— Parabéns, o senhor despertou! — Disse o médico que me examinou.
— E qual é o meu poder? — Perguntei muito curioso.
— Infelizmente você terá que descobrir isso sozinho... — Falou o médico.
Depois de ser examinado alguém cutuca o meu ombro. Era Samy.
— Eu despertei, e você? — Samy me perguntou.
— Eu também! — Respondi ela.
— Mas como você foi atendida tão rapidamente? — Perguntei já sabendo que ela deveria ter demorado para saber o seu resultado.
— O médico me disse que os soldados têm prioridade. — Ela piscou para mim e deu um sorrisinho.
"Eles não sabiam que eu era um soldado também!? Fiquei esperando uma hora e meia a toa." — Pensei.
Nada de interessante aconteceu depois disso, até que...
*3 anos depois*
"Durante esses 3 anos que se passaram, vários monstros passaram a surgir. Algumas pessoas aprenderam a usar o seu poder. Incluindo a Samy, mas ninguém usava seu poder com tanta eficiência quanto o falecido comandante Harry. Eu sou um dos poucos despertados de Constantino que não aprendeu a usar o seu poder. A única coisa que consigo fazer é aumentar meus atributos físicos. Em pouquíssimo tempo, vários monstros passaram em surgir de maneira descontrolada, e as pessoas que possuem a "benção de Deus" tem o trabalho de parar esses monstros. E nisso, foi criado o Centro de Caçadores, um lugar onde pesquisas são feitas e também atende essas pessoas, os chamados Caçadores de Monstros ou como o Rei de Constantino chama: Os Abençoados"
As pessoas que despertaram podiam optar por seguir suas vidas normais, ou usarem seu poder para alguma função. Isso inclui os soldados, eu decidi que enquanto o Professor Isacc não despertar, eu não iria me tornar um Caçador de Monstros."
Passei todo o tempo tentando descobrir algo novo sobre o meu poder, mas eu não consegui fazer nada a não ser aumentar meus atributos físicos.
Eu passei a visitar Edward com frequência, o tratei como se fosse meu filho, e o ensinei tudo que ele precisa saber sobre a vida. Uma vez Edward me disse que queria ser um cavaleiro assim como seu pai.
Também visitei o Professor Isacc no hospital, no mínimo 3 vezes por semana. E assim se passou 4 anos.
*4 anos depois*
Recebo a notícia de que o Professor Isacc finalmente acordou do seu coma, fui correndo até o hospital.
...
*Momento atual*
— E assim se passaram 4 anos. — Vejo a cara de surpresa do Professor.
[PONTO DE VISTA DE ISACC]
Quando ouço Heyder me falando tudo aquilo, percebo o quanto a humanidade mudou durante esses 4 anos. Percebo que devo aprender mais sobre a minha dádiva por mim mesmo, e ainda pergunto:
— Heyder, seu poder não falou com você? Em sua mente? — Lembrei que o Beta em minha mente me deu várias orientações de como usar a minha dádiva.
— Não, não ouvi em nada em minha mente durante esses 4 anos. — Ele me respondeu com um certo espanto.
— Entendo, então nesse caso me acompanhe, irei ensinar a você como usa o seu poder... ou melhor, a sua dádiva. — Fui até meu quarto para me arrumar. Heyder já estava preparado.
A Giselly chega e percebe que estou me preparando para sair, e pergunta:
— Onde você pretende ir?
— Eu vou sair, talvez fiquei muito tempo fora. Sinto muito por isso... Mas prometo enviar uma carta sempre que possível. — Respondi.
— Entendo, por favor se cuide. — Ela falou com um olhar preocupado.
— Não se preocupe... voltarei antes que perceba. — Dei um beijo em sua boca, e antes de sair dei um abraço em meu filho.
Quado eu estava saindo Edward me segurou com força e disse:
— Pai, você vai voltar? — Dava pra ver que ele não queria que eu fosse embora.
— Com certeza meu filho! — Dei um abraço forte e confortável nele.
— Cuide de sua mãe pra mim. — Falei enquanto colocava minha mão em sua cabeça. Edward chorou e balançou a cabeça concordando.
Então, fui embora.
"Mas ele não queria saber o que aconteceu durante os 4 anos que ele ficou no hospital?" — Giselly pensou.
Passamos na casa de Heyder para ele pegar algumas roupas, e seguimos caminho.
— Para onde estamos indo? — Heyder perguntou.
— Vamos até o quartel, pedir permissão para sair de Constantino. — Falei para Heyder.
Chegando no Quartel, fomos recebidos por Thumpson.
— E aí Isacc, é bom vê-lo novamente! — Ele disse com um sorriso no rosto e me dando um abraço.
— Fiquei sabendo que você não recebeu a benção de Deus, mas que infelicidade hein. — Thumpson falou como se eu fosse inferior a ele.
— Pois é, então, eu quero permissão para sair. — Fui direto ao ponto.
— Hoho, então você quer sair de Constantino? Você quer morrer de vez?! Tem monstros terríveis lá fora, você não sobreviveria.
— Apenas me dê, eu irei me virar. — Deixei claro que eu não morreria tão facilmente.
— Muito bem, irei dar a permissão de saída a você. Espero que consiga sobreviver lá fora. — Thumpson me entrega a permissão de saída.
Indo embora do quartel, fomos até o portão sul, sair de Constatino.
Em um mundo no período medieval, acontecimentos sobrenaturais passam a acontecer, e o surgimento de bestas e monstros passou a se tornar algo comum. Os humanos desse mundo receberam uma dádiva de seres desconhecidos, e algumas pessoas usaram dessa dádiva para enfrentar esses monstros. Entretanto, havia um perigo maior do humanidade imaginava.
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