- F-foi mal Luana. -
- Hm?...Oh! Que bom, você trouxe amigos, ainda bem. Imagina você carregar tudo isso sozinha? Você poderia derrubar tudo e ai seria o fim de tudo. -
- P-poisé... Hehe... -
- Prazer amigos da America, eu sou Luana. -
- Oi. - - Yo. - - Eai. -
Os preparativos finais foram feitos, tudo pronto. A peça ira começar, sente-se nos melhores lugares e acompanhem essa peça teatral escrita por ninguém mais, ninguém menos que... America!
Os quatro assistem juntos a peça toda...
No palco, Luana interpreta uma personagem da peça, ela está vestida de noiva e seu rosto está com uma base que deixa-a pálida. Ela também usa um batom rosa, e uma tiara de flores murchas...
- E fim... - Diz Luana.
A sala é tomada por aplausos vibrantes!
Poooowww!!! Ás luzes da sala e do corredor são apagadas junto deu um estrondo.
- Aaahhh! -
America, que estava sentada ao lado de Magnus, segura-se no braço dele com susto.
- Isso também fazia parte da peça, America? - Falou Magnus.
- N-não.. -
- Ficou escuro do nada... - Diz Rion.
- Faltou luz, e pra você faz alguma diferença Rion? Você já não enxerga? - Falou Yukihira.
- Idiota... Eu enxergo sim. -
- Galera! Olhem lá fora! - Disse Luana encostada na janela da sala.
- O q-que?! -
A maioria das pessoas que estavam sentadas se levantam e vão para a janela curiosos!
- Não faltou luz só aqui na escola.. Acho que todo o bairro tá sem luz.. Ou talvez, toda a cidade. - Falou Luana.
As pessoas começam a falar e falar.. Cada vez mais alto e meio alterados.. Logo toda a sala fica consumida por conversas e conversas.. America ainda está sentada na cadeira, tapando seus ouvidos com as mãos e mantendo seus olhos fechados encolhida perto de Magnus, ela parece não se sentir bem dianta tanto barulho..
A porta da sala se abre de repente!
- Tudo bem por aqui? -
- Ah! Professor Luigi. -
- Sim. -
- Prof. Você sabe por que faltou luz? - Perguntou Luana.
- Bom, não exatamente, só sei que toda a cidade está sem luz. -
- Nossa, toda a cidade... - Falou Yukihira.
- Bom , vamos indo, é para todos se dirigirem ao primeiro andar, que já vão ligar o gerador. -
- Ok. - Diz Luana enquanto já se encaminha pra sair pela porta.
Os alunos começam a sair, um por um, nem tão rápido, nem tão devagar.
- Vocês vão ficar? - Falou Luigi direcionado a Magnus, Rion, Yukihira e America que continuava encolhida.
- A-ah, Não. Já vamos, sim. - Disse Magnus.
- .. Ei, America... Tá tudo bem?.. -
Ela começa a voltar ao normal lentamente..
- D-desculpa Magnus.. E-eu não queria.. Só q-que.. Eu levei um susto. -
- C-certo. Tá tudo bem, vamos indo agora, eles vão ligar o gerador lá embaixo. -
- T-tá. -
Então ele descem e chegam ao primeiro andar. Há muitos alunos que fica difícil se locomover por ali.
- Tudo bem Magnus? -
- Ah, sim Rion. Só tô, sentindo um mal estar.. Eu acho. -
- Hm. -
- Certo! Certo! Se alguém estiver com medo ou espantado peço que se acalmem, a maioria de vocês já não é mais criança para terem medo do escuro, mas bem, eu irei ligar os geradores agora. -
O professor liga os geradores.. Pim! A luz voltou! É um alívio para alguns.
- Arghzzz! -
- Que porcaria é essa Magnus? - Disse Rion.
Paaam! E a luz se apagou novamente.
- Ei, ei, porque ficou escuro de novo? - Falou Yukihira.
- Eu senti um calafrio. -
- Hm, tipo, aqueles que você sente quando acorda? - Diz Rion.
- Sim. Só que... É um pouco diferente, a sensação. Não sei explicar, mas, é igual e não é ao mesmo tempo... Parece mais.. assustador.. sei lá.. -
- Buguei. - Falou Rion.
- S-será que... Tem uma assombração aqui? - Diz Yukihira.
- C-como assim Yukihira? -
- Ué, n-não foi você que disse que o seu calafrio é uma assombração? -
- E-era só uma brincadei- Aaahh!
Algo se segura no braço de Magnus!
- D-d-desculpa Magnus... N-não queria te assustar. -
- Ah.. America, podia só avisar antes né. -
- Prhrhaahhaha! - Gargalha Yukihira.
- Não tem graça Yukihira. -
- Ei, o que vocês acham que aconteceu com o gerador?.. - Diz Rion.
- Bom... -
- Droga de gerador?! Porque não funciona?! Você só tem que funcionar nessas horas! Se você não funciona, não serve de nada! - O professor parece um pouco irritado.
- Eu não acho que o gerador só "não funcionou". - Fala Rion.
- O que quer dizer. - Diz Yukihira.
- E se... for mesmo uma assombração?.. Pensa comigo. O Magnus sente esses calafrios aí, pelo que parece, o que ele sentiu agora é diferente, então podemos presumir que o espírito bonzinho está no quarto do Magnus, e a assombração aqui... -
- Você bebeu Rion? - Disse Yukihira.
- Mas não é? Não faz sentido? -
- Não Rion. - Falou Magnus.
- É-é, ele só é idiota, é por isso que ele sente uns calafrios, sintoma de idiota.. hehe... *um pouco assutada*. - Yukihira.
- Ei, também não precisa ofender assim né. Bruxa. -
- Q-que?! Como é?! -
- T-tá já deu vcs dois, olha a America aí no meio, ela tá realmente com medo. -
- ... Ah, n-não se preocupa America. - Disse Magnus.
- É-é, o Magnus é doidinho. -
- Qual foi, pô. >pensa> Denovo... Esse calafrio.. -
No segundo andar.
- O que você faz aqui? Sua aberração. -
O lugar está muito escuro para ver algo claramente, mas pode dizer-se que tem um homem alto e... Algo que não é humano.
- Desapareça! -
- Grruuaaarrr!!!
Uma semana depois.
A cidade já voltou a brilhar a noite novamente. O motivo do blecaute ainda não foi anunciado ou mesmo descobriram o motivo. Magnus, Rion, Yukihira e America seguem bem!
[Sala de aula]
Magnus, Rion e Yukihira estão com as mesas bastante próximas umas das outras, o sinal acabou de bater e o próximo professor ainda não chegou.
- Oh, vocês viram o que aconteceu na sorveteria Flakes? - Diz Magnus.
- Ah, sim. Que loucura. - Falou Yukihira.
- Não é.. - Disse Magnus.
- O QUE ACONTECEU NA SORVETERIA?! Falem logo! - Falou Rion meio alterado.
- Hã.. Você não viu Rion? - Disse Magnus.
- Não, então me falem logo, o que foi que aconteceu? -
- Sério que tu não viu?.. - Falou Yukihira.
- Já disse que não, falem logo.. -
- Bem... As paredes em volta simplesmente sumiram. Puf! O dono disse que não sabe o que aconteceu, ontem ele foi pra casa no final do dia, e quando chegou lá hoje, nada... As paredes tinham sumido! - Diz Yukihira.
- O-o que... Como isso é possível??... -
- Não é, faz nem sentido. - Disse Magnus.
- Uma loucura total. - Falou Yukihira.
- Boa tarde turma! Nos seus lugares agora. -
[Mais tarde, última aula]
Magnus está com uma folha na sua mesa, e a única pergunta que tem na folha, está em branco.
- Hmm... "O que eu quero ser?..." ... É... -
Rion já preencheu a folha e entregou ao professor, assim como Yukihira.
Na rua, caminhando após o final da aula estão os 3 amigos.
- Ei, o que vocês colocaram na folha? -
- Tu diz a do ''o que eu quero ser?''... ? -
- Isso. -
- Bem, eu botei que queria ser um fotógrafo! Eu acho muito maneiro, um dia espero poder tirar as fotos mais lindas do mundo! -
- Parece daora... E você Yukihira? -
- Uma lutadora de boxe! -
- Wow!... Isso que há 5 anos atrás você odiava boxe. - Diz Magnus.
- Bem, é claro. Eu era horrível e sempre perdia, apesar de que perder as vezes faz bem, eu perdia sempre! Não tinha graça alguma! Mas agora eu já cheguei a 100 vitórias, então venho pensando em me profissionalizar em boxe. -
- Você enfrentou 100 crianças Yukihira? Que monstro... -
- O que quer dizer com isso Rion?! -
- Brincadeirinha... -
- Hunf!.. Ah, e você Magnus, o que tu colocou?... -
- Hm... Eu deixei em branco... Não consegui pensar em nada que eu quero.. -
Yukihira e Rion ficam em silêncio.
[Mais tarde na casa de Magnus, 23:47]
Magnus está deitado em sua cama, de casal, com lençois pretos, assim como os travesseiros, mas o cobertor, grosso e quente, muito bom para se proteger do frio, é vermelho vinho. Destapado e olhando para o teto sem pensar em nada importante.
- Aahh.. Que sono.. *boceja*.. -
*barulho de plástico*
- O-o que foi isso?... Veio de baixo da cama... -
*barulho de plástico*
- *Começa a suar um pouco*... Aahh... !*%!!ko... - *Magnus sentiu um calafrio*
- *Sua respiração fica cada vez mais pesada... pesada... pesada* T-tudo bem.. Deve ser só o gato da vizinha denovo... Mas como ele entrou aqui?... - *Magnus olha em baixo da cama!*
- Seu gato bobinh- O QUE É ISSO!!! *calafrio!!* -
Com o susto, Magnus acaba caindo da cama e batendo no chão, agora sente uma leve dor.
Algo sai de baixo da cama, não é grande, é bem menor que Magnus na verdade.
- Você é um gato?! N-não, tem algo errado.. Você parece um gato, mas... Não! Aahh, que droga é essa? -
- Hm. Você finalmente pode me ver? Que bom! Não aguentava mais... Era tão solitário.. -
- Ai, minha cabeça... V-você falou?! E-espera, como? Você nem mesmo mexeu a boca.. Então.. Mais importante! Não tem como você ter falado primeiramente... S-será que eu passei do limite do energético?... -
- Ah, não. Eu falei mesmo, mas foi telepatia. Então não preciso mexer a boca, na verdade eu nem consigo falar com a boca. -
- Minha cabeça.. Arg!... O q-que você disse?.. Não acredito.. Eu tô ficando louco..? -
- Magnus! Que gritaria é essa aí no quarto!! Fale mais baixo!! -
- Desculpa mãe!! Eu tô falando com o Rion pelo celular!! Vou falar mais baixo!! >pensa> Eu não posso dizer que eu tô louco, pelo menos não ainda. -
- Ah.. Eu consigo ouvir seus pensamentos sabe... Eu já disse, você não tá lelé da cuca. -
- Minha cabeça dói toda vez que você fala, pode ficar quieto... -
- É quieta! E ainda não, tenho que falar algumas coisas com você. -
- Argh.. Cala a boca.. Só some.. Acho melhor eu parar com os energéticos.. -
- Olha, eu sou o motivo dos seus calafrio! Isso mesmo! Eu! Eu não sei o que eu sou exatamente ainda, mas sei que sou uma criatura sobrenatural, pelo menos no seu senso comum. -
- Argh... Desaparece.. Desaparece.. -
- Ei.. Já sei! Se você me escutar, vou sumir rapidinho! -
- Arg... Sério?... -
- Sério >pensa> Brincadeirinha... Não é como se eu pudesse sumir agora que você me enxerga. -
- Como assim "brincadeirinha"..? -
- Ah, esqueci que ele também pode ler os meus pensamentos... -
- Arg.. F-fala logo! Isso me incomoda muito, então fala tudo de uma vez logo! -
[Eles conversam por telepatia]
- Bom, deixa eu deixar beeeem claro. Eu existo de verdade, não é só porque isso é fora do seu senso comum que eu não existo sabe, você não conheci tudo que tem no mundo. -
- Claro, claro... -
- Ei! É sério! -
Essa é uma figura interessante, ela lembra em muito um gato, mas tem suas pecularidades também. Ela é do tamanho de um gato adulto, entre 23-25cm de altura se estiver de duas patas. Sua pelagem é escura como a noite, e seus olhos são de um roxo escuro e forte. Além de possuir uma meia lua no meio de sua testa, como um tipo de desenho, e também há um tipo de névoa negra em sua volta, e algumas parecem sair do seu próprio corpo, inclusive o rabo parece uma fumaça negra em constante movimento. Magnus, que acha vir de sua imaginação, se pergunta de onde ele tirou essa imagem, de um jogo? desenho? Ou ele criou ele mesmo junto de várias fusões de seres dentro da sua imaginação. Quem sabe.
- Aham! Magnus, é o seu nome certo. -
- Isso. -
- Bem... Eu me chamo... Eu... Não sei. Ainda tem muitas coisas que eu não sei sobre mim... Talvez por eu ter nascido a poucos anos?.... Foi mal, eu não sei muito sobre mim. -
- Tudo bem, daqui a pouco tu some mesmo. -
- Qual é? Ainda não desistiu disso? -
- Nop. -
- *bufa* Certo, o que eu sei é que, no seu conhecimento, eu seria uma criatura sobrenatural, e existem muitos iguais a mim, quero dizer, não em aparência, mais como uma especie de raça, sabe? -
- Não é possível... Aah... Eu tô começando a acreditar em você... -
- Sério?!! -
- Sim, afinal, não acho que minha mente teria essa capacidade de criatividade enorme, então... Talvez você seja real. Que doidera. -
- É, eu sou. Continuando, os seus calafrios eram causados por mim, quero dizer, não era de propósito sabe, é que mesmo você não tendo a habilidade natural de enxergar com os olhos seres como eu, seu corpo e alma respondiam a minha presença através do calafrio. -
- Minha mente não tem a capacidade de criar isso <pensa< Certo.. E porque agora eu te enxergo?... -
- É simples, tempo. Quando alguém que não pode enxergar "tudo", passa a conviver com um ser como eu, sem saber, acaba se misturando com a energia natural, e depois de um tempo, ela adquiri a habilidade de não só sentir, mas enxergar plenamente com os olhos criaturas iguais a mim. -
- Caraca.. Que viajem... Então, s-sou só eu? Ou minha mãe também? -
- Ótima pergunta! Bom, daqui a um tempo sua mãe também vai me enxergar. -
- Porque.. Daqui a um tempo? -
- Bem, nas 98% das vezes eu fico no seu quarto, então... Já que ela não costuma vir aqui, mal sente um calafrio. Mas é por outro modo que ela vai ser capaz de me enxergar. -
- O-outro modo?... -
O relógio já marcava 00:36
- Isso, através do modo primordio e secundário! E, até o terciário... Mas só os dois primeiros já basta. -
- O q-que exatamente é isso... -
A cabeça de Magnus está fritando de tanta informação.
- J-já vou explicar. Assim, você, Magnus Quirck, é o que pode se chamar de primordio, a fonte da energia natural, já que você é quem está entrando em contato direto comigo. Assim, tem 100% de chances de você passar essa habilidade para as pessoas mais próximas a você, mas elas levaram um pouco mais de tempo para ganhar essa habilidade, diferente de você. -
- Então quer d-dizer!! -
- Sua mãe, Rion e Yukihira... Possivelmente terão essa habilidade em breve! -
- E-eles também?! E espera, como você sabe o nome deles?! -
- Se você passa o tempo todo com eles na escola, sim. E, você esqueceu que eu moro no seu quarto? Você faz call com eles quase todo dia, óbvio que eu sei. -
- Aahh.. Entendi.. Isso é um problema então... -
- Talvez. -
- E, como você sabe de tudo isso mas não sabe o seu próprio nome? -
Já são 01:00 da manhã.
- B-bem, eu não nasci de alguém, como os humanos nascem, então eu não tenho um nome exato. E o que eu sei é da minha vivência, teoricamente eu tenho 5 anos, mas se eu fosse humana, teria uns 15 anos eu acho. -
- Tudo isso?! É só um ano mais nova que eu. -
- Sim, sim. Mas eu tenho cinco anos na verdade. -
- Hm.. Bom, isso é real, tenho certeza, mesmo sendo uma loucura total. Minha cabeça não é assim tão fantástica. Certo, eu.. Posso te dar um nome, tipo, ficar chamando você de "você" sempre seria meio ruim. -
- Claro. Mas isso significaria nós tornarmos um. -
- Aa-ah-ah.. -
- Não pense besteira! Meu deus! Eu quis dizer que eu viraria você e você viraria eu, seria como uma mesma existência, mas dois corpos e almas. É meio complicado isso, nem eu entendo completamente, talvez alguém saiba, mas enfim, nos firmaríamos um contrato de fusão.. Era fusão a palavra?... Era, era.. -
- Como assim? Era?.. -
- Bem, eu ouvi uns caras que tinham criaturas iguais a mim com eles, explicando para um garoto mais ou menos da sua idade, isso foi á três anos humanos, então não lembro bem.. Enfim! A gente se fundiria e, se um morresse, o outro morreria também, também não poderíamos ficar muito tempo longe um do outro.. E coisas assim.. -
Continua...
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