Após nossa visita ao presidente dos Estados Unidos, o homem mais importante da Terra, segundo nos disseram, ideias estranhas começaram a mexer com a cabeça de Tyran, talvez porque nossos anfitriões o tenham tratado como se fosse uma divindade, acho que isso fez o ego do comandante barkarian querer mais. Depois do encontro, os generais das treze naves se reuniram na nave de Tyran.
— Sou a favor de pegarmos logo tudo que precisamos e seguirmos a rota original, novamente. — Drokar falou após dar um soco sobre a mesa.
— Esse planeta ainda tem muitos recursos naturais e poderia abrigar os barkarians por gerações, seríamos tratados como deuses, por aqui.
— Não o reconheço, Tyran. Somos nômades há gerações e nenhum de nós nunca quis mudar isso.
— Talvez porque nenhum barkarian encontrou um planeta como esse, onde poderíamos recomeçar...
— Ei... vá com calma, Tyran. Esse planeta já tem seus habitantes. — Falei com firmeza.
— Sim, habitantes fracos, primitivos. Um barkarian seria suficiente pra destruir todos eles. — Fiquei irritada.
— Não temos esse direito, Tyran.
— Temos sim, Megara... e acredito que não deveríamos desperdiçar essa oportunidade. — Drokar bateu as duas mãos sobre a mesa, ao ouvir o que disse Tyran.
— Não quero passar meus dias nesse lugar. Sou um barkarian, meu lugar é no Espaço. — Drokar deixou a sala de reuniões.
Quando Drokar saiu da sala, os comandantes começaram a discutir. Alguns apoiavam Tyran, mas a maioria queria seguir Drokar. No dia seguinte, o comandante de madeixas douradas se uniu aos seus apoiadores e iniciou um ataque aos terráqueos, o objetivo era provar que os barkarians são hostis, pois o comandante imaginou que, assim, os habitantes da Terra jogariam um balde de água fria nos planos de Tyran e todos se esqueceriam dessa besteira de criar um novo planeta Barkar. Mas ao fazer isso, Drokar desafiou o deus das rotas das estrelas e o resultado ninguém poderia ter previsto. Na verdade, Órion, o último dos videntes barkarians, tentou avisar.
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