Ami
Ao ler a mensagem Ami tomou o banho mais rápido que pôde, arrumou suas malas, fez o checkout do hotel e foi correndo para o aeroporto, Mond estava no hospital e como toda a sua família estava fora do país ele era o único contato de emergência.
Algumas horas depois ele chegou ao hospital, Mond estava sedado e ele recebeu as informações com o médico responsável.
-Ele está sedado no momento, mas o problema dele é muito sério, os feromônios dele estão muito desordenados e se ele continuar dessa forma vai desencadear várias doenças degenerativas – disse o médico muito sério.
-E o que pode ser feito? – perguntou Ami preocupado.
-Como ele abusou muito dos supressores só há um caminho, ele precisa transar.
-Mas ele é um alfa marcado que não tem contato com o ômega que marcou ele. – a preocupação de Ami só aumentava.
-Há quanto tempo ele não vê esse ômega?
-Acredito que cerca de nove anos, talvez? Não sei ao certo, mas é bastante tempo.
-Isso explica o motivo dele abusar tanto dos feromônios, passar por um cio sozinho é difícil nem imagino como devem ter sido todos esses anos pra ele.
-Tem alguma outra solução?
-Humm, talvez ele sendo o passivo ele consiga ordenar um pouco dos feromônios dele. - o médico deu uns tapinhas no ombro de Ami - Um alfa forte como você poderia ajudar.
O médico foi embora e deixou Ami tentando digerir aquela informação, ele queria muito ajudar o amigo, mas não daquela maneira...
Quando Mond acordou, Ami explicou toda a situação e contou a sua solução.
-Eu vou falar com o Sonne, você reage a ele, não é?
-Tá maluco? – rosnou Mond – Depois de tudo que aconteceu? Eu não acho que ele queira me ver de novo, além do mais ele está noivo, não tem como aceitar uma coisa dessa.
-Você prefere que eu te coma? – Ami deu um sorriso brincalhão.
-Não.- disse Mond emburrado.
-Também não é minha opção preferida, mas em último caso eu faria isso por um amigo.
-Eu prefiro morrer.
-Aff Mond, não seja assim! – disse Ami rindo - Eu não sou tão ruim assim, aliás eu sou muito bom!
-Eu não tenho interesse em sexo, nem com você nem com ninguém. – A voz de Mond soava calma, mas havia um tom de irritação bem lá no fundo.
-Por causa do seu ômega?
Mond assentiu
-Com marca ou não ele sempre foi o único pra mim.
-Você não tem como entrar em contato com ele? É questão de vida ou morte. – disse Ami sacando o celular.
-Não...
-Cara, seu ômega é um babaca. – Resmungou Ami.
-Não é culpa dele... - sussurrou Mond
-Certo certo eu não quis ofender, só estou preocupado com você.
-Comigo ou com a dose extra de trabalho que você está tendo com a minha ausência?
-Com você é claro! O trabalho está me deixando louco, mas nunca vou culpar um amigo doente.
-Você é um cara tão bom.
-Sei sei, sou tão bom que vou convencer um ômega comprometido a salvar sua vida dando uma bela de uma sentada.
-Ami!
-O que? Menti?
-Não...
...
A noticia que um alfa dominante bonito e rico estava internado por causa de uma disfunção com seus feromônios logo se espalhou pelo hospital o que deixou os ômegas alvoraçados, alguns com medo, outros curiosos e tinham aqueles que queriam se aproveitar da oportunidade. Gisele era uma dessas ômegas que sonhava com um alfa bonito e rico pra chamar de seu, ela era enfermeira no andar que Mond estava internado e passava dia pós dia sonhando em como seria seduzi-lo e ganhar o seu coração. Suas amigas viviam bolando vários planos e incentivando ela a tomar alguma atitude.
Foi então que ela decidiu seguir um daqueles planos malucos, em um dos seus plantões noturnos ela fez a sua ronda normalmente e então tirou sua farda, vestiu uma lingerie sexy, prendeu o cabelo loiro em um coque, vestiu o jaleco por cima e esperou até ter certeza que o corredor festava vazio para entrar despercebida no quarto de Mond, já que era proibido a entrada de ômegas, ele estava acordado assistindo Janela Indiscreta, um filme antigo de suspense, ela se aproximou cambaleante, suas pernas tremiam e ela ofegava, Gisele havia tomado uma dose alta de afrodisíacos para acelerar seu cio. Apesar de ser uma moça sem nenhuma experiência sexual, ela sabia que alfas não podiam resistir aos feromônios de uma ômega no cio, principalmente no estado em que Mond se encontrava.
"Ele é tão lindo. Perder minha virgindade assim pra conseguir um marido como ele vai valer a pena"
Mond estava alheio aos planos audaciosos da enfermeira e concentrado no filme, que era um de seus preferidos, ele sempre revia quando precisava colocar a mente em ordem, mas não demorou muito para que ele percebesse que algo errado estava acontecendo, a enfermeira estava tremendo e arfando enquanto olhava pra ele parada no meio do quarto.
-Está tudo bem? – perguntou Mond.
Gisele era incapaz de falar, os seus feromônios já haviam tomando conta de sua consciência mais rápido do que ela esperava, mas era melhor assim, já que ela seria incapaz de agir sem a ajuda deles por conta da sua vergonha e inexperiência. A ômega caiu de joelhos no chão, vermelha, arfando, soltando feromônios e leves gemidos.
-Me ajude – gemeu ela.
Mond levantou cuidadosamente, ainda com o acesso de soro conectado e se aproximou da mulher ajoelhada no chão, quando ele se abaixou para tentar ajuda-la ela agarrou o pescoço dele e tentou beijá-lo.
-O que você está fazendo? – gritou Mond empurrando a desconhecida.
-Me ajude – disse ela ainda tentando beijá-lo
-Moça, eu vou chamar alguém pra te ajudar.
-Não preciso mais de ninguém só preciso disso – disse ela tentando passar a mão entre as pernas de Mond, mas ele levantou e se afastou.
Gisele levantou e começou a desabotoar o jaleco enquanto andava em direção a Mond que tentava recuar.
-Por favor, eu preciso disso. – disse ela apontando pra virilha de Mond.
-Moça...
A enfermeira começou a se aproximar e a abrir o jaleco sensualmente.
-Ah então você prefere ir pra cama?
Gisele jogou-se em cima de Mond que caiu deitado na cama do hospital, a moça já estava completamente fora de si, suas pupilas estavam tão dilatadas que mal dava pra ver seus olhos castanhos, sua face estava vermelha e suada. Ela se esfregava loucamente sobre o corpo de Mond que tentava contê-la sem machucá-la, mas era em vão ela já estava tomada pela loucura e buscava ansiosamente se satisfazer com o alfa.
-O que temos aqui? – disse ela apalpando o pênis completamente mole do homem abaixo dela – Por que não sobe?
-Eu não tenho esse tipo de interesse... – disse Mond tirando a mão de Gisele.
-Não... Interesse? – perguntou ela confusa – Eu vou chupá-lo, assim ele vai ficar em pé rapidinho.
-Não! – rosnou Mond finalmente contendo a moça, ele arrancou o acesso do soro, pegou a mangueira de plástico e a amarrou. – Eu sou um alfa marcado, não adianta ele não vai subir pra você nem se eu quisesse.
Gisele tentava se soltar, mas o alfa era mais forte, então ela começou a chorar e a implorar, ela sentia a urgência em ser fodida, comida, devorada, mas nada podia fazer presa daquele jeito apenas pedir, mas era inútil, Mond não faria o que ela queria. Ainda segurando a moça Mond apertou o botão para chamar alguém e rapidamente um enfermeiro entrou no seu quarto.
-Mas o que...?
-Ela tentou me atacar e eu a contive, pode leva-la daqui por favor? E arranjar uns supressores parece que ela está no cio.
-Conteve? Cio? Mas...
-Sim sim, alfa marcado. – disse Mond entre dentes – Você é beta não é?
-Sim
-Chega de perguntas agora ajude a moça.
Gisele foi retirada de cima de Mond enquanto se batia, berrava e implorava, enquanto o alfa observava aquela cena lamentável ele tomou uma decisão.
"Eu vou embora desse hospital."
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