Lyle seguiu de volta para o seu quarto mas acabou se encontrando com as pequenas virtudes no corredor.
— Olá meninas onde está a Lilia?
— Não sabemos, estávamos andando e quando vimos ela havia sumido. — respondeu Rilia preocupada
— Estou preocupada Lyle, tem coisas estranhas acontecendo. — disse Gilia
— Não se preocupem, vou encontrar ela para vocês.
— Sério? — exclamou as duas.
— Sim, me esperem no meu quarto.
— Certo! — respondeu Gilia e Rilia
Lyle voltou seu caminho em direção ao salão principal e as garotas foram para o quarto de Lyle.
— Você acha que ele vai encontrar ela? — indagou Gilia.
— Talvez ele seja o único que pode encontra-la. — respondeu Rilia
— Entendo... mas tem muitas coisas interessantes aqui, olha todos esse livros. — disse Gilia mexendo nas prateleiras.
— Pegue um pra mim. — respondeu Rilia.
— Segura!
Tum
Gilia jogou um livro negro que caiu no chão.
— Mais cuidado, se rasgar Lyle vai brigar com a gente.
— Desculpe mas estava muito alto. Qual o nome dele?
— Sherlock holmes parece se tratar de um detetive. — respondeu Rilia abrindo o livro
— Vamos ler esse! — disse Gilia
— Uff... Você não tem jeito, sempre se anima com mistérios.
Enquanto isso Lyle estava no salão principal procurando pista até que um guarda percebeu sua inquietação.
— Posso ajuda-lo senhor Lyle?
— Não quero atrapalhá-lo, agora que você está sozinho deve ter muito trabalho.
— Não se preocupe nos somos em seis.
— Seis? — perguntou Lyle confuso
— Somos dois por turno, o anjo assassinado era do turno da manhã. — respondeu o guarda. — é realmente triste perder um companheiro.
— Sinto muito por tocar no assunto. — disse Lyle abaixando a cabeça.
— Não se preocupe, mas tem algo estranho que me incomoda também.
AAAAAAAAAAAH
— De onde veio esse grito? — disse Lyle olhando ao redor.
— Grito? Mas ninguém gritou senhor Lyle. — respondeu o guarda confuso.
— D-Desculpe, o que dizia antes? — disse Lyle.
— Nem mesmo o outro guarda do turno da manhã viu nosso companheiro assassinado no trabalho. — respondeu o guarda.
— O-Obrigado, vou procurar mais pistas.
— Estou a seu dispor caso precise senhor Lyle.
Lyle saiu do salão confuso caminhando sem rumo até voltar a si perdido nos corredores.
— Já não bastava aquele grito, agora estou perdido. — disse Lyle colocando a mão no rosto.
Lyle continuou andando e olhando ao redor procurando algum caminho familiar para voltar, até que se deparou com um enorme quadro de um rosto na parede.
— Quadro estranho, o céu deveria ter um gosto melhor para arte. — disse Lyle
— Que rude você é humano, não tem vergonha de insultar uma dama? — respondeu o quadro
— Q-Q-Quem é você, p-por que você consegue falar? — disse Lyle assustado.
— Prazer, sou... Monalisa.
— M-Mas o quadro monalisa está no mundo humano.
— A original sim.
Lyle ficou em silêncio e respirou fundo antes de falar.
— Então você é uma cópia?
— Sim garoto, Cytuz me criou, mas ele não pôde copiar a original então me deu vida.
— Por que ele te daria vida, ele não é o tipo de anjo que faz algo simplesmente por fazer. — disse Lyle
— Bom... Como pode ver não sou tão bela quanto a de DaVinci. — respondeu Monalisa
— Não me diga que...
— Sim, Cytuz me deu consciência apenas para viver sabendo que sou um defeito. — respondeu monalisa com a voz triste.
— Aquele maldito... vou te tirar daqui. — disse Lyle puxando Monalisa da parede.
Lyle tentou puxar com toda sua força mas Monalisa não se moveu um centímetro da parede.
— Hunf... Não da. — disse Lyle ofegante.
— Estou presa com magia, apenas Cytuz pode me tirar daqui meu caro senhor.
— Vou fazê-lo tirar você dai, só espere um pouco.
— Por que quer tanto me ajudar?
— É solitário ficar sozinha não? — disse Lyle sorrindo.
— Você parece frio as vezes mas tem um coração bom. — disse Monalisa retribuindo o sorriso. — posso saber seu nome?
— Meu nome é Lyle. — respondeu Lyle olhando ao redor. — só preciso achar o caminho de volta.
— Siga em frente e vire a direita Lyle você irá sair no jardim do castelo. — respondeu o quadro
— Obrigado, voltarei depois.
Lyle saiu correndo para o Jardim.
— Então esse é o humano escolhido... Deus realmente faz boas escolhas. — sussurrou Monalisa
Ao chegar no Jardim Lyle se encontra com Azel e Joana que estavam voltando da cozinha.
— Lyle! — Exclamou Joana. — Estávamos te procurando.
— A cmdai dquai é mravlhisosa Lyuli. — tentou dizer Azel.
— Primeiro coma esses chocolates ou eu não vou entender nada. — respondeu Lyle.
Azel engoliu rapidamente os chocolates que estavam em sua boca.
— Glup... A comida daqui é maravilhosa Lyle. — disse Azel abraçada com salgadinhos.
— Me impressiona você não engordar. — respondeu Lyle.
— Se eu não comer você sabe exatamente de onde vou precisar tirar energia...
— Já disse que não tem problemas.
— Mas se fizer isso...
— Lyle! — exclamou Joana. — Lilia sumiu.
— Eu sei, estava procurando por ela até me perder nos corredores.
AAAAAAAAAAAH
— Esse grito de novo. — sussurrou Lyle.
— Você também ouviu? — indagou Azel.
— Nós ouvimos esse grito na cozinha mais cedo. — disse Joana
— Vamos ao salão principal. Tive uma ideia. — respondeu Lyle
Lyle, Azel e Joana seguiram até o salão principal mas já era noite e toda iluminação que ainda se tinha era a luz do luar que refletia nos lustres do teto.
— Mais cedo conversei com um dos guardas e ele disse que o companheiro de turno não viu o guarda assassinado de manhã. — disse Lyle.
— Mas o que isso te haver com os gritos? — indagou Azel.
— Vamos pro centro do salão.
Lyle, Azel e Joana seguiram o caminho até o ponto em que o anjo foi morto.
— Se esse anjo tivesse sido morto aqui, teria uma poça de sangue no lugar. — disse Lyle.
— Então o trouxeram para cá? — indagou Joana.
— Olhe os pingos de sangue, todos ele vem de uma direção. — disse Lyle. — olhem pra frente, o que vocês enxergam?
— Uma escada a esquerda e outra a direita que vai dar no tribunal. — respondeu Azel.
— Eu entendi! — Exclamou Joana. — Olhe no meio Azel, no meio das escadas tem uma parede.
— Eu ainda não entendi. — disse Azel colocando a mão no queixo.
— Vamos até lá. — respondeu Lyle.
Lyle, Azel e Joana se aproximaram da parede mas Azel percebeu que havia algo errado.
— Tem três quadros aqui mas por que em um o anjo não tem uma lança?
— Azel toque a sua foice na lança que falta.
Ao tocar sua foice no lugar vazio da lança o quadro começou a brilhar e uma porta com uma escada se abriu.
— M-Mas como você sabia disso? — indagou Joana
— Nenhum arcanjo jamais encontrou esse lugar. — respondeu Lyle. — Então imaginei que ele não pudesse ser aberto por anjos.
— Então quem escondeu esse lugar foi um espectro? — disse Joana
— Essas escadas estão descendo, aonde será que ela termina? — indagou Azel.
— No parque de diversões daquele maldito monstro... — disse Lyle.
— Parque de diversões? — indagou Azel
— O laboratório de Cytus.
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