Na manhã seguinte Lyle acordou com dores em todo corpo com o fantasma ancião muito próximo de seu rosto.
— Olá mestre Lyle. — Sussurou o ancião
— Aaaaah, o quê diabos é isso? isso é jeito de acordar alguém?
— Desculpe mestre mas estávamos preocupados com você
— Por falar nisso o que todos vocês fazem aqui?
Lyle olha ao redor e vê fantasmas nos quatro cantos do quarto.
— Bom... o senhor destruiu nossa casa.
— Compreendo, vamos procurar um lugar para vocês ficarem.
Ao tentar me levantar senti uma dor muito forte perto do peito.
— Argh...
— deite-se bela adormecida.
— Senhorita Azel. — exclamou os fantasmas.
— Quanto tempo eu dormi Azel?
— Um dia e meio. — Respondeu Azel com um tom despreocupado — aliás te trouxe algo para comer.
— Obrigado.
— E é melhor que você não se mova muito, você quebrou uma das costelas quando caímos daquele prédio.
Comi para me recuperar um pouco mas aquilo que Farsy havia me dito e aquelas pessoas que invocaram aquele demônio não saiam da minha cabeça e assim o tempo passou até que a tarde chegou.
— Ancião todos eles dormiram.
— Eles não dormiram ultimamente esperando que você despertasse mestre.
— Desculpe causar problemas, encontrarei algum lugar para vocês ficarem.
— Não se preocupe mestre, todos aqui se preocupam com você.
— Poderia me fazer o favor de chamar Azel para mim?
— Já estou aqui e trouxe alguém para vê-lo.
Pensei que seria Farsy mas fiquei impressionado ao ver que era Joana D'ark novamente.
— Você esta acabado.
— Graças ao seu trabalho.
— Bom você matou o demônio então aqui esta sua recompensa.
Joana entregou um pequeno envelope com 5 moedas de ouro.
— Ohoho garota isso aqui compraria dois prédios daquele. — exclamou Azel.
— Então você sabia sobre o demônio. — indagou Lyle.
— Claro, precisava ao menos testar sua força.
— Qual o objetivo disto garota?
Azel materializou sua foice e a colocou no pescoço de Joana.
— Não seria bom lutarmos aqui com todos esses fantasmas dormindo senhorita morte. — que tal abaixar sua foice?
— Abaixe sua foice Azel - disse Lyle
— Mas Ly
— Apenas abaixe, vamos descer para o bar para não incomodá-los.
— Você deu sorte garota. — sussurrou Azel.
— Sim, sim. — respondeu Joana com um tom sarcástico.
Descemos as escadas até o bar mas Farsy não estava lá, era algo raro de acontecer mas acontecia.
— Então o que quis dizer com testar minha força?
— Me mandaram te entregar um recado "Venha ao céu, precisamos conversar"
— Quem enviou está mensagem? — indagou Lyle.
— Não posso dizer mas vocês se conhecem de longa data.
— Você conhece pessoas do céu? — perguntou Azel surpresa.
— Na verdade são anjos.
— Anjos? — gritou Azel.
— Enfim estamos de saída.
— Eu também irei. — exclamou joana.
— Mas Lyle o seu ferimento ainda não curou. — disse Azel com um rosto preocupado.
— Não se preocupe, ficarei bem — respondeu Lyle com um sorriso.
Estava tão imerso na conversa que não havia notado a presença dos fantasmas atrás de mim.
— Também iremos mestre Lyle.
— Aaaah! vocês não podem avisar antes de fazer isso? — gritou Lyle.
— Desculpe-nos mestre.
— Bom como imaginei que essa seria a resposta do espectro, vamos a saída da cidade.
Azel me ajudou a andar pelo caminho até lá e os fantasmas estavam todos animado em viajar mas ao chegar lá o que vimos...
— WOW o céu tem brinquedinhos bem grandes. — exclamou Azel.
— Com estes dragões nossa viagem a torre de babel será menor, amanhã a tarde estaremos lá — disse Joana.
— Ei Lyle na volta eu quero que me compre um desses.
— Não me peça coisas impossíveis.
Todos subiram naqueles enormes dragões, Lyle,Azel e Joana foram em um e os fantasmas em outro e assim seguiram horas de voou até anoitecer e Lyle cair no sono.
— Ei,ei loirinha. — susurrou Azel.
— Meu nome não é loirinha sua... — Respondeu Joana em um tom alto.
— Ok,ok fale baixo Joana.
— O que você quer?
— que história é essa do Lyle conhecer o céu.
— A um tempo atrás ele viveu com a gente.
— Mas então por que ele veio ao purgatório?
— Não sei ao certo mas alguns dizem que ele veio ao purgatório depois de discutir com a virtude da prudência.
— Ora ora esse cara calmo discutiu com alguém.
— Ele nem sempre foi assim, ele costumava sorrir mais, enfim vou dormir boa noite.
— Ei ei não durma, aaah assim não vale eu queria saber mais. — susurrou Azel indignada — parece que não tem jeito, vou ficar olhando a paisagem enquanto o sono não vem.
E voaram durante boa parte da noite até que Azel começou a se inclinar para trás caindo no sono.
— Cuidado. — Lyle segura Azel em seus braços. — Estamos alto demais para você cair no sono na cabeça de um dragão.
— A vista aqui é bem mais bonita. — disse azel.
— Realmente as estrelas são lindas.
— Lyle.
— Sim?
— Por que você é tão frio comigo as vezes? — Azel o olhou nos olhos. — Você ainda se culpa por aquele dia?
— Desculpe... vou me esforçar para não causar essa impressão. — Respondeu Lyle retribuindo o olhar. — você está cansada, pegue o meu sobretudo para se proteger um pouco do frio.
— Certo, mas e você?
— Vou observar as estrelas mais um pouco. — Azel... no céu...
— Disse algo Lyle?
— Nada demais, boa noite.
— Boa noite.
Lyle continuou a olhar aquele céu até cair no sono novamente e acordar com o sol da manhã batendo em seu rosto.
— Olá mestre Lyle.
— hmmm, eu dormi bem demais para se assustar ancião. — não a nada melhor que se espreguiçar.
— Preciso de novas técnicas.
— Então você realmente estava me assustando de propó!
— Olhe Lyle, chegamos! — gritou Joana
— Você deu sorte ancião.
— Hehe você parece melhor mestre.
— Meu ferimento já esta quase curado. — Disse Lyle tocando seu peito. — Ser um espectro tem suas vantagens.
— Vamos estou curiosa para saber como é o céu! — exclamou Azel.
Estávamos em uma floresta e tudo que eu via ao redor eram arvores e passarinhos cantando mas ao andar um pouco.
— Uma torre? — indagou Lyle.
— Sim, vamos entrar. — Respondeu Joana.
Ao entrar a unica coisa que vi foi janelas por onde o raios de sol entravam e um circulo mágico no centro.
— Cadê o céu Joana?
— Calma senhorita Azel, Fiquem todos no centro do circulo comigo.
— Ei Lyle o céu é bonito? - indagou Azel
— Mais do que você imagina.
— La vamos nós! — Exclamou Joana.
SHHHHHHHHHH... ZUM
— Estamos voando! — gritou Azel.
— Calada, estamos na linha astral. — Disse Joana com um rosto preocupado.
— Você é tão chata Joana... mas o que é linha astral?
— Aqui é onde as almas ficam adormecidas enquanto elas não tem um corpo para ir no mundo dos humanos. — Seria terrível se elas acordassem.
— Desculpe.
— Sem problemas, enfim chegamos.
Estava tudo como eu me lembrava, um campo verde enorme com uma vila repleta de anjos e um castelo branco gigante.
— Esse lugar não mudou nada. — disse Lyle com um sorriso.
— Vamos Lyle algumas pequenas sentiram a sua falta.
Ao chegarem no castelo Lyle e os outros se deparam com um enorme portão.
— E agora Joana? — disse Lyle.
— Não se preocupe. — Ei eu voltei abram o portão! — gritou Joana.
— Não era só bater? — indaga Azel.
Mas ao abrir os portões Lyle e os outros se deparam com alguém peculiar que estava de passagem.
— Lyle?
— Gabriel?
— Joana?
— Gabriel?
— Lyle?
— Sim, eu.
— Ora ora mas isto é maravilhoso quando voltou? a quanto tempo chegou? irei avisar a todos que está aqui.
Gabriel saiu correndo gritando pelos quatro cantos e quando se menos esperava lá estava três crianças no centro do salão.
— Você voltou. — falaram em coro as três crianças com lagrimas nos olhos.
— Não é atoa que ele é o mensageiro do velho. — disse Lyle coçando a cabeça. — parece que vocês cresceram.
— Lyle pensamos que você não voltaria mais.
— Não sejam dramáticas, eu nunca disse que não voltaria.
— Mas tem uma de nós que esperou muito por você. — vem aqui para frente.
— O-olá a quanto tempo.
— Não diga isso Esperança, para vocês virtudes não deve ter sido tanto tempo assim.
— Não me chame assim.
— Ok ok Lilia.
— Vocês poderiam nos levar aos quartos? — Desde ontem que eu não descanso bem. — disse Joana
— Sim podemos. Por aqui.
Subimos as escadas, nada havia mudado nem mesmo a sensação de paz que aquele lugar me trazia.
— Pronto, o seu quarto continua igual, ninguém mexeu nele nesse tempo.
— Obrigado Lilia, mas prestem atenção cuidado com a Azel ela vai dar muito trabalho. — respondeu Lyle
— Ei Lyle não mande crianças cuidarem de mim.
— Certo certo. — disse Lyle em um tom sarcástico. — Bom até mais tarde, venham me ver pequenas.
— Viremos.
Então Azel e Joana saíram seguidas das virtudes.
— A quanto tempo não venho aqui? — depois dessa porta está um pouco do meu passado.
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