O Enchiridion é um livro popular que ditava regras de comportamento para a sociedade moderna. Ele era o livro mais vendido do mundo, antes de descobrirem os livros da Bíblia, porém, havia rumores de que havia um lugar escondido, onde tinha um Enchiridion especial. Nessa edição especial foi adicionado segredos e histórias do mundo antigo. Originalmente em sua capa, havia um cacho de uva e juntamente gemas, cada uma com uma cor do arco-íris. A uva significava prosperidade, enquanto cada uma das gemas representava um pecado capital.
Agora, na edição especial do Enchiridion, havia apenas 3 gravuras. No canto esquerdo, o rosto de uma figura conhecida como Ahdaka, uma fera antiga, temida por todos os povos, que foi selada por Sun Wukong, o Rei Macaco. No canto direito do livro estava gravada uma figura humana segurando uma espada. E no centro do livro havia apenas lábios e olhos femininos, pessoas que já encontraram esse livro e o leram, diziam que eram de Lilith, a primeira mulher de Adão, expulsa do paraíso por não seguir as ordens dele e de Deus.
“Aqueles que desejam saber os segredos do mundo antigo, entrarão em um caminho sem volta repleto de desespero e angústia. Não subestimem as 3 forças que mantêm o equilíbrio terrestre.”
A maioria das partes do livro estão escritas em uma língua antiga, então Saki, Monku e Noelle não conseguiriam entender nada, porém, os escritos sobre artefatos têm suas descrições em 3 línguas, A língua antiga, A língua dos demônios e a língua dos humanos.
Monku folheia o livro tentando achar algo que conseguisse ler, até que encontra uma folha com 3 imagens gravadas.
“Cara, não dá pra entender nada que tem escrito aqui...”
“...Pera aê, tem uma página aqui que eu consigo ler.” (Monku)
“Lê pra gente aí então.” (Saki)
“Artefatos Sagrados:
Inner Cauldron: Apenas olhando, parece um simples caldeirão, pórem, quando se olha dentro é possível ver o interior das pessoas, como deve ser a alma de cada uma delas?
Body Key: Um artefato que lhe dirá o que há dentro de você, ele vai dizer o caminho que sua alma deseja seguir.
Soul Stone: Uma jóia que lhe permite acessar todo o seu potencial, unindo corpo e alma em um só”
“Quer dizer que esse caldeirão mostrou o que tem dentro da gente?” (Noelle)
“Parece que sim. No livro mostra a localização dos outros Artefatos Sagrados?” (Saki)
“Tá dizendo que o caldeirão fica no Palácio do Conhecimento... Então ele realmente existiu...”
“... A “Body Key” fica escondida em um templo na Floresta dos Símios. E não tem nada falando sobre a “Soul Stone”...”
“... Esse templo... Eu tenho ideia de onde seja, mas não garanto que esteja inteiro” (Monku)
“Ótimo, tem como levar a gente lá? Acho que essas coisas podem me dizer alguma coisa sobre o Sangue de Lilith.” (Saki)
“Tranquilo.” (Monku)
“Noelle, você já retribuiu seu favor, obrigada de verdade. Se quiser, pode continuar sua viagem.” (Saki)
Saki sorri para Noelle agradecendo a ajuda. Noelle está inquieta e responde perto de chorar.
“N- Não, eu quero continuar, por favor, eu não tenho pra onde ir, não posso voltar e não tenho lugar pra ficar. Por favor, me deixe andar com você, pelo menos por um tempo.” (Noelle)
“Noelle... O que aconteceu?” (Saki)
“Minha família me odeia... Dizem que eu sou inútil e envergonho nossa raça, eu fugi porque não aguentava mais ser tratada daquele jeito. Eu não consigo continuar lá.” (Noelle)
Noelle começa chorar enquanto conta sua história. Ser de uma família de Demi-Humanos, em uma linhagem de lobos prateados, que a desprezam por não ter presas e garras acabou com o seu psicológico. Já fizeram ameaças de exílio enquanto a mandavam fazer todas as tarefas da casa, e seus irmãos brincavam e excluiam ela todas as vezes.
“Nossa, isso é meio pesado pra uma criança suportar por tanto tempo... Faz assim, você pode vir comigo só se prometer que vai se esforçar e provar a todos que é útil e forte. Que tal? Simples, não?” (Saki)
Os olhos de Noelle brilham ao ver uma luz de esperança vinda de Saki e não consegue parar de chorar.
“Eu... Eu prometo!” (Nolle)
“Se vai ser assim, eu acompanho vocês até sairem da floresta. Não é -como se eu tivesse algo melhor pra fazer.” (Monku)
Saki da um sorriso de canto de boca percebendo que Monku apenas quer passar mais tempo com as duas, depois de se comover com a história da Noelle e sua empatia. Eles saem das ruínas do palácio e vão em direção ao templo, para tentarem achar a chave.
O colar de Saki repentinamente começa a apitar. Ela abre o menu e vê que tem uma nova mensagem.
“Saki minha querida! Como você está? Bom não adianta responder já que isso é uma gravação...”
“... Você pode já ter percebido, mas minhas mensagens são programadas para serem enviadas depois de um certo intervalo entre elas, é só um tempo que estou estabelecendo pra que entenda cada uma das mensagens direito...”
“... O que estou prestes à dizer é algo que você tem que prestar muita atenção. Está marcado no mapa, a casa de um amigo que fica na cidade de Shryne. Você deve ir até lá e conversar com ele. Seu nome é Galliard, um ferreiro especializado em uma magia bem comum usada pelas pessoas do Mundo Mágico, Se quiser, você pode até pedir pra ele te ensinar se tiver tempo. Boa sorte ZAHAHAHAHAH.”
Enquanto andam pela floresta a caminho do templo, Saki começa a cantarolar uma música do cantor popular brasileiro Matuê.
“Passa o bic, Pôe no aaaar. Minha bih, Quer voaaar.” (Saki)
“O que você ta fazendo Saki?” (Monku)
“Tô so cantando uma música do Matuê.” (Saki)
Monku susurra para Noelle.
“Quem é Matuê?” (Monku)
“Não faço ideia, acho melhor deixar quieto.” (Noelle)
“Monku, a gente já ta perto?” (Saki)
“É ali na frente.” (Monku)
Chegando ao lugar onde estaria o suposto templo, onde agora só há placas e papéis rasgados. Em uma estrutura meio arcaica, há uma caixa completamente preta e ao redor tem marcas de sangue em formato de uma mão de gorila.
“Credo, o que aconteceu aqui?” (Saki)
“Não faço ideia, deve ter alguma coisas nessas placas.” (Monku)
Saki lê a placa sentada em uma pedra que não esteja manchada de sangue. Monku está investigando ao redor para ver se acha mais respostas sobre o templo. Noelle se encosta em uma árvore pra descansar, já que ainda não se recuperou completamente do seu ferimento na cabeça.
“Para aqueles que sobrevivem á catástrofe...”
“...Corram da floresta. O palácio, O templo, tudo foi devastado pelo Gorila Mestre...”
“...Só há destroços aqui, vão embora, corram pelas suas vidas.”
Todos olham uns para os outros fazendo um silêncio respeitoso aos mortos no ataque. Monku especialmente, treme e hesita em continuar com Saki e Noelle
“Que droga!...”
“... Pra um gorila ter conseguido fazer esse estrago todo, ele deve ser muito forte...” (Saki)
“Ele é. Não tem niguém que encontre ele e consiga sair ileso. Ganhar dele... é impossível” (Monku)
“Espera aí Monku, você conhece esse gorila?” (Noelle)
“Pra minha infelicidade, sim. Ele é o culpado de eu estar sozinho nessa floresta desde que eu era pequeno...”
“...Um dia, eu estava com minha família colhendo os legumes para o festival de primavera. O chão do nada começou a tremer.”
Assim que Monku disse que o chão começou a estremecer, o mesmo aconteceu com eles, mas Monku estava tão assustado que não percebeu. As meninas perceberam e tentaram chamar a atenção dele, pórem ele não ouviu.
“Depois disso, ouvimos um rugido muito alto, e em questão de segundos, uma das nossas casas foi ao ar. Todo mundo começou a correr até que o Gorila Mestre apareceu...”
“...Eu... nunca vou esquecer daqueles olhos completamente vermelhos e das pegadas gigantes no chão. Foi um banho de sangue, eu vi toda minha família e amigos serem mortos tentando fugir dele. Até hoje, não sei como fui o único sobrevivente...” (Monku)
“MONKU. CORRE. AGORAAAA!” (Saki)
Saki grita com Monku, que olha pra trás e vê o Gorila Mestre se aproximando e gritando. Monku está paralisado, não consegue mexer um músculo sequer, Saki e Noelle puxam ele pelo braço e saem fugindo pela floresta.
“CORRE CARALHO. A GENTE VAI MORRER.” (Saki)
“KYAAAAAAAAA!” (Noelle)
“N- Não dá, é o nosso fim. A gente vai morrer agora. Não tem com fugir.” (Monku)
“CALA A BOCA E CONTINUA CORRENDO, EU VOU TENTAR ATRASAR ELE.” (Saki)
Na frente de Saki, uma árvore meio caída está no caminho deles, ela tenta derruba-la para atrasar o Gorila Mestre, mas não funciona. O gorila simplesmente quebra a árvore e continua correndo atrás deles.
“FUDEU, EU NÃO SEI MAIS O QUE FAZER.” (Saki)
O Gorila Mestre rapidamente se aproxima mais e mais deles até conseguir puxar Noelle pelos pés. Ele para e bate no peito rugindo e erguendo a Noelle. Monku para de correr e olhs para trás. Ele vê a imagem de sua mãe nas mãos do gorila que o atormentou por tantos anos. Olhando para o gorila em completo desespero, Saki grita.
“SOLTA ELA AGORA!” (Saki)
“NÃO! VÃO SEM MIM, POR FAVOR!” (Noelle)
“NÃO VAI ROLAR, VOCÊ ME FEZ UMA PROMESSA NÃO É? VOCÊ AINDA TEM QUE CUMPRIR. NÃO MORRA!” (Saki)
As palavras de Saki não fizeram efeito algum. O gorila arremessa Noelle contra o chão, nitidamente a matando.
Monku completamente paralizado, em choque revivendo seu maior trauma e se sentido culpado, achando que todos que ele conhece morrerão nas mãos do Gorila Mestre.
“É inevitável, todos que eu conheço... Vão morrer pra esse desgraçado. É a minha maldição, não importa o quanto eu fuja, ISSO VAI SE REPETIR PRA SEMPRE!.” (Monku)
Um vento forte começa a soprar na floresta. Monku olha para trás e Saki está completamente quebrada. Mesmo com alguém que tinha acabado de conhecer, ela chorou e se enfureceu.
“SEU MALDITO. EU. VOU. TE. MATAR.” (Saki)
Saki começa a enlouquecer e em sua volta uma aura roxa com vinhas negras entrelaçadas, começa a sair, a púpila do seu olho direito cria uma rachadura e fica completamente roxa. Seu olho esquerdo se torna preto com veias negras ao redor. Seu colar começa brilhar e se transforma em uma foice de tamanho real. Saki, sem consciência, pega a arma e pula pra cima do Gorila Mestre...
(NT: Design tirado do jogo Code Vein, não sou desenhista!)
“NÃO. EU NÃO VOU TE MATAR. EU VOU TE APAGAR DA EXISTÊNCIA. VOCÊ MATOU TODA A FAMÍLIA DO MONKU E MATOU A NOELLE. VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO! EU NÃO VOU TE PERDOAR. SEU DESGRAÇADO! SUCUMBA!” (Saki)
“ROOAAAAR.” (Gorila Mestre)
O Gorila Mestre tenta socar Saki, mas ela simplesmente arranca o seu braço fora. Saki ergue sua foice ao céu brilhante, ela se enche de energia que passa por todo o seu corpo.
Ela desfere vários golpes no gorila, retalhando tudo em uma sequência interminável de cortes, até que um dos golpes arranca a cabeça do Gorila Rei que cai logo em seguida. Saki, ainda sem consciência e cheia de fúria, vai até o corpo de Noelle... e chora, pórem ela não derrama lágrimas comuns... e sim um líquído roxo. Ali mesmo, ela desmaia e cai no chão.
“Como... Como ela conseguiu? Ninguém nunca foi capaz de sequer tocar nesse monstro...”
“... O- O que essa mulher é...?” (Monku)
Monku está em choque, se perguntando como Saki conseguiu derrotar o demônio que destruiu toda a sua família. Ele pega seu corpo e o da Noelle e vai pra um algum lugar que acha seguro.
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