(**AVISO DE CONTEÚDO: Contém cenas de teor sexual e relações. É consentido, mas se não quiser ler, saibam apenas que rolou rala e rola. Proibido para menores de 18 anos.**)
Nunca me senti tanto um adolescente virgem e desengonçado. Estava apenas de meias, calça e camisa, mas meu coração batia no peito, acelerado, como se fosse a primeira vez que iria tocar em alguém. E supostamente, iria ser apenas aquilo. Deitamos lado a lado na cama. Sua camisa foi a primeira peça de roupa a ir embora. A visão era estonteante demais, seu peito levemente corado pelo frio e pela excitação, os mamilos roseados intumescidos pelo frio, sua pele se arrepiando ao toque de meus dedos.
Então eu pedi perdão a você, mas eu resolvi me aproveitar da situação.
— Vire de costas para mim — pedi.
Você me deu um olhar estranho, mas acatou o meu pedido.
Eu tinha o seu dorso nu, Jesse, ao meu contato, e podia explorar sua pele ao meu bel prazer. Ficar em silêncio foi um contrato mútuo e não escrito que foi preenchido por nós dois, porque dizer uma palavra seria quebrar o momento, quebrar o tom do que se passava ali. Sua respiração estava acelerada, como a minha, então apenas podia sentir que ele se passava com você.
Toquei com apenas as pontas dos dedos seu trapézio, sentindo as formas, e logo estava ali, a tatuagem. Dois buquês de hortênsias, com algumas pétalas flutuando, formavam uma constelação de tirar o fôlego. Um azul, e o outro rosa. Eu havia visto aquela tatuagem antes, por foto, mas presencialmente ela era ainda mais estonteante.
Tracei a tinta encravada na pele com o indicador e o dedo médio, sentindo a leveza de sua tez. Mesmo com as cicatrizes deixadas pelo desenho, a textura dela era quase uma seda. Eu não queria me conter e tocá-lo cada vez mais, mas fui calmo. Paciente. Eu tinha todo o tempo do mundo.
Desenhei cada traço, aprendendo seus contornos, quando me cansei do desenho ilustrado, passei por sua omoplata afiada, e eu senti quando se abalou. Como se pequenos choques percorressem a sua pele, todo o seu corpo tremia.
Eu me aconcheguei mais a você, nossos calores se unindo.
— Ah… — você arfou.
Movi minhas mãos, espalmando sua pélvis, sentindo seu músculo oblíquo externo se contrair. O cós de suas calças ficava próximo a ponta de meus dedos, e com uma calma que não condizia com a velocidade com a qual o sangue era bombeado para as minhas partes baixas, eu agarrei sua ereção.
As coisas se moveram bem mais rápidas, daí por diante.
Mãos afoitas desfizeram o enlace de suas calças, e você se viu livre, pulsante e sedoso em minhas mãos. Ainda assim, eu ainda queria te provocar. Fui lento, massageando a cabeça de seu pênis, sentindo como suas veias pulsavam sob meu comando, apenas para que você arfasse sob mim, que ficasse sob minha total mercê.
Você não estava disposto a ir sem lutar, no entanto.
Suas mãos começaram a explorar o meu corpo, tocando, exigindo, clamando território, e agarraram com vontade a minha bunda. Seu torso se encaixou ao meu, e com vontade, você começou a rebolar contra a minha própria ereção, sabendo exatamente o efeito que causaria em mim.
Droga, Jesse.
Eu mordi o seu ombro, e você gemeu.
— Acalme-se — alertei.
— Mais… — você implorou.
— Darei tudo o que você quiser.
E era uma promessa que eu estava disposto a cumprir.
Bombeei sua ereção, enquanto meu polegar massageava sua glande, e ouvi seu arfar se transformar em suspiros conforme eu aumentava a velocidade. Continuei a mordiscar seu pescoço, porque isso me pareceu uma atividade deveras agradável para a minha boca sedenta, e conforme você se agarrava mais a mim, parecia que eu acertara exatamente onde você mais queria.
— Ah… Alex! — você arfou, e uma chave girou em mim, abrindo a caixa de litígio ao ouvir me chamar pelo nome.
Droga, eu queria muito fazê-lo gozar em minhas mãos.
— Jesse — eu mesmo arfei, e mordi seu pescoço, e eu sabia que a marca ficaria ali por alguns dias, mas não me arrependi. Aquilo foi o necessário para que o gozo viesse, manchando a minha mão e seu estômago, seus olhos se fechando e as mãos liberando a posse.
Uma sensação de satisfação me preencheu, mesmo que eu mesmo não tivesse atingido o clímax. Mas vê-lo ali, tão entregue, Jesse… Pareceu certo. Me deu vontade de fazer aquilo mais vezes.
Você, como sempre, foi mais prático.
— Preciso me limpar.
Eu me virei na cama, e peguei alguns lencinhos que mantinha na cômoda. Você pegou alguns e limpou a sujeira, eu segui sua liderança. Depois, ficamos ali, com sua cabeça ainda apoiada em meu braço, nossos corpos ainda unidos.
— Você quer que eu faça o mesmo? — E tocou em minha ereção, que doía apertada em minhas calças.
Neguei.
— Acho que podemos ir devagar — eu disse apressado. — Não que eu não tenha gostado. Eu gostei. E muito. Mas acho que podemos…
— Ir devagar, quase parando. — Jesse sorriu. — Se for sempre assim, não me importo.
Eu apertei o nariz dele.
— Ei!
Aproximei meu rosto do seu, com a intenção de beijá-lo, mas parou minha investida segurando com as mãos minha boca.
— Não, obrigado. Isso não.
Não entendi, e ergui as sobrancelhas.
— Eu acabei de te dar um orgasmo.
— É que, para mim, de alguma forma, beijar é mais íntimo do que o que acabamos de fazer. — Eu não queria estragar o que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo, eu não queria perder uma oportunidade por estar indo rápido demais, então deixei para lá, embora minha expressão devesse ser de decepção, porque seu semblante mudou. — Alex Morris… — Você revirou os olhos. — Você é impossível.
E mordeu o lábio inferior.
— Você vai ficar? — perguntei, a esperança dançando em meus lábios, e dela, saltando para os seus; fazendo os se curvar lentamente, apesar da sua resposta demorar segundos a mais no ar.
— Sim. Eu fico.
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