Era uma vez uma mão.
Essa mão, tal como todas mãos tinha um dedo polegar, mas este polegar estava zangado com os outros dedos.
O polegar esta zangado, mas os outros dedos não porquê.
O indicador, dedo que acha que sabe tudo e que tudo consegue fazer, não sabia o que fazer.
O dedo do meio, maior que os outros mas não mais maduro, irritou-se com a birra do polegar e não conseguiu evitar demonstrar as suas emoções da sua típica forma dramática.
Foi o dedo mindinho, o mais pequeno e adorável dedo, feito para amizades e promessas, que ouviu sussurros. Vinham daquele dedo sem nome, vizinho do mindinho, que ninguém sabe para que serve.
Esse dedo mindinho entendia a raiva do polegar. Ele sabia que aquela raiva vinha da solidão.
O polegar era posto de lado pelos outros dedos, mas sem ele, mão não é mão. O polegar era o dedo mais importante, mas os outros dedos nem se pareciam importar.
Também o vizinho do mindinho se sentia sozinho, mas esse era um tipo diferente de solidão. Ele ficava entre os dedos, mas como não fazia nada, ficava sozinho enquanto os outros dedos iam tratar dos seus afazeres.
Então, ao ouvir os sussurros do seu vizinho, o mindinho pediu aos outros dedos que se baixassem, para abraçar o polegar. O polegar logo se acalmou e agradeceu por estar no seu lugar, pois se não estivesse de lado seria muito difícil de abraçar.
Também o mindinho abraçou o seu vizinho e agradeceu-lhe, pois sem ele não teriam conseguido ajudar o dedo polegar.
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