À beira do rio, Saki abre sua mochila para comer sua marmita, ela já está há horas na floresta, até que do nada escuta um barulho.
“AH!”
Um grito e em seguida uma pancada forte no chão foram o suficiente para chamar a atenção de Saki. Ela se vira e vê uma perna atrás de uma das árvores na gigantesca floresta.
“Tem alguém aí?” (Saki)
Nenhuma resposta foi dada.
“Que merda foi esse barulho?” (Saki)
Chocada, Saki encontra uma garota de cabelos prateados, com uma calça preta e uma camisa preta com detalhes azuis e uma luva preta sem dedos. Ela estranha ver alguém caído no meio de uma floresta densa e sem nenhum item, apenas com suas roupas.
“Ei, acorda.” (Saki)
Enquanto cutuca seu braço com um galho, ela ouve um balançar estranho das folhas. Pega a garota no colo e corre pra margem do rio. Lá ela faz os primeiros socorros, coloca uma bandagem em sua cabeça e a encosta na árvore.
A garota abre seus olhos lentamente recobrando a consciência.
“Q- Quem é você?”
“Hã? Finalmente acordou. Eu sou Saki Nakamura.” (Saki)
“Saki, é? Ainda estamos na floresta?"
“Sim, eu te encontrei desmaiada no chão. O que aconteceu?” (Saki)
“Acho que desmaiei de fome. Não como direito há quase duas semanas.”
Saki acha estranho, mas não quer ser inconveniente e perguntar o motivo dela estar nessa situação.
“Enfim, eu tenho um pouco de comida aqui. Pode pegar um pouco... Afinal, qual é o seu nome?” (Saki)
“Obrigada...”
“Meu nome é Noelle, sou de um vilarejo meio longe daqui.” (Noelle)
“Você está em algum tipo de viagem? É estranho ver alguém em uma floresta como essa sem nenhum tipo de recurso.” (Saki)
“É quase isso... Enfim, estou muito agradecida de ter me salvado, senhorita Saki, tem algo que eu posso fazer pra recompensa-la? (Noelle)
“Bom... eu preciso de umas pessoas para chegar em um lugar..., mas na situação que você está é melhor descansar.” (Saki)
“N- Não, eu estou bem, de qualquer forma, eu ficaria mal de não conseguir retribuir o favor.” (Noelle)
“Acho que ficaria da mesma forma...”
“... Se quer tanto assim me pagar o favor, eu só preciso que você venha comigo há um lugar.” (Saki)
“T- Tudo bem.”
“Acho que eu poderia só ter ficado quieta... mas ela me salvou, não deve ser uma má pessoa.” (Noelle)
Saki leva a garota até o palácio. No meio do caminho, pergunta se ela sabe algo sobre o “Palácio do Conhecimento".
“Na verdade, eu nunca ouvi falar sobre esse lugar, é a primeira vez que fico sabendo dele.”(Noelle)
Mais uma vez desapontada, Saki começa a olhar os arredores e repentinamente ouve um balançar estranho nas árvores e começa a suspeitar que tem alguém atrás delas.
“Monku, cê tá me achando bonita ou o que?” (Saki)
Sem resposta, Saki começa a ficar com vergonha, falando com alguém que nem está vendo e que nem tem certeza se esse alguém existe. Obviamente está jogando um blefe.
“Pode sair, eu sei que você tá aí em alguém lugar.” (Saki)
“Como é que cê sabe, ein?” (Monku)
Aliviada de não estar passando vergonha, começa a falar com Monku.
“Eu não sabia, só chutei, se você não estivesse aí eu ia pagar de louca.” (Saki)
“Tomar no cu.” (Monku)
“Olha a boca, não te dei essa intimidade toda...”
“... Por que diabos você tá seguindo a gente?” (Saki)
“Eu só estava curioso pra saber se você ia achar alguma coisa sobre o palácio, eu não tenho nada melhor pra fazer.” (Monku)
“Tanto faz. Noelle, esse aí é o Monku. Como você acabou de ver ele é meio estranho.” (Saki)
“O- Oi. Prazer.” (Noelle)
Noelle estava nervosa depois de saber que Monku estava seguindo-as.
“O que é isso no seu ombro, Saki? (Monku)
Saki se afasta evitando Monku, dando alguns passos para trás.
(NT: Eu acho que ninguém quer um stalker tocando no seu ombro)
“Sério, tem alguma coisa no seu ombro. Não se mexe” (Monku)
“Sai, você tava me stalkeando, não toca em mim não, seu maluco...”
“...AAAAAAH!” (Saki)
O chão desgastado desaba e Saki cai em uma sala com vários livros e frascos de tinta. Algo preto, como uma sombra, aparece no seu braço e desaparece logo em seguida. Tonta por conta da queda e da poeira ela fica irritada.
“Mas que merda foi que aconteceu? O chão caiu?” (Saki)
“Você tá bem Saki? Se machucou?” (Noelle)
“Relaxa Noelle, eu tô bem, só minha rinite que pode atacar a qualquer momento.” (Saki)
“Foi mal aê, tinha realmente alguma coisa no seu braço, ela deve ter saído quando você caiu.” (Monku)
“Tanto faz...”
“.... O que é esse lugar exatamente?” (Saki)
Olhando ao seu redor, Saki encontra uma sala iluminada apenas com a luz do sol. A sala tem um formato de ”L”, com várias prateleiras. No fundo da sala tem uma porta de madeira meio desgastada.
“Desçam aqui. Rápido.” (Saki)
Monku e Noelle descem e vão em direção à porta junto com Saki.
“Se isso aqui fosse que nem “Life is Strange” teria duas opções viáveis. Opção 1: Tentar abrir a porta que nem gente, e Opção 2: Bicar a porta até ela abrir” (Saki)
“Acho melhor a gente ir pela primeira opção...” (Monku)
“... O que é “Life is Strange”?” (Noelle)
Saki gira a maçaneta velha. A porta estava torta, então emperra no chão, eles tentam forçar um pouco, mas a porta não se mexe. Saki faz um gesto para que Monku e Noelle se afastem, prende a respiração e chuta a porta quebrando-a no meio.
“EITA PORRA...”
“... Onde você aprendeu a chutar assim?” (Monku)
"A porta ta meio podre, eu só botei força." (Saki)
Entrando na sala, que estava completamente escura, tinha apenas uma fração de luz vinda de um caldeirão. Na sala havia vários livros espalhados no chão onde eles foram tropeçando a caminho do caldeirão. Chegando lá, Monku, curioso, foi o primeiro a olhar dentro do caldeirão.
“Um caldeirão? Que clichê” (Saki)
“Gente..., não tem nada aqui, além do meu reflexo e uma aura dourada ao redor” (Monku)
Noelle e Saki vão olhar o caldeirão para ter certeza e confirmam a informação, porém no reflexo de Noelle, havia uma aura acinzentada e no reflexo da Saki, havia uma aura violeta com vinhas negras entrelaçadas.
“O meu parece meio diferente do de vocês, isso tem algum significado?” (Saki)
“Não sei, a gente podia procurar em algum desses livros.” (Noelle)
“Tá muito escuro, vai ser meio complicado achar alguma coisa.” (Monku)
“Meu colar pode iluminar um pouco o ambiente, mas não garanto que vá funcionar muito.” (Saki)
“Vamo assim mesmo então.” (Monku)
Com o menu aberto, eles começam a vasculhar os livros em busca de algo útil e procuram por horas.
“Como uma princesa deve se portar? Como isso pode ser útil? (Saki)
"Gente... Acho que encontrei um livro que parece bem interessante." (Monku)
Todos vão em direção a Monku que mostra a elas um livro chamado Enchiridion.
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