Amigos, em muitas culturas espalhadas pelo mundo, os amigos
são considerados indispensáveis no desenvolvimento do caráter e lealdade do
indivíduo como um todo, sendo quase um consenso que alguém sem amigos seria um
estranho, um erro na sociedade.
Porém, para todos que realmente já
pararam para refletir sobre eles, pode dizer que isso é uma MENTIRA!!! Lealdade,
fraternidade e bondade é uma coisa reservada apenas para os filmes, dá mesma
forma que você trairia seu amigo por uma bala, ele também te trairia por uma
bala, por isso nunca se esqueça... aquele rosto gentil que aparece na sua casa
para uma visita, pois, bem, ele esconde uma fera.
Em uma mesa de um refeitório, estavam
sentados um grupo de “””amigos”””, eles se encaravam friamente, as pessoas que
passavam ao redor não ousavam interrompe-los, elas sabiam do fogo de ódio que
estava acesso no coração deles, uma pessoas ergue uma carta e joga na mesa.
As expressões deles queimavam com a
raiva eterna da “””amizade”””. Mas como nós chegamos nessa situação? Bem... um
pouco antes do intervalo um pequeno grupo de pessoas, ressalto eu desprezíveis,
chegam em outra pessoa tão desprezíveis quanto e perguntam na maior inocência.
-Athos, quer jogar um pouco de UNO?-
Essa pessoa sorri lindamente.
-Não...-
Athos responde friamente.
-Eu não confio nessa cara feia sua-
-O que você disse seu mer...!-
Um que estava ao lado coloca a mão no
ombro dele e diz.
-Deixa com o pai-
Ele se aproxima do Athos.
-Meu caro, não desconfie de nossas intenções, nos apenas queremos nos divertir
com nosso grande amigo-
Athos olha fixamente para os olhos do garoto, como se estivesse olhando a alma
dele, o garoto não aguenta e desfia o olhar.
-Como eu disse... eu não entro em jogo de “amigo da onça”-
Porém, o que ele não contava era que a
última pessoa do grupo tinha um carta na manga.
-Gente, ele não vai aceitar, então vamos para de perturbar...-
-Agradecido-
-...De qualquer forma ele não conseguiria ganhar da gente mesmo...-
Enquanto veias saltavam na testa dele
e seu ódio queimava ardentemente, sorrisos de corrupção nascem na cara de cada
um deles.
-O que você disse seu mer...!-
-Realmente! Você está certa, nunca ele iria conseguir ganhar da gente...-
Ele dá de ombros enquanto olha para o
Athos com pena.
-Quem você pensa q...-
Um deles apoia o mão no ombro dele
enquanto sorri com pena.
-Que pena que você é tão covarde...-
Eles viram de costas e começam a ir
embora quando um mão agarra o ombro de um com toda a força e um olhar de um
ódio borbulhante se levanta.
-Meus caros amigos... vocês não queriam jogar UNO?!?-
Eles juntam as mesas, os nomes deles
eram respectivamente Lucas, João e Fabio, como faltava pouco para o intervalo,
e eles não queriam parar a partida no meio, jogaram apenas o Athos e Fabio, quem
o Athos detinha o maior ódio.
Eles embaralham o baralho e dividem as
cartas, sete para cada um, sendo que a carta inicial era um três verde, Athos
pega as suas cartas e olha para elas.
“Pobre Athos...”
Pensamentos do Fabio.
“...Você mal sabe que entrou em um jogo que não pode vencer, afinal, com a
nossa estratégia... você é um homem morto...”
Ele olha para a cara do Athos, ele
olhava repetidamente para a sua mão e a carta que estava na mesa.
“...Você não conhece a seriedade desse jogo chamado UNO”
-Por que você não começa, Athos-
-Ok-
Eles começam a movimentar suas mãos, e
no decorrer dos rounds, enquanto a mão do Athos apenas diminuía, a do Fabio
apenas aumentavam, porém, ainda assim ele sorria calmamente, o Athos não podia
negar aquilo era suspeito, mas ele concluiu que ele era apenas um tapado.
No momento em que o Athos terminou de jogar sua penúltima carta, Fabio sorri
calmamente, e em um único movimento ele descarta OITO cartas “mais dois”, o
olhar do Athos fica átono, ele estava em choque, ele havia ganhado o jogo em um
movimento.
-UNO... Bem, e com isso eu acho que... Eu ganhei, né -
Ele olha no fundo dos olhos do Athos,
porém, ele respira fundo e diz.
-É... realmente foi uma bela jogada-
-E então... vamos jogar outra?-
-Não mesmo, eu não estou afim de perder de graça-
-Você que sabe-
Os três voltam para seus lugares e uma
presença que até então estava quieta começa a conversar com o Athos, no caso Tyke.
-Ué? Você não vai se vingar deles?-
-Por que? Eu vi claramente que eles são melhores... e é apenas UNO-
Ela começa a rir enquanto o olha com
desprezo.
-Pobrezinho de você...sabe, eu sabia que você era inútil... mas nem uma partida
de UNO você consegue ganhar... puff...puff-
Aquelas simples palavras foram capazes
de fazer seus dentes rangerem, veias saltarem e alma arder em ódio, como ele
poderia aceitar aquela aberração paranormal o olhar com desprezo.
-Mas e dai?! É apenas UNO!-
-Por isso mesmo... puff..puff... como você não consegue vencer uma simples
partida de UNO daqueles otários-
-Se eu realmente quiser é obvio que eu consigo-
Ela esperava ouvir essas palavras da
boca dele, um sorriso se abre em seu rosto.
-Mesmo... então me prova-
Isso ficou gravado no fundo de seu
coração, nos poucos minutos que faltavam para o intervalo, ele queimava de
raiva, e quando o chegou, ele se dirige em linha reta às mesas daqueles três.
-E
então meus caros amigos... vocês querem jogar UNO?-
Eles sorriem macabramente.
-É claro, mas por que não fazemos algo diferente, jogar por jogar é muito chato...
que tal apostar alguma coisa-
-Pode ser, começamos em quanto?-
-Que tal... oitenta reais-
O coração do Athos gela por um
momento, aquele era todo o dinheiro que ele tinha, mas pior que perder aquele
dinheiro eram as palavras da Tyke ecoando em sua mente.
-Feito!-
-Então vamos começar, e pra ficar mais legal todo mundo joga-
Eles juntam as mesas, pegam o baralho
e o embaralham, e assim começam a distribuir as cartas, eles encaram uns aos
outros friamente, faíscas podiam ser vistas no ar.
Athos pensa.
"Dessa vez vai ser diferente... aquilo foi apenas uma simples
coincidência, uma chance em um milhão, eles experimentaram agora minha
sorte"
Eles começam a jogar, o jogo foi um
massacre pro Athos, ele não parava de comprar cartas ou ter sua vez sempre
pulada, suor frio escorre por todo seu corpo, todos os três possuíam apenas
duas cartas em suas mãos, enquanto ele tinha 24 cartas.
"Tudo bem... Tudo bem... ainda dá pra virar"
Ele joga um carta 3 azul, e nesse
mesmo instante todos os três dão um sorriso, começando pelo Lucas, ele joga
duas cartas mais dois, depois o João joga mais duas cartas mais dois e, por
fim, o Fabio joga mais duas cartas mais dois.
Ele fica pálido, enquanto todos gritam
em unisom.
-COMPRA MAIS DOZE OTÁRIO!!!-
Fabio fala enquanto ri.
-O que foi cê tá brabo?!-
Porém, ele para e pensa por um
momento, aquelas jogadas, aquela aposta, toda a provocação absurda...
aquilo não era mera coincidência, havia uma mente por trás daquilo, mas quem
teria motivações de destruir a vida del... os pontos se juntam... agora, ele
sabia quem era.
Tyke aparece e começa a falar com
ele.
-Nossa quem diria que você iria perder isso... mas pense pela lado positivo,
essa é uma experiência de aprendizado em sua vid...-
Antes dela terminar de falar, Athos
voa no pescoço dela e começa a esganar enquanto grita.
-SUA PRAGA AQUELE ERA TODO MEU DINHEIRO!!!-
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