Ao acordar, Índigo encontra, no criado mudo de seus quarto, uma carta com o sinete de I, no lacre de cera. Por causa dessa carta, ela decide não sair do seu quarto hoje, para poder ler.
Azul desce as escadas, junto de Amarelo, Ciano e Verde. Azul e Ciano pagam as despesas e seguem para o trabalho, enquanto Amarelo e Verde seguem para a biblioteca, Seis mares.
Amarelo e Verde não foram ao trabalho, pois seus uniformes ainda não estavam prontos e Azul já pagou a estadia de hoje, o que deu a eles a liberdade de poder ir a biblioteca.
Dentro da Seis mares, o bibliotecário olha para eles, suspeitando de que farão algo, até o momento que eles vão a recepção, e ele percebe que Amarelo e Verde são magos. Depois de serem reconhecidos como magos, eles passam tranquilamente pela biblioteca.
Eles olham os livros da biblioteca e conforme eles olham, os dois acabam por se perder um do outro. Enquanto eles estão separados, Verde encontra uma seção de livros, escritos por Lokun. Os livros estão na seção de conhecimento mágico e dentre eles, dois chamam a atenção de Verde. "Enciclopédia de criaturas mágicas terrestres" e "Dádivas e desgraças".
Verde pega a enciclopédia de criaturas mágicas e a abre. Na primeira página, possui um glossário, explicando as classificações que o escritor usa para os monstros. Nível mágico, de um a quatro. Tamanho, pequeno, médio, grande e gigantesco. Inteligência, de um a quatro. Periculosidade, de um a quatro. De exemplo, ele usa as classificações de um mago, para exemplificar os status, sendo respectivamente, dois, médio, três e dois.
Verde vira a página e a primeira criatura que é descrita, são os dragões. "Eu os classifico como animais escamosos não reptilianos. Essas criaturas têm poder mágico descomunal e inteligência sobre humana. Os espécimes que eu encontrei, foram derivados de lobos, vacas e morcegos. Dos espécimes que eu encontrei, todos eram aficionados por algum tipo de tesouro.". Os status dos dragões são: Nível mágico quatro, tamanho de grande a gigantesco, inteligência de três a quatro e periculosidade quatro.
Quando Verde termina de ler o capítulo sobre os dragões, ele escuta a voz de Amarelo e vai ao encontro dele. Verde encontra Amarelo a conversar com um garoto que aparenta ter vinte anos de idade.
— Eu... Amarelo...
Amarelo escuta verde murmurar e vai de encontro a ele, junto a o garoto que ele estava conversando.
— Pêssego, esse é meu amigo Verde. Viemos juntos para a biblioteca — Diz Amarelo.
Pêssego estende a mão para Verde que, apesar de estar envergonhado, aperta a mão dele.
— Eu vou dar um passeio na cidade com ele. Você quer continuar na biblioteca? — Pergunta Amarelo.
Verde acena com a cabeça e Amarelo e Pêssego saem da biblioteca.
Verde volta a seção onde ele encontrou o livro que está em sua mão. Ele coloca o livro de volta na prateleira e pega o outro livro que chamou a sua atenção.
O livro fala das duas formas em que a mana pode se manifestar no corpo. A primeira e forma mais comum, é a expressão, que os magos em geral possuem. A outra é a adoração. As pessoas que possuem esse tipo de manifestação, são perseguidas por um dos elementos naturais. Os nomes dádiva e desgraça, são nomes antigos, que eram muito utilizados, antes da grande guerra, onde os fenômenos das desgraças eram muito mais comuns.
Verde começa a ler os livros de Lokun, sem se aprofundar no conteúdo. Um livro atrás do outro, ele observa a gama de áreas, nas quais ele pesquisou. Cada um dos assuntos de seus livros é mais intrigante do que o anterior e todos eles instigam você a querer saber mais sobre o mundo.
Faltando alguns poucos livros para serem folheados, um livro, ao final da prateleira chama a atenção de Verde. O título "Médico, bailarina, professor e observadora.", parece se destacar na lateral do livro.
Quando Verde estende a mão para pegar o livro, o bibliotecário aparece ao seu lado, para avisar que a Seis mares, já está para fechar e ele deve se retirar. Nesse momento, Verde percebe que passou quase o dia inteiro, lendo livros. Então, ele retorna para a pousada.
Na pousada, Índigo ainda está a ler a carta, tentando compreender o que ela quer dizer.
— "O caminho começa com o encontrar do médico. Depois de uma preparação prolongada, a esperança segue pelo seu caminho de forma despercebida. Labirinto, riacho, fazenda e portão. O mapa, mesmo que vazio, irá guiar o seu caminho, para que chegue em seu destino. Porém, a aventura só irá começar, quando encontrar a chave desmotivada para o coração de uma jovem donzela... Assinado, I." — Diz Índigo, lendo a carta.
Índigo coloca a carta no criado mudo e enfia a sua cara na cama.
— Me diz, não dá vontade de encher uma pessoa dessas de porrada? Esse imbecil quer me ajudar ou quebrar a minha cabeça?
Enquanto Índigo está frustrada, por não entender quase nada da carta de I, Violeta deita ao lado dela e encosta sua testa na cabeça de Índigo.
— Índigo, história?
— Por favor. — Diz Índigo.
Violeta conta uma história, sobre como os leões da floresta evitavam os antílopes. Pois, a forma de mana que se manifesta nos rabos dos antílopes, incomoda criaturas que percebem mana pelo cheiro. Depois da história, Índigo e Violeta tem uma discussão, de porque a antílope comeu o leão da montanha no final, mas tudo isso, já melhora bastante o clima e Índigo começa a se sentir melhor.
O grupo de Índigo, coloca-se a dormir, pois amanhã seus uniformes ficaram prontos e será um dia de trabalho árduo.
Depois de acordarem, todos vão ao alfaiate, menos Ciano e Azul, que vão para a forja. Amarelo, Índigo, Anil e Violeta vão ao alfaiate perto do Final do arco-íris, enquanto o resto vai ao alfaiate que fica duas ruas a frente da Seis mares.
Quando Violeta entra no prédio do alfaiate, ela encontra o garoto dormindo na frente da porta. Violeta se abaixa e cutuca ele, por algum tempo. Até o momento que ele acorda.
— Eu dormi no trabalho de novo? — Pergunta ele.
— Parece que sim. — Diz Índigo.
O garoto levanta e vai até o segundo andar, onde ele pega as vestimentas, que foram encomendadas, e entrega para eles. As roupas são praticamente bege, mas as roupas de cada um possui detalhes coloridos nas barras, gola e botões, da camisa social. A roupa de Amarelo possui detalhes alaranjados, a de Anil possui detalhes rosados, a de Violeta possui detalhes azuis e a de Índigo possui detalhes verdes.
— Faltou só uma coisa. — Diz o garoto, enquanto abre uma gaveta.
Da gaveta ele tira alguns pares de sapatos marrons, da gaveta.
— Eu pedi para fazerem esses pares de sapato, das medidas que eu tirei de vocês. Espero que fiquem confortáveis.
Violeta começa e se trocar e depois de terminar, ela olha ao redor de seu corpo, tentando ver se a roupa ficou bem nela.
— Bonito? — Pergunta Violeta.
— Você está muito bonita. — Diz Índigo, enquanto Anil concorda com ela, acenando com a cabeça.
Os outros três vão para um cômodo separado, para se trocarem, e Violeta acompanha Anil. Depois de se trocarem eles vão ao Final do arco-íris, para fazerem seu trabalho.
No restaurante, Índigo e Violeta ficam de garçonetes, enquanto Amarelo fica como assistente de cozinheiro e Anil fica no caixa.
Surpreendendo Castanho, Amarelo demonstra o seu rápido aprendizado culinário. Depois de ver Castanho cozinhando algo, o garoto consegue copiar de forma esplêndida, com, somente, uma tentativa. Chegando ao ponto de Castanho dar uma longa pausa, deixando Amarelo como único cozinheiro.
Passado um bom tempo, em que Amarelo cozinha sozinho, Pêssego entra no restaurante a procura de Amarelo. Depois que ele o encontra, ele acaba por elogiar a nova vestimenta de Amarelo. Então, Amarelo dá uma pausa, para poder sair com Pêssego e deixa Castanho na cozinha.
No fim do expediente, todos voltam para a pousada, a tempo de ver Verde, com sua roupa social, tocando piano, durante o jantar. Enquanto Verde toca piano, Laranja está como garçonete e Vermelho está arrumando os quartos.
Eles passaram alguns dias nessa rotina de trabalho, até o dia primeiro verde. Nesse dia, Índigo chamou todos para seu quarto, para eles se organizarem.
Faltando somente Azul e Amarelo para chegarem, algumas pessoas estavam conversando sobre coisas aleatórias.
— Índigo, porque tivemos que trabalhar se Azul, sozinho, já conseguiu uma fortuna? — Pergunta Laranja.
— Reclama quando tiver dinheiro faltando, não quando ele estiver sobrando. — Diz Índigo.
— Você acha que eu deveria levar uma bússola? — Ciano pergunta a Anil.
Anil acena com a cabeça para responder sim, mas Índigo acaba por lhe interromper.
— É bom, eu não consigo ver o norte e sul mágicos, se estiver debaixo da terra. — Diz Índigo.
Depois de algum tempo, Amarelo, que está muito sonolento, entra na sala, acompanhado de Azul, que estava todo esse tempo tentando acorda-lo.
—Que dia foi ontem? — Pergunta Amarelo.
— Quarenta e seis de despertar. — Responde Ciano.
Amarelo abre um pouco os olhos que estavam espremidos. Ele não esperava que o mês já tivesse passado.
— Conseguimos juntar todos os mantimentos necessários. Agora é a vez de vocês cumprirem a sua parte do acordo. Amanhã nós iremos começar a explorar o labirinto. Se tem algum assunto pendente na cidade, ou algo que queira comprar, faça hoje... Só isso. — Diz Índigo.
As pessoas vão saindo do quarto, uma por uma, mas quando Amarelo tenta sair do quarto, Anil o para e entrega para ele uma carta, endereçada a Pêssego. Amarelo acena com a cabeça e volta a seu caminho.
Amarelo segue para a casa de Pêssego. Quando ele bate na porta, Pêssego abre a porta, com uma expressão alegre de surpresa.
— Não esperava que você viesse tão cedo. — Diz Pêssego.
— É que eu vou ir embora da cidade amanhã, então queria poder me despedir de você.
— Você já tinha me contado, que não ficaria por muito tempo.
— Eu queria que você pudesse vir conosco.
— Você sabe que eu tenho um trabalho muito importante no reino de Diamante. Acabou que ambos temos coisas que temos que fazer, mas foi legal, o tempo que passamos juntos.
Amarelo estende a mão e entrega para ele a carta escrita por Anil. Pêssego pega a carta e sorri para Amarelo.
— Uma amiga minha, escreveu essa carta. Eu não sei por... — Diz Amarelo.
— Eu queria que você me contasse, como você ganhou essa cicatriz. Como pedido de despedida. — Pêssego interrompe, levantando o cabelo de Amarelo e aproximando seu rosto do dele.
Todos terminaram as suas preparações. Vermelho conseguiu roupas novas, Laranja melhorou a sua alimentação, Amarelo se despediu de Pêssego, Verde comprou uma mochila para seus livros e teve algumas novas aquisições, Azul comprou cinco cotas de malha e armas leves, Anil fez um estoque para a confecção das suas cartas, Violeta comprou algumas máscaras bonitas, Índigo conseguiu seu bastão novo e Ciano comprou uma boa quantidade de instrumentos de cartografia. Além das compras pessoas de cada um, eles também compraram algumas barracas e equipamentos para acampar. Tudo para explorar o labirinto.
Comments (0)
See all