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ATENÇÃO ESSE CAPÍTULO POSSUI CONTEÚDO SEXUAL
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Mond
Mond metia seu desejo intensamente, como se não houvesse amanhã, havia uma fúria um desespero, uma ânsia que ele não sabia identificar, mas precisava estar dentro dele, ele puxou Sonne pelos cabelos para que seu ouvido chegasse perto dos seus lábios, mordiscando levemente ele sussurrou:
-Então, me diga de quem é esse cuzinho apertado?
Sonne não conseguia responder em meio às ondas de prazer, todo seu corpo formigava e tudo que ele conseguia fazer era gemer e sentir.
Mond parou e virou a cabeça do ômega delicadamente, deu um beijo suave e disse:
-Diga
Ainda arfando e com uma voz rouca Sonne respondeu:
-Seu, sou todo seu.
O Alfa agarrou-o com força em um beijo voluptuoso e voltou a adentrar seu parceiro com paixão, enquanto rebolava e mexia ambos eram puro êxtase.
-Você também é meu, só meu e mais ninguém! – disse Sonne.
-Eu? Ser seu peguete? – riu Mond.
-Yeah - ele sorriu sedutoramente se aproximou e disse baixinho ao pé do ouvido - alguma coisa desse gênero, algo como meu namorado.
Mond acordou mais uma vez suando na cama, desde àquela noite em que ele e Sonne conversaram no parque os sonhos que já o assombravam antes pioraram, noite após noite, ele vivia aquela cena de tesão tão vívida que quando ele acordava sentia como se fosse mais uma lembrança distante do que um sonho erótico, mas isso não era possível, ele não lembrava nada daquele dia em que transara com Sonne há cinco anos atrás e ele sabia que um alfa não podia ser tão gentil em seu cio como ele estava agindo nesse sonho e só de lembrar do estado em que encontrara o ômega quando recobrou a consciência ele tinha certeza que não tinha sido nada gentil.
"Está ficando cada vez pior, não posso encontrar com Sonne, não posso deixar que aquele acidente se repita, eu não posso deixar que esse monstro dentro de mim me domine"
Mond tirou a semana de folga, coisa inédita em seus 4 anos de empresa, ele nunca havia faltava um único dia de trabalho, nunca perdia um único prazo, nunca deixava nenhuma tarefa para depois, porém era muito perigoso sair, seus feromônios estavam descontrolados e ele não podia mais tomar supressores devido a quantidade absurda que ele vinha tomando ultimamente.
Apesar da folga, ele se pegava resolvendo vários problemas por telefone e preenchendo relatórios, mas sua mente não era a mesma, assim como sua produtividade, ele não conseguia focar, não conseguia se concentrar em nada sem pensar em Sonne, em seu cheiro, em seu rosto, em seu calor, em sua voz...
"Eu não entendo, como um alfa marcado pode ficar tão afetado assim por um ômega qualquer?"
Nada mudou desde os tempos de faculdade, a primeira vez que Mond avistou o ômega foi um choque, ele era simplesmente a cópia de Sun, os cabelos ruivos, o sorriso gentil e o cheiro doce, porém Sonne era aparentemente mais alto, com rosto mais longo e cabelos mais acobreados. Mond não foi capaz de dizer uma única palavra, precisava segurar suas emoções que mudavam de profunda tristeza ao lembrar do seu Sol a um desejo ardente ao sentir aquele aroma tão sedutor.
Mas no final, quando ele ouviu Ami dizer que se encontrariam novamente na calourada Mond acabou pensando em voz alta e soltando um "Espero não te ver nunca mais" e o seu controle se despedaçou, ele sabia que Sonne havia visto seus olhos vermelhos. Por isso ele tentou ao máximo não comparecer a festa, porém ele fazia parte do comitê que estava organizando e Ami arrastou o amigo contra a vontade dele.
A festa foi outro momento perturbador, mas perturbador mesmo foi o que veio depois dela. Mond nunca imaginou que pudesse haver algo mais estressante que passar horas tendo que sentir aquele aroma e ver aquele rosto. Manter o controle era uma tarefa difícil, por isso naquela noite ele usava as lentes de contato para esconder suas emoções ou ao menos tentar... Quando Sonne caiu da mesa Mond correu a toda velocidade para perto do ômega, seu coração batia forte e sua respiração era ofegante, suas mãos suavam frio e o medo o dominava.
-Sonne, Sonne!! – ele ouviu uma pessoa gritar.
Sem pensar Mond empurrou todo mundo que estava em seu caminho e se ajoelhou ao lado do ruivo, delicadamente pegou o seu pulso e sentiu o coração bater levemente.
"Ufa."
-Ei, o que você tá fazendo, Mond? – a voz de uma mulher soou.
-Eu vou cuidar dele. – Disse Mond carregando Sonne em seus braços.
-O que? – disse um cara ao seu lado – O cara acabou de dizer que você o odeia e você vai cuidar dele?
-Ele é meu amigo, foi uma brincadeira – disse Mond sério – Quem falaria uma coisa dessas no meio de uma festa se não fosse?
-É – disse alguém mais atrás – faz sentido.
-Eu ajudo – disse Ami finalmente conseguindo alcançar o amigo – Vamos Mond, meu carro está mais próximo.
Ami entregou as chaves pra Mond depois que ele colocou Sonne deitado no banco do fundo e disse:
-O que deu em você, até eu achava que você odiava o garoto!
-Eu não podia deixar um ômega desacordado no meio de várias pessoas bêbadas. – disse Mond calmamente sentando no banco do motorista.
-Você sabia que ele era um ômega? – perguntou Ami confuso.
-Ele tem uma aura de ômega, mas mesmo que ele não seja, uma pessoa desacordada no meio de várias pessoas estranhas e bêbadas também é perigoso...
-Sim, de fato... – Ami ainda estava meio incerto, Mond nunca havia afirmado sobre o gênero de ninguém, ele mesmo não sabia qual era o gênero de Mond, sempre concluiu que ele fosse um beta... – Bom, não podemos sair os dois da festa, você o leva e eu cuido das coisas, ok?
-Não poderia ser de outra forma – respondeu Mond ligando o carro.
Eles passaram a noite no posto de saúde, Sonne desacordado tomando soro e Mond sentado ao seu lado observando cada respiração até que o ômega finalmente acordou atordoado.
-Mond? Onde... Onde eu estou? Por que você está aqui?
-Você desmaiou e eu trouxe você pro médico... – disse Mond em seu tom frio habitual para Sonne.
Sonne olhou ao redor, a enfermaria tinha quatro leitos e todos estavam vazios exceto o seu, ainda era noite e o ambiente estava à meia luz, iluminado apenas por uma lâmpada acesa perto da porta em frente a sua cama que dava pra um corredor.
-Eu... Eu achei que você me odiava... – disse o ômega cabisbaixo.
-Eu não te odeio... Você só parece com uma pessoa que eu conheço... – disse Mond virando o rosto e coçando a cabeça.
-E você odeia essa pessoa? – disse Sonne baixinho.
-NÃO.
-Se eu faço você se lembrar dessa pessoa que você não odeia, por que você foi tão rude comigo?
Sonne olhava com grandes olhos doces para Mond, esperando a resposta que não veio enquanto tentava ainda entender toda àquela situação. O silencio era quase factível de tão espesso naquele momento, mas não durou muito o clima tenso logo foi cortado com a chegada de uma enfermeira.
-Como está se sentindo?
-Bem? Eu acho...
-Caso não sinta nada já pode ir pra casa. Você é um ômega dominante, não é? Sua recuperação é excelente!
Sonne olhou para Mond esperando alguma reação, mas ele continuava com seu ato de indiferença.
-Sim... Pode tirar o acesso?
-Claro, vou tirar o acesso e você passa na sala do médico, ele vai dar uma olhada em você e te passar algumas vitaminas é na segunda sala a direita – disse ela pontando pra um corredor – Seu namorado pode ir com você ou...
-Ele não é meu namorado! – disse Sonne ferozmente.
-Oh – a enfermeira deu uma risadinha – Ele estava tão preocupado com você que eu achei que... Não importa, desculpa o mal entendido, vou liberar logo você.
A enfermeira tirou o acesso do soro e Sonne foi rapidamente ver o médico enquanto Mond esperava, a sensação de alívio finalmente começou a chegar quando a consulta terminou e eles estavam em frente ao posto de saúde.
-Obrigado – disse Sonne sorridente – Sei que só fez isso por ser do comitê de organização e que era sua obrigação, mas...
-Eu não sou obrigado a nada – cortou Mond – Eu nunca deixaria uma pessoa desacordada no meio de pessoas estranhas completamente embriagadas, ainda mais se essa pessoa for um ômega dominante que exalou tanto feromônio enquanto cantava.
Sonne se aproximou e sussurrou no ouvido de Mond:
-Pena que não pude cantar aquela música pra você.
Mond deu um passo para trás.
-Que música você iria cantar afinal?
-Segredo – disse Sonne colocando o dedo indicador sobre os lábios – Mas se você sair comigo eu canto ela pra você em particular – ele piscou um olho e deu um sorriso sedutor.
-Isso nunca vai acontecer.
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