- Chega! vou pra casa. - José falou enquanto tirava o pó da sua roupa. Porém, quando chegou até a guilda, notou que a mesma estava fechada, devido a diversos membros estarem na prisão arcana. Tristemente concluiu que não tinha casa, deprimido com tantos infortúnios, andou até o portão leste de Geffen.
- Karalho, eu só me fodo nessa merda, tudo de ruim acontece comigo pqp só porque sou preto.
Chegando em Gef_Fild07 ele dirigiu-se até a água e foi avançando desolado.
Inicialmente pensou em se levar para tirar as “impurezas” mas logo em seguida pensou que talvez morrer logo afogado fosse melhor, chegado bem próximo ao centro, olhou para a grande ponte, em seguida para a torre suspirando.
Uma sombra se formou em volta dele justamente com um assobio intenso de vento
- Mas que karalhos…
BAM SPLAH GLUB GLUB GLUB GLUB!
José não entendeu o que aconteceu, mas de repente havia sentindo um imenso impacto que o havia empurrado para o fundo do lago. Atordoado, instintivamente nadou até superfície em busca de ar. Ofegante olhou envolta até que uma figura ensopada surgiu da água
– Iae! Lucas!
- Mas quem karalhos é tu?!
Sorrindo a figura disse
- Sou eu, Rafa Galado, ta me reconhecendo não?
Extremamente surpreso, ele gritou exaltado:
- Rafael!?! Mas que, como karalhos você chegou caindo do céu!!!!
– Ha, láaaa em cima tem uma pequena pracinha com um cogumelo gigante de sombreiro, é um lugar bem bonito por sinal, eu estava admirando a vista pelos binóculos que tem lá, aquela porra é 5 zeny por 15 minutos muito roubo, mas enfim, ai eu vi tu aqui embaixo, e bom, antes que eu desse a volta todinhaaaa descendo aquela ladeira de pedras flutuantes até aqui, vish, ia levar tempo demais, ai decidi pular xD ha!
- ... e você precisa pular logo EM CIMA DE MIM SEU ANIMAL!?
- Claro, é mais divertido ahahahahaha
- Divertida é a sua mãe! Quase morri fdp.
- Ha tem problema não macho, relaxa, Curar!
José empurrou o queixo pra trás.
-E tu cura? Wtf!
- Sim, sim, sei fazer muitas coisas massas. Ah, por exemplo, olha só essa caixinha.
José pegou a caixinha e quando a abriu uma luz cegante tirou sua visão:
- Haaaaa que porra é essa galado, to cego, to cego!!!
- Calma, é só uma armadilha de luz inofensiva, daqui a pouco vc volta a enxergar heheh
- inofensiva uma porra, cadê você pra eu te bater! José esmurrou o ar e a água várias vezes.
- Calma ai vc caiu no meu provocar relaxe ai fera.
José parou para pensar enquanto sua visão lentamente voltava:
- Pera ai... Mas que porra de classe você é para ter todas essas habilidad… Ah! tu é um super aprendiz?
Sorrindo Rafa respondeu:
- Exato!
- Porque raios tu pegou uma classe inútil dessas?
- Hei! Não me chame de inútil, eu estive explorando muitos lugares e percebi que os aprendizes são os melhores viajantes, além do que, ter tantas habilidades é extremamente versátil, é a coisa mais útil do mundo para poder viajar! eu consigo me virar em fazer quase tudo, e posso manejar qualquer arma em qualquer situação.
- ... Tá, mas vamos sair dessa merda logo, tô de saco cheio de ficar molhado
- Oxe, mas é você que tava aqui no meio do rio.
- Isso é um lago.
- Um rio
- Haa tanto faz, tô começando a me perguntar se por acaso tenho um imã pra atrair idiotas.
- Ham? Ta atraindo a si mesmo macho? kkkk
- Não retardado, to falando que em poucas semanas já encontramos uma pá de conhecidos mesmo devendo ser bem improvável no meio de tanta gente.
- Talvez seja obra do destino, ou vai saber.
- Destino é meu ovo galado, isso não deve ser coincidência não, há alguém por traz disso, certeza.
Chegando a margem tentaram secar suas roupas o melhor que puderam em uma pequena barreira de fogo que Rafa havia usado, o mesmo estava com uma cara bem sorridente e eufórica.
- Então... Ta morando aonde?
- Morando? Lugar nenhum velho! O céu é minha morada eu tô explorando tudo que posso cara! Esse mundo é muito massa, tanta coisa linda pra se ver, natureza e pa, lugares incríveis, e parece não ter fim!!! As cidades são cheias de pessoas exóticas e lugares curiosos, às vezes eu me escondo e tento espiar uns locais massas.
Escutando isso José percebeu que seus desânimos e problemas afinal não eram tão terríveis assim, a energia de Rafael o estava revigorando. Ele estava com vontade de sair por si e se aventurar também.
Perto de geffen José conseguiu contato com Drago e mandou uma mensagem telepática.
Drago respondeu então: “ainda estou muito ocupado estudando umas coisas aqui, arranje o que fazer pelos próximos dois dias e então partiremos.”.
Enquanto isso a situação em Payon estava ficando cada vez mais tensa. Alianças secretas estavam se formando e complôs entre senhores e lordes feudais a fim de ampliar seus territórios e suprimir as famílias oponentes. Promessas de casamentos não pareciam mais conseguir suprir a inimizade nutrida pela ganância e ódio. Algumas pequenas forças vindas de Kunlun deixaram a coisa ainda mais suspeita. Como contra medida algumas pessoas fizeram acordos com distintas famílias em Amatsu interessadas em territórios do reino. O olho da capital Prontera estava lentamente se voltando para Payon e ficando pouco a pouco ciente dos problemas, mas isso acabou dividindo opiniões dentro do Conselho Real, uns a favor de intervir, outros de apenas observar, e outros em dizer que era apenas um conflito comum entre famílias orgulhosas que não merecia atenção. Esses e outros motivos mais profundos também esquentaram o clima já agitado do jogo de poder entre as muralhas da Capital.
Havia porém certos grupos que buscavam manter o equilíbrio, uma certa comissão de iniciativa própria tentou apaziguar a situação em Payon.
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