E assim chegamos no fim deste arco, porque o vosso narrador precisa encerrar esse conto em dez capítulos e eu não posso ficar enrolando tanto vocês neste arco desnecessário, mesmo que isso seja uma desculpa para desenvolver cada patrulheiro individualmente.
Em meio a depósitos abandonados, Douglas desviava de cortes rápidos do louva-deus, que insistia em um combo generalizado, tudo que entrava no caminho das lâminas afiadas de seus braços era picotados em segundos, ao ganhar uma distancia segura ele se transformou, tornando-se o patrulheiro beta, manejando seu machado da justiça.
- Acha que esse machado pífio parará minhas lâminas afiadíssimas?
- é aí que você se engana, o machado da justiça foi forjado dentro de uma anã branca, é um dos materiais mais indestrutíveis do universo (era mentira).
- Quanta besteira, vamos testar a durabilidade desta arma de brinquedo, coloque no caminho de meus cortes rápidos.
Ela partiu correndo em direção ao patrulheiro, esfolando o ar em uma velocidade desumana, o patrulheiro fechou os olhos, levantou o machado e a arremessou, por pura sorte, ele passou no meio dos cortes de ar da libélula e atingiu o peitoral do mesmo, que tombou para trás e explodiu, como um vilão de patrulheiro deve fazer.
A chuva tomou a região, deixando a aparência do patrulheiro um pouco mais soturno e melancólico, um artificio de linguagem que representa a solidão de Douglas diante da injustiça de sua vida.
Catarina finalmente chegou até o estoque abandonado, encontrando o patrulheiro que permanecia parado em meio aos escombros e poeira que era inundado com uma chuva prematura.
- Douglas? Você tá legal? Está ferido?
- Sim... – Douglas deu um leve soco no peito. – Estou ferido aqui dentro.
Catarina ficou sem entender.
Miriam estava indignada, seus planos haviam sido fracassados, e para piorar a situação, havia sido cercado por quatro dos cinco patrulheiros, em meio a um terreiro abandonado.
- Estou impressionada patrulheiros, nunca imaginei que vocês iriam me encontrar!
- Não subestime nossa tecnologia, estudamos o composto dos deformantes que você nos enviou, foi fácil encontrar você, seguindo a mesma energia que era irradiada por você! – Disse o patrulheiro Épsilon.
- Ora, eu estou triste, eu achei que tinha realizado o sonho de cada um de vocês, mas vocês ousaram despertar e continuar vivendo suas vidas medíocres.
- Bem, eu devia nunca ter acordado de meu sonho. – Reclamou Beta.
- Beta! – Retrucou Gama.
- Que foi? Morrer realizando meu sonho vale mais a pena que salvar este mundo.
- Que seja, se vocês recusaram morrerem sorrindo, vão morrer chorando! ( que péssima frase de efeito).
Os patrulheiros se prontificaram, foram em direção ao general P, em um ataque conjunto, mas todos os golpes ela se esquivou, Alpha partiu por de trás dela, e quando estava prestes a dar um soco nas costas da mesma, ela esquivou por segundos, seu manto tampou a sua visão, e nem sequer viu Beta do outro lado, dando-lhe um murro no capacete e o jogando para trás.
- Olha para onde ataca! – Reclamou Beta.
- Só não entrar no meu caminho seu idiota!
- Ora, a luta mal começou e já estão brigando!
- Para de desviar!!! – Reclamou Alpha.
Épsilon assistindo de longe pegou suas pistolas e mirou contra o general P, dois disparos e ela conseguiu esquivar.
- Vamos, se continuar assim vocês nunca vão me derrotar.
- Muito menos você – Reclamou Gama.
- Eu não entendo! Porque ela não está revidando? Deve ter algum segredo. – Disse Beta.
- Que seja! – Gama invocou seu escudo. – Eu tenho um plano.
- Eu não tenho tempo para perder com vocês, o único que me interessa é o ômega, onde ele está? – Reclamou General P.
Gama franqueou a general P, Épsilon foi em direção oposta, Alpha partiu em direção a ela, com sua adaga e aplicou diversos golpes, que foram devidamente desviados, Beta arremessa seu machado, ela esquiva, Alpha pega o mesmo no ar e junto com sua adaga aplica dois golpes rápidos, mas nenhum deles a acerta.
- Patético, eu entendi como funciona sua estratégia.
Beta pula para agarrar a general pelas costas, mas ela consegue esquivar, ele agarra o manto e puxa com tudo, tirando a mascara agarrada em seu rosto e mostrando sua verdadeira aparência.
- Marin? – Indagou Épsilon confuso.
- O que está fazendo no time inimigo? – Indagou Gama.
- Que? Quem é ela? Vocês a conhecem? – Perguntou Alpha confusa.
- Marin, a primeira patrulheira Alpha, ela havia sido desertada por conta de suas ações questionáveis.
- Que seja. – Ela tampa o rosto com a palma da mão. – Espero que isso tenha afetado o psicológico com vocês, porque eu vou com tudo.
Todos levantaram a guarda, Marin permanecia parada tampando o rosto com a mão.
E ficaram assim por mais de trinta segundos.
- E aí? Pensei que você ia com tudo! – Comentou Beta.
- Estou aproveitando que vocês estão ameaçados para carregar um poder incrível.
“Ela está blefando” – Pensou Beta.
“Certeza que ela não tem condições de nos atacar” – Comentou Épsilon.
“Tá na cara que ela tá blefando” – Pensou Gama.
“Droga! Não sei se eu ataco ou aguardo pelo pior” – Advertiu Alpha.
- Me tragam o ômega, e eu darei a vocês uma morte bem rápida.
- Ele disse que não vai vir tão cedo, ele levou a esposa e a filha para viajar, ele nem está na cidade!
- Entendo! Eu não tenho conversa com patrulheiros fracos iguais a vocês.
- Escuta Mirian, porque tanto interesse no patrulheiro ômega? – Indagou épsilon.
- Ordens do QG, um patrulheiro que utiliza toda sua força para exterminar deformantes e generais em poucos segundos, chamou a atenção de nosso chefe, o ômega é uma ameaça que deve ser extirpada o quanto antes e quem conseguir essa proeza será promovido, agora vocês entendem o quão patético vocês são? Alimentem suas invejas e mediocridades para que nosso império possa usufruir dessas energias negativas.
- Na real, não acho de todo mal, fico feliz que o ômega acabe com deformantes e generais o quanto antes, assim a gente não desperdiça nosso tempo lutando contra vocês. – Concordou Beta.
- Verdade, antes quando o ômega ia no barulho do épsilon, a gente demorava de meia hora a uma hora para derrotar seus exércitos, hoje que ele não tem tempo pra nada, a gente elimina vocês em segundos. – Comentou Gama.
- Ei! – Retrucou Épsilon.
- Seja o que for, a gente não tem mais tempo e saco para ficar brincando de herói e vilão contra vocês, se querem destruir esse planeta e tomar o cubo mágico, que venha com tudo, não em conta-gotas. – Reclamou Alpha.
- Vocês estão desvalorizando nossos confrontos épicos.
- Pra mim já deu.
- É isso mesmo.
Uma explosão de energia surgiu do corpo da general P, ela parecia mais confiante do que tudo.
- Ora vocês! Conseguiram me irritar!
Ela partiu para cima dos quatro, todos levantaram a guarda, e quando estava se aproximando do mesmo ela diminuiu o passo e parou na frente deles.
- Mas que merda você está fazendo!!! – Gritou Alpha.
- Me ataquem – Gritou General P.
De repente o patrulheiro ômega finalmente chegou, correndo numa velocidade absurda, vestindo o capacete, e o uniforme de contador, tinha acabado de sair do meio do expediente.
O relógio transformou bipou para os 4.
- Se acalme, ômega chegou finalmente para completar a equipe! – Comentou general Z.
- Finalmente, poderei pegar minha promoção.
Ômega não titubeou, atacou com seu golpe especial, mas ela esquivou rapidamente.
- Continua afobado como sempre! Ômega.
- Ele brecou com os dois pés, girou o corpo e partiu em direção a ela, que novamente se esquivou.
Tentativas consecutivas do patrulheiro afobado não deram certo, ela permanecia em pé sem sofrer nenhum ataque.
- Isso é muito esquisito, ela não revida, pede para atacar, será que ela quer nos vencer pelo cansaço? – Indagou Alpha.
- Seja como for! – Gama levantou o escudo. – Nosso plano ainda está de pé.
Ômega partiu em direção a general P, de relance viu Gama com seu escudo levantado cercando-a.
- Vamos ômega, o que você vai fazer agora, seja como for eu esquivarei com excelência.
Com seu ômega punch, uma rajada de energia foi em direção a ela, ela esquivou, a rajada atingiu o escudo de Gama que refletiu o golpe e jogou nas costas da general P, que sofreu um impacto direto.
- Meu escudo é capaz de refletir qualquer ataque que você aplicar nela, seja físico ou energético.
- Maldito seja patrulheiros greek.
E finalmente tombou, era o fim de mais um general da equipe dos deformantes.
- Ótimo! – Ômega olhou no relógio. – Desculpa não poder averiguar se o inimigo está vivo com vocês, estou super atrasado.
- Tranquilo Ricardo, vai lá.
Ricardo acenou e logo em seguida saiu em disparado, os quatro restantes foram até o general P prestar condolência a uma velha amiga.
- Porque vocês se juntaram com os deformantes? Pretende mesmo destruir a Terra por conta de traumas do passado?
- Na verdade... Acho que seria interessante se tivéssemos um plot de um ex-companheiro passando para o lado inimigo, pelo menos uma vez na vida. – E fechou os olhos.
O único que ficou feliz com a derrota da General P era o general H, que poderia se preparar para atacar a terra.
Dias se passaram na cafeteria, os quatro patrulheiros haviam se encontrado para discutir sobre o confronto com a general P, até ser surpreendido com Mirian que entregou os pedidos a eles.
- Droga, então você veio pra revanche. – Retrucou Douglas.
- Que bobagem, eu trabalho aqui!
- Mas a gente viu você morrer. – Comentou Catarina.
- Que? Não, eu só estava cansada e por isso acabei desmaiando, mas eu estou inteira.
A tecnologia greek, só afeta os deformantes, então caso um humano possuído pelos poderes de deformantes confrontar os patrulheiros, seus ataques só afetarão a contra parte deformante neste humano.
- Isso explica porque você não nos atacou, você sabia que armas convencionais não poderia nos ferir.
Ela tirou da cintura uma pistola customizada e disparou contra uma mesa vazia que foi pulverizado.
- Você tinha isso na manga! – Retrucou Raul.
- Satisfeitos? Querem mais alguma coisa?
- Não, tá suave Mirian, obrigada! – Comentou Catarina.
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