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Guerreiros

Capítulo 6 –Sozinho.

Capítulo 6 –Sozinho.

Oct 08, 2021

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Abuse - Physical and/or Emotional
  • •  Drug or alcohol abuse
  • •  Blood/Gore
  • •  Mental Health Topics
  • •  Physical violence
  • •  Cursing/Profanity
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Uma saveiro seguia pela estrada, fazia alguns minutos que eles haviam deixado o estacionamento.

                - Vamos tentar ligar para eles de novo?  – Disse Fernando tirando Fábio de seus pensamentos longínquos.

                - Melhor não, aliás desliga o celular vamos em alguma loja e a gente compra um novo.

                - Hein! Por quê?

                - Só me escuta Fer, por favor.

                - Ok.

Os dois rumaram para o centro comercial. O trânsito pesado os fez largar o carro em um estacionamento e andar a pé, tão logo saiu a luz do Sol Fábio colocou um óculos escuro e capuz da blusa.

                - Já reparou nelas? – Perguntou o jovem?

                - Nelas quem?

                - Nas câmeras.

                - Que tem?

- Eles instalaram muitas.

                - Ahhhh impossível não notar, em parte a culpa é nossa... Os órgãos de segurança usaram elas para reprimir a guerra de gangues. Pera é por isso que você se encapuzou?

                - Também... Na real o sol está me incomodando cada vez mais.

                - Cê sabe que se eu me vestir desse jeito que você se veste eu viro “suspeito” e recebo uns 20 tiros de aviso antes de conseguir pegar meu RG na carteira, né?

                - Bem você ao menos você é suspeito com causa. – Disse Fábio apontando para o próprio rosto.

                - Ter começado andar com você no recreio deve ter sido um dos maiores erros que eu cometi na vida. – Disse o jovem rindo.

                - Sim. – Respondeu Fábio em tom seco.

Fernando olhou para o amigo com curiosidade.

- Não me arrependo de ter feito isso.

Fábio não respondeu nada e os dois seguiram caminhando pelas ruas até uma viela onde entraram em uma loja de eletrônicos pequena e sem identificação clara.


  

                - OI! – Perguntou o jovem negro de uns 13 anos e com o uniforme impecavelmente limpo.

O pátio da escola estava coalhado de crianças e adolescentes de todas as idades e até mesmo alguns jovens adultos que eram repetentes ou estavam tentando concluir os ensinos por via regular.

                - Oi, Meu nome é Fernando, qual é o seu?

                - Me deixa em paz.

                - Nome estranho hein? Prefere ser chamado de “Paz” ou de “Me deixa”? – perguntou o garoto rindo da própria sacada.

                - Meu nome é Fábio. Tá satisfeito? Agora pode me deixar ficar quieto no meu canto?

                - Oi Fábio, tu é novo? Nunca te vi no pátio.

                - Sou. – respondeu o rapaz quase grunhindo.

                - Ahhhh bem que eu sabia! Meus pais falam que eu tenho memória foto- foto...

                - Fotográfica.

                - Isso, então eu lembro de tudo que vi e nunca tinha visto você aliás tu é EMO olha o tamanho dessa franja! – Disse o pequeno quase encostando no cabelo que cobria o lado esquerdo do rosto de Fábio.

                - NÃO ENCOSTA EM MIM! – Gritou Fábio, afastando o garoto com um empurrão e fazendo ele cair no chão.

Parte do pátio se voltou em direção ao rugido e viu, o jovem Fernando caindo ao chão diante de um rapaz todo de preto e com cabelo longo caído no rosto.

                - Briga! Briga! Briga! – Gritaram alguns, porém para frustração deles Fábio se levantou e se dirigiu para uma área arborizada da escola, enquanto Fernando simplesmente se levantou e foi comprar um lanche na cantina.

                - Então é assim a porra de uma escola estadual? - Pensou o jovem olhando as cercas de arame farpado sobre o muro alto que ficava atrás das árvores.          - Parece até um presídio.

                - Acho que é para parecer mesmo.  -  Disse Fernando.

A resposta foi tão inesperada que Fábio deu um salto e ficou de frente para o garoto imediatamente...

                - C-Como que...

                - Eu leio pensam... naaaaaahhh você não é burro, tu tava pensando alto, tá tão estressado que não percebeu que tava falando, eu faço isso as vezes.

                - Ah... – Fábio estava totalmente perdido, mas de fato ele estava completamente desorientado.

                - Toma, pega um salgado pra você. Oferta de paz! – Disse o Jovem oferecendo um saco com três salgados fritos.

                - Hein?

                - Eu te incomodei demais no pátio está irritado, lugar novo e aposto que está com fome.

                - Não tô com fome não.

                - Bem, se não quer sobra mais pra mim, mas era meu pedido de desculpas por quase encostar em você.

                - Ok, tá desculpado só não repete, por favor. – disse Fábio ainda tentando entender o que diabos estava acontecendo. Nunca ninguém se aproximou dele daquele jeito além do Daniel e isso porque eles se conheciam desde que nasceram.

                - Não vai acontecer. Agora vou subir para as salas porque daqui a pouco toca o sinal.

                - Sinal? Já? Mas não deu 15 minutos que eles liberaram para o lanche.

                - Aqui é assim, 5 minutos entre as aulas e 10 no meio período, daqui a pouco você se acostuma.

                - Que merda, dá pra fazer quase nada nesse tempo.  – Resmungou Fábio olhando para a copa das árvores.

 

Ao longe um grupo de quatro pessoas observavam toda a interação dos dois jovens.

                -Ei Paulo? Quem é aquele? – Perguntou um jovem com cabelo arrepiado e piercing na sobrancelha.

                - Quem? O baixinho é o Fernando da sétima série não tá reconhecendo? Tá precisando de óculos por acaso?

                - O Fernandinho eu conheço caraí! Eu tô falando do pau de virar tripa que tava conversando com ele.

                - Fábio de alguma coisa. - Respondeu o rapaz com traços asiáticos e cabelo curto vestido como um skatista.                - Aluno novo transferido de colégio particular pelo que a coordenadora disse na hora que apresentou ele na sala minha e da Valéria.

                - Gente boa?

                - Não faço ideia Cris, o cara parece um fantasma passou pela sala e se sentou no lugar com menos gente.                - Respondeu Kay.           - A princípio é na dele.

                - Eu o vi dando um empurrão no Fernando a alguns minutos quando estava voltando do banheiro. – Disse a jovem de traços asiáticos, cabelos longos e super magra vestida de minissaia e top.

                - Ué? Mas eles estavam conversando de boa pelo que vi. – Indagou Paulo.

                - O Fernando é legal, mas muito é irritante as vezes. Deve ter sido só isso.      - Disse Cris acendendo um cigarro.                               - Que horas são?

                - Vai dar 10:30 já vamos ter que subir.

                - Merda, não devia ter acendido o cigarro.

Mal o jovem terminou de falar o sinal tocou, ele então deu uma tragada longa seguida por uma baforada que parecia um dragão cuspindo fogo.

                - Nunca vi alguém consumir um cigarro desse jeito. – Disse Paulo impressionado.

                - Anos de prática. – respondeu o jovem.             - Só não conta pra minha mãe.

Os quatros se dirigiram para a escada. Quando Cristiano observa Fábio subindo em uma árvore cujos galhos passavam por cima do muro e longe do arame farpado.

                - Filho da puta.                - Disse o jovem sorrindo.           - Kay!

                - Fala.

                - Tenho um trampo pra você.

                - Tu que manda.

 

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Fausto

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