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O Labirinto

O Médico

O Médico

May 24, 2020

Depois de acamparem por uma noite e fazerem um total de onze horas de caminhada. Eles finalmente chegaram no final da floresta.

— Finalmente saímos da floresta. Já estava cansado de fugir dessas malditas doninhas. — Diz Amarelo.

— Você devia agradecer a Índigo por estar vivo. Não é todo mundo que tem a capacidade de passar por uma zona onde bandos conflitam. — Diz Azul.

Violeta, grudada em Anil, olha o horizonte e encontra uma cidade, um pouco mais para a direita.

— Índigo, Cidade.

Ciano, com Índigo em seus braços, se aproxima de Violeta.

— Exatamente. essa é a cidade de esmeralda. Ela era um dos principais focos de fuga, antes da floresta virar uma região de conflito… Tem dois grandes motivos para virmos aqui. Um, essa cidade e a cidade de topázio, são as cidades mais próximas, para sair da nação de Cobre, por carvão. Dois, preciso encontrar um tal de Strudel, para averiguar a nossa saúde.

Índigo aponta a espada da pureza, agora enrolada em tecido, para a direção da cidade.

— Que nome de gente velha! — Diz Laranja.

— Não já temos Verde, para cuidar disso? — Pergunta Ciano.

— Eu não consigo… Tem coisa que eu não consigo. — Diz Verde.

— Strudel é dito como um mago capaz de identificar e curar qualquer ferida. Tem até boatos de que ele consegue trazer pessoas de volta à vida. — Diz Índigo.

O grupo de magos se dirige a cidade, ao encontro do consultório de Strudel. Na busca pelo consultório, eles passar por diversas construções da cidade, como a livraria Seis mares, a pousada Lua primaveril e o restaurante Final do arco-íris.

Quando o grupo, finalmente chega ao local do consultório, eles encontram uma casa, pequena e simples, que parecia ter sido abandonada a pouco mais de um mês.

— Tem certeza de que esse é o consultório dele? — Pergunta Laranja.

— Tenho... Minha mãe era amiga dele. Ela dizia que era a única casa, duas ruas a frente do restaurante final do arco-íris. — Diz Índigo.

Índigo desce do colo de Ciano e se apoia na espada, para poder andar.

Ela olha os arredores e aos poucos se aproxima da porta. Quando ela coloca a mão na maçaneta, a porta quase abre sozinha.

A casa está, bastante, suja e tem pratos de madeira espalhados por toda a casa. Índigo anda pela casa, seguida de seus companheiro, adentrando cada um dos cômodos.

Quando ela chega na cozinha, ela encontra um homem, dormindo, que acorda com o barulho, de alguns pratos, que caem, por Índigo ter esbarrado a espada dela, enquanto anda.

— Quem tá aí. — Diz ele confuso.

Conforme ele olha ao redor, da para perceber que ele ainda não está enxergando direito. Principalmente por causa da luz forte que entra pela janela da cozinha.

— Strudel? — Pergunta Ciano.

— Sim. Quem gostaria?

Strudel é um homem que aparenta ter vinte e três anos. Possui roupas bem trabalhadas, porém, bem empoeiradas. No momento, eles está com um olhar muito cansado e confuso.

— Como um médico pode viver em um ambiente tão sujo e mal cuidado? — Pergunta Índigo.

— É época de torta de primavera… Não consegui resistir. — Diz strudel.

— Nós já estamos no verão. — Diz Azul.

Ao falar com Strudel, Azul se aproxima e o ajuda a levantar. Tirando um pouco de sujeira das roupas, que estão acinzentadas.

— Verão? Que dia é hoje? — Pergunta Strudel.

— Hoje é dia trinta e nove de despertar. Perto do meio dia. — Diz Amarelo.

Strudel olha para o estado de sua casa, com um rosto destruído.

— Porque isso acontece toda primavera?

— O que acontece? — Pergunta Laranja.

— Toda primavera tem torta no Final do arco-íris. Eu costumo comprar muitas delas e acabo desmaiando de tanto comer… Desculpem-me pelo estado da casa.

Strudel anda até a sala sentando em uma das cadeira. Depois de sentar na cadeira, ele começa a esfregar as costas de sua cabeça, pensando no que ele vai fazer em seguida.

— Com licença, eu sou filha de Turquesa e passamos por muita coisa, então gostaria que você conferisse a nossa saúde. — Diz Índigo.

— Sua mão não te contou que eu só atendo casos graves. Comigo tudo tem um preço.

Índigo aponta para Verde, que está no canto da sala, segurando o saco com seus livros.

— Verde tem magia da lua. Não precisa se preocupar.

Strudel respira profundamente e deita a cabeça na palma de sua mão, apoiando o cotovelo em sua perna.

— A sala de exames é na construção ao lado.

Ele levanta e se dirige a construção ao lado, com Índigo, carregada por Ciano, logo atrás dele, junto com o resto do grupo.

A construção é ligeiramente maior que a casa de Strudel. Diferente da casa, esse prédio, parece muito bem cuidado.

Ao entrarem pela construção, eles se deparam com um grande salão. A esquerda dele, tem um grande corredor, pelo qual ele passam. No corredor, eles entram em uma sala com um largo aquário, em uma mesa.

Strudel, logo que entra na sala, pega uma escadinha, que fica ao canto da sala e coloca ela de junto a mesa.

— Vocês precisam deitar nesse aquário, para eu poder fazer a checagem.

O primeiro a deitar na mesa é Vermelho. Quando Vermelho deita na mesa, Strudel estende os braços sobre ele e Índigo enxerga a magia escorrer pelas mãos dele. A magia preenche completamente o aquário de deixá Vermelho completamente submerso. Depois de pouco mais de um minuto, Strudel pede para que Vermelho se levante e o processo se repete para todos os outros.

— Então? — Pergunta Índigo.

Strudel balança um pouco o pescoço e olha para o grupo de magos.

— Sem grandes problemas. A garota ali está com grandes problemas alimentícios, mas nada que precise do uso de magia. O garoto da cicatriz está com danos cerebrais, por causa de algum hematoma, mas não parece atrapalhar muito na vida dele. Fora isso, nada de anormal… A não ser que você considere a capacidade, monstruosa, de absorção de magia da criança, algo anormal. Você fez um bom trabalho cuidando deles, Verde.

Verde fica envergonhado e meio acuado com o elogio de Strudel. Ele vira, levemente, seu rosto em direção ao chão.

— Muito obrigado pelo atendimento. — Diz Amarelo.

O rosto de Strudel esclarece, como se ele finalmente tivesse acordado. Sua fala fica suave e seu olhar, sorridente.

— Alguns de vocês ainda tem os dentes da maturidade. Quer que eu tire para vocês? — Pergunta Strudel.

— Tirar? — Pergunta Ciano.

— É uma tradição antiga de tirar os dentes e enterrá-los perto de uma árvore estacionária. Essa tradição diz que esse ato traz sorte e prosperidade, além de ser uma oferenda muito apreciada pelos deuses. Não, obrigado. — Diz Índigo.

As palavras de Índigo, fazem Strudel que, ao lembrar de Turquesa, sorri para Índigo.

— Você não acredita nos deuses? Isso é muito a cara de sua mãe.

— Estamos de saída. Não temos dinheiro e ainda precisamos de um lugar para dormir. — Diz Índigo.

— Passem na Lua primaveril. A dona é uma pessoa muito gentil.

— Vamos dar uma olhada. — Diz Amarelo.

O grupo de magos sai do consultório e Strudel volta para a sua residência.

Eles andam, um pouco, pela cidade. Voltando para a pousada que avistaram na ida para o consultório do médico.

A pousada é bem grande e possui diversos detalhes azuis, na madeira, que constitui as portas e os parapeitos das janelas. Olhando pela porta saloon, da para ver uma garota, de vinte e um anos, no balcão, lendo um livro para passar o tempo.

Antes de entrar na pousada, Índigo escuta o barulho de coisas se batendo, atrás dela. Olhando para trás, ele vê Laranja segurando um saco, o qual ela não estava segurando antes.

— O que é isso Laranja? — Diz Índigo.

— Algumas moedas de bronze, luvas, adagas e eu acho que deve ter alguns sapatos também. — Diz Laranja.

Índigo encara Laranja com ódio, chegando ao ponto de das orelhas dela ficaram avermelhadas.

— Para com essa merda. Você só está arranjando problema. Você e Vermelho. Os dois vão para o psicólogo, quando pudermos pagar. Eu já cansei dessa idiotice de vocês. — Diz Índigo.

Anil, Ciano, Amarelo, Verde e Azul se assustam com a explosão de Índigo. Enquanto isso, Laranja e Vermelho parecem não se importar e Violeta se entristece pelo temperamento de sua “irmã”.

Índigo vê o rosto triste de Violeta, e respira para se acalmar. Ela passa algum tempo respirando até finalmente esfriar a cabeça.

— Resolvemos isso numa outra oportunidade. Primeiro precisamos de um lugar para dormir e dinheiro.

— Aqui, dinheiro. — Diz Laranja, enquanto balança o saco em sua mão.

— Dinheiro que seja nosso. — Diz Índigo, que pega o saco da mão de Laranja e o joga, por detrás de uma das casas da vizinhança.

Enquanto Índigo fala, ela acaba por se desequilibrar, por não estar acostumada com se apoiar na espada.

Ciano apoia ela com seus braços, por preocupação.

— Você quer ajuda, quer que eu… — Ciano é interrompido pelo olhar aterrorizante de Índigo.

— Se me oferecer ajuda de novo, eu te quebro na porrada. Faça as coisas pela sua própria vontade.

Ciano fica paralisado, enquanto Índigo se recompõe e anda em direção a porta.

Índigo usa uma das mãos para manter a porta aberta, para entrar na pousada, tomando bastante cuidado para não cair.

Quando ela entra na pousada, a garota no balcão larga seu livro e sai de trás do balcão, se aproximando do grupo, com um rosto sisudo.

— Com sua licença. — Diz a garota.

Ela passa as suas mãos, na costa, das mãos, de cada um dos magos do grupo.

Percebendo que todos no grupo são magos, o rosto dela se abre, mostrando uma feição gentil.

— Vocês estão em muta situação horrível. Suas roupas estão surradas e parece que vocês não tomam banho a meses.

Amarelo vai a frente do grupo para falar com a garota.

— Fomos detidos injustamente, no reino de Cobre. Gostaríamos de saber se pode nós ajudar. Ajudar. — Diz Amarelo.

A garota olha, mais atenciosamente, para o rosto de Amarelo. Ficando apaixonada, pelo belo rosto do garoto.

— Meu nome é Pera. Sou a dona dessa pousada. Se vocês quiserem eu posso deixar vocês trabalharem aqui por algum tempo. Mas eu não vou ter vaga para todos.

— Muito obrigado! Isso já ajuda muito. Se não te incomodar, poderia mostrar algum lugar, onde podemos tomar banho? Banho. — Pergunta Amarelo.

Os olhos de Pera, brilham com sua imaginação. Rapidamente ela volta a realidade e responde a pergunta.

— Não temos nenhum rio por perto. Se querem tomar banho, vocês precisam ir a casa de banho. Mas ela é meio custosa. Só pessoas com poder aquisitivo costuma tomar banho todos os dias.

Amarelo coça a sua testa, com seu dedo indicador. Em seguida, ele segura as mãos de Pera e olha profundamente nos olhos dela.

— Muitíssimo obrigado. Obrigado. — Diz Amarelo com uma voz suave e doce.

Pera se deixa levar pelo ar galanteador de Amarelo, o que trás a tona o seu lado mais gentil.

— Tem alguns quartos que vocês podem ficar, mas vou descontar a estadia do pagamento.

Amarelo passa o dedo, ajeitando a sua franja, tentando disfarçar que coçou a testa. Ele faz isso sorrindo, para parecer mais simpático.

Pera acompanha o grupo de magos, para os devidos quartos onde eles seriam hospedados. Para deixar as estadias mais baratas, ela deu a eles, três quartos para casais e um quarto com três camas.

Ela deixa cada um em seus devidos quartos e os avisa para encontrá-la mais tarde.

Índigo, apoiada na espada, entra no quarto de Amarelo e Azul, para conversar com eles.

— Bom trabalho, rostinho bonito. — Diz Índigo.

Diz Índigo, com um rosto sorridente.

— Eu não gosto de fazer esse tipo de coisa. Coisa. — Diz Amarelo.

— Qual o problema? As pessoas fazem as coisas, somente, por desejo pessoal. Qual o problema de despertar desejo nas pessoas? — Diz Índigo.

— Você deveria dar mais importância para os sentimentos dele. Tem coisas que são difíceis para você, da mesma forma que tem coisas que são difíceis para ele. — Diz Azul.

O sorriso de Índigo se desmancha e ela olha para Amarelo.

— Tudo bem. Só quero avisar que vamos ter que dividir os locais de trabalho. Ciano e Azul vão trabalhar numa forja, aqui perto. Amanhã vou procurar um lugar para o pessoal que não conseguiu trabalhar aqui.

Quando Índigo termina de falar, ela sai do quarto e volta para o seu próprio. Onde estão Anil e Violeta.

Índigo deita em sua cama, largando a espada ao lado dela, e cobre o rosto com os braços.

— Não sei como você consegue manter a calma Anil. Quase tudo que o resto do pessoal faz, me dá dor de cabeça. Eu sei que preciso desses imbecis, mas não tô aguentando mais.

Violeta vai até Índigo e faz carinho em sua cabeça, o que acalma um pouco a garota.

Anil, por não possuir o material de suas cartas, não consegue se comunicar com Índigo, mas sorri feliz para ela.

— Obrigado Violeta. Você é a melhor irmã mais nova que eu poderia querer.

O grupo de magos, saem de seus quartos um a um e quando todos saem dos quartos, eles vão ao encontro de Pera, que espera por eles na recepção.

— Me desculpa pessoal, mas só temos vagas para três pessoas. Isso dá um total de vinte e quatro moedas de bronze por dia, e o total das despesas é trinta e seis moedas de bronze, por dia.

— Só consigo comer uma vez ao dia. — Diz Laranja.

— Trinta e cinco. Eu posso deixar de cobrar a estadia de hoje, devido a situação de vocês. Mas não posso fazer mais que isso. — Diz Pera.

— Isso já é de grande ajuda. — Diz Azul.

— Se eu não me engano, o Final do arco-íris está precisando de funcionários. Porque não dão uma olhada? — Diz Pera.

— Nós vamos. — Diz Índigo.

— Só por curiosidade, porque você tem nome de gente velha? — Pergunta Laranja.

— Minha família gosta de nomes mais tradicionais. Quase toda a minha família tem nomes mais antigos.

Depois da conversa, Amarelo, Azul, Anil, Violeta, Ciano e Índigo saem da pousada a procura de emprego. Ciano e Azul seguem a caminho da forja, enquanto o resto do pessoal, segue a caminho do Final do arco-íris.


samluci
Pyxis

Creator

Escrevo minhas histórias, para mostrar o mundo e os personagens que eu crio, e ver como as pessoas que leem os enxergam. Se você tem alguma teoria, algum casal que goste, ou qualquer dúvida, por favor, comente. Eu vou adorar ler.

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