Planeta Elementia. Povo da Escuridão, 3 anos no passado.
Algumas semanas depois dos últimos treinamentos, Maybe já estava no nível 50! Já possuía o arsenal inteiro de armas brancas e algumas de fogo. Só que isso não era o suficiente pra ela...
- Maybe. – chama Notrus – Vem cá...
A menina chega mais perto.
- Lembra que você disse que queria uma bazuca?
- Eu vou ganhar uma?!
- Não. Mas vou te mostrar alguém que pode te aju...
- Oiê!!! – uma menina chega gritando e super empolgada.
- Kittty! – um típico homem da Escuridão grita enquanto puxa a coleira em que a menina estava. Ele chega perto de Notrus – Oi, maninho...
- Maninho...? – disse Maybe.
- *suspiro* Esse é meu irmão mais velho, Okuma...
- “Desde quando ele tem um irmão?” – sussurra Mabel.
- “Pra falar a verdade, nem eu sabia...” – responde Fran.
- E esses são Kitty, Nagisa e...
- Nathy. – Okuma interrompe.
- É. Isso mesmo. Eles são meus “sobrinhos” (eles não são considerados filhos de Okuma).
- Tá e por que eles tão aqui? – pergunta Maybe
Okuma chega perto dela e se inclina pra falar com ela (1,87m < 1,50m).
- Você deve ser a Maybe. Certo?
- Sim...
- Seu pai fala muito de você. E muito bem inclusive.
- Valeu. Mas responde minha pergunta.
- Ah, sim. Como o seu pai é um babacão, ele não tem mais o direito de possuir arma nenhuma (é por isso, inclusive, que ele usa tanto a Maybe) então, a única pessoa da família que tem esse direito veio até aqui pra invocar o carinha que cuida da parte democrática desse assunto.
- Ok, mas eu só acho que... – Notrus começa a puxar treta (de novo).
Enquanto ele discutia com o irmão, Kitty, a “irmã do meio”, chega até as gêmeas puxando os outros dois "irmãos" pelo braço.
- Oi! Meu nome é Kitty!
- Oi...
- Já sabemos... – Maybe dá a resposta e vai se sentar ao lado da mãe.
Todos a acompanham com o olhar e depois voltam pra conversa.
- A gente é tipo prima, né?!
- É... Acho que sim...
- Qual a sua cor favorita?! A minha é rosa! Nagisa também adora essa cor, né?!
- Ãn? Ah, sim! – ele não estava prestando atenção. Na verdade, ninguém dá muita atenção pra ela. Na maioria das vezes as pessoas a ignoram pelo fato dela ser irritante.
- Quantos anos você tem?!
- Quinze...
- Ah! Eu também! Nós temos tanto em comum!
Kitty começa a saltitar de alegria. Mabel levanta a cabeça (tava abaixada por causa da timidez) e repara como o corpo dela era... Desenvolvido. Ela olha para seus “pequenos tributos” e percebe que algo de errado não está certo. Ela também pensa: “como minha irmã gêmea é mais alta do que eu? Já são dez centímetros a mais... E eu sou a mais velha!”
Depois de Notrus parar de discutir com seu irmão sobre alguma coisa irrelevante, os dois voltam ao assunto.
- Ok! Vamo lá... – Okuma junta as mãos e fecha os olhos. Uma corrente de ar começa a circulá-lo. Todos parecem encantados, menos Notrus. Ele já sabe o que ele está fazendo.
Depois de uma – dramática - atuação, Okuma simplesmente estala os dedos e de uma chama flutuante, surge Dan, uma criaturinha da espécie Fada (ele não é de Elementia). Ele é o responsável por proporcionar armas para pessoas interessadas em suas ofertas.
- Oh! Okuma! Prazer em revê-lo! – Dan o cumprimenta com suas pequenas mãozinhas (ele tem só 30 cm :3) – O que está procurando dessa vez?
- Na verdade, não é pra mim... É pra ela. – Okuma só aponta pra traz com o polegar.
- Oh! Olá, mocinha – Dan vai até Mabel - o que você vai que...
- Err... Na verdade é a outra – Okuma o interrompe.
- Ah... Você... O que vai querer?
- Me vê uma bazuca. – Diz Maybe decidida.
- Hohohou! Não é assim que funciona, queridinha... Saiba que a bazuca é uma arma que só é desbloqueada com o nível 1000!
- Pff... Vai ser fácil chegar lá...
- Hunf... Convencida... Igual o pai.
- Então, se eu não posso ter minha bazuca, o quê que eu posso ter?
- É aí que eu entro! – Dan dá um cartão de visita à Maybe onde se podia ler “Armamento do Dan. Consulte o Darkness (sobrenome da família de Notrus) mais próximo – de preferência o Okuma”.
- “Armamento do Dan”...?
- Sim! E estamos na promoção! “Armamento infinito do Dan!” Por somente ¼ de sua alma...
- Fechado. – Maybe o cumprimenta. Ao juntarem as mãos, uma fumaça preta começa a sair. É a alma de seu cliente.
- Ok! Divirta-se com seus novos brinquedinhos...
Enquanto estava saindo, Dan repara em Mabel. Ela estava claramente triste.
- O que houve, querida?
- Nada...
- Não, não. Aconteceu alguma coisa, sim!
- Hãn... É que eu não tenho arma nenhuma...
- Ah, mas isso não é problema! Escolha a que quiser! – Dan mostra a Mabel todas as armas que ele tinha (menos a bazuca).
- Dan... – interrompe Okuma – Eu te chamei aqui pra ver umas arma pra Maybe, não pra...
- Eu quero dar uma arma pra ela. Me deixa. – Okuma cala a boca – Pode escolher!
- Bom... Essa aqui. – Mabel pega uma kunai.
- Uma kunai? Tem certeza? Lembre-se que há milhares de outras...
- Não! Eu gostei dela...
- Tudo bem!
Dan vai até Okuma e lhe dá metade do pagamento.
- Ok! Estou indo – diz Dan - E... Maybe!
- Ãn?
- Agora você também pode me invocar. É só estalar os dedos! – ele dá uma piscadinha e vai embora.
- Bem... Acho que eu vou indo também... Aê mulecada! Vambora!
- Tamo indo! – Diz Kitty saltitando em sua direção. Nagisa e Nathy vêm logo atrás. Eles não têm pressa quanto a isso (o que acontece na casa deles é outra história).
- Obrigada tio Okuma! Adorei a visita de vocês! – diz Mabel radiante com sua nova arma.
- Não me chama de tio.
- Tá. Desculpa...
- Ah, mas eu que tenho que agradecer ao mestre Okuma por nos ter trago aqui! Senão nunca teria te conhecido! – Kitty grita animada enquanto abraça a cintura de Okuma.
- Senão nunca teríamos saído de casa... – diz Nathy, baixo, mas audível.
- Ah, então você fala... – diz Maybe. Ele olha pra ela, cruza os braços e vira o rosto.
- Oh! Mestre Okuma... – Kitty olha com olhos de gatinho pra ele, ainda o abraçando – Eu posso ter uma arma também...
- Não quero nem imaginar o estrago que isso daria...
- Awn... – Kitty o desabraça triste.
Todos se despedem de uma vez. Tudo volta ao normal dentro de casa. Mabel olha da janela seus parentes indo embora. Kitty e Nathy estavam usando coleiras feitas com o poder psíquico de Okuma. Nagisa estava “solto”, sem coleiras. Enquanto partiam, Nathy pára, e olha para Mabel. Ele dizia “por favor” com o olhar, até que Okuma puxou sua coleira para que o seguisse.
Mabel passou o resto da noite se perguntando o que ele queria.
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