do uso frequente, adquiriu amnésia. Às vezes isso é bom, e às vezes não.
• Podia controlar emoções.
• Como eu disse, podia. Suas emoções agora “flutuam”, estão sempre mudando (poderia se dizer que ela é bipolar. Na maioria das vezes não expressa nenhuma emoção. É totalmente inexpressiva.
• Pode anular o modo FC.
• Faz ela desmaiar e esquecer o que tava fazendo. Na maioria das vezes falha.
O amuleto era importante demais pra ficar nas mãos de qualquer um. Só poderia ficar nas mãos de alguém importante e que soubesse usar; nesse caso, Marina.
• Notas: Friv mora isolada do resto do povo. É principalmente por causa de seus ataques de “doidera” (sim. Além daquele monte de problema, ela ainda tem uns parafusos a menos.)
• Lembra que o pai dela (o cara babaca) tava no anonimato? Pois é. Quando ela saiu matando todo mundo, Friv ataca o barzinho Cafundó em que, como sempre, o cara estava.
• Friv tem um ursinho polar que é tipo o amuleto (tem as mesmas utilidades dele), só que ambulante e fofinho. O nome dele é Billy e ele fala (com o monte de bagulho cabuloso que já aconteceu – e vai acontecer -, um urso falante é normal nessa história).
Vamos viajar um pouquinho. Povo da Terra, no futuro.
- Mamãe, pra onde você vai? – um menino baixinho pergunta ao ver a mãe pondo algumas coisas dentro de uma bolsa.
- Eu tenho que ir a uma viagem... Mas volto em três meses! – a mulher responde com lágrimas nos olhos – Os vizinhos vão cuidar de você...
- Tchau! – o menino acena para a mãe enquanto ela vai embora.
- Tchau, querido! – Acena enquanto chora.
Rose estava indo embora e deixando seu filho Rocky, o novo Elemental da Terra, para trás por causa da ameaça de Catrina. Ela queria matar Rose pelo fato dela tê-la feito ser substituída (ela ainda acha que é a nova Elemental da terra, e não queria que ninguém mais fosse).
De novo, mais 1 ano no futuro. Povo da Escuridão.
- Seguinte filhota. Tá vendo aquele povinho ali? Eu quero mais terras e é você que vai pegar pra mim. Entendeu?
Maybe acena positivamente com a cabeça.
- Ok. Então vai lá. Faz tudo aquilo que te ensinei.
Maybe abre um portal e vai parar no meio do Povo da Terra. Notrus, com sua ganância, queria mais o que comandar. Ele a treinou por literalmente toda a vida dela para algo do tipo. Com apenas 13 anos, já tinha um armamento pesado (pessoas da escuridão, quanto mais treinam suas habilidades com as armas, mais armas têm).
Como sempre, o Povo da Terra a recebe (ou pelo menos tenta) com simpatia e entusiasmo. A resposta de Maybe quanto a isso, foi dar um tiro com um de seus revólveres na cabeça de um deles. Ela puxa uma metralhadora de seu armamento e começa o genocídio.
Notrus só a observava por trás de uma rocha, com orgulho de sua filha e suposta Elemental da escuridão.
Durante a carnificina, um dos habitantes consegue alertar Cosmos do que estava acontecendo por um comunicador que estava instalado na cidade; isso antes de ser atingido por uma das balas no peito.
No mesmo instante, Diamante e uma tropa de guardas de Cosmos chegam.
- Maybe, pare aí mesmo ou vamos... – anuncia Diamante.
- Eu me rendo.
- Hã? O quê? – Diamante fica confuso.
- Eu me rendo. – diz Maybe enquanto chega mais perto com as mãos parecendo que estão algemadas.
- Humm... Ok, então... Guardas, prendam ela!
Os guardas colocam as algemas nela e a levam para o tribunal de Cosmos.
- O quê? De novo?! – grita Notrus enquanto sai de trás da pedra. Todos olham para ele.
- Você tem alguma coisa a ver com isso, Notrus? – alguém pergunta.
- Err... Não. – Notrus se teletransporta indo embora.
- Maybe, Maybe, Maybe... De novo aqui? Essa já é sua... Quarta?... Quarta vez aqui? – pergunta Cosmos.
Maybe dá de ombros dando a entender que sim. Algo como “pois é, né?”. Na verdade essa já é a quinta.
- Da ultima vez, você se rendeu também... Aí eu te liberei por que você só tinha dez anos, e é assim que você me agradece? – brinca Cosmos.
- Eu gosto de pagar os outros com a mesma moeda – responde Maybe.
- Nas outras vezes, você foi presa somente por furto e agressão física... Mas agora homicídio em massa? Isso é inadmissível! Você já deve saber que isso seria pena de morte, não é.
- Acho que meu pai já falou sobre.
- Seu pai deve entender muito bem do assunto... – diz Diamante com o seu jeitinho de sempre.
- Cala a boca, baixinho. A conversa ainda não chegou ao jardim de infância – responde Maybe.
Diamante pensa em revidar. Mas então ele lembra que realmente ele é baixinho. Então fica calado e encara os fatos.
- Maybe, pelo bem da sociedade, e de toda Elementia, eu te condeno à execução. Você sabe que tenho poder o suficiente pra isso. Você sendo imortal ou não. Porém, todavia, entretanto... Vamos te condenar por prisão perpétua com direito a torturas diárias e sem alimentação. E olha! Tudo isso de graça! Sinta-se privilegiada!
Maybe ri com um tom irônico. Era isso que ela queria. Estava tudo indo como o planejado.
- Diamante, leve-a para a C-1, a mais segura de todas...
Chegando lá, Diamante coloca nela duas algemas de cristal – que são indestrutíveis – presas em grossas correntes (também de cristal) fundidas no chão... De cristal também. Na verdade tudo é de cristal naquela cela. Cristal, diamante, ouro e prata não têm o menor valor por lá. São como madeira pra nós.
- Vão me deixar sem banho também? – Maybe pergunta ironicamente.
- Não... Não somos monstros – Diamante responde e fecha a porta que separa as celas da sala do trono.
“Bando de tolos... nem esperam o que tem por...” – Maybe estava sussurrando consigo mesma até ser interrompida.
- Oi!
- Ãmn... Ei... – responde Maybe à sua nova “amiga de cela”.
- Você é quem vai me tirar daqui, não é?
- É... O quê?
- Os meus pais falam de você. Eles dizem que uma moça vai sair daqui por vingança e que vai me levar junto. Eu também quero sair daqui por vingança!
- Hum... Conte mais... – Maybe sente que a descrição dela é bem parecida com a sua. Talvez ela seja útil pro seu plano – Qual seria seu motivo de vingança?
- Um retardado chifrudo com um exército de covardes MATOU OS MEUS PAIS! E EU VOU VINGAR TODOS OS QUE MORRERAM NAQUELA MALDITA GUERRA! É isso.
- Interessante... Mais alguma coisa? – Maybe sabia que era de seu pai que ela estava falando. E era melhor ela não revelar sua ascendência muito cedo. Poderia estragar seu plano.
- Também quero me vingar de uma tal Rose... Cosmos ME TROCOU por uma qualquer! Ela acha que eu “não posso”... Chata...
- Nossa... Bem, o meu motivo é que desde a criação desse planetinha, o meu povo nunca teve seu real tratamento. Éramos, quer dizer, somos considerados inferiores aos outros povos. Começando pelo tamanho dele. Aí a gente quer ficar com uma quantidade de terras maior e então já chega as autoridades dizendo pra você deixar a terra de cada um quieta lá, porque em uma guerra já consegui o suficiente e não precisa de mais, e te prendem! Então o meu objetivo é que meu povo não será mais menosprezado, porque ele será o único...
- Legal... Então você é da escuridão? Interessante...
- O quê? Você não tá nem um pouquinho brava com isso?!
- É claro! Não dá pra ver?! – na verdade não. Ela tá sempre sorrindo – A vontade que eu tenho é de te matar! Mas você não morre, então deixa quieto! Alias... Como pretende nos tirar daqui, Destruidora?
- Quem?
- Os meus pais te chamam de “Destruidora”.
- Ãmn... Destruidora? Parece bom. E... Meu nome é Maybe.
- Catrina! Muito prazer!
-...
-...
-...
- Como é que tu vai nos tirar daqui mesmo?
- Vai ser tipo assim...
As duas conversam sobre o plano de Maybe. A guerra acaba de ser armada.
Alguns dias se passam. As torturas / castigo começam.
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