Alguns dias depois.
- Estou morto! - Desmond resmunga e se joga sobre a cama.
- Algum problema ? - Nanber o questiona.
- Aqueles velhos não paravam de falar. - ele esfrega os olhos e suspira.
- Eles estão animados em trabalhar com sua nova Rainha. É normal. - ela fala ao se aproximar da cama.
- Nunca pensei que organizar um festival seria tão difícil, mas até que é um pouco divertido.
- Que bom que pense assim. - Nanber fala com um sorrisinho de satisfação em seu rosto.
- Por que está sorrindo ?
- Só estou feliz de que esteja se familiarizando com os costumes do país. Está se tornando uma ótima Rainha!
- Nanber, minha querida, eu não sou tão bom assim. Só estou fazendo isso para benefício próprio. - Desmond lhe dá um sorrisinho astuto.
- Não é o que eu penso... - a moça desvia seu olhar para o chão, se sentindo um pouco envergonhada.
- Logo vai acabar concordando comigo. - ele força um sorriso. Não queria fazê-la criar expectativas, acabaria decepcionada também.
- Entre. - Ambrose fala ao ouvir batidas na porta de seu escritório.
- Willbur está na sala de estar, senhor. - o jovem fala ao abrir a porta.
- Certo, estou indo. - ele se levanta e segue em direção a sala, onde o alfa o esperava.
- Senhor... - o lobo se levanta ao notar a presença de Ambrose e se curva.
- Willbur. - ele acena com a cabeça e indica o sofá com a mão, em seguida se senta em uma cadeira a sua frente.
- Eu ouvi alguns membros do conselho comentarem sobre o que aconteceu na noite do jantar. Estou profundamente abalado, meu senhor. Não imaginava que algo assim poderia lhe acontecer, mas estou aliviado de que está bem!
- Agradeço sua preocupação, mas não o chamei para falar sobre isso.
- Então pensou sobre o que lhe falei ? - o lobo o questiona animado, esperando ter conseguido convencê-lo.
- Willbur, ainda estou avaliando a situação. Sobre o que eu realmente quero falar, é sobre o dia do meu casamento.
- Claro, claro! - ele o encara parecendo confuso, mas balança a cabeça concordando.
- Minha esposa recebeu um presente desagradavel, para dizer o mínimo, e depois de uma breve investigação, um dos guardas do palácio reconheceu seu empregado como o responsável por isso. - Ambrose cruza sua perna e o encara, esperando ansioso por sua reação.
- Meu senhor, isso é... - ele fala surpreendido.
- Como gostaria de proceder, Willbur ? Sabe que atentar contra a vida de um Brenhin é um crime punível com a morte.
- Eu juro que não tive nada a ver com isso. Nunca atentaria contra a sua vida! - o lobo junta as palmas de suas mãos, como se estivesse implorando para que Ambrose acreditasse em suas palavras.
- Me traga o responsável por isso. - Ambrose se levanta e se aproxima do lobo, que está acuado em seu assento.
- Espero que não esteja por trás disso, Willbur. Mas se estiver, terei o prazer de cortar sua cabeça. - ele se inclina para frente e murmura, em seguida se afasta, indo em direção a saída.
- Você tem um dia. - Ambrose fala ao cruzar o arco, deixando o alfa sozinho e apreensivo.
03:00 horas da noite.
Ambrose se levanta da cama de repente, se sentindo inquieto e ansioso.
- Ambrose ? - Ceolli sussurra sonolenta ao notar sua ausência.
- Volte a dormir. Estou bem. - ele acaricia seu rosto rapidamente e logo depois caminha até uma das janelas do quarto, de onde é possível observar o céu, que naquela noite estava iluminada pela luz da lua cheia.
- Seus olhos... - o lobo sussurra inconscientemente, mas rapidamente afasta aquele pensamento e decide sair. Ele caminha até a cozinha do palácio, que naquele horário deveria estar vazia, mas ao entrar no cômodo encontra Desmond próximo a janela, agarrado a uma garrafa de vinho.
- Se queria beber, deveria ter pedido para Nanber. - Ambrose fala enquanto se aproxima.
- Ela está dormindo. - ele responde rapidamente.
- E você ? Não deveria pedir serviço de quarto também ?
- Todos estão dormindo. Os únicos idiotas acordados a essa hora somos nós.
- Então quer beber comigo ? - Desmond lhe mostra a garrafa, que ainda está pela metade.
- Claro. - Ambrose sorri e vai em busca de taças, ao encontrá-las ele serve um pouco do líquido para ambos e se junta a Desmond, também admirando a vista da janela.
- Você está bem ? - o Rei o questiona, rompendo o silêncio.
- Sim, estou. E você ?
- Cansado, mas bem! - ele suspira e bebe um gole.
- Você é um lobo ocupado, majestade. - Desmond ri.
- Encontrei com Willbur mais cedo. - Ambrose fala em um tom sério, mudando de assunto.
- E então ? - ele o encara ansioso.
- Willbur vai entregá-lo. Lhe dei um dia para isso.
- Como tem tanta certeza de que ele vai fazer isso ?
- Se não o fizer, será acusado de traição e perderá sua cabeça. - Ambrose sorri, com um olhar malicioso. Adoraria vê-lo cair.
- Obrigado por resolver isso tão rápido... - Desmond murmura e desvia seu olhar para a taça. Ninguém nunca se preocupou ou cuidou dele como Ambrose faz.
- Você é minha Rainha, é meu dever mantê-lo seguro. - o lobo ergue sua mão e toca o rosto de Desmond com cuidado, acariciando sua bochecha com o polegar.
- Me dê um voto de confiança, Desmond. Não é minha intenção fazê-lo infeliz. - ele murmura enquanto seu polegar desliza até seus lábios, que diferente de sua pele pálida, têm um tom rosado, que deixaria qualquer homem tentado.
- Então fique ao meu lado, Ambrose. Não podemos fazer isso sozinhos!
- Eu estarei, eu prometo!
- Obrigado... - Desmond segura seu pulso e seus dedos deslizam em direção a palma de sua mão, a acariciando. Ele fecha seus olhos e suspira, movendo seu rosto devagar, como um gato que se esfrega em seu dono em busca de atenção.
- Macio. - ele sussurra e sua pele pálida ganha um tom rosado. Ambrose o observa surpreendido e não consegue se mover, Desmond parecia tão dócil e adorável que o deixava louco.
- Ambrose... - Desmond abre seus olhos e o encara com um olhar doce, mas cheio de luxúria, que leva o lobo ao seu limite no mesmo instante. Ambrose larga sua taça, que se estilhaça ao cair no chão, ele o pega em seu colo, o põe sobre a mesa e seu rosto avança em direção ao seu pescoço, que cheira malditamente bem, deixando sua mente turva.
- Ah! - Desmond geme ao sentir seu hálito quente e seu corpo se contorce de prazer, ansioso para ser tocado.
- Por que cheira tão bem... ? - Ambrose murmura e o encara confuso, nunca havia sentido um cheiro tão intenso antes. Sua boca saliva e seu pau lateja, loucos para sentirem mais daquela doce essência.
- Me toque mais... - ele murmura com um sorriso astuto.
- O que quiser, minha Rainha...
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