A Pré-história
Assim como as outras grandes raças, pouco se sabe dos tempos antes da construção de sua cidade-estado, Midgard, já que foi a partir deste momento que começaram a registrar sua história de forma escrita organizada. O que se sabe sobre a pré-história Aasgardiana é que toda esta raça surgiu de um homem; Odin Aesir. Como ele evita até os dias de hoje falar sobre esse período, os pergaminhos que ele mesmo escreveu sobre os primórdios da Grande Raça de Gelo são as únicas fontes de informação daquela era. Neles, ele conta que nasceu nas geladas montanhas ao norte da ilha de Aasgard (que ainda não havia nenhum nome), junto de seus dois irmãos mais novos; Vili e Ve, sob os cuidados dos gigantes Jötun. Enquanto cresciam, os 3 se provaram ser tão fortes quanto seus protetores, mesmo sendo bem menores. Quando crescidos o suficiente, eles deixaram a segurança das cavernas para explorar o mundo, e foi quando caminhavam pela Floresta Nevada que encontraram um grupo de seres similares a eles, porém pequenos e fracos. Junto de seus irmãos, Odin protegeu aqueles seres das criaturas selvagens, e os guiou até as montanhas, onde estariam a salvo nas cavernas, porém os gigantes de Jötunheimr viam aqueles visitantes com nojo de sua fragilidade, proibindo a entrada deles em seu território e ordenando Odin a matar todos. O futuro rei Aasgardiano se recusou, o que enfureceu os gigantes, iniciando o primeiro conflito entre eles, no qual os 3 irmão surpreendentemente conseguiram lutar de igual contra seus antigos guardiões mesmo tendo menos da metade do tamanho deles, porém, a vitória só foi conquistada após Odin conseguir despertar o poder de realizar magias. O próprio diz que tudo ocorreu por instinto, e mesmo sem ter um bom controle sobre sua nova habilidade, a vantagem que aquelas magias primordiais e simples trouxeram foram o suficiente para os irmãos derrubar Ymir, o líder dos Jötun, e sem a sua liderança, o resto dos gigantes recuaram para as partes mais longínquas das montanhas.
Mesmo com as cavernas todas para eles mesmos, o clima severo e os perigos da região se provaram mais do que os visitantes conseguiriam aguentar, então Odin e seus irmãos os lideraram em uma jornada para encontrar um lugar adequado para todos, após encontraram tal local começaram a construir as primeiras casas de um assentamento que futuramente irá se tornar a atual cidade-estado. Com seu novo povo seguro, Odin focou em aprender a controlar a utilização de magias, o que não demorou muito, e logo depois ensinou Vili e Ve a também as realizar. Acreditando que a única maneira de ganhar mais poder mágico era através de combate, o futuro rei iniciou um sistema de treinamento junto de seus irmão, no qual 1 deles irá explorar o mundo a sua volta e os outros 2 ficavam no vilarejo protegendo os aldeões, sempre rotacionando entre eles a cada 90 dias. Foi durante sua primeira jornada de treinamento que uma das lendas mais marcantes da cultura Aasgardiana surgiu; a história de como Odin perdeu seu olho direito e adquiriu seu poder de vislumbrar o futuro. Em seu pergaminho ele conta que encontrou o poço de Urd, que continha águas sagradas, e quem bebesse delas iria ganhar um conhecimento muito além do que se pudesse imaginar, mas de acordo com seu guardião, um ser chamado Mimir, para que se possa beber daquelas águas deve-se primeiro sacrificar seu olho, um custo que Odin julgou ser insignificante. Após beber daquelas águas místicas, ele ganhou o conhecimento de que vive em uma ilha que por sua vez faz parte de um vasto mundo, mas o mais importante foram as constantes visões de sangrentas batalhas onde ele viu a morte de seu povo. Graças a grande frequência desta visão em seus sonhos desde então, o Aesir mais velho passou a acreditar que aquele seria o destino inevitável de seu povo, uma grandiosa guerra que poderia causar a destruição de tudo o que ele havia construído. Então Odin passou a tomar medidas para que quando o Ragnarök chegasse, nome que ele deu àquela grande batalha final, seu povo estaria pronto. O primeiro passo era criar uma identidade para seus seguidores, um ideal no qual eles deveriam proteger a todo custo, e a partir dessa ideia ele transformou aquelas terras que até então eram apenas um local onde seu povo morava, em uma nação, uma cidade, um local sagrado, e assim nomeou a ilha como Aasgard. Junto de seus irmãos, Odin escreveu leis, criou costumes, levantou muralhas, e transformou o que até então era um aglomerado de casas em uma cidade, a capital de sua recém nascida raça, Midgard.
A Origem da Cultura
Os Aasgardianos sempre foram conhecidos como a “raça guerreira”, famosa por sua sede de luta, por sua brutalidade, e por valorizarem uma morte gloriosa em combate, e esta cultura surgiu justamente do conhecimento sobre o Ragnarök. Odin acreditou fielmente que o Ragnarök era inevitável, seu resultado porém ainda não estava gravado na pedra, já que em todas as suas visões ele nunca viu o fim da grande batalha, então deveria estar preparado, por isso introduziu a ideia que hoje define esta raça. Ele passou a doutrinar o povo Aasgardiano para se tornarem os maiores guerreiros do mundo, assim após anos de experiência de combate passada a cada geração, quando o Ragnarök chegasse, Odin teria um exército forte o suficiente para alterar seu resultado. Desde então, a melhor maneira de um Aasgardiano provar seu valor é através da exibição de troféus conquistados em batalhas contra oponentes fortes, como presas, pele, crânio, etc, os utilizando em seu vestuário, ou transformadas em bijuterias, como colares e braceletes. A forma em que derrotam tais oponentes também é importante, os que conquistam a vitória utilizando armas de corpo-a-corpo, e até mesmo suas próprias mãos, são mais bem vistos. Futuramente quando magia se tornou uma habilidade mais comum, as de auto-fortalecimento, conhecidas como buffs, também se tornaram uma nova ferramenta para que os guerreiros pudessem enfrentar oponentes ainda mais grandiosos. Apenas a utilização exagerada de magias ofensivas que é visto com maus olhares, pois para este povo, somente os guerreiros que não são capazes de finalizarem seu alvo em combate físico é quem precisa recorrer às magias.
Hoje em dia, ao completarem 16 anos, os garotos e garotas Aasgardianos alcançam sua maturidade e seus corpos já se desenvolveram quase que por completo, os tornando aptos a começarem o treinamento de combate obrigatório imposto por Odin desde a fundação de Midgard, porém naquela época as coisas eram um pouco diferentes. Como os cidadãos da cidade-estado ainda eram frágeis e sem o conhecimento de magias, o “treinamento” era mais experimental, e era necessário uma forte separação entre quem tinha condições de se tornar guerreiros, e quem não conseguia passar nas primeiras fases dos testes, sendo mandados para realizarem as funções de suporte da sociedade, como ferreiros, médicos, construtores, etc. Até hoje esse costume é mantido; todos os jovens obrigatoriamente recebem treinamento de combate nas escolas, e são nelas que começa a primeira divisão social, após 5 anos, aqueles que se mostrarem fracos ou sem aptidão em lutas, são afastados e irão servir a raça em funções básicas, os que passarem nesta primeira provação continuaram a serem treinados de forma ainda mais dura e brutal, e depois de mais 5 anos, são botados a prova. Cada um é colocado em uma arena junto de uma criatura selvagem, e devem lutar pelas suas vidas sem interferência exterior, os sobreviventes ganham a escolha de qual caminho deseja seguir em sua vida, ir para o exército, se tornarem caçadores-exploradores, etc.
Um outro traço marcante desta raça que também surgiu durante os primeiros anos da sociedade Aasgardiana, e foi sendo lapidada ao longo do tempo, é a forte concepção de “honra”, que diz; “deve-se defender sua terra, seu povo, e seu rei a todo custo, morrer em um combate glorioso trará fortuna ao seu nome e irá o eternizar por toda história”. Por outro lado, fugir de um combate, desobedecer seus superiores ou principalmente o rei, utilizar de táticas não-combatentes para ganhar uma luta, são ações vistas como grandes deshonras, e podem ser punidas com ter o nome manchado e até mesmo com o exílio. Apenas nas primeiras gerações é que a morte era vista como método de punição, hoje os Aasgardianos não temem a morte, e a vê como uma forma de escapar de punições mais severas. Assim nasceu a cultura onde apenas os fortes prosperam e os fracos ficam jogados ao fundo da estrutura social, as pessoas sempre estão à procura de provarem seu valor, jovens são moldados desde cedo a serem guerreiros destemidos, e sempre estão a procura de uma boa luta.
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