O que faz um super herói além das poses ensaiadas, entradas estilosas, é um vilão, ou um grupo de vilões para variar, tem que ser tão presente quanto o grupo de heróis, se tiver motivos bem coerentes, melhor ainda, quem nunca gostaria de confrontar a ideologia de um vilão ao invés de apenas matar, matar e matar.
Sendo assim, na nave espacial dos deformantes, os cinco generais que compunham aquele exército, finalmente se encontraram, sendo eles.
Herculeo, um general trasvestindo uma armadura de ossos, e um capacete em forma de um crânio humanoide, dizem que ele veste os ossos e a carne de seus inimigos para torna-lo mais intimidador, segurando um cajado onde na ponta há quatro crânios, cada qual em uma direção oposta aos demais, utiliza este cajado para emitir rajadas de energias de raio x que pulveriza seus inimigos, seu codinome é o general H.
Pandora, ausente, sua aparência é desconhecida, dizem que ela é capaz de realizar o desejo das pessoas em troca de sua energia vital, seu codinome é general P.
Medusa, derrotada, e não existiu mais nenhum deformante que fosse capaz de assumir o lugar dela, logo sua cadeira está em análise, foi derrotada pelos patrulheiros geek no flashback do episódio passado.
Teseu, líder dos deformantes antropomórficos, consegue emular as habilidades de todos os seus monstros, seu codinome é general T.
Mercúrio, líder dos deformantes mensageiros, tão rápidos em entregar mensagens que são comparável a rede de internet, seu codinome é general M.
E o pai cronos, o pai de todos os deformantes, detentor dos quatro cubos mágicos.
- Espero que tenha um motivo bem convincente de nos reunir aqui! – Retrucou General T. – Estava prestes a subjugar uma forma de vida que ousou nos confrontar no outro lado da galáxia.
- Essa reunião é tão importante que nem a general P está presente! – Reclamou general M. – Onde ela está?
- Atualmente ela está infiltrada no planeta terra, em busca das fraquezas dos patrulheiros greek.- explicou general H. – E estou fardo dessa demora em substituir a general M.
- Você disse de mim? – Indagou general M.
- Você só foi chamado porque a medusa não está entre nós, para não ter conflito de letras.
- Sério que vocês têm dificuldade em nomear os generais? Tem 26 letras no alfabeto, por favor. – Reclamou General T.
- Silêncio! – Disse Cronos, uma voz retumbante, fez toda a nave tremer. – Estamos há anos tentando infiltrar no planeta Terra, e só colecionamos derrota.
- Isso porque vocês não atacam com força total, vocês têm em suas mãos quatro cubos mágicos, é o suficiente para varrer toda vida na terra.
- Mas ainda assim, precisamos desses humanos e seus “sentimentos negativos” para alimentar essa nave, se varrermos sem eles sentirem algo, vamos ficar sem energia.
- Apenas 2% de energia negativa é responsabilizada por nossas ações na Terra, os outros 98% são causadas por eles mesmo, então acho que não vai fazer diferença se fizermos dessa forma. – Disse General H.
- Pandora está atualmente na Terra estudando as fraquezas dos patrulheiros greek, se ela não conseguir ou falhar, eu permito que general H tome as rédeas da situação e aplique seu plano de erradicação da humanidade.
General H deu um soco na mesa, fazendo o dividir em dois.
- É disso que to falando!
- Até parece que você torce para o fracasso da general P – Retrucou general M.
- É verdade, não esquece que com a derrota da P, perderemos mais um general! – Advertiu general T.
- Mas é claro que não, mas ainda assim quero conhecer o ômega man.
- Aquele paspalho não tem etiqueta nenhuma, não espera os monstros se transformarem, só derrota eles e parte disparado sem prestar condolência aos seus inimigos. – Reclamou general T, o que sofreu mais com perdas de seu exército contra os patrulheiros greek.
- É esse que estou mirando, um oponente que não hesita em usar tudo que tem contra o inimigo, não subestimando-o.
-x-
Em uma loja de jogos, Douglas estava em busca de uma cópia de Roast fighter XII, um jogo de luta famoso da época, e quando finalmente encontrou a ultima copia disponível, ele acabou pegando junto com uma mulher.
- Ora, desculpa! Eu achei que era a única que curtia esse tipo de jogo.
“Espera um pouco” – Pensou Douglas. – “Nunca imaginei que alguém curtiria esse jogo, principalmente sendo uma mulher”.
- Que isso, eu na verdade não imaginava que existiria alguém que curtia esse jogo. – Disse Douglas sem graça. – Pelo jeito somos apenas dois fãs dessa franquia.
- E não é! – Disse a mulher empolgada. – Seja como for, e se nos encontrarmos para jogar junto.
- j-junto! – gaguejou Douglas. – Pode apostar! Meu nome é Douglas.
- Diana, Prazer!
-x-
Douglas ficou com um sorriso bobo na reunião inteira, junto com os outros patrulheiros greek, em sua forma “humana”.
- Qual é a do Douglas, tomou algum remédio antidepressivo? – Indagou Jéssica.
- Muito pelo contrário minha companheira Jéssica, parece que a primavera chegou para mim, tardiamente.
- Você tá namorando? – Indagou Jéssica surpresa.
- Não! Mas ela curte os mesmos jogos que eu, e já é um começo.
- Ou seja, mais um para o grupo dos esquisitos. – Zombou Jéssica. – Mas ainda é muito cedo, logo ela ti dá um fora e você volta a ser o fracassado de sempre.
- Isso não vai acontecer! Dessa vez é diferente.
- HÁ!
- O que achei mais interessante no dia de hoje é que um aluno da sala que eu leciono não dormiu nas minhas aulas de minérios! Isso sim é gratificante.
- Uau, alguém se interessou nos estudos de pedra. – Zombou Jéssica.
- E não só isso, ele fez perguntas pertinentes sobre minha área, acabamos ficando meia hora após o fim da aula, é muito raro você lecionar e algum aluno sequer estar interessado. – Disse Raul feliz da vida.
- Um jornalista parecia prever o futuro, me deu furos jornalísticos bem estruturados.
- Isso que eu ia comentar com você Catarina, eu vi uma reportagem ontem que estava creditado a você. – Disse Ricardo.
- Sim! Essa reportagem foi graças a esse jornalista misterioso.
- Isso é muito esquisito, é como se coisas boas ocorressem com cada um de vocês, será que isso é ação de algum deformante?
Os quatro se entreolharam com a pergunta da Jéssica.
- Eu não esperava isso de você Jéssica, quem era o mais sério do grupo é o Raul! – Exclamou Ricardo.
- Até eu estou estupefato! – Comentou Raul.
- Ei! Isso é sério! – Reclamou Jéssica.
- Bem, seja como for, é bom saber que nenhum deformante atacou a cidade essa semana.
- É disso que to falando pessoal! Nenhum deformante atacou, e agora coisas boas ocorrem com vocês, claramente é uma armadilha.
- Viu só Raul, seu senso de seriedade contaminou a Jéssica. – Brincou Douglas.
- Mas que inferno! – Reclamou Jéssica! – Se vocês morrerem, nem ouse me pedir ajuda.
- Como a gente vai pedir sua ajuda se estivermos mortos!!! – Exclamou Douglas.
Jéssica grunhiu de raiva, levantou da sua carteira e foi embora.
No caminho de casa, Jéssica se encontrou com um jovem, um velho amigo de infância que havia se mudado para a cidade vizinha.
- Jéssica! Que bom te ver, retornei para cá e não conhecia ninguém.
Jéssica ativou seu transformador, se tornando Alpha, tirou a adaga da cintura e partiu o jovem em dois, ele então ganhou forma de um mini capanga e explodiu.
Outro sujeito que estava junto de ambos ficou atônito.
- Muito bem, quem é o deformante engraçadinho que está manipulando meus companheiros?
O sujeito demonstrou um sorriso malicioso, uma explosão de fumaça cobriu toda a visão de Alpha, e ele se tornará um monstro com um uniforme semelhante ao dos patrulheiros, porém coberto por uma armadura maciça, e um elmo com chifres onde nas pontas haviam dois olhos.
- Ora, nunca imaginei que você notaria minha farsa com tanta facilidade.
- Davi morreu em um acidente de carro há dois anos atrás, você “vestir” a aparência dele só me irritou bastante, agora que você se mostrou, vamos começar tirando a manipulação dos meus companheiros?
- Seja o que for. – O monstro tirou das costas uma bola de ferro tomada por espinhos. – Não sou eu que mantenho essa “manipulação” que você tanto fala.
- Ótimo! Então me diga quem é!
- E por acaso é errado realizar o desejo dos humanos? Já não basta eles viverem suas miseráveis vidas no modo automático? – Ele arremessou a bola de ferro, no qual Alpha desviou com facilidade.
- Se for para realizar os próprios desejos, que seja com os próprios esforços, e não um presente de um deformante ridículo igual a você. – Ela partiu em direção ao monstro, mas não contava que ele puxasse a bola de ferro atrás dela.
- É o seu fim, patrulheiro Alpha.
Alpha se jogou no chão, a bola de ferro passou por ela, e atingiu o monstro de volta, ela se levantou e aproveitou a única oportunidade que tinha em utilizar a adaga e cortar o monstro em dois.
- Porque diabos uso uma armadura se essa bosta não me prote... – E explodiu.
-x-
Em uma das aulas da faculdade, novamente o professor Raul passou do horário para explicar ao aluno super interessado!
- Sabe, se a Jéssica não tivesse falado, eu juro que não acreditaria que você fosse um deformante disfarçado, fingindo ser um aluno interessado para me fazer perceber que a carreira que eu escolhi não foi perda de tempo.
- O que diabos é deformante? – Indagou o aluno confuso.
- Ora, parece que ficou preso em uma caverna? – Brincou Raul. – São as criaturas que de vez em quando atacam essa cidade.
O aluno gargalhou, Raul o acompanhou, mas a gargalhada dele começava a se modificar, se tornar mais monstruosa, de repente uma rajada de espinhos foi invocada por ele, atingindo o Raul antes mesmo de se transformar.
- Eu sou o temível porco-espinho humano, e estou prestes de furar você.
Entre tossidas de sangue, Raul disse.
- Eu devia ter suspeitado.
- É tarde demais! Só agora percebeu que seu pai tinha razão, em ter vergonha de você, enquanto seu primo continua recebendo prêmios acadêmicos de renome, você está nessa universidade de esquina estudando pedra.
- Isso magoou! – Retrucou Raul, ele tocou no relógio de pulso, e logo se transformou no patrulheiro Épsilon. – O bom desse traje é que ele regenera qualquer parte ferida do seu corpo, não importa o quão ferido esteja.
- Isso aí é apelação.
O patrulheiro tirou uma pistola da cintura, deu dois tiros no peito do porco-espinho humano, ele tombou e explodiu.
- E por favor, não use mais nomes compostos na minha frente, passo raiva só de escutar.
-x-
Para fechar este episódio e preparar para o próximo, é bem eficiente se aproveitar do monólogo do vilão principal do arco, isso mostra a quem acompanha, que este arco não se encerrou, mostra o verdadeiro vilão e suas intenções contra a equipe principal.
- É chegada a hora de derrubar os patrulheiros greek, vão meus subalternos, transvistam de desejos de cada alvo, abaixe a guarda deles e os destrua, mostre que ninguém se importa com a felicidade deles, e assim... – Ela removeu a máscara enquanto assiste toda cidade no prédio mais alto, mostrando ser Mirian, a ex-patrulheira greek Alpha. – Eles pereceram sob meus pés, a general que realiza os desejos dos mortais, General P.
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