Quando a primeira forma foi ativada, algumas regiões do meu corpo ficaram envolvidas em chamas vermelhas. Parte das minhas roupas foram incineradas devido a alta temperatura das chamas.
O monstro tentou me atacar, atirando um feixe de energia com o seu terceiro olho, mas eu consegui parar apenas com uma mão. Quando viu que aquilo não estava surtindo efeito, ele tentou me afundar no chão novamente com a sua pressão, sem sucesso.
Em uma velocidade insana, eu apareci atrás dele. Antes que ele pudesse reagir, dei-lhe um soco no rosto forte o bastante pra atravessar sua cabeça.
"Acabou." — Pensei.
O monstro morreu, ainda com 4 segundos sobrando, fiquei apenas admirando a paisagem, pois a tempestade havia finalmente acabado.
"Seu tempo acabou." — Disse a voz misteriosa em minha mente.
Quando a primeira forma foi desativada, eu senti um choque de dor que nunca havia sentido antes, meu corpo estava com várias queimaduras de 3° grau, além dos ferimentos sofridos na batalha.
As últimas coisas que consegui ouvir, foram as palavras da voz misteriosa.
"Você não tem mais condições de usar a dádiva, vou deixar você escolher alguém para herdá-la. De preferência jovem com um enorme potencial, e claro, digno também. - Disse a voz misteriosa.
"Entrego essa dádiva ao Heyder, então." - Escolhi Heyder porque ele se encaixa na descrição dada, e também, porque foi a primeira pessoa que me veio em mente.
"Adeus, humano." - Essas foram as últimas palavras que ouvi.
[PONTO DE VISTA DE HEYDER]
Eu fui o primeiro a deixar a posição para verificar o estado do comandante, quando cheguei lá, visualmente seu estado era péssimo! A primeira coisa que fiz foi checar seus batimentos cardíacos, e foi nesse momento... Que percebi que ele estava morto. Fiquei extremamente abalado pela morte do melhor soldado de Constantino, escorreu algumas lágrimas dos meus olhos.
Os soldados vieram logo em seguida para retirarmos o corpo do comandante. E quanto ao monstro, seu corpo foi acolhido para ser estudado.
*No dia seguinte.*
Hoje é o dia do enterro do comandante, algumas pessoas prestaram uma homenagem a ele, foi citado que se o Professor Isacc acordar de seu coma, ele iria substituí-lo como comandante, mas enquanto isso, um homem chamado Tumpson iria substituí-lo interinamente.
Após o enterro, recebi a notícia de que o filho do Professor Isacc havia nascido, fui correndo até o hospital. Chegando lá falei com a atendente.
— Com licença, em que quarto está Giselly Willier? — Perguntei a atendente, com muita pressa.
— E você é? — Perguntou a atendente.
— Eu sou Heyder, sou o padrinho do filho dela. - Respondi.
— Ela está no Quarto 14. — Disse ela apontando para a direção do quarto.
Sem perder muito tempo corri até o local indicado, chegando lá, bati na porta.
— Entre! — Disse Giselly.
Quando eu entrei, Giselly estava segurando o recém-nascido em seu colo.
— Oi Heyder, quer segurá-lo pra mim? — Perguntou Giselly com um sorriso no rosto.
— Claro. — Peguei o bebê em meu colo.
— Como se chama? — Perguntei a Giselly, pois eu ainda não sabia o nome dele.
— Edward Willier. — Ela me respondeu.
— É um bom nome. — Falei em enquanto a criança dormia em meu colo.
*1 hora depois de jogarmos conversa fora*
— Bom, preciso ir andando. Não tem problema você ficar aqui sozinha? — Perguntei a Giselly.
— Não, daqui a pouco meu pai chega. — Disse ela já pegando seu bebê em meu colo.
— Tudo bem, nos vemos mais tarde. — Me despedi de Giselly e fui para casa.
[PONTO DE VISTA DE SAMY]
Quando fui embora do enterro do comandante, fui para casa descansar um pouco. Enquanto eu descansava tive sensações estranhas.
*No dia seguinte*
Quando acordei, fiquei com uma sensação estranha em meu corpo, a mesma de quando eu estava dormindo. Resolvi ignorar isso e ir trabalhar.
Quando cheguei no portão sul haviam várias pessoas lá, mais do que o comum. Foi quando encontrei o Heyder.
— Bom dia Heyder, o que está acontecendo? - Perguntei a ele.
— Bem, aparentemente várias pessoas estão despertando uma espécie de "poder da bruxaria". Praticamente a população inteira de Constantino, incluindo o Rei. Mas o Rei nega que isso é "bruxaria" e disse que isso na verdade é uma benção de Deus chamada magia.
— Entendi... mas por que toda essa gente?
— Ah, é porque tem uns médicos que conseguem detectar se você despertou essa tal magia ou não. Aí resolveram fazer os exames na população aqui mesmo, mas também tem outros sendo feito no portão norte. — Disse Heyder.
— Número 102! — Disse um dos médicos.
— Bom, é minha vez, te vejo em breve. Pra pegar sua senha é só ir até aquela fila. — Heyder aponta para uma fila enorme.
— Entendi, te vejo em breve então. — Fui andando em direção ao começo da fila.
— Ei moça, pode vim. Os soldados tem preferência. — Disse um dos médicos que estavam examinando.
Vi os olhares de desaprovação das pessoas que estavam na fila, mas como eu não queria perder muito tempo, fui até o médico para verificar se eu despertei.
Em um mundo no período medieval, acontecimentos sobrenaturais passam a acontecer, e o surgimento de bestas e monstros passou a se tornar algo comum. Os humanos desse mundo receberam uma dádiva de seres desconhecidos, e algumas pessoas usaram dessa dádiva para enfrentar esses monstros. Entretanto, havia um perigo maior do humanidade imaginava.
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