Corte de Middle Aushin - entrada do palácio
Uma extensa carruagem real seguida de vários cavaleiros é aplaudida calorosamente pelo seu povo, é seu rei e rainha que estão de saída.
Dá para se ouvir alguns dos cidadãos desejando sorte ao jovem príncipe Akai, outros o abençoando, não se é notado o mesmo afeto por Akane.
“Minha rainha, se me permite gostaria de falar com você um pouquinho.”
Diz Sakai se aproximando da janela da carruagem real.
“O que me diz Sakai, o que te aflige... percebo que a alguns dias você anda inquieto.”
Sakai olhando para o chão com uma expressão de preocupação alerta Hadassa.
“Hadassa... por favor fique de olho neste homem que acompanha o rei, esse Yami... eu nunca o vi antes... ele é diferente sabe.”
A mulher em expressão de surpresa se indaga.
“Ohh... tem razão eu não me recordo dele também, como ele se tornou um cavaleiro sakura afinal ??... o que aconteceu com o jovem Regulus???”
Rapidamente Sakai se põe a olhar para a carruagem da frente onde quem a conduz é esse cavaleiro chamado Yami.
“Eu também não sei minha rainha... tudo que sei é que este homem esconde algo, você sente também, não sente??”
Olhando para frente através da pequena janela dentro da carruagem a jovem mulher observa de costas o homem de cabelos longos e encaracolados.
“Agora que mencionou... sim... sinto algo diferente nele. Talvez meu gambit possa me ajudar a revelar o que ele esconde de nós!!”
Hadassa então fixa seu olhar em Yami, e com um olhar sério suas veias próximas ao globo ocular ficam mais grossas... seus olhos que eram de uma cor verde clara agora se encontram em um tom de amarelo quase dourado, seus olhos brilham intensamente.
“Gambit - Instinct”
“Hmmfff... ele... eu não consegui ver nada... é como se não houvesse nada... uma criança ??, eu não entendo.”
Preocupado Sakai agarra as rédeas de seu cavalo com mais força chamando a rainha por seu nome.
Logo os guardas em volta junto de Sakai param a carruagem da rainha para acudi-la.
“O que está acontecendo aqui Sakai ??... o que há com ela ??”
Sakai com uma expressão de assustado não sabe ao certo como responder seu rei.
“Ela... eu não sei ao certo Akarus, ela de repente ficou exausta.”
Ao olhar para o lado de Akarus um pouco atrás do mesmo Yami o olha com um olhar frio e sinistro. Sakai se sente sendo observado por um monstro, Sakai fica tenso suando frio.
“Sakai, me ouça recomponha-se agora mesmo é uma ordem do seu rei, você ficara aqui para cuidar do reino em minha ausência, quero que minha esposa fique em repouso também pode fazer isso por mim ??”
Pergunta Akarus com uma expressão séria. Sakai se recompondo diz com voz alta e firme.
“Claro meu rei, irei proteger o reino e sua rainha em sua ausência.”
Pondo sua mão sob o ombro de Sakai Akarus o encara.
“Conto com você, meu amigo... irei deixar com você seis dos doze cavaleiros sakura a fim de proteger o reino em minha ausência.”
Já mais calmo Sakai com sorriso responde seu amigo.
“Não precisa se preocupar, eu não sou a mão do rei atoa.”
Pondo a mão no queixo numa enorme gargalhada Akarus responde.
“Hahahha... fico feliz em ouvir isso meu velho amigo, não tenho dúvidas que o reino estará em boas mãos durante minha viagem até torre dos hashiras.”
Ao fundo o pequeno garoto Kaido corre de encontro ao seu pai.
“Papai você não vem ??”
Pondo a mão atras da cabeça a coçando Sakai responde com pequeno sorriso.
“Seu pai precisa ficar... sem o rei aqui sou eu quem deve proteger o reinado Kaido, um dia você irá entender o peso de ser a mão do rei e a importância que esse título carrega para a nossa família.”
Claramente decepcionado com a resposta Kaido resmunga.
“Sempre a mesma coisa... sempre esse negócio de títulos e deveres.”
Kaido continua andando para frente ignorando seu pai que o tenta alcançar estendendo sua mão, porém sem êxito com uma expressão triste Sakai deixa seu filho ir até a carruagem que o levaria até a torre.
“Não se preocupe meu amado, irei cuidar dele... sei que seus treinamentos irão ajudá-lo a passar por esse teste.”
Diz Kanami vindo da mesma direção que Kaido veio, a fim de entrar na carroça que ele entrou.
“Hmmf... aí é mais difícil ser pai do que proteger um reino inteiro sabia.”
Segurando sua filha Yuna com um braço Kanami dá uma pequena gargalhada, e dá um beijo em seu marido colocando a outra mão em seu peito quase como se afagasse o peito dele se despedindo do mesmo.
Corado Sakai claramente não esperava por esse beijo. Antes que ela entrasse na carruagem ela interrompe os pensamentos avulsos de Sakai dizendo.
“Espero não ser invocada!!”
Se virando para ela, com um largo sorriso.
“Hamnn... sabe muito bem que nunca precisei invocá-la minha rainha.”
Tirando uma mecha do seu cabelo sob seu rosto e pondo o por trás da orelha Kanami retruca.
“Eu sei meu rei, ó grande senhor da estratégia Sakai o invencível!!”
Ela finaliza rindo da própria frase.
Territórios de East Abarum
Um vasto exército se apresenta todos em filas esperando o comando do rei Dragão.
Um homem de aparência mais velha, um pouco fora de forma com uma calda curta e chifres menores se aproxima do imponente rei Catra.
“Meu rei, eu Laikos comandante das tropas me apresento ao senhor, já tracei os portais daqui até os territórios onde abrangem Aabilion. Estamos prontos para marchar!”
Sem se virar para o pequeno homem ao seu lado Catra responde em voz firme e alta para suas tropas ali presente.
“Preparem se homens pois hoje iremos a guerra!!... hoje iremos recuperar aquilo que nos foi tirado a séculos... o direito de continuar vivendo. Me deem seus corações e em troca eu lhes darei a liberdade de poderem ver seus frutos crescerem.”
E em um grito ensurdecedor ele completa.
“ME ENTREGUEM SEUS CORAÇÕES E EU LHES DAREI A VITORIAAAA!!!”
Como em um louvor todos os homens e mulheres draconianos ali presente gritam em fervor, instigados por seu rei ninguém ali tem mais dúvidas em seus corações.
“Tamatsu dê a ordem para Akeno, diga que ela pode avançar na vanguarda.”
O homem então se retira rapidamente dali.
Logo em sequência as tropas começam a andar em direção para um portal que se abre de forma vagarosa, enquanto seu rei os observa de cima da colina que acabara de dar seu discurso.
Alguns metros dali Tamatsu se encontra com Akeno em um pequeno monte com pequenas cruzes enterradas sob o solo.
“Chegou a hora Akeno... você será enviada na vanguarda, você sabe qual é o seu papel agora, não é?”
Se levantado dali deixando um pequeno buque de flores ao lado da singela cruz de madeira ela responde.
“Sim... vingança!!”
Pondo a mão ao lado ainda de costas para Tamatsu uma lança se materializa em sua mão.
“Está na hora de devolver na mesma moeda o que nos foi tirado!”
Em um movimento muito rápido ela se vira para Tamatsu arremessando sua lança para o céu com tanta força e rapidez que ela praticamente some deixando apenas o rastro de vento para trás, logo em seguida Akeno junto de sua lança some aos poucos como se a lança a puxasse ao seu encontro, a última coisa que Tamatsu vê antes que a silhueta toda de Akeno desaparecesse era seu olhar... um olhar de raiva e angústia.
Enquanto isso a comitiva do reino humano parte em direção a torre dos hashiras próximo ao território de Arbun, ao norte sendo mais preciso a torre fica localizada em Assix uma parte do norte, porém não há orcs nesse território, muito provavelmente pela presença dos sábios Hashiras e a torre Babélica como os antigos há chamam.
Na carruagem real, se encontram o rei Akarus acompanhado de seus dois filhos e o novo cavaleiro sakura e aparentemente guarda costas real Yami.
Com cara de tédio Akane chama a atenção de Akarus e logo o questiona.
“Eu não tinha motivo nenhum pra vim fazer esse teste idiota, principalmente agora que a mamãe não vai estar lá por mim!”
Olhando para a pequena garota Akarus suavemente põe sua mão sobre sua cabeça dizendo.
“Hahaha... minha querida eu vou estar lá por vocês, estarei ansioso pelo resultado de suas classes.”
Soltando um leve suspiro Akane cochicha baixinho.
“No fundo você só liga para o resultado do Akai.”
Akai com um olhar analítico a situação próxima a ele diz
“Você pode até não gostar desse tipo de regime de classes Akane, porém é assim que funciona nossas tradições há séculos e quebrá-las agora seria muita irresponsabilidade, principalmente para nós dois que somos filhos reais.”
Ele completa com seu dedo indicador apontado para cima e com um olhar bem sério.
O cavaleiro de cor pálida, olhos gélidos e expressão apática apenas observa aqueles dois pequenos seres conversando entre si, porém algo o chama atenção e ele se pega olhando para o lado como se pressentisse algo vindo da carruagem um pouco atrás deles.
Nessa carruagem se encontra um singelo cocheiro que carrega em seu interior Três passageiros, Kanami, a pequena Yuna e com a cabeça em seu colo seu filho Kaido que está dormindo profundamente, porém sua expressão é anormal... parece ser um pesadelo.
O pequeno garoto se depara com uma porta, uma grande porta negra cheia de adornos com relevos é como se esses adornos mostrassem vários pequenos desenhos do que se aparenta ser seres humanoides, são ao todo sete na porta e acima de cada um deles há um nome, porém Kaido não consegue ler o que está escrito é como se sua visão se enevoasse ao tentar ver melhor o que há ali. De repente Kaido paralisa em medo e ao olhar para o lado ele se vê, porém ele vê a si mesmo de uma forma diferente, o seu outro eu, detém um rosto diabólico, como se fosse um demônio, uma besta salivante que ânsia por uma nova vítima. Imediatamente Kaido acorda desesperado sendo acudido por sua mãe que fica bem assustada com a reação de susto e pavor de Kaido.
“O que houve filho, você está bem??...está suando demais, foi um pesadelo ??”
Kaido botando a mão sob o rosto esbaforido tenta responder à pergunta.
“Eu não sei... hhammf... eu não sei...”
Tentando procurar logica na situação atual Kanami tenta acalmar seu filho dizendo.
“Calma Kaido você apenas deve estar nervoso pois o teste se aproxima, isso é normal não fique tão tenso, deita aqui de novo vou fazer carinho no seu cabelo.”
Kaido ainda hesitante pensando no que acabara de sonhar, sem conseguir procurar uma resposta para aquele pesadelo se põe de volta ao colo de sua mãe tentado assim conseguir conforto e calmaria para seu coração.
Ao longe em uma colina próxima da comitiva humana, uma figura encapuzada acompanha a cavalo o movimento das carroças e carruagem lá na estrada, a pessoa parece observar atentamente a carroça onde se encontra o garoto Kaido, aparentemente assim como o Yami essa pessoa também sentiu algo vindo daquela carroça.
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