Narrado por Oliver.
Noah e eu estávamos dirigindo por um caminho rústico, cheio de árvores gigantescas com folhas de todos os tons de verde.
— Você está pronto para isso, Oliver?
— Mais pronto do que nunca! — disse com entusiasmo. Quando estávamos saindo do caminho de árvores e chegamos no ponto em si. Era uma montanha e, claro, nós a subimos, o que faz sentido.
— Vamos lá! — Noah riu após ter estacionado o carro um pouco próximo à beirada, desligou o mesmo e correu para fora. Abri a porta e a fechei de repente, seguindo o seu exemplo. Quando olhei ao redor, eu ofeguei. A montanha era linda, mas ainda mais especial neste finalzinho de tarde.
O céu era uma mistura de amarelo e vermelho, cores que me lembraram da minha parede, da montanha. Noah me trouxe para o lugar que ele pintou. Ele me fez sentar na borda e jogou-se ao meu lado, balançando os seus pés na beirada, como em uma piscina. Era algo simples, mas que passava tamanha coragem. Ele olhava para baixo e nem sequer o vi ter calafrios. O pôr-do-sol foi capturado tão perfeitamente na pintura, que de onde eu estava sentado havia muito pouca diferença. Senti a sua mão deslizar até a minha.
— Parece familiar?
— Extremamente. — virei-me para sorrir para ele, mas ele já estava olhando para mim. Noah inclinou-se, beijando os meus lábios suavemente.
— Oliver… eu sei que é provavelmente óbvio que estamos juntos, mas eu nunca fiz um pedido oficial. — corei quando a sua mão roçou a minha bochecha. — Oliver, você aceita namorar comigo? — eu nem lhe dei tempo para respirar e rapidamente o respondi.
— É claro. — agarrei o colarinho da sua camiseta tão cegamente e o puxei para um beijo.
Ficamos lá sentados juntos por um tempo, os seus braços em volta da minha cintura enquanto observávamos as cores se misturarem no céu. Era tão perfeito. E esse foi o fim de outro encontro perfeito.
Noah é meu e eu sou seu, realmente gosto de como isso soa.
***
— Jake vai estar aqui a qualquer minuto. — eu conversava com Bianca por celular.
— Juro, se ele tentar algo, eu vou te matar...
— O quê? Primeiro, não e segundo, por quê?
— Porque isso é injusto! — a sua voz subiu consideravelmente.
— E por que isso?
— Dois caras lindos apaixonados por você? Isso não é boa coisa para nós mulheres. — ela desabafou.
— Ah, cala a boca... te adoro!
— Também te adoro! — ela desligou.
A porta do meu quarto abriu e Jake entrou, ficando de boca aberta com o meu novo quarto.
— Isso está um… verdadeiro horror. — ele sorriu para mim e jogou-se na minha cama ao meu lado. — Mas se você está de boa.
— Eu pensei que você fosse gostar. — Jake colocou a sua mochila ao lado da minha escrivaninha e andou até a minha TV. — suponho que você veio para passar a noite?
— Obviamente. — Jake disse e apontou para um jogo de zumbis. — Vamos matar alguns zumbis! — Jake pulou em mim, dando-me um controle. Senti tanta falta de ver Jake assim, ele precisava de um momento amigo. Ele cheirava a juventude, longe de ser tão bom quanto Noah. Jake cheirava a academia.
— Você está me cheirando? — ele virou a sua cabeça e riu.
— Então? — o vermelho no meu rosto foi impossível de disfarçar.
— Continua então… — Jake riu e chegou para mais perto. Revirei os meus olhos e comecei a jogar o jogo. Jake tinha uma arma e eu uma panela. Como ele tinha uma arma e eu a porra de uma panela, eu nunca vou saber. Nem preciso dizer que eu morri nos primeiros 10 minutos de jogo. Jake estava ainda forte, matando mais e mais zumbis até que felizmente zerou o jogo.
— Eh… — ele balançou as suas mãos no ar, comemorando.
— Ótimo trabalho.
— O que eu ganho por ter vencido? — Jake sorriu.
— Hum... o que você acha de comida?
— Gostei da sugestão... — ele pulou para fora da cama, mas não antes de me pôr nas suas costas e me levar para fora do quarto. Se ele fosse centímetros mais alto, eu iria ter esmagado a minha cara na parte de cima da porta. Obrigado Deus.
Minha mãe riu quando passamos correndo por ela na cozinha.
— Meninos… — e a sua voz nos cortou assim que ela saiu da cozinha.
— Faça-me algo para comer! Eu sou o vencedor! — ele exigiu, me pondo de volta no chão.
— Ok, ok... — fui até o armário e peguei um pacote de pão, em seguida, fui na geladeira e peguei presunto e queijo. Se tem algo que eu sei fazer numa cozinha é sanduíche, na verdade, é a única coisa.
— Isso mesmo! — Jake gritou. Ele estava tão feliz está noite, e eu estava adorando isso.
— Bom, eu ia fazer isso de qualquer jeito. — mostrei a língua para ele.
Depois de vinte segundo, os sandubas estavam prontos. Sentei-me ao lado dele e lentamente comi. Jake destruiu o seu sanduíche em poucos segundos, pedindo por mais. Deus, esse garoto poderia comer uma casa. Depois que finalmente terminamos de comer, eu comecei a lavar os pratos enquanto Jake secava, passamos todos esses minutos rindo e comentando sobre coisas que já aconteceram com a gente. Depois que terminamos, voltamos lá para cima.
— Eu poderia com certeza me casar com comida? — Jake riu quando se jogou sobre a minha cama.
— Se você realmente quer, acredito que nenhuma lei vai te impedir.
— Então, falando em casamento. Quando você acha que vai se casar?
— Hum, que pergunta aleatória... — pensei por um momento. — Bem, eu sempre me imaginei casado antes dos vinte e cinco.
— Hum e filhos? — Jake sentou-se.
— Sei lá, nunca me passou pela cabeça, essa pergunta é estranha. — sentei na cadeira da minha escrivaninha.
— Não é estranho! Você consegue imaginar os nossos filhos? — Jake sorriu largamente.
— O quê?
— Eu, eu… eu quis dizer os meus filhos. — o seu rosto parecia vermelho.
— Ah. — provavelmente o queijo dos sanduíches não estava tão dentro do prazo de validade.
— Eh...
— Bem, está ficando tarde. Vamos só descansar e assistir a um filme ou algo assim?
— Claro... — ele queria continuar a nossa conversa sobre futuro, eu podia sentir. Jake abriu a Netflix e colocou Crepúsculo.
— Você está tentando me matar? — ele sabe o quanto eu não gosto de ver Crepúsculo. Não importa o que digam, o filme é péssimo, mas tenho que admitir, é viciante.
— Cala a boca, eu quero assistir. — Jake desligou as luzes e deslizou para baixo das minhas cobertas. Suas roupas desapareceram, agora ele só estava de cueca, o que é realmente constrangedor.
— Não, não, não, eu tenho um namorado agora, não podemos dormir na mesma cama, não mais.
— O quê? A gente estava namorando antes? Cale a boca e vem cá! — Jake gritou com um sorriso malicioso.
— Então coloca uma calça.
— Não.
— Deus, você é tão teimoso. — peguei um cobertor do armário e coloquei entre nós debaixo das cobertas, portanto, não estávamos nos tocando debaixo dos lençóis.
— Você é incrível. — Jake suspirou, vindo para mais perto de mim, ele empurrou o cobertor para baixo num movimento rápido, sem se importar, e puxou-me para mais perto dele. Os seus braços estavam em volta da minha cintura e me prendendo no lugar. — Assim é melhor. Agora assista o filme.
***
Já estava na metade do filme e Jake já estava no sexto sono. Quando o filme finalmente terminou, eu desliguei a TV e puxei o cobertor entre nós um pouco mais sobre mim. Pode-se dizer que a noite foi perfeita. Mas antes, você deve saber que o corpo "quase" nu de Jake estava completamente pressionado contra o meu agora. Eu podia literalmente sentir tudo através do meu pijama. Dos seis gominhos no seu tanquinho até os músculos nos seus ombros e até mesmo as suas partes… íntimas. Não seria muito ruim dormir assim, não é?
Mas é um pouco difícil dormir quando a ereção do seu melhor amigo está pressionando contra a sua bunda.
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