Após a notícia da batalha perdida de um dos súditos das criaturas distantes, uma das criaturas de um chapéu longo e curvado e com uma camada de gosma que agia como uma roupa protetora estava sentada, com os olhos fechados.
Meishugo entra na tenda dela, inspecionando os movimentos dela os quais não existiam. - "Está tudo correto?"
- "Incorreto." - Ela dizia com a expressão de raiva.
- "E-Eu sei que nós tivemos uma derrota, mas... ainda estamos tentando focar em pegar as peças."
- "Se apressem. Não temos tempo algum para perder." - A mágica criatura diz, canalizando seus poderes em algo mais importante para si.
Os viajantes de Melrein, estavam em um calabouço cheio de vinhas e musgos.
- "Sowlp, urgh, tu consegue acreditar nisso?" - Mariza olha pra ele, entediada.
- "O-O quê?" - A mariposa troca o olhar.
- "Estamos aqui por um tempo e só tinha um esqueleto até agora, aposto que ela nos enganou, aquela--"
- "BIBLIOTECA!" - Sowlp grita, com seus pequenos pés indo até o final do corredor, com duas estantes numa pequena sala abandonada.
- "..." - A abelha revira os olhos. - "Melhor que nada."
Sowlp estava rapidamente conferindo os livros da fileira que conseguia alcançar. - "Mari, me ajuda pra subir?"
- "Tá bom, mas fique quieto."
O mago acena com sua cabeça, sendo carregado pela mercenária.
- "...hmm... 'Notas dos Universos'... 'Terreno dos Sonhos'... e-espera, aquele alí." - Mariza carrega-o onde ele estava apontando. - "É a edição 4 de 'Dois Caminhos' do Rune Jaybee!!"
- "E quão raro é isso?"
- "Muito! Essa edição foi perdida pelos leitores, ninguém sabe como que a história realmente era pelo meio dela!"
- "Oh, vamos ficar ricos!"
- "Mas não é justo vender esse tipo de informação Mariza!"
- "Sowlp, pense no quanto vamos lucrar!"
- "Ei!" - Sowlp pega na quarta edição e guarda-o. - "Pode descer, okay?"
- "Só se você concordar comigo."
- "Mariza, não temos tempo pra i-isso!"
Sowlp se debate pra se soltar e os seus pequenos pés chutam um livro que faz um barulho de ativação.
A mariposa olha para baixo, vendo um buraco no chão. - "O-Oh droga! Mariza!"
- "O quê?!" - Ela sente uma flecha cortando seu braço, por instinto soltando Sowlp e deixando-o cair.
- "M-Mariza!--" - Ele cai de costas na terra. - "A-Aah..."
- "Sowlp... e-eu vou tentar encontrar uma forma de te tirar daí." - Mariza, com o braço esquerdo machucado, tenta procurar um outro corredor para encontrar uma solução.
- "Ela realmente me deixou aqui?" - A mariposa reflete, vendo um outro livro cair. - "Uh... 'Constelações'...? Pode ser útil eu acho..."
O conjurador, bebe uma de suas poções e vê um altar com botões e pontos brancos num fundo roxo.
- "Pontos... huh? Que coincidência ter pontos com um livro sobre estrelas..."
A abelha, silenciosamente se locomovendo pelos corredores, se encontra com um baú. Olhando para os lados e usando sua adaga para desbloqueá-la.
- "E... Pronto, o que temos afinal?" - O conteúdo tinha um bumerangue com lâminas. - "Dá pra vender."
Ao guardar, ela vê um baú atrás. - "Baús não ficam em corredores."
- "E-Espera! N-Não me machuque." - O baú tinha uma gosma preta, usando-o como disfarce.
- "Me convença."
- "O-O nosso chefe está no final do corredor, s-só... p-por favor deixa eu i-ir..."
Mariza suspira. - "Tá... tá bom."
O medroso baú foge ao mesmo tempo que ela sorri. - "As técnicas de mímicos estão em dia... agora vamos ver do que é capaz o chefão."
Mariza encontra no final do corredor uma sala, que parecia com uma arena. Um escuro e viscoso cavalo alado com o dobro de tamanho usando uma armadura de couro e uma maça de pedra, que encara a abelha.
- "O-Oi..." - Ela diz, congelada.
A abelha corre, voltando ao corredor e ouvindo um som forte da parede sendo batida.
Sowlp estava apertando o último botão, os fundos somem e revelam uma porta abrindo para um outro altar com uma pedra escura.
- "... O que é isso...?" - Ele tenta encostar na pedra, inspecionando-a.
A artrópode continuava correndo e desviando dos ataques do brutamonte, aparecendo um esqueleto em sua frente. - "Ah não, você agora não..." - A pedra da sua roupa brilha, enquanto põe a sua pequena adaga em sua frente. - "Zip-a Grabesti!" - Ela usa de suas forças para perfurar o esqueleto, passando por ele em um piscar de olhos.
Ela volta para a biblioteca, caindo no buraco onde Sowlp estava com segurança. - "Sowlp!"
Ele olha para trás, surpreso. - "Mariza?!"
A maça cai no buraco, a mercenária de Melrein escapa por pouco, chegando até o altar onde a mariposa estava. - "TEM UM CAVALO AQUI!"
No desespero, Sowlp tenta remover a pedra escura. - "A-Aargh! Sai logo!"
O monstro desce por completo, se aproximando da mariposa.
Sowlp consegue desprender a pedra e é jogado para trás, ficando ao lado das pernas do monstro. - "O-Oh, oh não..." - Ele se cobre, segurando a pedra.
Sowlp se treme de medo, enquanto escuta o som de gotas caindo e desmanchando no chão. Mariza desce e olha para a criatura. - "Ele está... derretendo?"
O cavalo se desmancha, caindo no chão mostrando seu real pelo. Além de se mostrar o guardião do calabouço. - "A-Aah..."
Sowlp estava paralizado e com medo, olhando para Mariza que pegou-o no último segundo, falando por ele. - "Q-Quem é você?!"
- "Mmmh... Obrigado por tirarem... aquilo..." - Ele diz, cansado.
Mariza responde. - "Ah, não há de quê... foi você quem botou aquela flecha na biblioteca por acaso?"
O cavalo tenta se levantar, falhando. - "Foram os esqueletos..."
Mariza respira profundamente. - "Okay, okay, como fazemos para sair daqui?"
"Ah, só pegar a escada pro térreo." - Ele responde de forma sucinta.
Ela fica sem graça. - "Ah."
A mariposa abre a boca. - "Eu tô vivo?"
- "Ah, antes de saírem. Eu sou Kirasus e... vocês realmente não são quem botaram esta pedra?"
- "Não... não não." - Ele nega.
A abelha começa a refletir. - "É... mas, agora que você quase derreteu, me levou a pensar sobre algo. Nós lutamos contra um de vocês, que pareciam uns slimes mais resistentes."
- "Os bandidos de mais cedo?" - Sowlp pergunta.
O pegasus afirma. - " Ah sim, eles eram bem parecidos... bem, a gente vai ficar com essa pedra." - Os dois andam até a escada e logo depois até a saída. Não tinha ninguém esperando.
- "Mas, cadê aquela aranha?" - Ele questiona.
- "Eu não ligo pra ela, tu também não deveria." - Mariza tenta aconselhar.
- "Talvez..." - Sowlp olha para o livro que ganhou na biblioteca, sorrindo. - "Eu não serei famoso, irei fazer história." - A mariposa reflete, satisfeita.
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