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Esfera 90

Inferno - Parte 2

Inferno - Parte 2

Apr 13, 2021

Na tela era possível ser vista inúmeras do que podemos chamar de naves, saindo do portal em sua completa extensão. As naves tinham uma forma peculiar, lembrava a forma de metal, todas tinham um formato minimalista retangular, não apresentavam nenhum tipo de asa, ou compartimento, apenas o liso e reluzente metal enegrecido em forma retangular. Dessas, variavam muito o tamanho, haviam umas estupidamente gigantes e outras que ficavam ridículas se comparadas a essas. 

— Tá, e se a gente for otimista e aquelas coisas não forem naves? — Dizia Kirby de maneira irônica enquanto via a transmissão de Mônica.

— Não é otimismo, Kirby, é burrice, olha aquilo, se aquele monte de pedras espelhadas não forem naves, vão ser o quê? — Revidava Vamira. Kirby por um momento fazia silêncio olhando para ela, um pouco surpreso.

— Eu só queria quebrar o clima, Vami, cacete!

— Quer ser engraçado agora, Kirby? Agora? Você tem certeza? — Perguntava Vamira séria.

— E se não for agora, quando vou ser? Só quando a situação melhorar? E você pode me dizer quando isso vai acontecer? Do jeito que as coisas estão indo? — Responde Kirby começando a se exaltar.

— Não seja então, droga! Você é a merda de um cientista, aja como um! — Vamira estava nervosa.

— Vami, o que foi, inferno? Por que isso agora? Simplesmente do nada, você nunca retruca minhas piadas.

— Porque são sempre ruins, mas dessa vez, no contexto que estamos, não deu Kirby, não deu. Agora não é hora! Precisamos de soluções, não de piadas!

Todos olhavam quietos os dois discutindo.

— Soluções? Sim, precisamos, mas querer problematizar piada não é o primeiro passo, eu garanto.

— Kirby, por que você não vai a merda? Que saco! É simples, você não é uma criança para querer brincar agora, é só agir como um adulto, ficar preocupado como todos aqui estão!

— Ha, e eu não tô de certo, né? Vami, você sempre teve essa necessidade compulsiva de querer ser a certinha em tudo, isso sempre me irritou, mas você era uma pessoa incrível na maior parte do tempo, então eu relevava, mas puta merda, né? Aí já é demais!

— Ah, Kirby, sério, vai se foder, com todo respeito com o profissional que você é, mas caralho, olha o nível que você chegou, quer estar certo numa situação dessas?

— Eu sei que a Jackes se foi, eu sei que vocês estão mal com isso ainda, eu sei que é um vazio que não vai preencher tão cedo, eu sei que vocês sentem falta dela, eu sei disso, mas não briguem entre si, nenhum de nós teve culpa, se quiserem direcionar seu ódio a alguém, direcione àquilo. — Dizia Thálita cortando a briga dos dois, apontando o dedo para a transmissão. Kirby e Vamira ficavam em silêncio, com os rostos fechados, eles sabiam que no fundo, era esse o motivo, só alimentaram isso pois queriam soltar para fora toda aquela angústia.

— Entramos na Cúpula, chegaremos no destino em alguns minutos. — Anunciava o piloto pelas saídas de som do Jato.

 

...

— Meu lorde, por onde deseja começar? — Um alienígena pequeno, dois braços, aparentava ser uma espécie de criado, perguntava ao seu superior, aparentemente, em uma língua desconhecida.

— Não se preocupe, siga com a estratégia de cercá-los e tomar as três esferas ao mesmo tempo, eu vim por assuntos pessoais, então a minha nave irá junto das tropas que irão em direção a maior das esferas. Irei só acompanhar e resolver o que quero. — Respondia o alienígena, que aparentava ser o monarca na expedição. Era o mesmo que lançou Gape e os demais para a costa, também numa língua estranha. Estava sentado numa espécie de trono.

O pequeno alienígena saía da escura sala após a resposta do monarca.

— Pai, acho que já aproveitei o que precisava com você... você já poderá ir nas expedições junto do esquadrão de Carks normalmente... — Dizia o monarca em português, enquanto acariciava a cabeça da mesma criatura que andava a quatro patas e estava ao seu lado quando ele saiu do portal, e que por algum motivo, o chamava de pai.

— Que língua mais asquerosa que essas criaturas falam. — Ele voltava a falar na língua desconhecida, com um tom de imenso nojo e desprezo.

 

...

— A entrada para a base de segurança subterrânea já é ali, finalmente chegamos... — Dizia Kirby aliviado olhando a aproximação do Jato ao destino. Gape permanecia fixado na transmissão.

O Jato já sobrevoava sob a metrópole de Sagnara, ao chegar perto de um local entre alguns prédios, o chão se abre, como se fosse uma passagem secreta, era a entrada para as bases de segurança da corporação Yollivister, a intenção era essa, a entrada ser camuflada para que o inimigo não pudesse saber para onde os humanos iriam. O Jato entra, a passagem se fecha. Pousa tranquilamente na pista.

A porta do mesmo se abria. Lácia estava ali com uma equipe esperando a chegada deles.

— A senhora já está aqui. — Dizia Thálita descendo pela escada do Jato com Gapear.

— Sim, demorei porém não tinha mais o que fazer no prédio, agora estou guiando as pessoas para as bases subterrâneas tanto da corporação quanto das do governo com a Autoridade de Emergência. — Respondia Lácia.

Kirby e Vamira descem logo atrás em silêncio levando o traje que guardava o corpo de Jackes, a equipe de Brastos desce com o Mago desacordado. Kirby e Vamira entregaram o traje a equipe que estava com Lácia.

— Vocês dois, vem cá... — Dizia Lácia com os braços abertos para Kirby e Vamira após eles entregarem o traje.
Os três se abraçam.

— Ela era uma de nós, e sempre será, nada vai mudar isso, vocês são como meus filhos, e eu não sei exprimir a dor que estou sentindo, mas precisamos ser fortes... ela não gostaria que nós se distraísse nesse momento tão importante. — Desabafava Lácia. Os dois faziam expressões de choro, mas seguravam.

 

...

As naves alienígenas permaneciam perto do portal ainda, imóveis. De repente, numa ordem padronizada, todas começam a emitir raios elétricos. Começam a se desmontar como se fossem cubos com molas internas, os cubos se soltavam girando e as molas internas se esticavam, nesse momento, o design completamente liso era desfeito. E bruscamente liberando uma pressão poderosa no ar junto com os raios elétricos, elas somem. Somem de perto do portal. Reaparecem em cima das Cúpulas, as várias naves divididas para invadir as três Cúpulas simultaneamente.

KABUM! — A passagem de entrada para a base de segurança onde Gape e os outros estavam, explode. O chão treme, a fumaça invade a pista. Eles estavam a uns 500 metros da entrada.

Todos se assustam e olham atentamente para a fumaça. Ficam em silêncio.

— Mônica, protocolo de fuga, ative agora! — Ordenava Lácia assustada.

— Certo, senhora, iniciando protocolo de fuga das bases de segurança.

— Vamos pessoal, subam no carro, precisamos entrar na base, ela já vai sair!

Todos sobem no carro que Lácia usou para vir a pista, os soldados de Brastos ativam seus trajes e voam, deixam o Mago para ser levado no carro. O mesmo sai em alta velocidade dali.

— Mônica, se a integridade das bases forem quebradas, eu quero que você ative esse protocolo de fuga imediatamente para que fujam em destino a base militar mais próxima. Esse será o limite de tempo para o corpo de bombeiros e todos que estão auxiliando os civis e os próprios civis, entrem nas bases, infelizmente, pois se a base for comprometida, vamos perder as vidas que estão em segurança ali. — Ordenava Lácia com um semblante pesado e um enorme sentimento de culpa.

— Entendido, senhora.

"A vida... a vida dessas pessoas que não vão conseguir chegar a tempo nas bases... como eu poderia salvá-las? Deve ter um jeito... pois se não... pois se não tiver... eu vou ter que carregar esse fardo para sempre...", pensava Lácia, aflita.

Do túnel quadrangular, a base ficava no meio, anexada as três paredes e o chão, pelo protocolo, ela se comprime, se desconectando do túnel, logo após, rodas gigantes que ficavam anexadas nas paredes, são pressionadas a se conectar na base, que agora estava livre, após conectar, rapidamente abre a porta para que o carro de Lácia entrasse. O mesmo entra, a porta se fecha, a base que agora era um veículo, começava a se mover em alta velocidade pelo túnel, esse que tinha caminho arquitetado para cada uma das bases militares.

Da fumaça, era possível ver a forma das criaturas, estavam em bando, mas longe, a base já tinha alcançado uma boa distância dali.

Uma luz de repente passa pelo grande veículo, todos fitam a mesma. Lácia que estava organizando e acalmando as pessoas que estavam ali dentro, se assusta. Subitamente, uma explosão logo a frente do veículo, eclode.

O chão é quebrado, as paredes racham, destroços barram o caminho. Eles não conseguiriam continuar pelo túnel, e o primeiro desvio era próximo, mas só depois dos destroços.

— Force uma abertura da estrada, rápido! — Ordenava Lácia. Os pilotos mexiam no painel de controle.

Gape que estava sentando em sua cadeira, assim como todos ali dentro da base móvel, estava com a mão no peito, algo o incomodava muito. Sua expressão preocupada confirmava isso.

Um minuto após um sinal de alerta ser emitido na pista, uma passagem na estrada se abre, o veículo não precisou parar, conseguiram abrir bem no limite que poderiam ir. Assim, os pilotos fream bruscamente, logo após a parte de baixo da base, inopinadamente emite uma pressão, o chão racha, são jogados para cima, no ar, logo em cima da estrada, a traseira da base emite outra pressão, os fazendo ir para frente, ao alocar as rodas no chão continuam trajeto até a próxima passagem subterrânea para alcançarem os túneis.

Gapear levanta e se dirige até a janela. Ao chegar ele pode ver claramente. "Eles eram muitos, a defesa das Cúpulas não adiantavam de nada, eles possuíam uma força estrondosa, derrubavam e quebravam tudo sem esforço, eu via inúmeros humanos morrendo. Sagnara era totalmente devastada e o portal que se abria, cobria todo o céu com seu vermelho brilhante e dele saindo inúmeras naves como um enxame de abelhas. Era o que eu via, só que no sonho foi muito mais dolorido e complicado, mais desesperador", essa fala de Gape, ecoava em sua cabeça, enquanto ele via exatamente a mesma coisa acontecendo.

— Está... acontecendo... exatamente igual eu vi... como... eu consegui ver essas coisas? — Ele estava incrédulo.

Só que um evento não estava nas lembranças de Gape.

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