Frank está dormindo com o sol batendo na sua cara.
O celular toca.
Frank – Alo?! Martha? Isso são horas... OITO horas já?!
Martha – Venha rápido para a delegacia estão soltando Missouri!
Frank – O que?!
Na delegacia está o comissário River Morte tirando Missouri da cela.
Frank – O que está fazendo com o meu prisioneiro? Ele tem informações importantes para nós.
River – Desculpe Frank, mas assim como você eu tenho meus superiores e a ordem deles tem que ser cumprida. Gostando ou não.
Missouri – Não, por favor! Deixem-me aqui!
Frank – Irão matar ele lá fora!
River – Isso não é o nosso problema. - Larga Missouri nas mãos de Frank e volta chateado para sua sala.
Na saída da delegacia está Frank desalgemando Missouri e sinalizando para ele descer as escadas. Do alto do prédio Devil Hero avista a liberdade.
Devil Hero – Assim que eu gosto das coisas. Acontecendo do meu jeito na minha cidade.
Missouri anda pela calçada afobado, tremendo com muito medo. Ele entra em um beco se encosta-se à parede e chora.
Missouri – O que vou fazer agora?! Tenho que sair dessa cidade, vão me caçar até o inferno.
- Você já está no inferno humano!
Ao olhar para cima está Devil Hero escalado na parede de ponta cabeça, olhando nos olhos de Missouri.
Na delegacia estão Frank e sua equipe conversando com River Morte.
Frank – Devil Hero não é do bem! Ele está controlando a máfia, fazendo um caos na cidade!
River – Eu quero tanto quanto você pegar aquele desgraçado, mas alguém de cima deve estar chupando suas bolas, não me dão essa permissão!
Frank – Vamos para rua Martha e Thomas, não temos homens suficiente nessa cidade.
River – Cuidado Frank, se ficar no pé dele logo irão para cima de você.
Frank e sua equipe estão no carro rondando a cidade.
Martha – É inadmissível essa postura! Como assim não podem prender Devil Hero? Ele é do mau.
Frank – Tem algo errado nessa cidade, Devil Hero deve ter seus contatos.
Thomas – Ou estão com medo dele!
Martha – Você só sabe falar isso Thomas?
POWW!!
O corpo de Missouri cai no capo do carro arrebentando tudo.
Frank – Ahh! Que bosta! - Sai do carro pra ver o estrago.
Frank - Já chega! Vou fazer isso do meu jeito!
Nas ruas de Albatroz uma senhora está sendo assaltada e em outra rua um trabalhador também. No alto do prédio Devil Hero visualiza.
Devil – Salvar uma rica ou um pobre?
Pula para o chão.
Devil – É obvio! O que tem mais para me pagar.
Devil chega por trás do bandido que assalta o “pobre”.
Devil – Chega para lá. - Joga o bandido para o lado.
- Quanto você me pagaria para eu te salvar?
Trabalhador – Mas eu não tenho muito...
Devil – Bem que eu tinha razão, esses pobretões só enchem meu serviço. Ei você!
Pega o ladrão pela gola, coloca a arma na mão dele.
Devil – Pode continuar seu serviço e vê se seleciona melhor seus clientes.
Ladrão – Aham, sim, sim.
Devil pula para os prédios e vai para a rua onde a rica estava sendo assaltada. Ele pousa em cima do bandido.
Devil – Prontinho senhorita, segura e salva.
Senhora – Ohh muito obrigada Devil Hero se não fosse você...
Devil – Que lindo colar de ouro. - Respira fundo.
- Que cheiro delicioso, eu o aceito como pagamento. - Arranca o colar do pescoço.
- Foi um prazer te salvar madame.
A viatura de Frank estaciona em frente a um apartamento bem velho.
Frank – Tem certeza que é aqui Martha?
Martha – Tenho sim, prédio bem velho e bem medonho tenho certeza que é esse.
Frank – Não sou muito de acreditar nessas feitiçarias, mas está valendo tudo por agora.
Ao entrarem no apartamento é todo enfeitado com decorações de ciganas, aliás é de uma cigana.
- Eu esperava vocês...
Frank – Sempre falam isso.
- Se aproximem...
Frank – Onde você está?
- Virem à esquerda no final do corredor.
Frank – Vamos lá.
Ao chegarem lá está à senhora Consuelo por volta de uns cinquenta anos. Toda decorada assim como seu quarto.
Consuelo – Sejam bem vindos a residência da poderosa Consuelo.
Martha – Minha amiga te indicou para um problema.
Consuelo – Eu sei, já estou com tudo preparado.
Frank – Então porque tem só duas almofadas para sentarmos?
Consuelo – Ham?
Frank pelo celular – Thomas venha aqui para cima agora!
Consuelo – Não tente enganar o destino senhor...?
Frank – Frank, Frank Jacobs.
Consuelo – Senhor Jacobs. - Joga outro travesseiro. - O destino está preparado para mudanças.
Frank – Tsc... - Cochicha para Martha. - To achando isso uma furada.
Martha – Vamos tentar vai que dá certo. Deixa eu falar com ela, eu entendo dessas coisas.
Consuelo - Sentem-se, por favor. O que desejam?
Martha – Serei direta senhora Consuelo, nós queremos mandar uma macumba para Devil Hero.
Frank pensando – Macumba?!
Consuelo – Hahahahaha! Não sou nenhuma bruxa ou feiticeira.
Frank – Macumba mesmo? Não tinha outra palavra?
Martha – Você não entende Consuelo! Ele é do mau, está tomando a cidade para si mesmo, precisamos deter ele!
Consuelo – Cuidado com o que desejam. Desejar tem uma força muito além do compreender. Quando se deseja as energias agem em sintonia para gerar o resultado e vocês querem que eu mande energias obscuras, é algo perigoso...
Frank – Energia, destino... É uma furada mesmo.
Consuelo – Uma pessoa sente as más energias redirecionadas para si, não é algo ético essa prática e nada seguro.
Martha – Então você pode fazer nos ajudar?
Consuelo – Ajudar não... - Faz o gesto de dinheiro com o dedão e indicador.
Frank – Quanto é seu serviço?
Consuelo – Para machucar alguém é preciso das energias mais malignas do que o destinatário pode suportar. Devil Hero não irá se ferir com esse mau, para atingi-lo precisarei das mais profundas e profanas energias malignas que um ser humano pode manipular o processo não é fácil e não há garantias. Tem certeza de suas decisões?
Frank – Porque um humano como Devil Hero pode suportar algo tão profano?
Consuelo – Eu nunca disse que seu oponente é humano.
Frank – Ham?!
Thomas – Cheguei! Desculpe atrasar, mas fiquei com medo da decoração...
Martha – Sim sim! Aceitamos, diga seu preço!
Consuelo – Muito bem. Abracadabra!
Esfrega as mãos na sua esfera de vidro com um sorriso maligno.
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