Por um momento fiquei em estado de choque, me perguntei se aquele ser estava envolvido nessa série de eventos.
— E não é só isso... Eu me tornei um deles. — Disse Heyder.
— Como assim? — Perguntei com muita surpresa.
— Eu desenvolvi poderes, isso não é bruxaria. Ao invés disso demos um nome melhor a isso, se chama magia. — Afirmou Heyder.
— E não é só isso, aposto que você também despertou esses "poderes". — Acrescentou Heyder.
— E como eu descubro se eu realmente despertei? — Perguntei um pouco curioso.
— Venha comigo, te levarei até a Centro dos Caçadores para fazer o exame. — Falou Heyder.
— Eu faço isso amanhã então, agora quero ficar com a minha família. — Falei, já muito cansado.
— Por que não faz agora? Depois teremos todo o tempo do mundo. — Disse Giselly, também curiosa sobre o meu provável despertar.
— Ok então, vamos lá. — Falei para Heyder.
Heyder meu levou até o Centro dos Caçadores, um lugar cheio de pessoas com as mais diversas armas que se pode imaginar. Fomos até um balcão onde havia uma recepcionista.
— Bom dia senhores, em que posso ajudá-los? — Disse a recepcionista.
Então Heyder cochichou em meu ouvido:
— Fale a ela que você veio ver seu despertar.
— Ata, então moça, eu vim aqui para ver se eu despertei. — Falei para recepcionista.
— Muito bem, entrem por aquela porta e sigam a placa escrito "Exame" lá vocês irão encontrar a atendente. — Disse a balconista com um sorriso generoso.
Eu e o Heyder seguimos a orientação da balconista. Chegando lá a atendente nos recebeu:
— Bem-vindos ao setor de exame, em que posso ajudá-los? — a atendente perguntou já olhando para mim.
— Eu vim aqui ver meu "despertar". — Falei para atendente.
— Certo, você está com sorte pois o Doutor está desocupado hoje, venha comigo, irei levar você até a sala de exame. — A atendente já se levantou e fez um gesto com a mão para que eu a seguisse.
— Eu espero seu resultado aqui. — Disse Heyder.
Depois de andar pelos corredores do setor de exame, chegamos até uma grande porta de madeira, a atendente abriu a porta e disse:
— Com licença, temos um novo exame para fazer. — A atendente abriu a porta lentamente.
Quando a atendente abriu a porta, havia um homem velho, barbudo, calvo, mexendo em uma esfera brilhante. Depois de um tempo ele percebeu nossa presença.
— Oh, Laura, Quem é esses rapaz? — Ele parou imediatamente o que estava fazendo, pegou sua bengala e andou até nós.
— Doutor, o senhor poderia ver se esse homem despertou? — Falou a atendente.
— Ver um despertar? Não faço há um tempo. Me diga jovem, qual é o seu nome? — O doutor perguntou me olhando fixamente.
— Meu nome é Isacc, eu estava no hospital até agora pouco, e vim aqui para ver se eu despertei.
— Huh, você é daqui? — Perguntou o Doutor.
— Sim, eu era um soldado que cuidava da fronteira de Constantino. Um incidente acabou me deixando em coma por 4 anos.
— Interessante, então por favor, levante sua camisa.
Inicialmente eu estranhei, mas conclui que aquilo era uma etapa do meu exame.
Quando levantei a camisa, o Doutor colocou sua mão fria em minha barriga, e símbolos estranhos apareceram em meu abdômen inteiro. O olho do Doutor começou a brilhar e de repente ele esboçou uma expressão de decepção.
— Jovem, pela minha análise... Você não despertou.
— Como assim? Isso significa que eu não tenho "magia"? — Falei com uma certa tristeza.
— Isso mesmo, você é um caso raro pois... 98% da população de Constantino despertou. Não consigui encontrar um pingo de mana vindo de você. — O Doutor falou colocando a mão sob meu ombro na tentativa de me consolar.
Após isso, sai da sala de exame e fui caminhando lentamente até a saída.
"Como pode 98% da população de Constantino despertar e eu não?" — Pensei.
— E aí Professor, como foi o seu exame? — Heyder perguntou todo animado e cheio de curiosidade.
— Deu em nada... Estou indo pra casa. — Falei olhando para baixo, desolado.
Chegando em casa, tentei me animar um pouco, e esquecer esse resultado falho. Também, havia um tempo que eu não via a minha esposa, e meu filho era novidade pra mim.
— Bem-vindo de volta — Giselly me recebeu da melhor forma possível.
Antes mesmo que ela me perguntasse sobre o resultado, eu já disse:
— Então... eu não despertei essa tal magia... — Dei um sorriso falso, para não preocupar Giselly.
— Entendo... para falar a verdade para você, nem eu, nem Edward despertamos...
Como eu já estava muito cansando, resolvi ir dormir, falei a Giselly para me contar mais sobre os acontecimentos dos últimos 4 anos na manhã seguinte.
...
Enquanto eu dormia, uma voz familiar soou em minha mente.
- Está na hora de terminar o que começamos, humano.
Em um mundo no período medieval, acontecimentos sobrenaturais passam a acontecer, e o surgimento de bestas e monstros passou a se tornar algo comum. Os humanos desse mundo receberam uma dádiva de seres desconhecidos, e algumas pessoas usaram dessa dádiva para enfrentar esses monstros. Entretanto, havia um perigo maior do humanidade imaginava.
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