Athos saia de sua casa com os seus típicos
olhos de peixe morto, afinal, ele sabia o que o aguardava.
-Preparado?-
Perguntou Tyke.
-Não...-
E com um sorriso tristonho, ela
responde.
-Ótimo...-
Eles partem em direção a catástrofe do
dia, porem, virando a esquina uma figura os observava.
-Agora, sim... eu peguei esse fedelho!-
Percebendo que disse isso em voz alta,
ela se esconde rapidamente atrás de um murro tentando controlar a empolgação.
"Eu sabia! Eu sabia... estava estranhando ele que praticamente morava no
quarto saindo todo dia... eu sabia que tinha coisa nisso, tanto por ele não me
falar pra onde ia, como por ir mesmo se eu proibisse..."
Bem, abusando de meus poderes de
narrador, eu preciso fazer um adendo. Não é como se o Athos fosse
particularmente rebelde ou coisa assim, ele apenas sabia que caso não fosse
seria pior.
"porem, eu não cogitava que essa
coisa seria uma garota... sinceramente eu estava cogitando gangues... mas eu
estava agradavelmente errada"
Ela sorri.
"... E isso eu quero ver de perto."
E como uma boa mãe, ela começa a
perseguir o seu filho. Afinal, essa não é uma história em que os pais trabalham
fora ou são boçais permissivos... não... eles são bem atentos as burrices de
seus filhos.
Ela continua perseguindo os dois até o
shopping da cidade.
"Espera... se eles estão vindo aqui, isso seria um encontro... então meu
filho tem uma namorada... ainda por cima tridimensional"
Ela se lembra dos vários dias que ele
passava em casa sem quase nunca sair.
"Eu fico bem feliz dele estar começando a viver sua vida"
Eles entram em um mercado e saem cada
um com duas sacolas cheias.
"... Eles querem fazer um "faça você mesmo""
Mas eles entram em um restaurante de
sushi que todos nos já conhecemos e vão para a cozinha.
"Se eu não me engano é aqui que ele trabalha..."
Ela junta os pontos.
"Bem deve ser só uma colega... mas já que estamos aqui por que não dar uma
olhadinha"
Ela entra no estabelecimento porem o
tempo passa e ninguém aparece pra a atender, mas ela escuta uma agitação na
cozinha o tempo todo. Então, aproveitando que não tinha ninguém por perto, ela
vai bisbilhotar a cozinha. Porem, ela encontra uma cena de guerra... de um lado
o Athos rodeado por uma nuvem de fumaça preta mexendo no que parecia ser um
fogão e do outro a garota com um balde na cara colocando tudo pra fora.
-Tyke, a gente precisa mesmo fazer isso?-
-BLUEHHH... Claro... ou você quer mandar outras 50 pessoas pro hospital...?-
-Mas eu já falei que não sei cozinhar...-
-Por isso mesmo... você é a vergonha da profissão... a Lumar falou, "se
quiser continuar com o emprego aprenda a cozinhar"-
-E cadê ela?-
-No cartório... lidando com o processo das 50 pessoas...-
-Tyke!-
-BLEEHHH... QUE!?-
-A panela tá pegando fogo!-
-Abafa com um lençol!-
-Tyke!-
-BLEEHHH... O QUE!?-
-AGORA É O LENÇOL QUE PEGANDO FOGO!!-
-Calma, você precis... BLUERRHHHH-
-O que eu faço?!-
-Pega a... BLUEHHHHHH...BLUEHHHH-
Ela observava em silencio todo aquele
caos, não era nada épico ou bonito, mas ela notou algo um pouco diferente no
olhar do seu filho, algo como um fagulha... uma pequena fagulha... ela não
entendia por que mas aquilo deixava ela muito feliz... era como se uma
escuridão começasse a ser dispersa...
No final, eles conseguiram convencer a
Lumar a deixar ele ficar apenas no sushi bar, mas a partir desse dia, Athos
nunca mais chegou perto do fogão de sua casa.
Em meio as lagrimas e amargura um desejou ecoou entre os mundos: EU QUERO TER UMA VIDA INCRÍVEL!!! E assim o autor desse clamor, o jovem Athos, acabou conhecendo a pessoa que mudaria sua vida a jovem Tyke. E aqui será narrado suas fabulosas aventuras.
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