A partir daqui eu vou usar a visão de Lyle em primeira pessoa junto com o narrador como no começo então espero que de para interpretar. Vamos pro capítulo.
— Sherlock holmes? — indagou Azel
— É um famoso detetive da história humana. — respondeu Joana
— Vejo que senhorita de olhos azuis me conhece.
Nesse momento olhei ao redor e estava tudo tão escuro e com pouca iluminação que mal se podia enxergar, tudo que se podia ver era a luz do luar, aquelas ruas cinzas cheias de neblina com casas vazias e a silhueta de um enorme prédio no horizonte.
— Não está tão tarde, por que essas casas parecem não ter ninguém dentro? — indagou Lyle.
— Vocês não sobre a situação da cidade?
— Não, acabamos de chegar. — disse Joana.
— Vamos até a minha casa então, ficarmos aqui é perigoso.
Enquanto caminhavam por aquelas ruas escuras Azel e Joana seguiam atrás de todos conversando.
— Ei Joana você acha que esse cara é confiável?
— Não sei, ele parece ser importante e não aparenta ser alguém ruim.
— Entendo, mas ele me parece estranho...
Depois de alguns minutos andando todos eles estavam em frente a uma enorme casa vermelha com luzes na porta.
— Entrem, essa é a minha casa.
Ao entrarem Joana reparou bem naquela sala de estar e notou os adornos de ouro nas paredes a mesa de vidro no centro da sala com alguns copos em cima, inúmeros livros em estantes com uma chaminé acesa e um sofá no canto da sala.
— Você tem uma bela casa. — disse Joana.
— Obrigado senhorita. — respondeu holmes. — por favor se sentem no sofá.
Todos se sentaram e holmes pegou uma das cadeiras da mesa e se sentou de frente para o sofá.
— Então. Quem ou o que vocês são?
— Eu sou a morte.
— Eu sou uma santa.
— Eu sou uma subordinada do arcanjo Rafael.
— Eu sou um espectro.
— Au au.
A sala ficou em silêncio por um tempo, para holmes aquelas declarações era um tanto absurdas e irreais, era como pessoas saídas de um conto de fadas.
— HAHAHAHA vocês são realmente engraçados, não tem possibilidades de vocês serem coisas assim.
— Azel e Joana mostrem para ele. — disse Lyle.
— Tem certeza? — indagou Garen. — Não sabemos se podemos confiar nele.
— Não tem problema, ele é claramente só um humano comum.
— Entendi.
Azel materializou sua foice cortando um dos candelabros que estavam em cima da mesa e Joana fez uma esfera de luz em sua mão. Nesse momento Holmes ficou sem reação, o que ele acreditava ser ficção se tornou realidade.
— C-Como vocês fizeram isso?
— Magia. — respondeu Garen.
Holmes respirou fundo e tirou um cigarro de seu bolso e o acendeu na esfera de energia que Joana fez.
— Realmente interessante meus caros.
— Agora acredita na gente? — respondeu Lyle brincando com o cachorrinho.
— Acredito, por mais que pareça um sonho... Mas algo me incomoda.
— E o que seria senhor detetive? — disse Joana.
— O que traz presenças tão importantes a Londres?
Todos explicaram o motivo de estar lá para holmes e assim a conversa se estendeu por horas com perguntas de Holmes sobre o além e se o céu era realmente tão belo quanto nos livros que ele havia lido quando criança.
— HAHAHA essas histórias são realmente impressionantes.
— Você vai nos ajudar a encontrar a Gula? — indagou Joana.
— Claro que sim, eu não poderia ignorar um caso assim. — respondeu Holmes com determinação no olhar
Azel e Joana se olharam nesse momento.
— Já temos um aliado! — exclamou Joana e Azel
Apesar do clima animado, Holmes parecia preocupado com algo.
— Aconteceu algo detetive? — indagou Lyle
— Apenas isso...
Holmes se levantou da cadeira e caminhou até uma das suas estantes e retirou um envelope branco e o entregou a Lyle.
— Aconselho que o abra sozinho senhor Lyle.
— Me da isso aqui, deixa eu ver. — disse Azel pegando o envelope.
— E-Ei Azel isso é para mim. — respondeu Lyle.
Quando Azel abriu o envelope, Holmes deu um trago em seu cigarro se apoiando na cadeira. Azel ao ver o que havia dentro daquele envelope rapidamente o fechou de novo.
— Você viu Lyle?
— Sim, você não deveria ter aberto isso aqui.
— O que vocês viram? — indagou Joana.
— Mulheres assassinadas. — respondeu Holmes.
— O-O quê? — exclamou Joana.
Holmes olhou fixamente para Lyle que retribuiu o olhar.
— Me ajude a encontrar o culpado senhor espectro.
— Vocês ouviram? — disse Lyle.
— Sim! — respondeu Joana e Azel.
— Não entendi. — disse Holmes confuso.
— Caçaremos esse maldito assassino! — disse Azel.
— E pegaremos a Gula! — disse Joana.
Holmes soltou um leve sorriso e se curvou na frente de todos.
— Conto com a ajuda de vocês.
— Senhor Holmes, posso pedir um favor? — disse Garen
— Claro senhorita.
— Eu gostaria de tomar um banho, minhas roupas estão todas sujas.
— Irei preparar o banho para todos vocês. — disse Holmes. — Vou ver se as pequenas ja terminaram.
Todos no sofá se olharam confusos.
— Pequenas? — indagou Lyle.
— Sim, elas vieram da mesma forma que vocês.
Holmes subiu as escadas até o andar de cima e alguns minutos se passaram.
— Ei Azel você acha que com pequenas ele quis dizer...
— Impossível Joana, deve ser apenas um pressentimento.
Ao terminar de falar Azel ouviu passos descendo as escadas e ao ver quem desceu percebeu que seus pressentimentos estavam certos.
— Lilia, Gilia, Rilia? — gritou Joana.
— O-Olá irmã Joana. — respondeu Gilia de cabeça baixa.
Lyle se levantou e andou até as três com o semblante sério.
— O que vocês fazem aqui?
— Viemos ficar com vocês. — respondeu Lilia. — Você está bravo irmão Lyle.
— Eu não poderia ficar bravo com vocês. — respondeu Lyle sorrindo.
— Você as mima demais Lyle.
— É uma guerra perdida Joana, o coração dele é totalmente mole quando se trata dessas três. — disse Azel.
Holmes desceu pelas escadas logo após Azel fechar a boca.
— Senhoritas o banho está pronto, mas só temos um banheiro então Lyle terá que esperar.
— Sem problemas Lyle pode tomar banho com a gente. — disse Azel.
— E-Eu não vejo problema. — respondeu Joana tímida.
— Que seja. — disse Garen.
— A minha opinião não importa? — disse Lyle passando a mão no cabelo
— Lerei uma história para as pequenas enquanto isso então.
— Vamos Lyle! — disse Azel subindo as escadas puxando Lyle.
Ao subir aquelas escadas vi um corredor com varios quartos e diferente do andar de baixo esse corredor não era nada iluminado, parecia mais com um cenário de filme de terror. Só se via um pequeno feixe de luz no fim do corredor.
— Aqui é muito escuro.
— Como diz o ditado Joana "vá para a luz"
— Creio que não seja assim Azel.
— Chegamos! — exclamou garen.
Ao chegarem lá os olhos de Azel e Garen brilharam vendo aquela fonte termal, haviam toalhas em cima de um balcão com espelhos embaçados pelo vapor e baldes para se lavar ao lado da fonte. Joana impressionada com o fato de aquilo existir já que a unica vez que saiu do céu foi para procurar Lyle. Todos tiraram suas roupas ficando apenas de toalha.
— Olha bomba! — gritou Azel e Garen.
Splash!
— E-Ei vocês não façam tanto barulho.
— Que nada Joana entra aqui com a gente.
— Você é sempre impulsiva Azel. — respondeu Joana entrando na fonte termal.
Lyle estava em frente ao balcão passando shampoo no cabelo com um rosto pensativo.
— O que vocês acham daquele detetive?
— Ele parece ser bondoso. — respondeu Joana.
— Pelo que vimos ele é confiavel. — respondeu Azel.
Garen ficou em silêncio com a cabeça baixa.
— E você Garen? — disse Lyle.
— Eu? Pensei que a pergunta era só para o grupo de vocês.
— Você faz parte desse grupo agora, ja é nossa companheira.
— Eu pensei que não me visse bem pelas brigas que o mestre Rafael teve com você.
— Rafael e eu temos problemas entre si mas você agora é o mesmo que Azel, Joana e as virtudes. Te vejo como família.
Garen levantou a cabeça com um sorriso no rosto olhando para Lyle que retribuiu o sorriso, mas rapidamente Garen recobrou sua postura séria.
— B-Bem aquele detetive me pareceu bem triste quando falou da mulheres assassinadas.
— Entendi, amanhã sairemos atrás de pistas. — disse Lyle. — De dia deve ser meno perigoso.
— Certo! — exclamou as três.
Ao saírem do banheiro Lyle, Joana, Azel e Garen dão de frente com Holmes que parecia estar escondendo algo com as mãos atrás das costas.
— Olá senhor Holmes. — disse Joana.
— O-Olá.
— O que você ta escondendo ai atrás? — indagou Azel. — É comida?
— N-Não é apenas uma carta para uma amiga.
Holmes mostrou uma carta branca mas o que chamou a atenção de Garen naquela carta foi seu selo em forma de boca com dentes afiados.
— Entendo. — disse Lyle.
— Bom, vim avisar que ja arrumei os quartos para vocês ficarem.
— Muito obrigado senhor Holmes. — disse Joana.
— Desculpe dar tanto trabalho. — disse Lyle.
— Não se preocupe, é o minimo que eu posso fazer.
Todos foram para o seus quartos mas aquele selo não saia da cabeça de Garen por algum motivo aquilo a incomodava.
— Aquele homem não é confiável. — sussurrou Garen caindo no sono.
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