*Capítulos todas as sextas
*Alguns recados no final do capítulo
*Boa leitura!
Capítulo 2
Esperança
108 3E (Antes do episódio de Gawa)
Floresta de B'yoku, Nas'sath
Algumas horas depois de Luna ter saído de Horagodi, sem rumo e experiência nenhuma, após ela se despedir de sua mãe, que permaneceu com o corpo no local onde morreu, ela volta para casa, arruma sua mochila e pega um mapa para ir até Sarasi'ha, encontrar Gawa. Enquanto seguia a direção das placas até seu destino, dois monstros, de altura mediana, corpo deformado, com uma corcunda grande e com o corpo rodeado de sangue, surgem de umas árvores que se encontravam ao lado esquerdo da estrada, sem saber o que fazer, ela corre, grita e chora de medo, afinal, não era normal aquele tipo de monstro de dia, algo estava errado, então no meio do caminho ela se perde na Floresta de B'yoku, sem saber como sair de lá, sua lembrança de Horagodi volta, relembrando do rosto de seus pais, e com isso, sendo consumida pela solidão, raiva e pelo profundo medo. Ela senta ao lado de uma árvore, tinha um ar de segurança lá, ao menos parecia, então ela decide seguir para onde quer que o destino guie ela. Luna já não sabia quanto tempo estava lá, sentia fome e sede, ela também tinha ferimentos no corpo, enfim, Luna temia a morte, mas era inevitável. No entanto, ela acha um bosque, e por incrível que pareça, nele havia caçadores, com uma aparência diferente, meio misteriosos (?) Então, próximo ao local onde Luna havia se escondido, um rapaz se aproxima, aparentemente um membro desses caçadores, sente a presença de um ser estranho, uma possível aparição.
"Rapaz desconhecido se aproxima"
- Sinto um cheiro diferente por aqui, pai.
- Hm.. Também sinto uma presença estranha, vamos dar uma checada. - disse, um pouco assustado, o pai do rapaz.
Os dois então, checam todo o bosque, o rapaz, cujo nome é Adrian Muth'ran, encontra uma garota indefesa, consumida por medo, tristeza e ódio, tudo isso transparecendo pelo seu olhar... era ela, Luna, escondida atrás da grande árvore do bosque.
Q-Quem é você? - chamou Adrian assustado, prestes a sacar sua adaga.
E-eu S-sou.. - disse Luna, hesitantemente e com certo medo..
Anda! Diga logo qual o seu nome! - Adrian assume uma postura intimidadora.
Meu nome é L-Luna.. Luna!
Luna? Ok, não sei quem é você, mas a gente precisa sair daqui, e agora. Pai! Achei uma garota estranha aqui - grita Adrian, levemente nervoso com a situação.
Luna se dirige para a localização do pai dele, chegando lá, eles decidem retornar para o acampamento, pois a energia tenebrosa aumentava cada vez mais na floresta.
Adrian, essa energia é anormal, nunca aconteceu isso aqui, se prepare, combinado? - diz o pai de Adrian com um tom de voz baixo e assustado com a situação.
Após uma caminhada em direção ao acampamento, no meio do caminho um monstro, com aparência sobrenatural totalmente nojenta, olhos e corpo deformado e de altura mediana. Aparece subitamente na frente do grupo, então, com instinto protetor, o pai de Adrian usa uma magia de repulsão para tirar Luna e Adrian do lugar, podendo assim, proteger e executar o monstro com maestria, e em um piscar de olhos, ele desaparece, se juntando a névoa da floresta, e através vários flashes de luz, era possível perceber as flechas como se estivessem paradas, ao redor do monstro, e em um estalar de dedo, todas se encaminharam diretamente ao corpo da criatura, atravessando completamente aquele corpo, entretanto, aquilo não foi suficiente, o monstro que até então não tinha demonstrado suas habilidades, percebe rapidamente a velocidade na qual o caçador se movia, e então, preveu sua próxima posição, que era atrás de suas costas, e assim que percebeu, com um passo para trás, ele girou o punho esquerdo em direção a posição do homem e o acertou com um soco, mas algo impediu de acertar, era Adrian, usando uma magia de proteção..? E a força que acertou o escudo mágico, atravessou por trás do caçador, devastando tudo atrás dele. Após encostar no escudo mágico, o punho da criatura ficou pesado, ele não conseguia se mover, como se a força aplicada tivesse se transformado em um peso e voltado a quem aplicou, e através dessa oportunidade única, o caçador some e aparece escalando as costas do monstro, e antes do monstro se defender com o outro punho, ele atirou a flecha diretamente na nuca, atravessando a sua garganta, acertando seu ponto vital, a criatura estava morta.
A
lguns minutos de caminhada depois.
- Por sorte, nenhum de vocês saíram feridos, e.. nem eu ~hehe~ - expressa pai de Adrian com um tom aliviado - Agora, Adrian, precisamos saber o paradeiro dessa garota.
- Então, eu a encontrei perto de umas árvores, acredito que se ela fosse inimiga, já teria tentado matar a gente, e além disso, é uma garotinha.
- Suponho que deva ser uma sobrevivente do massacre de Horagodi? - falou Lyonh, que havia revelado seu nome a garotinha Luna..
Logo após aquele dia, sem saber o paradeiro ou o que fazer com a garota, eles a perguntaram se ela conhecia alguém próximo, e ela apenas diz "Gawa", a partir de então eles reconhecem que é a ferreira de Sarasi'ha. Eles poderiam levá-la até lá, porém era um caminho difícil, afinal, eles são seres diferentes, o princípio vital deles são fortes dentro e ao redor da foresta, isto é, eles não podem sair de lá. No entanto, essa garota portava um colar de Lucímedes, colar reconhecido por todos os feiticeiros do continente, dessa maneira, os caçadores da Floresta de B'yoku percebem que ela era filha da famosa feiticeira, afinal, seus olhos mentiram, são iguais aos de Lucímedes, logo após isso, os caçadores planejam a ensinar o básico de "Feitiçaria Natural", um estilo que apenas esses caçadores sabiam e lidavam bem.
Apesar da idade de Luna, ela demonstrou bastante proficiência nisso, dominando rapidamente todas as lições mas ao mesmo tempo, se descontrolava, pois aparentemente, não havia algo normal nela, a sensação que ela tinha às vezes era de ser absolutamente consumida pelo abismo de emoções que já vivenciou.
Após 1 ano e meio convivendo com os caçadores e treinando arduamente os princípios básicos da feitiçaria, chegou a hora de Luna seguir rumo para encontrar Gawa e abandonar a floresta, porém um dia antes de partir, Adrian, que havia encontrado e participou dessa etapa na vida de Luna, a convidou para ir em um dos bosques secretos, esse em específico era rodeado por uma luz da lua magníficamente linda, vários troncos de árvores separados, com um lago cobrindo o centro do bosque, flores e diversos animais domesticados.
- Nossa.. que lugar lindo, eu não conhecia ele - expressa Luna com uma afeição muito grande pelo lugar - Por que você acha tem secreto no nome? - complementa Adrian.
- Mas por que você me chamou aqui?
- Luna, sei que você está partindo amanhã, foi muito bom o treinamento que a gente teve aqui juntos, você sabe que amadureceu muito. Entretanto, tenho que te pedir um favor..
- ...?
- Eu criei este amuleto para você, com um selo que não será desfeito até você aprender a lidar com suas emoções.
- Ele pode controlar aquilo? - exclama Luna, com um tom esperançoso de que seu lado obscuro não pudesse mais se externalizar
- Sim, mas não para sempre, você precisa aprender a lidar com isso, antes que seja tarde demais.
- Ah, sou muito grata por ter conhecido vocês, Adrian e os caçadores, gratidão por tudo! - expressa Luna pela primeira vez a muito tempo, um rosto de felicidade genuína.
- Luna, depois que encontrar Gawa, tente-se matricular na Academia de Feitiçaria, você vai se dar muito bem lá - diz Adrian com um rosto bem feliz, demonstrando orgulho dela.
- Eu não sei... acho que vou tenrar esgrima igual meu pai sempre quisesse que eu aprendesse.
- Bom, você não precisa cumprir as expectativas dele, siga o que seu coração se tem melhor aptidão, quem sabe um dia você não se torne uma feiticeira igual sua mãe...?
Após isso, eles encerram a noite admirando o céu, que estava bastante estrelado naquele bosque...
Na hora em que Luna havia se separado de Adrian, e voltava do bosque, uma névoa apareceu em volta do lugar que Luna se encontrava, uma senhorabque se autoproclamou anciã do acampamento, a parou e citou as seguintes palavras.
"Fatum splendidum habes, lux eris, tenebrae te sequuntur, nec quisquam te salvet."
E colocou uma profunda marca em sua pele, era um olho, sugestivamente estranho. Luna sem saber o que era aquilo, escondeu e guardou as palavras que escutou, pois não sabia como decifrar aquela linguagem ainda..
No dia seguinte..
Lá estava ela, sentindo ansiedade, felicidade e medo de não saber o que iria encontrar no caminho, porém feliz em finalmente estar resolvendo inúmeras questões da sua vida.
Luna relembrou de 1 ano e meio atrás, antes de sair de Horagodi, ela estava perdida, sem saber o que fazer e para onde seguir, afinal, foi deixada a mercê do destino muito cedo. Mas ela só sente que tem que partir, pega um mapa, e uma foto dos pais dela já que estava nos destroços do que restou da casa dela. Essa mesma foto, que ela guarda com tamanho amor em sua mochila antes de sair da floresta.
No centro do acampamento, onde todos estavam reunidos para se despedir de luna.
Então, chegou a hora, Luna. - diz Lyonh, um pouco emocionado e nostálgico - Lembro do seu primeiro treino, apesar de ter aprendido fácil a dominar os feitiços, você não era muito boa em colocar em prática, você foi praticar o feitiço de afiar um pedaço de folha, e quando ele chegou perto do boneco de treinamento, dizer que fez um arranhão é superestimar demais ahahahaha -
Luna apenas ri descaradamente, ela olha e começa a sentir algo extremamente confortável, era gratidão. Gratidão por ter sido acolhida pelos caçadores, por ter sido aprendiz deles, e se sentir amada novamente.
Então.. Acho que é hora de eu ir, né? - Luna se aproxima e abraça fortemente Lyonh - Sou muito grata por tudo que você fez por mim, de verdade.
E então ela abraça cada um dos caçadores, se despedindo deles, mas faltava um, Adrian, ele não estava lá na multidão, mas sim de longe observando do alto de um galho de árvore, o motivo? Ele não queria lidar com a despedida diretamente, mas ele rezou por ela a noite inteira.
Então, Luna seguiu para a estrada que levava ao final daquela floresta, ao olhar para trás e ver as despedidas, ela sentiu um medo logo seguido de coragem, segurou o colar de sua mãe e decidiu seguir em frente para o que a aguardava.
Enquanto isso na linha do tempo presente, na perspectiva de Lucien.
Quarta de Fisell - 113 E3
Templo Divino, Gullar
Continuação do Conto de Lucien.
- Mais um dia de aula teórica chata, eu quero sair desse lugar e conhecer o que existe lá fora, quero ver a guarda real e as suas armaduras! - reclama Lucien num tom de voz alto para Leaf, qud não aguentava mais as reclamações dele. - E se a gente sair pra explorar um dia desses a noite? o que você acha, Leaf?
- Desde que eu não participe por mim tudo bem - levanta Leaf e sai andando pelo campo
- Vamos lá, aposto que você tá curioso pra saber se a árvore gigante da praça realmente fica viva a noite.
- Lucien levanta e vai atrás de Leaf para tentar "convencê-lo". - Vamos duelar, e dessa vez sério.
- Aham, e se você ganhar, eu vou ter que ir com você, né? - Leaf faz uma expressão de que não estava muito afim disso e logo muda a postura - Mas eu sei que vou ganhar, então eu aposto hehe
- Combinado, hoje, no campo de treinamento, às 16h40!
O Templo Divino no qual Lucien e Leaf vivem, é na verdade um centro de treinamento onde foram treinados os antigos soldados que participaram na Guerra da Ascensão, e hoje é destinado deseja entrar na guarda real e proteger Begônia. Alguns mistérios habitam esse lugar, por exemplo, na praça central, existe uma árvore no mínimo sugestiva, e inúmeros boatos existem sobre ela com o mais próximo sendo:
A árvore gigante das lembranças, foi onde os antigos soldados depositavam suas memórias antes de se ascenderem a soldados de Isien, soldados esses que eram sobrensturais, agiam pelo instinto, é como se haviam deixado sua alma na árvore.
- Autor Desconhecido
16h40 daquele mesmo dia, estavam os dois, Lucien e Leaf.
Eles não disseram nenhuma palavra, e Leaf, leve como uma folha, mirou sua espada no joelho e no pescoço de Lucien, porém não deu certo, já que Lucien deixou o joelho a mostra de propósito para Leaf atacar, e quando o ataque aconteceu, Lucien bateu com a espada em cima da de Leaf a empurrando para o chão, logo depois colocou o pé e apontou a espada para o pescoço de Leaf, era o fim, Lucien havia ganhado e era o que ele pensava. Leaf, rapidamente puxou a sua espada e girou como uma velocidade impressionante empurrando Lucien pelas costas com o cotovelo e tirando seu pé direito do chão, o fazendo ajoelhar, e por fim colocando a espada sobre a nuca dele. Leaf havia ganhado o duelo.
- Você se superou dessa vez, senti que havia perdido! - diz Leaf ao retirar a espada e levantar Lucien. - Mas não se preocupe, eu vou com você hoje a noite.
- Me encontre na praça às 21h - diz Lucien agradecido e logo após, num tom sarcástico - Essa foi sua, mas a próxima é minha hehe.
Leaf era de uma família nobre, e honrava seu nome, ele se movia leve, silencioso e rápido como uma folha de outono, sua movimentação era digna de aplausos dos mestres, e para honrar a família, ele queria se tornar um paladino da Deusa Pailea.
21h00 daquele mesmo dia na praça central
Os dois estavam lá, Lucien vestido como um ninja das sombras e Leaf, ainda de pijama, com aparência de alguém que tivesse dormido as 4h00 manhã. Os dois então se encaminham para a árvore misteriosa, e começam a escutar sons bem baixos, eles são.. sons de várias memórias unidas?
Lucien sem o menor medo, coloca a mão na árvore, e instantaneamente sente como se tivesse vivenciado cada memória depositada ali, ele viu coisas jamais vistas antes, uma parte que a história não contou sobre os antigos soldados, sobre a antiga Begônia e algo que ele não sabia sobre seus pais.
Lucien é repelido, Leaf o segura e o tira de perto da árvore, logo quando Leaf pergunta se Lucien estava bem, ele o vê..
com um ódio acumulado, chorando de raiva.
CONTINUA
• Próximo Capítulo, a trajetória de Luna até Gawa, e o lado obscuro de Begônia
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• A formatação desse capítulo deu certo(?) O.o
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