06° Estrofe
No centro da cidade da Academia de magia da costa, havia um grande lago quosa cercado por um prédio em forma de muralha lembrando até um coliseu.
Os quosas são uma das espécies mais peculiares de Propasa. Gente que se transforma em enormes peixes coloridos e vivem em um oceano de águas mágicas que se conectam por todo o planeta e suas luas. Transportam pessoas dentro de gigantescas bolhas por todo lugar em minutos, através de suas lagoas mágicas.
Possuem a maior economia do planeta e um bom relacionamento com todos os países e nações, controlando o monopólio do melhor e mais eficiente sistema de transporte de Propasa e suas luas.
Isso mesmo, as lagoas quosas possuíam conexões por toda parte, inclusive ilhas flutuantes, a cordilheira do Fulguração e as luas.
As irmãs Safira, Margarida e a princesa Rubi usariam a lagoa para viajar até o templo de Mora, para o ritual da maioridade.
As quatro amigas tiraram seus uniformes e após uma rápida despedida foram até o lago quosa se encontrar com as mães das irmãs safiras que já haviam levado as malas para a embarcação.
Elas se transformaram em suas formas animais e correram e brincaram pelo caminho.
A maioria da família Auará pertencia à raça de povo fera (teriantropos) conhecida como tsonome, ligada aos campos canídeo e ursídeo, podiam mudar seus corpos para formas semelhantes a fortes ursos, lobos ferozes e ágeis raposas, só que bem maiores. Sua audição e olfato se ampliam de uma forma incrível, sem falar que corriam mais rápido que qualquer um com duas pernas.
Safira se transformava em uma grande raposa vermelha como a maioria da família do seu pai. Sua mãe Ametista se parecia com uma raposa Zorro combinando com seu nome. Descendentes diretos do primeiro imperador Pampé, o rei careca.
Marquesinha era um caso onde sua forma primus não se parecia com seu pai que era uma raposa ou sua mãe Acácia que era uma flazya, considerados os mais nobres e poderosos teriantropos por sua combinação excepcional de força física e mágica, se transformavam em animais mágicos como alicórnios. Geralmente não ficavam na forma humana e moravam em ilhas flutuantes, mas Acácia era uma das exceções.
Sua habilidade mental era tão forte que se comunicavam basicamente por telepatia. Mesmo assim, pouca gente percebia que Acácia não abria sua boca para falar, pois nunca falavam. Elas nem mesmo sabiam como emitir sons com suas cordas vocais direitos.
Marquesinha era um caso de raças mágicas retroativa e possuía a forma de uma majestosa loba cinzenta, famosos por serem da linhagem principal do rei Pampé, mais conhecido como o rei careca.
Tsonomes lobos não eram raros, mas a beleza prateada de Marquesinha era de chamar a atenção.
Margarida era uma tromoque, o grupo mais comum em Licorne, a segunda casta de nobres e aristocratas. Todos possuíam sobrenomes de flores e Calêndula é o nome da família das margaridas. Não por coincidência.
Os tromoques estão ligando ao campo bovídeo e equídeo, por isso se transformam em criaturas de casco e chifres. Algumas variações são graciosas e se parecem com antílopes, alces e ovelhas, outras brutais semelhantes a gnus e búfalos.
Em sua forma Venna se pareciam com faunos e minotauros das lendas gregas.
Margarida amava correr, escalar as coisas e dar cabeçadas em sua forma primus que se parecia com um enorme antílope.
Como todos os membros da família Iómpampé, a princesa Rubi de Rocha era de uma variedade de tsonome rara em Licorne ligada ao campo felídeo, lhe dando a habilidade de mudar para uma criatura semelhante a uma pantera-negra.
Entre os nobres havia o habito de nunca mudarem para sua forma venna ou primus em público. Graças a isso Rubi e outros nobres podiam andar na multidão incógnitos em sua forma venna, pois todos apenas conheciam suas formas humanas de aparições públicas e imagens em livros e revistas.
Safira achava que não fazia o menor sentido já que a realeza de Licorne era basicamente formada pelo povo fera. Seu pai o arquiduque Turquesa de Auará deixava bem claro sua posição quanto pulava nas pessoas com a forma de um raposo vermelho de noventa quilos.
O maior motivo para elas brincarem nessa forma era a influência de seu pai, que mandava todos os costumes inúteis e pudores as favas.
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