Reinos Gélidos de Norfthurn Arbun
Em um trono de gelo se senta um rei, o rei orc como é conhecido.
“Meu pai... meu pai, humanos apareceram no nosso reino... pelo que eu ouvi dos abatedores nossos eles tão a caminho de Assix, eles devem quere faze aquele negócio de classe deles lá sabe, o que faremos?”
A pergunta vem de um jovem orc, de presas bem afiadas e pontiagudas que parecem dificultar bastante a sua fala.
“Não faremos nada, os territórios gélidos de Arbun já são um desafio por si só deixe que entrem em nossos domínios... talvez até mesmo os venatores os matem já que o Norte é a maior região de concentração deles.”
O jovem orc de estatura um pouco mais baixa que o convencional para um orc apenas assenti em concordância e se retira dos aposentos do rei.
Em algum lugar já no domínio de Arbun a comitiva se encontra parada, aparentemente uma das carruagens do começo da fila está com as rodas quebradas por conta de terem sido congeladas pelo frio extremo do local, a alguns trabalhadores já prontificados a arrumarem a tal carruagem enquanto alguns cavaleiros reais os protegem, ao mesmo tempo o rei ordena para que outros trabalhadores reforcem as demais carroças para evitarem futuros empecilhos como o que haverá agora.
O rei demanda várias obrigações a diferentes pessoas que assentem em concordância, o rei então se põe a observar seus súditos trabalhando enquanto fica em alerta junto de seus cavaleiros sakuras caso algo venha a acontecer.
Não demora muito até que ao fundo da comitiva é ouvido gritos, gritos de socorro e alguns de desespero pelo tom.
O rei em estado de alerta já saca sua espada brilhante como o sol com vários adornos em dourado, a grande e famosa espada Excalibur um tesouro passado de geração a geração dentro da família Sakura. Com um movimento rápido de braço, Yami impede Akarus de prosseguir.
“Meu rei fique aqui... não sabemos o que aconteceu lá, não é seguro que você vá... vamos enviar alguns batedores para averiguar com segurança.”
De dentro da carruagem real se houve a voz de Akane.
“Papai o que tá acontecendo?”
Akarus embainha sua espada de volta dizendo.
“Não se preocupe minha pequena é apenas um contratempo, nada mais que isso.”
Akarus com movimento de braço em uma ordem, manda dois dos cavaleiros Sakura que estavam atrás dele para averiguar o que estava acontecendo.
Os dois homens logo montam em seus cavalos brancos e partem para o fundo da caravana afim de encontrar a origem dos gritos. Como os cavalos reais são rápidos não demorou para que os dois chegassem ao fim da comitiva e se deparassem com uma cena de horror.
Duas carruagens se encontram destruídas, uma delas está com o teto todo aberto... como se algo muito forte tivesse arrancado o teto com muita brutalidade a outra está tombada de lado também muito avariada e por todo o chão branco de neve se vê vermelho, chega a ser mais quente o ambiente ao fundo da comitiva de tanto sangue que há ao chão e nos destroços. Há pedaços de cavalos, tripas jogadas no chão, porém não há como discernir se são humanas ou do pobre animal já que ali também á pedaços de humanos mortos, um braço, uma perna e próximo a uma jovem mulher paralisada em terror com as duas mãos na boca uma cabeça caída a sua frente.
Imediatamente após ver essa cena de horror um dos cavaleiros o mais jovem vomita e se põe de joelhos gritando.
“Mais que caralhos é isso, foi um venator ?... não, deve ter sido aqueles animais nojentos dos orcs certeza que foram eles não é... hurgh... hammff... hurghh...”
O jovem tenta parar seu vomito, porém sem sucesso. Já o outro cavaleiro caminha em direção a mulher que se encontra em choque perguntando.
“O que houve aqui minha dama, pode me dizer o que aconteceu com os demais?”
A mulher tenta se recompor, porém ela não consegue seus olhos são grandes sua pupila parece dilatada, é o rosto de alguém que viu algo muito horrível e que provavelmente não vá esquecer tão cedo.
Antes que pudesse tentar fazer mais perguntas sem sucesso para a mulher, ouve-se gritos vindos de dentro da floresta, são gritos agudos que aparentemente vem de uma criança que pede por socorro.
O cavaleiro sem pensar duas vezes corre para dentro da floresta passando por arbustos que cortam um pouco do tecido de sua roupa.
“Eiii... espera não vá para o meio da floresta sem apoio, precisamos de reforços!”
Grita o jovem ainda de joelhos, porém em vão, já não se vê mais o outro cavaleiro que sumiu em meio a escuridão daquele mato. O jovem cavaleiro então se recompõe e monta em seu cavalo afim de voltar para seu rei e avisá-lo sobre o que aconteceu, mais antes que partisse ele se vira para a pobre garota ali no chão ainda em choque, o rapaz ficou com tanto medo que praticamente se esqueceu da mulher.
“Eii... vem logo suba no meu cavalo precisamos sumir daqui antes que o que atacou a comitiva apareça novamente... vem logo vamos!!”
Exclama ele em alerta, porém sem sucesso, ele é ignorado completamente é como se a mente da mulher já não estivesse nesse plano e sim em outro lugar.
O jovem cavaleiro sem pensar muito desce do cavalo agarra a mulher rapidamente a pegando em seu colo a joga de qualquer jeito no cavalo e parte em disparada dali.
Enquanto isso o outro Cavaleiro que adentrou em meio ao matagal chega em uma parte no meio da densa floresta que é descampada apenas com uma grande arvore no centro. Deitada inconsciente está uma pequena menina apoiada ao tronco da arvore, o cavaleiro começa a se aproximar depressa para socorrê-la, porém é interrompido por seus próprios instintos que o fazem recuar para trás em um rápido salto de puro instinto, como se seu corpo agisse antes mesmo de sua mente.
De trás daquela grande arvore de carvalho se revela uma figura sinistra, um monstro enorme, sua cabeça se assemelha a um tentáculo com uma abertura onde ficaria o rosto, nessa abertura há vários pequenos dentes em serra e não se vê o fundo é como se o rosto dela fosse apenas isso uma enorme boca com dentes afiadíssimos... seu corpo é humanoide e bem forte, em sua mão ele possui apenas quatro dedos sendo três dedos e mais um dedão, mas não são dedos comuns são extremamente afiados não há unhas mais sim dedos afiados. Na sua barriga existe uma abertura que não há como enxergar o que existe dentro dela só se vê escuridão, suas pernas são viscosas e seus pés são patas como as de um cavalo a criatura por fim também possui uma longa calda muito afiada semelhante aos seus dedos.
O cavaleiro se encontra paralisado perante tal criatura, é como se ela emanasse uma aura intensa de perigo e horror. Ele se põe de joelhos sussurrando como se não quisesse ser ouvido por mais ninguém ali.
“Um...umm... um venator superior... haha... isso... isso é impos...”
Seu sussurro é interrompido pela ponta da cauda da criatura que atravessa sua cabeça com enorme velocidade. O corpo cai com peso ao chão fofo em neve, imediatamente aquele branco se torna vermelho, a criatura se põe a urrar como se comemorasse mais uma morte, esse urro pareceu ser bem alto com isso alguns mais ao fundo da comitiva conseguiram ouvir aquilo e começaram um alvoroço, todos com muito medo do que estava por vir.
Galopes forte e constantes é escutado vindo dos fundos da comitiva, é o jovem cavaleiro voltando com uma moça atrás uma sobrevivente do ataque.
“Hammfff... mmeu...hammff... meu rei a comitiva foi atacado, foi um massacre, temos duas carruagens totalmente destruídas e muitas perdas.”
Virando se para o jovem cavaleiro o rei Akarus com a mão sobe o cabo de sua espada pergunta.
“Jovem Yard onde está o velho Krane?”
Sem hesitação o Jovem chamado Yard responde.
“Ele ficou para trás, ouvimos gritos vindo de dentro da floresta e ele não quis aguardar por reforços e foi na frente... já eu decidi voltar para avisá-los pois a cena lá atrás é de puro horror... e se não agirmos rápido perderemos mais pessoas.”
Yami toma a frente interrompendo Yard.
“Ele tem razão meu rei... parece que está vindo uma nevasca logo mais, se não agirmos logo para conter essa ameaça poderemos ficar preso aqui mais tempo do que o necessário.”
Pondo a mão em sua barba Akarus analisa as possibilidades onde eles se encontram.
Hmm que estranho esse ataque assim do nada, Yami tem razão tenho que tomar uma decisão rápido ou se não perderemos mais pessoas, será que são os orcs... não é possível que eles seriam tolos o suficiente de atacar minha comitiva sabendo que eu estou nela.
“Pois bem!!”
Grita Akarus em um tom de voz firme e alta.
“Quero três dos cavaleiros Sakuras aqui presente para conter a ameaça, Yard você fica aqui comigo para proteger a comitiva real.”
Dos cinco cavaleiros Sakura ali presente três deles tomam a frente perante seu rei.
“Ótimo, Kain filho de Krane... Yotsuchi mestre da natureza e Lyard a muralha, vocês serão encarregados de conter a situação nesta excursão, me tragam a cabeça da criatura!!”
Sacando sua espada e a fincando ao chão coberto de neve Akarus termina de dar suas ordens dizendo.
“E lembrem se homens eu não aceito baixas... voltem vivos e me falem de seus feitos, para que sejam eternamente lembrados e honrados em canções futuras.”
Em um uníssono os três cavaleiros ali presentes gritam.
“SIM REI SUPREMO!!!”
Os cavaleiros montando em seus cavalos partem rapidamente para o local do incidente a galopes constantes, eles chegam ao local onde foi descrito por Yard, todos eles descem de seus cavalos os amarrando em arvores ali próximas.
Yotsuchi um homem de longos cabelos lisos de cor esverdeada toma a frente analisando a situação do local.
“Isso aqui está uma bagunça... é obra de uma criatura bem grande ao que me parece.”
O outro homem mais jovem que Yotsuchi, chamado Kain porta a grandiosa armadura dos cavaleiros reais Sakura, uma armadura de um prateado quase branco com adornos em dourado assim como a dos outros cavaleiros ali presentes, porém entre eles existem algumas diferenças no aspecto geral de suas armaduras.
“Você tem razão isso aqui está péssimo... onde será que o meu velho se meteu, Yard disse que ele se embrenhou para dentro da floresta vamos pra lá agora?”
Pergunta o jovem de cabelos espetados e negros chamado Kain.
Antes que alguém ali presente pudesse responder à pergunta de Kain, eles são interrompidos por barulhos mórbidos, sons de uma criatura se alimentando.
Kain sem dizer nada parte em direção ao barulho, sendo seguido pelos outros dois cavaleiros, em direção aos ruídos vindos de dentro da floresta.
Gambit – Vanish
Diz Kain ao sumir da frente dos outros dois cavaleiros para logo em seguida reaparecer diante a grande arvore de carvalho, não demora muito os outros dois conseguem chegar até ele se deparando com a mesma visão de horror que Kain vê.
É seu pai sendo devorado aos poucos por uma criatura incompreensível aos olhos, a criatura nem percebe eles ali, ela está ocupada demais se deleitando de parte da cabeça do homem, suas mordidas fazem muito barulho, pedaço de carne cai ao chão assim que ele arranca a cabeça do resto do corpo.
“SEU DESGRAÇADOOO!!”
Em um grito de desespero, Kain usa seu gambit de teleporte se aproximando da criatura afim de desferir um corte rápido em sua cabeça, porém é impedido pela cauda do bicho que o arremessa com toda a força contra uma arvore.
“UUrggghh...cooff...hhamff”
De joelhos ele cai cuspindo muito sangue provavelmente Kain se encontra com muitas fraturas. O venator que agora já tem ciência da presença dos intrusos ao seu ambiente de alimentação não pode mais ignorá-los, sendo assim ele parte com muita velocidade para cima de Kain, antes que a criatura pudesse atravessar Kain ao meio o bicho é impedido por Lyard.
Gambit – Steel Skin
O homem conhecido como Lyard a muralha, sua pele agora tomam um tom cinza bem brilhante, a criatura não consegue atravessar seus braços cruzados em um x, protegendo seu companheiro do ataque. Surpreso com isso a criatura pula para trás como um animal que prepara para um novo bote.
O outro cavaleiro chamado Yotsuchi logo usa sua habilidade também.
Gambit – Green Piece
Do chão começa a se formar um monte de terra que se levanta, se moldando em um formato humanoide que logo toma forma e cor do cavaleiro Yotsuchi. Gritando para a cópia que acabara de sair do chão, ele delega ao seu clone ordens.
“Vá para a delegação e informe ao rei tudo que está acontecendo aqui imediatamente!”
Sem falar nada seu clone apenas assenti com a cabeça e começa a correr em alta velocidade de volta a comitiva real.
Lyard mesmo sendo um homem muito grande e forte ele também consegue ser bem rápido ao tentar uma investida contra a criatura a sua frente, ele consegue desferir um grande soco do que poderia se dizer o abdômen do venator.
Porém mesmo que o soco seja tão potente que poderia rasgar uma rocha ao meio, esse mesmo soco não surte efeito nenhum nele.
A criatura olha para baixando tomando ciência de lyard e com um movimento bem rápido de sua calda ela o arremessa para muito longe, o tirando de perto dele e da arvore onde se encontra uma menina.
Kain mesmo sofrendo os danos do último golpe do venator ele percebe um comportamento estranho vindo da criatura.
“Eii Yotsuchi... uuggf... a criatura está...argff... por algum motivo ele está protegendo a garota para que não cheguemos perto dela...”
Yotsuchi ouvi com muita atenção o que seu companheiro diz e toma um tempo para analisar a situação em que eles se encontram.
Essa criatura é de fato diferente de qualquer outro venator que já enfrentamos, o próprio soco de Lyard não causou nenhum dano a ele... normalmente um soco de Lyard seria capaz de destruir qualquer forma de defesa de seu inimigo... e... porque ele está protegendo a garota de nós... ele matou qualquer um que se aproximasse dele menos a garota... talvez ele seja uma criatura com algum tipo de consciência e está brincando com a garota para usá-la de refeição mais tarde...
Perdido em seus próprios pensamentos Yotsuchi mal nota que a criatura já estava acima dele pronta para desferir um grande soco nele.
Kain usando seu Gambit consegue chegar próximo da criatura a tempo suficiente de desferir um chute que faz com que ela seja arremessada contra uma das várias arvores ali.
“Yotsuchi... acorde... não estamos com tempo para ficar analisando nosso inimigo...arrggff...”
Kain completa sua frase cuspindo muito sangue, provavelmente ele já deve ter quebrado quase todas suas constelas a esse ponto.
“Me perdoe caro Kain... tens toda razão, peço que fique atrás de mim... eu irei protegê-lo"
Gambit – Green Piece
Em um grande grito Yotsuchi ativa seu Gambit fazendo com que de trás dele saia três clones de terra iguais a ele... ao mesmo tempo de baixo de seu pé o chão começa a se rasgar mostrando enormes e grossas vinhas que saem do chão e vão direto para o venator que já havia se recuperado do ataque de Kain.
As vinhas o agarram imobilizando a criatura... rapidamente os três clones de Yotsuchi partem para desferir ataques contra o venator, os braços dos clones transformam-se em afiadas lâminas de terra.
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