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Shielders

(Parte 1) Capítulo II: A chuva que apaga…

(Parte 1) Capítulo II: A chuva que apaga…

Sep 03, 2023

Meus olhos abriam, eu estava em meu quarto, deitado em minha cama, meu corpo doía por inteiro, cada centímetro latejava e ardia como se estivesse em febre (Era capaz de até mesmo meus fios de cabelo estarem fazendo-me sentir dor), mas isso era esperado, visto os últimos acontecimentos.


As feições daquele monstro ainda estavam gravadas em minha mente, seus olhos cheios de raiva, uma lembrança a qual jamais irei esquecer, a primeira vez que acabei me encontrando com um Abyss Walker, ter saído vivo daquela luta era o maior lucro que poderia sonhar em desejar.


As recordações sobre o pós-luta ainda estavam turvas em minha cabeça, lembro de Sitra carregar-me para podermos seguir até um local que oferecesse o devido tratamento médico que necessitava no momento, contudo, após isso não consigo acessar mais memórias, apenas lembro vagamente de uma cama branca e de uma luz forte cegando-me. Logo após, acordei em casa sem nenhuma pista do que teria ocorrido, deduzi que provavelmente foi o próprio Sitra quem me trouxe, e aparentemente, nem meu pai ou mãe sabiam de minha atual condição, dado que nenhum deles invadiu meu quarto perguntando sobre o assunto (Coisa que eles certamente fariam).


Durante o restante daquele dia, as dores não estavam tão aparentes, minha locomoção estava normal e a realização de atividades básicas não era um problema, ações como mexer no celular, lavar louça e botar o lixo para fora, não eram um problema, e com algumas restrições de movimentos era possível exercê-las de forma natural, entretanto foi quando a noite caiu que meu tormento começou, meu sono foi comprometido pelas profundas, e lancinantes, dores de cabeça, como se meu cérebro pulsasse ao mesmo tempo que meu crânio era perfurado por um pino de metal, meus olhos nem mesmo tiveram a chance de piscar, salvo alguns momentos em que a dor amenizava e finalmente a possibilidade de um cochilo surgia, porém ao acordar pela manhã seguinte o cansaço era evidente.


Meu pai bateu à porta do quarto por volta das 5:00, como era costumeiro de sua rotina, porém graças à minha lábia consegui negociar alguma privacidade e pude ficar em meu quarto até por volta das 6:00, uma vez que preferi escolher repousar, para não prejudicar meu corpo ainda mais. 


Não demorou muito para que os pássaros praticamente me expulsassem da cama, bicando e cantando à minha janela, tornando obrigatório o meu despertar, um banho quente auxiliou minha mente a ter um momento de relaxamento ao mesmo tempo que minhas dores foram escoadas juntamente com a água que limpava meu corpo, fazendo com que eu saísse do banheiro com as energias renovadas, em seguida trajei meu uniforme escolar, ainda inconformado com o lenço tentando me asfixiar, e organizei o restante do meu quarto, arrumando minha cama e meus materiais de estudo, deixando o local impecável.


Todavia, antes de sair do meu quarto às dúvidas sobre o dia anterior ainda poluíam minha mente, como por exemplo, o fato de meu uniforme estar em perfeito estado, provavelmente a resposta mais aceitável para essa dúvida seria que Sitra presenteou-me com um novo uniforme, visto que em meio a batalha contra aquele abyss walker acabei rasgando e sujando o meu, isso se ele não tiver algum poder de costura mágica, se é que isso existe. 


Contudo, a dúvida que mais preocupava-me era sobre meus pais, o fato de nenhum deles ter entrado em meu quarto para checar meu estado, ou sequer perguntado, ou desconfiado, de algo, era assustador, não é costume de minha família deixar-nos isolados em nossos quartos, então somente poderiam haver algumas respostas plausíveis: 

1. Sitra apagou a mente de meus pais para que eles não suspeitassem de nada e nem lembrarem do que aconteceu quando cheguei (Como por exemplo, Sitra me carregando desmaiado até meu quarto);

2. Sitra conseguiu uma maneira de entrar em minha casa sem ninguém perceber e de alguma forma fez alguma ilusão minha chegando em casa em perfeito estado (Dessa forma enganando meus pais a pensarem que eu estava bem);

3. Sitra, de alguma maneira inexplicável, foi capaz de contar a meus pais tudo que aconteceu sem ambos entrarem em pânico (A qual eu acho menos plausível, pois seria impossível os dois não realizarem nenhum escândalo com uma notícia do tipo, principalmente minha mãe);


Por isso estou mais confiante que a resposta correta seja a qual o senhor Sitra tenha apagado a mente de todos e substituído suas memórias por uma ilusão de um dia feliz e normal.


E, ignorando esses fatos, o último ponto que me incomodava era o fato de meu pai ter me registrado na classe especial, essa dúvida martelava minha cabeça como um prego entrando em uma parede, pois como foi dito por Sitra, se ele havia me matriculado era porque sabia sobre sua existência, e isso fazia-me questionar como ele detinha tal conhecimento, entretanto esse momento não era o mais oportuno para procurar respostas, então quando o tempo perfeito surgisse eu o utilizaria. 


Cheguei à cozinha poucos instantes após terminar toda a organização em meu quarto, encontrando, com exceção de minha irmã, todos os meus familiares reunidos à mesa, sem demora sentei em uma das cadeiras livres e, logo após me acomodar, em meu prato meu pai colocava ovos mexidos vindos diretos da frigideira, a qual ainda chiava, em seu rosto uma feição de orgulho estava estampada e em seus olhos felicidade brilhava, por alguns segundos suspeitei que ele soubesse o que teria ocorrido no dia anterior, mas não creio que seria o caso, então como resposta entreguei um alegre sorriso, pois seu ânimo era contagioso e o momento era bonito.


— Como foi na escola ontem, filho?


E com esse questionamento que tive a resposta que esperava, meu pai nem mesmo soube o que ocorrera.


— Nada demais, fizeram uma introdução à escola, coisas básicas, aulas iniciais e apresentação, só. — Falei dando de ombros, inventando uma desculpa qualquer, esperando que ele fosse acreditar.

— Ah sim, coisas do primeiro ano. — Minha mãe ponderava. — Se prepare que as matérias irão ficar mais difíceis daqui para a frente.

— Eu sei mãe. — Disse, pegando um pão e o cortando ao meio com uma faca, com a intenção de recheá-lo com o ovo mexido. — Por falar nisso, Gibb vai continuar estudando comigo, então vou poder pedir ajuda quando não entender algum assunto.

— Uma boa notícia, mas não dependa apenas dele, faça por onde igualmente. — Minha mãe continuava. — Não quero ver filho meu com nota baixa.

— Eu sei, vou dar o meu máximo. 

— Desde que se saia bem na escola, está tudo bem. — Meu pai sorriu, levantando um polegar e pensando positivo.

— Querido, não seja tão liberal, tente ser mais rígido. — Minha mãe olhou para meu pai, séria. — Esse é o futuro deles.

— Eu já cobro duro deles nos treinos. — Ele sorria. — Nessa parte dos estudos quem cobra duro é você.


Minha mãe suspirava, não decepcionada, mas sim com um olhar carinhoso e um pequeno sorriso em seu rosto, como se lembrasse do porque havia casado com meu pai.


— Mesmo assim você é o pai deles, dê o exemplo.

— Tudo bem querida, eu vou tentar. — Ele olhava para mim esboçando um sorriso, eu entendia aquela mensagem, ele não conseguiria cobrar duro da gente na escola.


Com a conversa de meus pais eu continuei a montar meu sanduíche, recheando-o e começando a comê-lo, o qual estava tão delicioso que nem mesmo notei que em poucos segundos havia terminado de o comer por completo, isso bem a tempo de minha irmã passar pela porta.


— Hum! — Murmurei, terminando de mastigar o pedaço em minha boca. — Ei mana, como tá? Treinou muito hoje?

— Que nem uma desgraçada. — Ela disse, sentando ao meu lado, bufando cansada.

— O pai pegou pesado contigo? — Sorri de leve.

— Como sempre, né. — Ela sorriu de volta.

— Ei! — Meu pai levantou a voz, nos olhando surpreso, como se estivéssemos mentindo. — Eu não sou mau assim.

— Ah é sim! - Respondemos em coral.

— Inclusive, por falar em maldade. — Levantei. — Estou indo pra escola, vou me encontrar com o Gibb no caminho. 

— Ha ha, muito engraçado senhorzinho... — Falou minha mãe, visivelmente sarcástica.


Caminhei até meu pai e minha mãe, beijando e abraçando cada um deles, saindo em seguida.

— Boa sorte hoje filho. — Minha mãe falava antes de me ver fechar a porta.

— Vai nessa filhão, manda ver! — Animava meu pai, com sua força de vontade inabalável.


Deviam ser por volta das 6:15, embora não estivesse muito ligado ao horário no dia de hoje, ontem fora uma experiência grandiosa e hoje minha energia estava em seu auge, o que queria era poder compreender como esse mundo que eu acabei de entrar se move e onde a escola A.H se encaixa nesse meio, para isso eu necessitaria do auxílio e companhia de meu melhor amigo… Ainda havia muito o que descobrir sobre esse novo mundo.


Esse era, de fato, meu primeiro dia na A.H.

jonyorlando
BigJo

Creator

Depois de muitos problemas técnicos e pessoais, voltei, com meu segundo capítulo da série Shielders, obrigado por todos que viram minha obra, compartilharam e gostaram, vi que foram centenas de acessos e isso me deixou incrivelmente feliz, muito obrigado mesmo.

Enfim, espero que gostem desse capítulo também, ainda vem mais pela frente.

#Shielders #PT_BR #portuguese #slice_of_life #Fantasy #Action #magic #shonen

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gabrielcamargom
gabrielcamargom

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E é um grandioso retorno triunfal!

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