Please note that Tapas no longer supports Internet Explorer.
We recommend upgrading to the latest Microsoft Edge, Google Chrome, or Firefox.
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
Publish
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
__anonymous__
__anonymous__
0
  • Publish
  • Ink shop
  • Redeem code
  • Settings
  • Log out

A Caixa dos Desejos

A Saída - parte 2

A Saída - parte 2

Nov 26, 2021

O sol se escondia atrás do oceano delta e como combinado Odilon e Frella esperavam a feiticeira na estalagem. 

Estavam sentados na mesa mais afastada do estabelecimento, bebiam uma cidra e conversavam. Odilon fazia careta ao degustar a bebida, para ele o líquido tinha gosto amargo, mas para Frella era algo completamente delicioso e refrescante. 

 Frella viu quando Mikae entrou pela porta lateral e sondou o local para tentar encontrar seus amigos, por isso fez um gesto com a mão estendida para cima. Mikaela viu sua irmã e foi se sentar com ela. 

– Onde está a Polipedes? – Perguntou a recém chegada. 

– Me pergunto o mesmo. – Respondeu Odilon, bebendo de uma só golada o restante de sua bebida amarga. – Vai fazer duas horas que estamos aqui esperando e até agora nada.

– Se me lembro ela disse que o imperador e a governadora eram seus irmãos, devem estar conversando algo de importância. – Falou Frella, logo depois de ter pedido ao garçom outra bebida. 

– Não. Eles devem estar negociando algo. – Disse Odilon. – Ela sempre negocia. Não, obrigado! Traga-me outra bebida por favor! Essa cidra é horrível. 

– Não temos muito o que fazer, resta-nos apenas esperar. Essa é aquela cidra que bebíamos antigamente, Frella? Deixe aqui. Isso é muito bom! – Falou Mikae. 

– Vocês tem um gosto estranho. – Odilon meneou a cabeça negativamente.

– Acham que ela vai deixar a gente? – Disse Mikaela. – Será que se o imperador lhe oferecer algum cargo ela aceita? 

– Acho improvável. – Disse Odilon. – Se fosse para trabalhar para Menetuf ela já teria ido a muito tempo. 

– Nunca se sabe. – Falou a jovem de mechas roxas. 

Fiorella mais uma vez gesticulou a mão, ao ver Polipedes entrar no local. A feiticeira não esboçava um rosto feliz. Puxou uma cadeira e sentou, ficou alguns minutos em silencio até que bufou longamente. 

– Cruzes! Já vi essa cara antes. Parece até que meu pai te deu uma daquelas ordens sem sentido. – Disse Odilon. 

– O imperador quis fazer negócios. Garçom, traga-me uma bebida, mas não essa cidra, essa amarga minha boca.  Como sempre foi persuasivo o bastante para me convencer. 

– Sabia! – Gritou Odilon. Percebendo que todos o olhavam se aquietou novamente. – Vou adivinhar; ele quer que entreguemos a ele seja lá o que for que estamos buscando. Não é isso? 

– Sim. Menetuf nos ofereceu tudo o quer for necessário para encontrarmos a caixa. Esse suco está muito bom. Não pude dizer não a sua proposta. 

– Ótimo, agora trabalhamos para o imperador. 

– Não, Odilon. O plano será realizado do mesmo jeito, a caixa só será entregue a ele depois que tivermos resgatado Sotrel.

– E o que essa caixa tem de especial? – Perguntou Mikaela. 

– Bem… já que estamos todos aqui vamos começar as explicações. A caixa que vamos buscar não é algo comum, ela tem um poder, um dom, ela realiza qualquer desejo de seu portador. 

– Mas isso é maravilhoso. – Falou Frella. – Imagina quantas coisas podem ser feitas a partir desse poder. 

– Não apenas imagino, como também sei o que ela pode fazer. Essa caixa foi a responsável por criar os gigantes de gelo e muitas outras coisas no passado. Seu poder e intitulado ilimitado e por isso muitos querem a caixa. A última vez que ela foi vista foi quando eu e meus irmãos entregamos ela para ser trancada e esquecida. 

– Então você sabe onde ela está? – Perguntou Mikae. 

– A localização da caixa sim, mas não sei como abrir os portões que a protegem. 

– Foi por isso que os gigantes de gelo foram atrás de você no castelo. – Disse Odilon. – Eles sabiam que você servia a meu pai, eles queriam que você encontrasse a caixa para eles.

– Correto. 

– Mas você disse que não fazia ideia do motivo que levaram eles a invadirem o castelo. 

– Não, eu disse que não tinha as respostas para o que eles procuravam. Muitos sabem onde a caixa esta guardada, mas poucos sabem como abrir os portões. 

– E o que tem nesses portões? – Perguntou a jovem de cabelo azul.

– Eles possuem fechaduras magicas, que só podem ser abertas por seu próprio selo. Ao total são quatro portas. – A feiticeira foi interrompida. 

– Então são quatro selos. – Disse Odilon. Então qual é o plano? Cada um vai buscar um selo? 

– Seria impossível. – Falou a feiticeira. – Ninguém sabe onde estão escondidos esses selos. Pode ter um em cada canto do planeta e ao mesmo tempo os quatro podem estar juntos na mesma sala. 

– Então para que viemos aqui, uma vez que você não sabe onde estão os selos? 

– Aqui frequenta o capitão de um navio explorador. Dizem que seus homens já encontraram um lugar que parecia ter algo importante guardado. 

– E como sabem disso? 

– Pois o lugar era protegido por um ser extremamente poderoso; os homens tentaram enfrentar a criatura, a fim de conseguir o tesouro, mas o capitão foi o único que sobreviveu, pois fugiu do local. 

Mikaela, Fiorella e Odilon se entre olharam. 

– Então tudo o que temos que fazer aqui é sondar o capitão para saber onde encontrar esse selo. – Disse Frella. – Depois de ter a resposta vamos partir para o esconderijo desse tal selo, enfrentar uma criatura super poderosa e se… se vencermos pegar a recompensa. 

– Basicamente é isso. 

– E isso vai se repetir quatro vezes? – Continuou Frella. 

– Isso. Precisamos encontrar as chaves, sem elas não temos chance de pegar a caixa.

– Não poderíamos simplesmente abrir um portar até o lado de dentro do esconderijo? – Perguntou Mikaela. 

– Poderíamos, mas iria dar errado. As criaturas que criaram esse esconderijo são de uma raça além do tempo e a magia deles é muito poderosa; nossos portais seriam distorcidos e acabaríamos mortos ou perdidos entre mundos. No momento essa é a nossa melhor opção. – Polipedes levantou da cadeira. – Fiquem aqui, vou ver o que o capitão tem a me dizer. 

Polipedes foi para a bancada, onde o capitão estava sentado sozinho bebendo uma cerveja. 

A feiticeira se aproximou, sentou-se do lado do navegador e jogou sobre o balcão uma pequena bolsa de couro cheia de florim de prata. O capitão olhou para os lados, lambeu as gengivas e soltou um leve arroto. 

– O que você quer? 

– Sei que o senhor e sua tripulação acharam o esconderijo de algo de valor. Preciso saber onde fica. 

– Quer saber onde fica? Vá ao mundo dos mortos e pergunte para meus homens. – O capitão abaixou a cabeça em sinal de luto. – Acha que esse dinheiro vai trazer meus homens de volta? 

– Não estou pagando para trazer seus homens de volta, estou dando o dinheiro para me dizer onde fica o local. 

– Thalia. 

– Em qual parte? 

– Ao norte. – A voz do capitão estava rouca. – Nas montanhas perto do mar éspio. Se eu eu fosse você não iria até la menina. 

“Menina”, pensou Polipedes. “ Sou mais velha do que você imagina”. 

– E quanto a criatura que sua tripulação enfrentou? 

– Criatura? Antes fosse uma criatura. Aquela mulher era medonha. Jamais tocava o chão, seu cetro emitia uma luz esbranquiçada. Uma hora ela brilhava tanto que cegava os rapazes, outra hora era tão escura  que parecia ser invisível. Estou dizendo que o melhor a fazer é não ir. 

– Não tenho isso como uma opção senhor. 

– Bem… você quem sabe. Se está disposta a desperdiçar seus homens nessa tarefa sem sentido. Como pretende chegar lá? Tem um navio? 

– Não. O senhor estaria disposto em me guiar até la novamente? 

– Pelos deuses! Claro que não! Jamais voltarei aquele lugar horrível. – O velho capitão tossiu. – Se quiser posso lhe indicar alguém. 

– Não será necessário, acredito que o imperador ficara feliz em me emprestar um navio de sua frota. 

O navegador deu de ombros, pegou seu dinheiro e saiu. 

Fiorella chegou perto de Polipedes, estava trocando as palavras e seu tom de voz estava oscilando. 

– O que aconteceu, Frella? 

– Ela experimentou um pouco da cerveja de Odilon. – Explicou Mikaela, segurando o braço de sua irmã. 

– E um gole só foi suficiente para deixa-la assim? 

– Aparentemente sim. Diga, o que descobriu a respeito da pedra? 

– Vamos ter de voltar ao imperador e pedir um navio; tropas também… se possível. Hoje não. Já está tarde e… Fiorella está fora de si, mas amanhã irei falar com Menetuf novamente. 

– Pensei que fossemos dormir no castelo, já que a governadora e o imperador são seus irmãos. – Falou Odilon. 

– Acredito que esta pousada está muito boa para passarmos a noite. O dono do estabelecimento é meu amigo e nos permitiu ficar aqui sem custo algum. Frella, Mikae e eu vamos dormir em um quarto. Odilon, você ficará em outro separado. 

Todos subiram para seus aposentos. Mikaela continuava apoiando Frella, que andava desconcertada e dizia palavras sem sentido. 


…


O vento gelado balançava os longos e lisos cabelos pretos de Adanhael. O general dos gigantes de gelo estava de pé, na sacada do forte Kazhir, a capital de Névoa, país onde os gigantes moravam.

Pressionava seu elmo entre o quadril e seu braço direito. Sua mão esquerda segurava seu majestoso cetro, cujo a ponta tinha uma esfera de energia azul que brilhava constantemente. 

Adanhael observava Eiron preparar os soldados no pátio principal da fortaleza.

– Vejo que ordenou o preparo de tropas. – Disse Bantar entrando no salão.

– Meu rei! – Adanhael se ajoelhou. – Que bom que saiu de seu isolamento. 

– Levante-se general. – A capa vermelha do rei balançava devido ao vento. – Decidi que temos que agir. Conseguiu descobrir o que a feiticeira está fazendo? 

– Está acompanhada por mais duas jovens, além do príncipe que já estava com ela. Foram para Aurora. Yavel conversou com o imperador, em seguida se reuniu com seus seguidores em uma estalagem e conversou com um velho. 

– E qual foi o teor desses encontros? – Bantar olhava a formação dos soldados atentamente com as mãos juntas para trás. 

– Não sei senhor. A feiticeira usou um feitiço de bloqueio tanto na reunião com o imperador quanto na conversa com o homem do bar. 

“O que você está tramando Yavel?”, pensou o rei. “Será que devemos nos preocupar com isso? Não. Deve ser apenas mais uma coisa ridícula. Será que eu fechei a porta do meu quarto? Melhor ir conferir.” 

– Descubra quais são os planos de Yavel. 

– Como quiser, meu rei. 

Bantar caminhou em direção a porta, seus passos eram firmes, porém sua mente estava extremamente incomodada com algo que vira no pátio segundos atrás.

– Adanhael. – O rei virou de frente para o general mais uma vez. 

– Sim.

– Avise Eiron que o sétimo soldado da terceira fileira está três passos fora da formação.  

– Avisarei imediatamente majestade. 

Adanhael vestiu seu elmo e desapareceu no meio de um flash de luz azul.

luisfln1802
Luis Felipe

Creator

Comments (0)

See all
Add a comment

Recommendation for you

  • What Makes a Monster

    Recommendation

    What Makes a Monster

    BL 74.1k likes

  • Secunda

    Recommendation

    Secunda

    Romance Fantasy 42k likes

  • The Sum of our Parts

    Recommendation

    The Sum of our Parts

    BL 8.3k likes

  • Arna (GL)

    Recommendation

    Arna (GL)

    Fantasy 5.4k likes

  • Touch

    Recommendation

    Touch

    BL 15.3k likes

  • Silence | book 1

    Recommendation

    Silence | book 1

    LGBTQ+ 26.5k likes

  • feeling lucky

    Feeling lucky

    Random series you may like

A Caixa dos Desejos
A Caixa dos Desejos

3.3k views31 subscribers

Após ter sua filha sequestrada pelos gigantes de gelo, Odilon, príncipe de Antífes, precisa de um plano para resgata-lá. Sem nenhuma alternativa convencional em mente o príncipe aposta no que considera ser sua melhor escolha, libertar uma antiga feiticeira que outrora traiu seu pai.
O príncipe desobedece seu rei e liberta Polipedes, um ser híbrido que promete ajuda-lo a recuperar sua filha. Durante a jornada eles precisam encontrar uma antiga relíquia cobiçada por gerações. A feiticeira diz que o artefato será de grande valia na missão, mas os males que vem junto com a caixa faz Odilon pensar diferente.
Subscribe

28 episodes

A Saída - parte 2

A Saída - parte 2

141 views 4 likes 0 comments


Style
More
Like
List
Comment

Prev
Next

Full
Exit
4
0
Prev
Next