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Marca da Vontade

Capítulo 4 (Parte 1) - Meros Humanos contra Gigantes

Capítulo 4 (Parte 1) - Meros Humanos contra Gigantes

Sep 23, 2022



Em um disparo de velocidade com uma pisada intensa que chegou a arrancar uma parte do piso do museu, Gabriel usou o peso do seu corpo para desferir o primeiro golpe naquele que tinha segurado a pouco, porém, utilizando dos seus reflexos sobre-humanos, o homem das garras desviou da cotovelada em horizontal. Logo, preparando um corte feroz na barriga do Huberi que notando o ponto cego, transferiu sua concentração para onde seria acertado, nisso, um revestimento duro como uma rocha se formou da pele dele, defendendo-o por um triz daquele ataque. Aquele era o poder da graça de Saint-Florença que recebera na última noite, a capacidade de revestir partes do seu corpo por pedras como uma armadura, tornando-se quase invencível.

Mesmo com o revestimento na área afetada, o impacto da sequência de golpes que seguiam sucessivamente na barriga de Gabriel foi tão intensa que acabou jogando o garoto para o alto, onde arrumava um jeito de ajeitar a postura para não cair errado no chão. Assim, o fez, tentando se firmar em pé após cair.

Em contrapartida, ao parceiro, Raimundo, que fora atacado pelo outro usuário de Essência, se questionava consigo mesmo porque uma pessoa com um poder ideal para média/longa distância tentaria acertá-lo numa disputa corporal. Essa resposta veio ao perceber um tipo de esfera de ar na palma direita do inimigo que chegava cada vez mais perto do seu rosto e como reflexo pelos treinamentos que executa desde criança, Raimundo logo desviou seu corpo levemente para esquerda, evitando assim, um ataque, que apenas de sentir a intensidade, arrepiou e esbugalhou os olhos.

"Por pouco!"

Um impacto de vento capaz de quebrar uma fileira do piso do local disparou até parar, destruindo um dos quadros na parede do Museu. Só que para o azar de Raimundo, o nível inimigo era enorme para perder numa disputa para um amador como ele. Por isso, o encapuzado preparou um leve ataque de imediato na palma esquerda que acertaria o peito de Raimundo em cheio, mas percebendo que subestimou o oponente e como reflexo, Raimundo colocou a lâmina da espada como defesa, levando um grande impulso de ar que jogaria ele para fora da sala, batendo com as costas em cheio no corredor.

— Raimundo! — Gritou o loiro dando uma leve olhada para trás preocupado com o companheiro que ainda não havia despertado sua marca da vontade, será que alguém assim aguentaria lutar contra um usuário de Essência? Um peso na consciência invadiu seus pensamentos.

— Oh, boneco Ken! — Uma voz estridente chamava atenção do jovem Huberi, que olhava atônito como reação. — Você está lutando comigo!

Uma sequência de golpes com as garras da esquerda para direita e da direita para esquerda seguiam incessantes contra o loiro que pulava, desviando de um lado para o outro recuando cada vez mais. Mas, ele sabia que não poderia desviar para sempre, com isso, transferiu sua defesa para o braço esquerdo revestindo-o, avançando com uma forte pisada colocando a perna esquerda a frente usando a pose da técnica de defesa "Soto Uke", assim revestindo em milésimos de segundo, a outra mão livre com uma armadura de rocha para desferir um soco contra a face do homem que atacava feroz como um tigre. Assim, percebendo que estava com a guarda totalmente baixa e que seria impossível desviar, a face do homem foi chegando mais perto do punho forte do jovem que dava um soco tão forte que seria fatal para uma pessoa normal e sendo assim, o mesmo foi jogado contra a parede.

— Cala a boca, você me irrita, tigrinho de merda! — Dizia o garoto permanecendo naquela pose por um tempo com um olhar raivoso.

Enquanto isso, do lado de fora, Raimundo corria e desviava de todos os ataques de ar feitos a uma curta distância, que seguiam destruindo certas partes do corredor. O Buloke continuava muito nervoso e sem saída perante aquela surra que estava tomando, só que mesmo assim, não deixava ceder porque sua aura de guerreiro ainda não o abandonou por completo.

"Eu tenho que achar uma brecha, uma solução. Pensa, Raimundo! Pensa, Raimundo! Pensa!"

Refletia enquanto, cada vez mais saia do corredor e chegava perto da sala do Conselho Estudantil. 

"É isso!"

Convalidava com afinco para si mesmo, quando finalmente tinha pensado numa estratégia de dar um dano forte o suficiente para abater aquele oponente que nem sonhava ter uma chance de derrotar. Ao lembrar de uma certa frase da conversa que teve com seu pai anteriormente, recordava de uma palavra que despertou um senso de urgência nele.

"[...] Para você ter uma ideia, eles são capazes de quebrar até mesmo as barreiras de proteção que colocamos nas propriedades. [...]"

"É isso mesmo! Uma barra de proteção quando desfeita totalmente por outra pessoa que não foi a que colocou anteriormente, ela causa um dano capaz de matar uma pessoa. Desfazendo ela, tenho cinco segundos para colocar esse imbecil no meio para absorver todo dano."

Realmente, havia uma certa condição que impedia dos mais arruaceiros ou inimigos que conseguissem invadir uma propriedade, de desfazerem a barreira de proteção para, assim, impedir uma invasão maior nos ambientes. Essa condição era uma forte explosão de impacto direto de toda energia ali acumulada no momento do selamento, em um único ponto, capaz de, assim, jogar a pessoa longe ou até mesmo, mata-lá apenas com o impacto. Dessa maneira, ninguém seria suicida o suficiente para tentar desarmar aquela armadilha, pois, tinham amor a própria vida. Porém, essa mesma barreira havia uma condição que Raimundo confiava a vida para conseguir sobreviver a um oponente tão preponderante como esse encapuzado… uma brecha que apenas pessoas de famílias importantes e reconhecidas pelo controle de energia provinda das Marcas entendiam.

Tinha uma folga de cinco segundos entre essa barreira ser desativada até a explosão contra quem desarmava. Durante esse tempo, Raimundo poderia posicionar o oponente para receber aquela explosão diretamente enquanto se desviava, mas para isso, Raimundo sabia que iria que dar um gostinho da vitória para o oponente sendo acertado num ataque suicida, mas para ele pouco importava, se aquela era uma probabilidade entre mil, ele teria que arriscar. Naquele momento, as palavras do pai voltavam a ecoar na cabeça dele, dando cada vez mais força nessa jogada arriscada.

"[...] Pensa na Raissa, na sua mãe e nos seus amigos. Se não for você, quem vai protegê-los?"

Chegando ao fim do corredor que ligava ao grande acesso da Sala do Conselho, no qual, havia uma grande parede de vidro que dava visão para a pista olímpica do campus onde as atléticas treinavam. Raimundo abaixou-se para desviar de uma palma de ar que quebrou uma parte do vidro, dibrando o oponente.

— Agora, eu duvido você me pegar! — Com deboche, Raimundo brincava com o orgulho daquele oponente, apostando que dentro dele tinha um instinto competitivo infantil que ao ser desafiado, perderia uma noção básica de batalha, sendo assim, esquecendo no calor do momento que um ataque a longa distância funcionaria mais com alguém que está numa corrida incansável contra ele, como executou anteriormente no andar de cima. 

Sendo assim, Raimundo disparou como uma flecha novamente numa corrida atlética como fez no corredor do segundo andar e então...

— Agora, você vai pagar pela prateleira, moleque! — Então, o homem controlador de ar também disparou em uma perseguição tentando alcançar o jovem Buloke na velocidade, que ao perceber que sua aposta tinha funcionado, olhou para trás sutilmente dando um sorriso malicioso bem largo para provocar ainda mais.

"É demais como até um adulto pode agir como um pirralho às vezes, vem atrás mesmo seu otário!"

Depois do disparo, ao chegar na frente do selo da barreira de proteção que ficava ao lado da Sala do Conselho. Subitamente, Raimundo parou, se virou e permaneceu numa pose de batalha com a espada na frente, estampando uma expressão séria e confiante que parecia estar pronto para encarar o oponente de igual para igual. Não entendendo absolutamente nada do que o garoto estava pretendendo, assumindo que aquela epifania e brilhos no olhar do jovem, era um pico de insanidade do garoto, esse que estava todo surrado. Então, com uma intenção de contra-atacar a provocação que recebeu com outra, o homem das garras gritou:

— Ficou maluco de vez, garoto? Tentar me enfrentar é loucura, sabia? — Com o homem diminuindo cada vez a distância entre os dois, Raimundo olhava para o lado, segurando a cimitarra e estendendo seu braço direito, sussurrava baixinho:

— Seja livre das amarras do destino, filho meu. 

Dois segundos após terminar sua sentença, Raimundo foi acertado em cheio no rosto pelo médio impacto de ar concentrado na palma do encapuzado e assim, caia cuspindo sangue numa distância de quatro metros.

Três segundos. 

O homem com o orgulho recuperado, dava um singelo sorriso malicioso de vitória até que... 

Quatro segundos.

Um clarão surgia na parede ao lado, fazendo ele virar o rosto rapidamente sem entender, mas, enquanto um conjunto de informações chegava na cabeça dele, também na mesma parede um pouco distante, observava as costas do Gabriel atravessando a parede sendo atacado pelo seu parceiro das garras que estava cego por uma insaciável sede de sangue atacando como uma besta.

Cinco segundos.

Aquela foi a última visão que teve antes de receber um forte impacto provindo do selo que fora desfeito, com a força daquela explosão, a túnica com capuz foi completamente obliterada e o corpo dele foi repelido para parte de fora da escola, quebrando a parede que o separava de fora, voando até o meio da pista de atletismo.

Enquanto isso, no chão e em meio a escombros e poeira que se dissipavam gradualmente, sem conseguir levantar direito por conta da exaustão e dos diversos golpes que recebeu diretamente, Raimundo dava um sorriso de satisfação por cumprir seu objetivo, mesmo em frangalhos após suportar o máximo de dano que um ser humano comum podia suportar.

— Parece que os treinamentos serviram para algo... Obri...gado, P-Pai. — Falava com dificuldade, mais por si mesmo do que qualquer coisa, sem pensar em mais nada do que poderia acontecer no campo de batalha, pelo menos, por enquanto.

***
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O Thi

Creator

A batalha de Raimundo e Gabriel contra os dois seguidores de Naya se inicia. Porém, Raimundo encontra-se encurralado, então é forçado a usar a inteligência pra vencer em combate.

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Dani
Dani

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"Oh boneco Ken!" Isso foi de arrebentar o ketchup na coxinha kkkkkkkkkkkkk

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Raimundo e Raissa são dois irmãos de uma das doze famílias serventes, aquelas que recebem os poderes dos discípulos de Sândalo pelo passar das gerações. Raimundo é o primogênito da família Buloke, sendo taxado como escolhido para seguir o legado da família e proteger todos do mal. Entretanto, o mesmo não desperta as cores da sua "marca da vontade" e tenta fugir de seu destino sendo um garoto normal, porém alguns inimigos da família não querem deixar isso barato.

Autor: O Thi (@othi_oficial) - Ilustrador: Rren (@rren_san)
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