Prisão da Cosmos, presente.
- Como tá indo o plano? – pergunta Catrina.
- Horrível. Pensei que conseguiria fugir depois de ter todo esse poder, mas não deu...
- Provavelmente você tava fazendo um discurso de como você iria dominar o mundo...
Maybe faz uma cara de “tá falando sério?”.
- Tanto faz... Agora o próximo passo é sair daqui... Mas como? Será que alguns dos poderes novos podem me ajudar com isso?
Maybe fecha os olhos e com a força do pensamento, espera que algo aconteça. Quando abre os olhos, havia um dos guardas de Cosmos ali parado.
- Err... Oi?
Eles não falam. Só seguem ordens.
- Cosmos te mandou aqui pra quê?
- Acho que eles não falam...
- Peraí.
Maybe tenta usar a força do pensamento de novo. Ele seguiu seu comando.
- Eu controlo mentes...
- Mas eles não têm mente. São só corpos de cristal que seguem ordens.
- Então não sei. Mas ele tá me obedecendo... – nesse momento bate uma ideia genial nela. Ou pelo menos parecia...
Ela comandou que o guarda soltasse suas algemas, e ele soltou. Na verdade eles seguem qualquer ordem se feita corretamente. São como robôs controlados por comando de voz ou pensamento.
- Valeu guardinha! Pode ir.
Ele vai embora. Chega a esbarrar em outro, pra você ver como os bichinhos são meio burrinhos.
- Agora é que vai ficar interessante...
Mudando de assunto, Floresta dos Guardiões.
Chimara acorda, depois de dois dias de sono.
- Quê...? Já cheguei? Disseram que demoraria uma semana de viagem...
Chimara senta no colchão e olha ao redor. O container que ela tinha antes visto só por fora, era bem maior por dentro. Chimara começa a explorar lá dentro verificando se tudo o que ela pegou estava lá.
Ela se lembra de seu bem mais precioso e começa a escavar as caixas entulhadas a procura dele. Era o seu comunicador com a Terra, mas estava sem sinal.
Chimara vê a porta do container aberto, pega sua mochila e sai pra explorar um pouco.
- A biodiversidade daqui é bem parecida com a de lá... – Ela respira fundo – O ar é um pouco rarefeito, mas dá pra me adaptar... – Chimara dá uns pulinhos – A gravidade também parece a mesma... Nada muito estranho... por enquanto...
Ela começa a andar mais um pouco. Chimara ouve umas folhas se mexendo junto com um vulto. Ela olha para trás com a sensação de estar sendo seguida, mas não vê nada e continua caminhando.
- Opa... Achei algo interessante. É uma... flor flutuante...? – Chimara tenta passar a mão por baixo da flor para verificar se ela realmente flutua. Mas bate em alguma coisa.
- Ai! – grita a “flor”.
- O quê? – Chimara continua tentando várias vezes.
- Ai! Para! – Do nada surge uma menina de cabelos verdes e pele morena, que se assusta e volta a ficar invisível.
- Ei! Espera aí! Volta! Eu não quis te bater, desculpa! – enquanto Chimara tenta trazer a menina de volta, uma criatura da floresta a observava pelas moitas. Um som saía de lá.
Assustada, Chimara olha para a moita esperando algo aparecer. Depois de um momento de suspense, uma garota de cabelos ruivos presos em tranças, com orelhas, olhos e cauda de gato e com asas, sai de lá.
Ela fica encarando Chimara por um tempo e vai a sua direção. A menina começa a cheirá-la.
- Você não é daqui, né?
- Bem... eu...
- Você tá bem? – a atenção de Chimara é tomada por um garoto idêntico à menina de cabelos verdes. Ele estava ajudando ela.
- Não... tá tudo bem... só machucou um pouquinho...
Ele se levanta e vai ate Chimara.
- Qual o seu problema...?
- Não era intenção minha... Me desculpa...
- Vou deixar pra lá... ninguém sobrevive por muito tempo por aqui, mesmo...
- Como assim?
Ele aponta pra um lugar cheio de esqueletos. Eram os corpos das outras “cobaias”. Chimara engole seco.
- Mas afinal, quem é você?
- Meu nome é Chimara Yazumi, e fui escolhida pro teste de adaptação de...
- Isso não interessa. – ele responde friamente.
- Mas você que perguntou! E quem são vocês?
- Eu sou Foll e aquela é minha irmã, Flora.
- E eu sou a Poly! Somos guardiões!
- “Guardiões”...?
- Isso aí! E tem mais um monte! Tem a Danny, tem a Luma, tem a... Tem um monte de gente aqui!
- Que estranho...
- Também tem a espécie fada... Eu e Foll somos fadas...
- Pensei que fadas só existiam em histórias... Que loucura... Então eu vou ter que ficar aqui por cinco anos...?
- Isso se você não morrer primeiro! – diz Poly com um sorriso.
- “Esse pessoal acha que morrer é tão normal, assim?!” – pensa Chimara.
A partir daí, ela começa a aprender mais sobre esse planeta doido, conhece os outros seres que moram lá e tal. Existe guardião pra tudo lá. Tem desde Guardião da Vida até Guardião dos Aniversários. E com fadas, a mesma coisa. Também tem como ser Guardião-fada, o que é mais comum.
Só mais um dia normal em Elementia...
Comments (0)
See all