O Grão Duque era um homem ocupado e estava com raiva demais para lidar com aquele problema, então o adiou até que sua consciência finalmente pesasse.

Ele não deixava que as coisas grudassem no seu cérebro o suficiente para fazê-lo sofrer, mas aquele caso era complicado.

A garota era quase uma cópia feminina dele quando criança, era até mesmo assustador.

O Grão Duque saiu de seu escritório em direção ao Quarto Branco, levando consigo a adaga de sua família e os dois itens mágicos que havia encomendado. 

Assim que entrou, fez um sinal para que todos esperassem do lado de fora, e então encarou a garota no canto do quarto. 

Ela era tão pequena e magra.

O Grão Duque caminhou em direção a ela e se agachou, a encarando diretamente em seus olhos.

A menina realmente tinha os mesmos olhos que ele. 

Ele pegou o pequeno receptáculo de metal que carregava em um dos bolsos e cortou um de seus dedos para que o sangue caísse ali. 

Em seguida, pegou a mão da garota e furou um dedo dela, fazendo com que o sangue dela caísse no mesmo lugar.

O Grão Duque balbuciou algumas palavras e o receptáculo brilhou, fazendo com que uma pequena fumaça vermelha subisse.

Ele cerrou os dentes.

Ele tentou se acalmar, mas só conseguiu pegar a pulseira em seu bolso e prender na garota antes de levantar e sair do quarto.

- Leve-a para a Ala Leste.

- Para qual quarto, senhor?

- Qualquer um do segundo andar, eu não me importo- O Grão Duque suspirou- Escolha duas criadas para servi-la e dois guardas para acompanhá-la sempre.

- Como quiser, Vossa Graça.

O Grão Duque pensou em voltar para o escritório, mas ele não conseguiria trabalhar depois daquilo.

 Não.

A fumaça vermelha era um sinal positivo, significava uma linhagem direta. 

Ele realmente era o pai daquela criança.