No dia seguinte, Maybe acorda. Ela tenta se levantar, mas suas mãos e pés estavam presos agora.
- Nossa... Você chegou sendo arrastada... O que aconteceu? – pergunta Catrina.
- Pra falar a verdade, nem eu sei... – Maybe fala com um sorriso no rosto enquanto olha pras suas mãos cheias de poder.
- Agora a gente tá em que parte do plano?
- Que plano? – Diamante é um ninja.
- AH! – Catrina dá um grito extremamente agudo – Que isso, homi?! Quer me matar do coração?
- Não. Você não morre. Ao contrário de você... – ele anda em direção à Maybe – Cosmos tá te esperando.
- Ah, é. Tinha esquecido... Bons tempos, né?
- Sim, claro... Agora vamos.
Diamante tira as correntes dos pés e leva ela para a sala do trono.
- Maybe Darkness... Acusada por genocídio. Pena: a morte... – dizia Cosmos enquanto os dois iam em sua direção – Pode se retirar, Diamante.
- Sim, Cosmos.
- Oi! – Diz Cosmos com um sorriso.
- E aí.
- Hoje é o tão esperado dia...
- Parece que sim...
- Bom... Depois de muito tempo pensando, chegamos a uma conclusão... Crystal me pediu para que nós não te executássemos.
- Valeu, mini Cosmos!
Crystal cruza os braços e vira o rosto.
- Então eu vou só morar aqui tipo... Pra sempre?
- Sim. Mas sua irmã também me pediu uma coisa... – Cosmos faz surgir uma lâmina de cristal, que corta o olho esquerdo de Maybe.
- AAAAAAAHHH! PORQUE NÃO TÁ REGENERANDO?
- É uma lâmina de cristal, querida. Corta qualquer coisa, até corpos imortais... Tipo o seu. – responde Cosmos. Maybe começa a rir – Porque está rindo...?
- Mabel deve tá sofrendo TANTO... – ela responde enquanto ri.
- Na verdade, não.
- Quê?
- Eu desliguei a conexão entre vocês duas.
- Ah... Tanto faz... – Maybe volta pra sua postura de “durona” – Dor é uma coisa que eu me acostumo muito fácil... E... Posso ir tomar banho depois? Não é muito confortável ficar com a cara cheia de sangue...
- Sim. À vontade. Diamante pode te acompanhar.
- Mãe? Acha que ela deveria morrer?
- Deveria. Mas você sabe que eu não queria... Só estava indo de acordo com a minha própria lei...
Povo da Escuridão, esse dia, um pouco mais cedo.
Mabel volta do presídio em que Maybe está presa. Quando abre a porta, vê seus pais conversando no sofá da sala.
- Oh, Mabel! Que bom que chegou! Seu pai e eu estávamos discutindo sobre um assunto!
- E qual seria?
- Ele concordou em te ajudar a conseguir as armas que você tanto queria!
- Mas eu já tenho a minha kunai, não preciso de...
- Não. – interrompe Notrus – Você não vai sobreviver por aí só com isso aí.
- Ok, então... – Mabel abaixa a cabeça e aceita.
Ela, sua mãe e seu pai vão pro lugar onde Maybe costumava treinar. Mabel nunca tinha reparado quantos buracos e refis de balas tinham ali. No canto da sala tinha uma pequena montanha de balas usadas.
- Pega. – Notrus joga um fuzil nos braços de Mabel – Quero que você acerte aquele alvo ali – Ele aponta para o alvo.
Mabel olha pro fuzil e depois pro alvo. Ele tinha o formato de uma pessoa.
- Vai. O que você tá esperando?
- Eu acho que eu não consigo...
- Como vai saber se não consegue... – Notrus põe a filha na posição de como ela deveria atirar - Se nunca tentou...?
Mabel fica com o olhar vazio, ela realmente não queria estar ali.
- É só... Puxar... O gatilho...
- Eu não quero...
- O quê...?
- Eu... EU NÃO QUERO! EU NÃO CONSIGO! – Mabel grita enquanto joga a arma no chão. Ela o olha para Notrus com o olhar triste e raivoso ao mesmo tempo.
Notrus a encara por alguns segundos. Ele dá um forte tapa no rosto de Mabel, que começa a chorar silenciosamente.
- Você é mesmo uma imprestável...
Fran vem correndo em direção aos dois e abraça Mabel.
- Mas o que foi isso? Tinha necessidade?
- Eu não tenho culpa se essa menina não consegue ser útil!
- Por favor... Sabe que...
- Sei o quê? Que esse é o “jeitinho” dela?! Essa garota simplesmente não tem jeito! Se ela continuar assim, nunca será útil pra esse povo, nunca será útil pra esse planeta, NUNCA SERÁ ÚTIL PRA NINGUÉM!
Ao ouvir isso, Mabel sai correndo pra dentro de casa. Fran olha feio pra Notrus e vai atrás dela. Ao chegar ao quarto, Mabel estava arrumando uma mochila e chorando de soluçar.
Fran sabia o que ela queria fazer, e a ajudou a arrumar sua mochila.
- Quando seu pai estiver dormindo eu te acordo...
Mabel enxuga o rosto e concorda com a cabeça. Ela ia fugir de casa. Ou melhor, de seu pai.
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