Gosori e Shinro estão junto de Nuro no quarto do único Hotel da vila, Shinro está em pé encostado na parede, Nuro está sentado em uma cadeira, e Gosori está sentado em uma das duas camas do quarto, que é enorme.
Shinro: Eu preciso saber mais sobre os poderes do Mahuko, você tem alguma informação, ou já viu ele usar alguma vez?
Nuro: Sobre isso... o Mahuko nunca usou nenhum de seus poderes, afinal ninguém é maluco a ponto de querer se opor a ele. A única informação que tenho é que ele carrega uma Staff bem estranha nas costas, parecido com isso aqui - Nuro desenha uma Staff de madeira, que faz um contorno em cima, contendo um cristal.
Shinro: O-OQUEE, NÃO PODE SER, UMA DAS STAFFS LENDÁRIAS É EXATAMENTE ASSIM !!!
Gosori se interessa no assunto, e começa a prestar mais atenção.
Nuro: Desculpa a minha ignorância, mas o que seria uma staff lendária?
Shinro: Prestem atenção seus moleques! Eu só vou explicar uma vez e resumidamente.
Existem Armas Lendárias que além de darem poderes aos seus usuários, possuem seus próprios poderes, dizem que algumas delas têm vida própria, Se o dono da arma for digno o suficiente e compatível com o poder que ela oferece, poderá usá-la com 100% de maestria. também existem as Armas Místicas, que são feitas dos materiais mais resistentes do mundo.
Também há alguns seres sortudos que nasceram com poder, nós os chamamos de Blessed. Há rumores de que as Armas Lendárias são feitas dos Blessed, com o sangue deles ou algo do tipo. Mas foda-se, isso não vem ao caso agora.
Existe apenas uma arma de cada, então são vendidas por um preço absurdo. Sem contar que é muito difícil alguém que possua uma querer vender, afinal, quem iria querer vender uma arma tão poderosa?
Podem ser Espadas, Staffs, Lanças, tudo que dê para matar alguém.
Nuro: Entendi, o mais próximo que eu tenho disso é essa adaga deixada pelo meu pai... tem um valor único para mim, só existe uma no mundo também. Eu nem sei do que é feita.
Shinro: Vamos ao que interessa, qual era o plano que você havia comentado ontem?
Nuro: Eu posso usar o dinheiro que irei te dar de isca, e tenho algumas coisas de séculos passados, impossíveis de se encontrar, eu pensei em fazer algo para chamar a atenção do goblin desgraçado com base nisso.
Gosori rapidamente pensa e responde - Quando ele for te cobrar o imposto, Nuro pode fazer uma oferta a ele, entregar toda essa sua fortuna e essas suas coisas antigas. Ele com certeza irá te seguir ao local que levá-lo. Quando ele coletar, vai precisar de um transporte grande pra levar tudo, enquanto ele estiver colocando no transporte, a gente vai pra cima dele!
Shinro fica meio pé atrás com essa estratégia, mas pareceu uma boa ideia para distrair o goblin.
Shinro: Temos que estar prontos para qualquer tipo de imprevisto, não sabemos como o Mahuko vai reagir ao saber disso, talvez tente até matar o garoto. Sem contar que ele é mais forte do que vocês imaginam.
Nuro engole seco, pois agora ficou com medo de seguir o plano de Gosori.
Shinro: mas querendo ou não, é um bom plano, faltam apenas dois dias para ele aparecer na vila, enquanto isso vão ajeitando as coisas, e se pensarem em mais algo podem dizer.
Nuro: eu vou em casa preparar tudo, e dormir, até amanhã!
================== 2 DIAS DEPOIS ====================
Em uma outra vila um pouco mais povoada, não tão longe da Mokura, Mahuko e seu bando estão terminando de coletar os impostos, o Goblin Mago, tem a cor de pele azul, vestido com um manto escuro e capuz, com a sua staff em mãos, está em cima de uma carroça que era transportada dois cavalos, nela há um vagão para as cargas, que está quase cheio; um espadachim, alto e com uma armadura cobrindo todo o seu corpo, dos pés a cabeça, era possível ver apenas sua boca, e três pequenos capangas que apenas ajudam a coletar os impostos.
Mahuko: Terminamos por aqui, agora só falta a Vila Mokura, a população de lá é ridiculamente fraca, vai ser bem rápido, como sempre.
Chegando na Vila, já a noite, Mahuko começa a coletar os impostos como todo o final de mês, como a população é pobre, ele foca em comidas e armas em geral, porém acaba abusando disso um pouco.
Mahuko chega ao ferreiro da vila que havia cortado o braço, por conta de um pagamento atrasado, e pergunta pela arma solicitada - Então em um mês você já fez um braço mecânico perfeito para ti, e não consegue terminar uma simples arma?
Alguns cidadãos da vila estavam fora de suas casas, pois se preocupam com o ferreiro, que já havia pagado um grande preço com os impostos antes.
O Ferreiro, chamado Kayaji, já foi conhecido por ser o melhor ferreiro dos Kiboru, já forjou diversas Armas Místicas para eles, sobre a aparência, tem olhos sérios impactantes, uma barba rala, um braço de aço, com algumas ferramentas embutidas, camisa de pano rasgada, e uma calça de couro, ele diz ao Goblin Mago - Demorou um pouco pois nosso time de mineração ainda não havia encontrado o material necessário para criá-la, sem contar que é necessário um imenso cuidado para criar Armas Míticas, sem danificar o material, mas aqui está.
Kayaji entrega uma espada com lâmina branca enorme a Mahuko, ela é feita do terceiro material mais resistente de todos, o Luranium.
Mahuko abre um sorriso de maldade, com muita vontade de testar a espada, porém entrega a um de seus capangas e diz - Tome muito cuidado com isso, é um pedido de Sumax.
Mahuko: Certo, só faltam só mais três casas, vou nessa da Padeira primeiro.
Nuro estava tremendo e suando frio, olhando pela janela, vendo que Mahuko estava a caminho de sua casa, mas tinha que seguir o plano, então ele que atende a porta.
S-senhor, por favor escute minha proposta, eu tenho m-muito dinheiro e objetos valiosos guardados, se eu te entregar tudo, tem como parar de vir à nossa vila? - Diz Nuro, não conseguindo nem olhar nos olhos do Goblin, de tanto medo que sentia.
Mahuko diz sarcasticamente após dar uma risada alta - Ora rapaz, não gosta da minha companhia? Venho de bom grado visitá-los todos os meses e você quer que eu pare de vir? Duvido que algo vindo de você tenha algum valor, então chame logo a sua mãe para que ela pague o de sempre antes que eu arranque um de seus membros.
A mãe de Nuro já estava ciente do plano, mas mesmo assim entregou o de sempre nas mãos de Mahuko, para evitar futuros problemas, eram duas cestas cheias de pães frescos.
O Goblin pega as cestas, e entrega para um de seus capangas, já indo embora da casa.
SÃO MAIS DE TREZENTOS MIL NYEOM, SEM CONTAR OS OBJETOS VALIOSOS - Grita Nuro, um pouco mais alto que o normal, pois estava assustado.
Os olhos de Mahuko quase saltam para fora, impressionado e um pouco desacreditado, o goblin tem que pelo menos conferir para acreditar, afinal, jamais iriam mentir na cara dura para qualquer subordinado Sumax.
Mahuko: Me leve até lá, que eu pensarei em sua proposta.
Nuro fica mais aliviado por o inimigo ter mordido a isca, e começa a guiá-lo até sua casa, onde estavam os objetos e dinheiro. Andando duro e tremendo de medo da mesma maneira.
Gosori e Shinro estão escondidos no telhado do hotel, que era na rua ao lado da casa de Nuro.
Gosori: O Goblin entrou dentro da casa dele, parece que deu certo.
Shinro: Calma lá garoto, não se precipite, ele trouxe aquele espadachim que está aguardando ao lado da carroça, e ele parece ser forte, mas acho que você aguenta contra ele, qualquer coisa eu te ajudo depois de matar o Mahuko.
Gosori: Ah, pode ser, eu dou conta dele…
Gosori percebe algo, e pensa - Que estranho, tem outra aura dentro do quarto do Nuro… e é uma familiar...
Nuro, acompanhado somente de Mahuko, começa a levá-lo ao porão, onde estava o dinheiro.
Enquanto passava pela casa, Nuro transmitiu um olhar fixo à sua mãe, passando a mensagem que haviam combinado, para ela sair de lá rápido. Marie entendeu e saiu sutilmente de casa após eles descerem as escadas, sem que o Goblin percebesse.
Enquanto Nuro e Mahuko desciam, o goblin não conseguia se conter com os pensamentos - Talvez eu pegue uma parte para mim, ou quem sabe tudo, o Sumax nem vai dar falta.
Chegando no porão, e acendendo a vela, Nuro parece ter virado uma estátua, não consegue se mexer e nem falar nada, apenas aceitar a própria morte.
Mahuko: Porque parou? Parou porque?
O quarto de Nuro estava limpo como nunca, quase todos seus pertences haviam sumido, o baú que continha o dinheiro, e até o cubo amarelo, apenas alguns objetos velhos e de pouco valor ficaram para trás.
Os pensamentos de Nuro nesse momento eram: Fodeu fodeu fodeu fodeu fodeu...
FIM DO CAPÍTULO 3: Dia de pagament
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