- O que isso significa?! - Grita Barton.
- Você verá, meu filho. - O General aponta a arma para Zack.
Um fino som de carregamento paira no ar e um feixe roxo saindo da arma atinge Zack bem no peito, que começa a flutuar no ar. Uma luz alaranjada começa a ser emitida de seus olhos e de sua boca, e em seu peito, um corte escuro começa a surgir. Nenhum sangue cai desse corte, é como se seu corpo estivesse sendo aberto por aquele feixe roxo, e de dentro desse corte escuro, sai uma luz laranja que se move feito água. Os olhos de Zack param de brilhar, e uma cor acinzentada cobre todo seu olho, seu corpo fica com uma aparência enrugada e flácida, e seu pulmão para de funcionar. O corpo de Zack cai no chão, sem um único sinal de vida.
- ZACK! - Samuel fica em choque. Ele olha para o corpo de seu irmão, todo enrugado e sem vida. - FILHO DA PUTAAAA!!!! - Parecendo um animal, Samuel se lança na direção de César, e com um único soco, ele quebra a arma que estava nas mãos do general.
Kaito ainda girando, sai voando para um canto da sala.
Barton está paralisado olhando para Zack, ele não acredita no que acabara de ver. Seus músculos não se movem, e a única coisa que consegue fazer, é ouvir os gritos de fúria de Samuel. Mas entre esses gritos, Barton ouve algo.
- PEGA O KAITO!
Sem pensar, seus músculos começaram a se mover sozinhos. Barton começa a correr em direção da cabeça de Kaito, desviando de destroços jogados pela luta entre os dois. Tudo parece durar uma eternidade, parece que nunca conseguiria chegar a tempo, até que, ele agarra a cabeça pelos os cabelos, e se vira para Samuel.
- Eu peguei! - Grita Barton.
- KAITO! - Samuel Grita ao meio da batalha. - DÁ UM JEITO!
- O que... - Kaito ainda está desnorteado, não consegue pensar direito, mas uma luz laranja o faz acordar. - Essa não. - Kaito percebe o que acaba de ocorrer, o Elemento de Fogo havia sido retirado de Zack, junto de sua vitalidade. Kaito sabe o que precisa fazer. - Garoto! Me joga pro Samuel. Você vai segurar o César.
- Você fala?! - Barton se assusta.
- RÁPIDO! - Kaito Grita.
- T-tá... - Barton arremessa Kaito na direção da luta.
No ar, enquanto voa em direção de Samuel ele começa a falar com Samuel. - Eu preciso da energia da pedra!
Samuel volta sua visão para Kaito, e em seguida para Barton. - EU CONTO COM VOCÊ! - Samuel se lança até Kaito e o pega no ar.
César desfere um soco em Samuel, mas o soco acerta no chão, ao ver Samuel voar em direção de Kaito. Percebendo a oportunidade, ele começa a correr em direção do Elemento de Fogo. Barton não perde tempo, e uma grande estaca de pedra vindo do chão, perfura o estômago do general, que vomita sangue. Com um golpe de cotovelo, ele quebra a estaca e soca a parte que está em seu estômago pra fora, ele tenta correr novamente na direção do elemento, mas Barton intervém novamente, criando uma muralha de pedra entre seu pai e o Elemento.
- Eu não vou deixar. - Diz Barton, se pondo em frente a muralha.
- Então eu vou te matar. - Diz César.
Samuel pousa com Kaito em seus braços, e sem dizer uma única palavra, ele começa a correr em direção do Elemento de Fogo.
- Começa logo, Kaito! - Grita Samuel.
- Isso vai doer rapaz. - Os olhos de Kaito começam a brilhar, e a energia de Samuel começa a ser sugada. Aos poucos, o Elemento de Fogo começa a ir até Zack.
Samuel começa a sentir uma dor imensa, mas ele não recua, continua a correr em direção de Zack. O corpo de Zack começa a flutuar, da mesma forma de antes, a luz alaranjada chega até o peito de Zack e entra pelo corte escuro, seus olhos acinzentados começam a brilhar em laranja e seu corpo começa voltar ao estado normal. Zack recobra a consciência, ele cai de joelhos no chão e começa a ofegar.
- Merda! - Zack volta seus olhos para o general, que está desferindo um soco no rosto de Barton, seu olho esquerdo vira uma bola de fogo e seu cabelo se torna pura chamas. – VOCÊ TÁ FUDIDO! - Zack se propulsiona na direção do general e o agarra pelo rosto, e com uma grande chama de seus pés, ele voa para o alto, quebrando todas os tetos acima.
Barton cai no chão, está ofegante, e sangrando muito, mas sua força ainda não sumiu. Ele olha para Samuel, que também está de joelhos, ainda segurando a cabeça de Kaito.
- Você está bem, garoto? - Kaito pergunta para Samuel.
- Já estive melhor. - Diz Samuel, enquanto se levanta. - Vamos voltar pra batalha.
- Como ele tá falando? - Pergunta Barton, apontando para Kaito.
- É uma longa história, garoto. E não é o momento para isso. – Responde Kaito.
- Vamos. - Samuel começa a caminhar até o buraco feito por Zack, mas é interrompido por Kaito.
- Calma, calma. Pega o meu braço ali. - Kaito aponta com os olhos para a caixa de vidro no fundo da sala.
- Barton, pega o braço. Eu vou na frente. - Samuel tira sua faixa do quimono e amarra Kaito em sua cintura. - Se segura. - Samuel se impulsiona com um jato de água e sobe pelo buraco no teto.
- Tá... - Barton começa a ir em direção da caixa de vidro. - Vou pegar essa mão logo. - Barton então vai até a caixa de vidro, e com facilidade, ele quebra a caixa e pega a mão. - Que nojo. - Barton põe a mão em um dos bolsos da calça, e começa a ir em direção do buraco. - Vamos nessa então. - Uma torre de Pedra começa a subir e leva Barton para fora do subterrâneo.
Enquanto Barton subia para a superfície, uma frase aparece em um dos monitores ao lado de onde estava a caixa de vidro. "Um Supremo é os quatro Elementos."
Chegando ao lado de fora da base, uma luta está rolando. César está caindo no ar, em direção de um prédio, Zack aproveita a chance e ataca com sua espada flamejante as costas de César, enquanto Samuel desfere um grande soco envolto de água no rosto do general. Os dois acertam o golpe ao mesmo tempo, mas o general contra-ataca, chutando o estômago de Samuel, e socando a cara de Zack, fazendo os dois voarem para longe e aterrissarem em um prédio cada um.
César pousa em cima do prédio e volta seu olhar para Barton, que está em cima do Pentágono. Barton se prepara para o combate, ele bate seu pé no chão e duas pedras começam a flutuar atrás dele, o general se impulsiona e se lança em direção de Barton, que faz um movimento com as mãos e lança as duas pedras em César. Ele quebra as duas pedras com um soco, porém, sem aviso prévio, Samuel acerta uma voadora nas costelas esquerdas do general.
Barton sobe uma torre de pedra na direção de seu pai, e prepara um soco envolto de pedra, e a cada momento que ele se aproxima de César, seu punho de pedra fica maior. Com uma velocidade inumana, ele acerta o soco de pedra no peito de seu pai, o lançando para o prédio que Zack estava.
- Como vamos matar ele? - Pergunta Samuel.
- Eu não sei, mas continua batendo nele. - Grita Barton.
César aterrissa em um prédio, quebrando um andar inteiro, destroços voam para todos os lados, e vários pedaços de metal e vidro ficam presos em seu corpo.
- Mas que merda! - Diz César, enquanto tira os pedaços de metal e vidro. - Esses pirralhos são irritantes.
Enquanto César tira os pedaços de metal do braço, uma luz forte e alaranjada emana do céu, e um calor absurdo acomete seu corpo. O general então percebe o que está acontecendo, mas já era tarde demais. Do topo do prédio, Zack cria uma enorme bola de fogo, tão grande, que cobre a luz do sol, ele salta com a bola de fogo, gira no ar e joga a bola de fogo no prédio abaixo dele. A força da bola de fogo é tão grande, que explode o prédio inteiro, destroços voam por toda a cidade, atingindo outros prédios em volta, o impacto da explosão é tão forte, que treme o chão inteiro e lança Zack para o alto.
Por conta da explosão, César é jogado para longe, ele cai no meio da rua, com metade de seu corpo pegando fogo e com um osso do braço direito pra fora. Ele agarra o osso de seu braço e recoloca no lugar, o fogo que estava queimando o lado esquerdo de seu corpo começa a dissipar, e é perceptível, o braço esquerdo e a parte esquerda do rosto de César, estão em carne viva, por conta do fogo.
- Por que esses dois estão mais fortes?! - Se Pergunta César. - Eles quase morreram quando... - Antes de terminar a frase, Samuel chega voando e acerta um chute nas costas do general.
A força do chute é tão forte, que César voa em direção de uma casa em frente ao prédio que acabara de explodir, e esperando em frente à casa, Barton está lá, com 5 pedras flutuando atrás dele. Com movimentos de braços rápidos, as 5 pedras voam e batem na cabeça, peito e braços de César, as pedras que batem em seu braço esquerdo causam uma dor imensa, por conta das queimaduras feitas por Zack.
- Mas que merda! - Grita César.
César consegue se segurar, enfiando sua mão para dentro do chão, ele para a metros antes de chegar em Barton, e ainda com a mão no chão, o general arranca um pedaço enorme do chão, jogando Barton para o ar, e com uma força enorme, lança o grande pedaço de chão na direção de seu filho.
Barton nem tem tempo para se esquivar, o enorme pedaço de chão o acerta em cheio, o lançando para longe. Enquanto Barton voa pelo ar, Samuel passa por ele em uma grande velocidade, com uma grande quantidade de água cobrindo seu corpo. A velocidade de Samuel é tão alta, que César não consegue reagir, ele recebe um soco coberto de água tão forte, que cai de costas no chão, Samuel gira no ar e desfere um chute coberto de água no peito de César, e no momento em que o chute ocorre, a água em volta de Samuel estoura, criando pequenas agulhas de água que caem sobre o corpo do general.
César urra de dor, mas ainda permanece com fúria em seus olhos, ele bate com seus braços no chão e os afunda, o chão começa a tremer e começa a criar uma enorme cratera em torno dos dois, as construções que estavam perto começam a serem engolidas pela cratera. Samuel percebe toda a destruição, e se propulsiona para longe do grande buraco, enquanto César se levanta e corre para longe da destruição.
César corre para longe e se esconde em um beco para poder respirar, sua respiração está ofegante e seu braço esquerdo está liberando uma grande dor em seu sistema nervoso.
- Se continuar assim... Arf, Arf... - A ficha de César começa a cair, ele percebe a condição de seu corpo e agora ele sabe. - Se vou morrer, vou levar essa cidade comigo.
Sem aviso prévio, Zack aparece em cima de César, desferindo um ataque com sua lâmina de chamas, o corte acerta o peito de César, cortando sua farda e revelando algo assustador para Zack.
- Que porra é essa?! - Grita Zack, que é acertado em seguida por um soco de César, o fazendo voar para o alto.
Samuel, que estava por perto, segura Zack no ar. - Você está bem? - Pergunta Samuel.
- A gente tá ferrado. - Diz Zack.
- Mas nós estamos indo bem.
- Ele tá cheio de Pedras de Energia.
- Como assim, cheio?
César sobe no topo de um prédio perto dos gêmeos e Samuel consegue ver, no peito do general uma luz verde emana, e é nítido, mais de 30 pedras de energia se encontram em seu peito. César agarra uma das pedras e arranca de seu peito, ele esmaga a pedra com sua própria mão e a luz que emanava daquela pedra, fica muito mais forte. César arremessa a pedra na direção dos gêmeos, que cria uma enorme explosão verde, a força da explosão é tão forte que Zack e Samuel são lançados para o outro lado da cidade.
Zack e Samuel voam tão longe, que aterrissam na areia perto de onde eles aportaram, os corpos dos dois está queimando com uma chama verde de energia, que nem mesmo Zack consegue ser imune.
- Isso queima!! - Grita Zack, que começa a correr em direção ao mar.
- Se acalma. - Samuel lança um jato de água em Zack e depois em si mesmo, e o fogo se apaga.
- O que foi isso?!
- Uma explosão de energia acumulada.
- E ele ainda tem mais 29 pedras pra explodir?
- Me parece que sim.
- E o que a gente faz?
- Não podemos ficar aqui conversando, Barton ainda está lá.
- É verdade! - Zack se assusta. - Vamos de uma vez. - E Zack sai voando com seus fogos do pé.
Samuel se propulsiona com um jato de água e voa atrás de Zack.
Enquanto isso, Barton se vê embaixo de uma pilha de escombros após uma grande explosão verde, com um pouco de dificuldade, ele desfaz as pedras a sua volta e sai do meio dos escombros. Mas a visão que Barton esperava ver, não está lá, onde antes havia prédios e casas, agora há uma grande cratera, cobrindo a área de um quarteirão inteiro.
- Como isso é possível?
- Desta vez, eu não irei errar. - César aparece no fundo da cratera, caminhando em direção a Barton. Seu olhar exala um ar de raiva e seus punhos estão tão fechados, que poderia quebrar seus próprios ossos facilmente.
Sem pensar duas vezes, Barton ergue duas estacas de pedras na frente de seu pai, as estacas vão em direção do peito dele, mas são bloqueadas facilmente, em desespero, ele joga alguns escombros em César, mas é inútil, a explosão afetou Barton, a velocidade de seus ataques estão mais lentos que antes e César consegue defender-se dos ataques facilmente.
César leva sua mão ao peito, e novamente, arranca uma pedra de energia, ele segura a pedra em sua mão, enquanto caminha até Barton, ainda com a mesma expressão. Barton começa a se desesperar, ele começa a lançar todos os escombros à sua volta, mas todos são defendidos pelo general.
- O que eu faço? O que eu faço? - Barton não consegue ver uma saída, o medo de seu pai começa a invadir seu corpo, sem mais forças, ele cai no chão e aceita seu destino.
César para de frente a Barton, o olhando de cima com uma cara de desprezo. Com sua mão direita, ele agarra a cabeça de Barton e o levanta até sua altura.
- Que decepção... - Diz César, olhando nos olhos de Barton. - Você aceitou seu destino tão fácil assim?
- ... - Barton não diz uma palavra, ele fica olhando para seu pai, com medo nos olhos.
O general joga Barton no chão e levanta sua mão esquerda, que está segurando a pedra de energia. - No fim, você não passa de uma criança assustada, com medo de seu próprio pai. - César começa a apertar a pedra em sua mão, mas antes que conseguisse terminar, ele é interrompido por uma pedra pontiaguda, que perfura a pele queimada de sua mão. A dor na queimadura ainda é forte, e por conta disso, ele derruba a pedra de energia.
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