Na nave azul, os tripulantes corriam para fazer suas tarefas, cozinhar, fazer a manutenção, limpar… Enquanto todos procuravam por aprovação de seu chefe, ele se encontrava morto.
Foi traído por seu próprio sangue.
Algumas horas antes dos despertadores tocarem, mais precisamente às 5 horas da manhã, o governador, Yuu, não que seu nome importe, mas imaginei que gostariam de saber como era chamado este grande pedaço de merda, acordou na mais completa escuridão, com a falta do volume que sua pistola fazia embaixo do travesseiro. Levantou e ao acender a luz se deu conta que seu quarto exageradamente espaçoso encontrava-se totalmente revirado, e em meio a cena, seu filho estava de pé com um sorriso malicioso estampado no rosto.
- Bom dia, papai.
- O que é tudo isso?
- O seu fim, o caos daqui nem se aproxima de como deixei o corpo da mamãe - Yuu arregalou os olhos, e empurrou Thivu, em seguida saiu a procura de algo para se defender, não era como se não esperasse por isso - Oh, isso doeu, não adianta eu tirei tudo daqui, a porta está trancada por fora, todos estão dormindo ninguém virá te salvar.
- Vo-você está louco! Me deixe sair!
- Tão escandaloso, a primeira coisa que fez foi cortar a garganta da mamãe, enquanto ela gritava de pavor. Eu me lembro bem, e depois usou aquela coisa em mim, seria engraçado se eu tivesse uma delas, mas não se preocupe, será bem pior porque eu QUERO fazer isso desta vez.
A esta altura o pai esmurrava a porta, incapaz de emitir qualquer som por conta do pavor.
- Ora, papai, espere um pouco. Se você me ajudar a matar os outros, pouparei sua vida. Isso não vai significar nada para alguém como você não é?
- Por favor! Qualquer coisa! Apenas me deixe ir!
E assim todos os governadores, menos o amarelo, estavam em uma reunião ás exatas 7 horas.
- Vamos, agora é a hora. - Disse Aráh.
Fusc, um jovem de 22 anos, grandalhão e cabelos negros em um corte de estilo militar, contrastando com a pele palida, o afilhado do governador amarelo, chamou o mesmo para uma conversa, como de costume ambos sairam do dormitorio do chefe e caminharam até a estufa, para sentir o ar puro. Ao atravessarem a entrada dela, as portas se fecharam com um baque.
- Eu nunca gostei de você - disse Fusc, enquanto seu padrinho urrava de dor, por conta da facada que recebera na jugular.
Ao sair balançou a cabeça para a equipe de “limpeza”, indicando que era hora deles agirem. Quando não havia mais nenhum vestígio de que alguém fora assassinado, todos deitaram novamente, prontos para fingir surpresa com o desaparecimento do chefe.
Em seu quarto Shinu apagou as imagens das câmeras, das 5 às 7 e 30 da manhã nas naves azul e amarela.
7:15 o governador azul caiu da ligação.
- Achou mesmo que deixaria uma escória como você vivo papai? - disse Thivu enquanto o enterrava na estufa.
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