A audiência tinha acabado, estavam saindo da sala 16 perplexos: a jovem por não acredita, o adolescente por causa da incredulidade e a pequena pela resposta que lhe causou uma profusão de raiva, queria soca alguém, talvez os dois ali serviria… mochila nas costas, tudo guardado e um corredor no puro silêncio e chafundado na escuridão.
- você é doida garota? - disse a jovem abismada, se virando pra pequena, baixando a mão da boca.- co-co-como…
- eu disse pra vocês ficarem. -Respondeu a menor, segura de si.
-putz!! - exclamou o adolescente inquieto, rondando em círculo. - por que eu ainda ti ouço, hein? - inquiriu apontando para a jovem, que se espantou com aquilo.
- o quê?!
-isso poderia, de alguma forma dar certo, eu ti pergunto?
Alvoroçado entre si, a quietude se impregnou por um tempo.
- acho melhor irmos embora. - sugeriu a criança e os dois se encarando, compreenderam que era o melhor a se fazer e começaram a se retirarem dali.
-...desde quando você faz isso? - quis saber a jovem, numa seriedade desconfortável.
- desde pequena.- respondeu a garotinha.
- mas você é pequena.
- é serio que você tem 19 anos? -perguntou num tom de suspeitando de sua idade mental.
- eu vou ter que falar isso pra sua mãe. Isso não tá certo.- mais falou pra si mesmo do que para a pequena, que pareceu não mais segui-los.
- só não garanto que eles vão gosta. - disse ao fundo e se inclinado para checa o corredor atrás; notando, a jovem parar para esperá-la, olhando-a com cara de paisagem.
- que foi, garota? - pergunta ela, mas a resposta demorou.
- não sei… - espera, mas conclui que não era nada, e ajeita a mochila nas costas.
Perscrutando a menina, nem entendeu direito o que aconteceu: uma forma pálida na escuridão, rápida, sugerindo se sustenta pelos seus braços, abocanhou a pequena, que só sentiu sendo levitada num espanto e como uma sucção, foi engolida corredor adentro, sem nem um som soar, deixando os dois deixados para trás, calados.
Os passos do adolescente começaram a recua mansamente.
A tonta ainda estava sem reação, mas seu companheiro já batia em retirada… e demorou um tempo pra segui o mesmo feito, mas, sem a mesma entonação.
As janelas das salas voltadas para o interior do corredor, escadaria, tralhas no chão, correria e medo.
Tramparam no portão, mas em vão.
Estava lacrado como antes de invadirem o colégio, o adolescente se recuperava da ombrada que dará contra o portão e ambos forçaram sua saída com o calafrio na nunca gritando, mas, nada daquilo ceder, ouvindo o som fricção de corrente do outro lado a cada esforço.
Estava trancado?
Continuaram forçando ate concluírem o óbvio.
-… quando minha mãe falou para não confia em mulheres, pensei que ela só estava sendo machista. - disse o adolescente se derramando no portão, de costa ate se senta, desanimado, e fita a colega. - valeu ai.
Em pé, ela não respondia apoiada na porta pelos cotovelos, de cabeça baixa.
-… você é um insensível… - murmurou. - não planejei nada disso…- sussurrou ofegante.
Esperou, observando.
-… se tem sentimento de mãe… devia engravidar. - confessou o que achava, o que estalou o íntimo da jovem, sem resposta, olhando perdida para o adolescente. - aquela lá é uma criança esquisita, não vai dar certo.
A quietude empoderou-se.
- não tem nada a ver com isso… - conseguiu dizer, de novo cabisbaixa e impotente.
-tsc! Só faltava você pega ela no colo e dá de mamá pra ela. - continuou o adolescente.
- eu já disse que não tem nada a ver com isso … - repetiu, quase sussurrando.
Olhou de soslaio antes de prossegui.
- tá… como viemos para aqui? Eu só queria joga videogame, custava?
-… tá me acusando?…
- bom… morrer numa escola, nunca foi o ideal que tinha para termina meus últimos dias.
-a gente não vai morrer. - disse, decidida a jovem.
-ha tá, então você acredita que aquela menina esta viva? Isso se chama fé, sabia? - disse, decidido a fica em pé, gesticulando.
-… por que você é tão ruim comigo…- comentou.
- só não espere o príncipe encantado… - também comentou. - se aquilo foi real, alguma coisa teve te acontecido com essa escola.
Corredor adentro era pura obscuridade e sem nenhum indício de algum ser vivente.
- temos que sair por outro lugar.
- só não me deixe sozinha. - pediu a jovem com medo, mas, está, com muito no seu interior, no entanto, tentando o silencia o máximo que conseguia.
Com a saída obstruída, se puseram a sair dali e seguiram ate se depararem com as primeiras janelas internas do corredor pras salas e lembraram de seus celulares.
- haa, é mesmo. - exclamou a jovem metendo a mão no bolso pra saca o seu aparelho e ativá-lo para ligar, pois antes, a pequena lhes tinham ordenados que os desligassem e a tela do celular iluminou um pouco o lugar, virou para dentro da sala bagunçada, para identificá-la melhor e viram que tinha janelas que davam para o lado de fora.
Entraram, desviaram das cadeiras e mesas, uma bagunça só e checaram as tais janelas; o bom era que suas vidraças estavam todas quebrada, quase um buraco perfeito para um elefante passar de boa, porém, muito rente, uma espécie de grade tampava a saída, e parecia se estender infinitamente ate a última janela da última sala daquele andar, eram formadas por placas de ferros retangular, em vertical, acavalados um próximo do outro feito escamas, deitado para o lado esquerdos…mas tinha que constata que não tava pra sair.
O adolescente subiu numa cadeira e a altura que estava, viu que existia um vãozinho inferior que separava a grade e a parede, tentou enfia o pé, e com muito esforço, ele atravessou, mas mais do que óbvio, não tava pra ninguém sair; como aquilo estava abandonado a muito tempo, pensou que as ligadoras que prendia aquelas placas de ferros, a ferrugem os tinham enfraquecido e tentou esmurrá-los, para, que pelo menos, duas delas cedessem, o que não venho ao caso e parou depois que a dor lhe venho acudi-lo.
- puta merda! - exclamou tirando o seu pé do lugar e descendo a cadeira, protegendo a mão machucada.
- olha a boca. - repreendeu a jovem, quase falhando, segurando o celular com sua lanterna ligada.
-Se a escolar for toda desse jeito…. - falou sua desconfiança.
Demoraram-se um tempo, a jovem viu a mão dele.
- você usou a força mesmo.
Começaram a se retirar dali.
Um som brusco de algo se fechando, vertiginosamente se ouve ao voltarem pro corredor e tem dificuldade de assimilarem o que era aquilo e o barulho cada vez aumentava, para o desespero calado da jovem, que não aguentando mais, se agacha rápida, tampando os ouvidos, aflita pelo mal presságio.
-não -não -não -NÃO! -gritou o seu companheiro em última instância, eufórico, com o estrondo do barulho, agora, colado ao ouvido.
Comments (0)
See all