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Shielders

(Parte 6) Capítulo II: A chuva que apaga…

(Parte 6) Capítulo II: A chuva que apaga…

Sep 03, 2023

O restante do nosso tempo de almoço foi silencioso, mas assim que minha irritação passou Gibb e eu começamos a trocar algumas palavras, destarte começando a conversar sobre nossos assuntos, animes, filmes, jogos e mangás que estavam sendo lançados nessa temporada, gradualmente meu humor era recuperado, fazendo com que eu estivesse de volta ao normal.


A energia que emanava do refeitório era tranquila, como uma calmaria numa praia tropical, a quietude parecia ser infindável, até vermos, mais distante de nós, uma comoção se formando, no chão, um prato de comida estava em mil pedaços enquanto que o rapaz loiro que sentava atrás de mim encontrava-se a poucos centímetros de um outro garoto maior, o qual estava gritando e irritando o menor, que permanecia calado, fuzilando aquele a sua frente com seus olhos violetas, fixos…


Porém da distância que estávamos, podíamos escutar a confusão como se estivesse ao nosso lado...


— Oh seu merda! Você acha que é grande coisa por estar na primeira classe? Você deve ter subornado ou ser filho de alguém pra entrar, isso sim. — O maior ria, apontando seu dedo para o rosto daquele à sua frente. — Baixinho.


O loiro perdia sua paciência, havia escutado demais até aquele momento, uma de suas veias da testa saltava de raiva e ele movimentava-se, seu braço agarrava a gola e o braço daquele que estava o difamando e o jogava por cima de seu ombro, em um piscar de olhos o rapaz era arremessado no chão, com força o suficiente para o fazer gemer de dor ao bater suas costas.


— Você tem sorte de eu não poder usar mana aqui na escola seu balofo, se não você já teria morrido aí mesmo! — Exclamava o menor dos dois, visivelmente sem paciência alguma restante.

— Então é assim?! — O outro levantava-se do chão, com alguma dificuldade. — Posso ser da segunda classe, mas não vou arregar pra um lixo que nem você.

— Quer sair no soco?! — O delinquente ameaçava ir para cima, levantando seus punhos, contudo, era impedido de continuar pelos amigos do que acabava de se recompor, que ameaçavam intervir. — Então se é assim vamos fazer certo. — O rapaz sorria de forma maldosa. — Um duelo, eu proponho um duelo!


O loiro abria seus braços, quase se vangloriando, chamando ainda mais atenção para si e aquela cena.


— Hoje, na saída. — Ele proclamava. — Quero arrebentar essa tua cara feia hoje mesmo.

— Muito bem então, vou te fazer lamber meus sapatos.


O loiro sorria com aquela situação, mas logo após anunciar o duelo seu olhar era tomado por raiva, e, com os dentes rangendo, o delinquente dava passos pesados em direção a saída do refeitório, deixando para trás seu oponente e o restante de seu grupo, encarando suas costas e decidindo voltarem para sua mesa, não demorava muito para que um faxineiro aparecia para limpar a sujeira que estava no chão.


— O que foi isso? — Perguntei assustado, olhando para meu fiel amigo.

— Confusão, é isso que dá procurar briga, você arruma…


Eu e Gibb trocamos olhares, fiquei preocupado com o que poderia acontecer pelos corredores da escola enquanto não houvessem tantas pessoas em volta, bem como ficava cada vez mais entusiasmado para acumular mais conhecimento sobre esse novo mundo, que cada vez mais envolvia-me, todavia naquele momento não haveria qualquer tipo de resposta que eu poderia obter.


Passados alguns minutos o sino da escola tocava novamente, indicando que era hora para todos nós, alunos, voltassem para suas respectivas salas de aula.




O restante de nosso dia escolar foi resumido em aulas comuns, sem nenhuma briga ou agressão verbal, quanto aos assuntos ministrados nas aulas, nenhum fugiu do conhecimento geral ou comum (Como se álgebra fosse comum), talvez por ainda ser a tal primeira semana nenhuma matéria especial poderia ser aplicada a nós por conta dos duelos e possíveis alterações de classe. Algo que não fazia sentido em minha cabeça, todas as salas não deveriam ter as mesmas matérias? Ou algo mudava de uma para outra? De qualquer forma, não deveria ser assim, a qualidade de ensino deveria ser igual para todos da A.H, e não apenas para alguns, infelizmente não havia o que eu pudesse fazer além de aceitar esse fato.


Aproveitei o tempo em que as explicações da professora Elleanor eram dadas para conseguir compilar em meu cérebro todas as informações que me foram dadas pela manhã, eram tantas coisas novas que um sentimento de nervosismo atingia meu ser, como se eu estivesse prestes a pegar um vôo em um aeroporto, era preciso de tempo para conseguir processar tudo que me foi apresentado.


Gostaria que essa semana fosse menos puxada… 




Devia ser por volta das 16h quando o sino tocou, sua última badalada do dia, indicando para os alunos que o horário de aulas havia sido encerrado e era tempo de todos voltarem para suas casas, de agora em diante aquele seria o horário padrão para o encerramento das atividades escolares.


Porém, mesmo com o toque do sino, nem todos os alunos pareciam empolgados para regressarem às suas residências, em razão do duelo que todos estavam comentando, entre o delinquente loiro da minha classe e seu adversário da segunda classe, até mesmo alunos veteranos pareciam dirigir-se com a multidão para o ginásio subterrâneo, bem como alguns professores também mostravam interesse em observar tal embate.


Se fosse em outro cenário até mesmo eu estaria empolgado para presenciar o duelo, mas meu coração estava muito mais aflito com o meu próprio duelo, portanto nem mesmo dei vazão à minha vontade e resolvi que seria melhor ir para casa repousar e estar em uma melhor condição, mental e física, no dia seguinte.


A movimentação pelos corredores da classe especial estava tumultuado, a multidão que se mobilizava em direção ao ginásio tirava todo clima agradável do horário de saída, independente disso, do lado de fora o ambiente era muito mais agradável, a brisa ainda se fazia presente e o sol ainda iluminava o céu, que tinha diversas nuvens cobrindo-o, fofas e volumosas, como se fossem feitas de lã, nas ruas o trânsito começava a aumentar então era melhor apressar o passo caso fosse minha vontade chegar em casa antes do ocaso.


Como eu e Gibb morávamos próximos, seguíamos o mesmo caminho de volta para casa, o plano era que eu o deixaria em sua casa primeiro e seguiria para a minha no após.


— Hoje cedo… — Comentei enquanto andávamos. — Aquele delinquente falou que não podia usar mana na escola, isso é uma espécie de punição? Tipo um castigo? — Perguntei, aproveitando a quase inexistente movimentação à nossa volta.

— Não, essas pedras são infundidas com mana e parece que reagem como um limitador em nossos corpos, impedindo os alunos de acumular partículas de mana, consequentemente nos impedindo de usar habilidades mágicas. — Gibb dava de ombros. — Ao menos foi o que explicaram no primeiro dia.

— Hmmm… — Murmurei, ordenando meus pensamentos.


Mantemos o passo até sermos obrigados a parar em uma faixa de pedestres, aguardando o semáforo nos dar passagem, Gibb olhava em volta, como se percebesse algo em nossas costas, contudo ao repetir seu movimento não fui capaz de enxergar nada.


— Tá, mas então as pedras tem um encantamento que não nos deixa usar habilidades mágicas, certo?

— Isso.

— Então como lutamos? Ou como é feito em um duelo?

— Eu não sei como tudo funciona, mas acredito que o encantamento apenas funciona dentro das dependências da academia, dentro do ginásio e do lado de fora essa limitação não deve se aplicar, eu acho.

— Entendi… Mas, pera, os professores não usam pedras iguais às dos alunos?


Meu amigo me olhava e dava de ombros, o sinal abria e podíamos dar continuidade ao nosso trajeto.


— Posso chutar que é por causa do controle de mana deles, deve ser algo o suficiente para burlar essa regra de limitação. — Disse, empolgado.

— Ou pode ser porque a pedra deles não tem esse limitador. — Gibb complementava, destruindo minha teoria.

— Por que você tem sempre que estragar minha diversão?

— Acho engraçado. — Ele respondia com um esboço de um sorriso em seu rosto.


Continuamos nosso caminho, chegando sem muita demora a casa de Gibb, e uma vez lá despedi-me dele, depois dali poderia chegar em casa e deitar em minha adorável e macia cama, tirando um bom cochilo.


— Valeu por hoje Gibb, tu foi um ótimo guia turístico.

— Não enche.


Entreguei um sorriso para ele e levantei minha mão para um High-five, sendo correspondido.


— Desculpa pelo trabalho.

— Não tem problema, amigo é pra isso.


Gibb deu aceno de despedida e ao que me afastei seus olhos logo se voltaram para os arredores da casa, talvez estivesse verificando para saber se havia alguém por perto, ou tomando cuidado para saber se a rua estava segura (Não que em nossa cidade a criminalidade seja tão alta assim), ele tinha andado bem cauteloso durante todo nosso caminho, mas por agora ele estaria seguro, afinal estava em casa, quem deveria estar preocupado com isso era eu, quem estava do lado de fora, portanto era hora de apressar o passo e seguir em frente.


Da casa de meu amigo até a minha haviam diversos caminhos que poderiam ser escolhidos para chegar ao meu destino, todavia, por ter ciência de minha falta de senso de direção desde pequeno resolvi decorar uma única rota, assim não ocorreria de me perder, dessa forma eu tinha total controle por onde transitava, reconhecia desde as paredes cinzas até os retângulos de pedra que formavam o chão, só que isso não significava que estava confiante e relaxado, muito pelo contrário, o encontro do dia anterior havia me deixado com um certo receio, havia uma preocupação em minha cabeça de que em alguma esquina poderia haver outro monstro como aquele me aguardando, só que infelizmente ser medroso nunca foi do meu feitio, então não seria rendido por um pensamento infundamentado como esse.


Em uma das esquinas que tardei a virar, por causa de minha cautela, pude ver que meu plano de manter-me longe de confusões ia por água abaixo ao notar três figuras que não gostaria, o trio metido da A.H, as quais impediam-me de seguir em frente por estarem bloqueando todas as saídas do cruzamento, não me dando outra opção senão a de dar atenção a eles (Sorte deles que eu não sabia nenhum outro caminho para chegar em casa).


— Ora ora! Vejam, o rato correndo para o esgoto, então você mora por aqui? — Desdenhou o líder.


Suspirei fundo, buscando mais paciência, aproximando-me e mantendo uma distância segura deles, segura o suficiente para não os acertar.


— Me seguiram até aqui? — Questionei. — O que você quer? — Olhei para o líder, sabendo que essa conversa somente serviria para piorar meu dia.

— Nada, apenas vim conversar com você. — Ele sorria de forma cínica.

— Conversar? Não temos nada para conversar, o duelo que você queria está marcado, não está?

— Sim, sim, eu sei, é exatamente sobre isso que vim conversar com você.


Acabei não me contendo e soltei um leve riso.


— Resolveu desistir? — Perguntei, agora provocando-o.


Ele riu, um riso orgulhoso vindo diretamente de seu âmago.


— Não, muito pelo contrário, vim falar sobre sua desistência.


Alguns segundos se passaram até que eu pude compreender o que havia sido dito para mim, minha feição mudava para uma de dúvida.


— Como?

— Ora, é claro, como alguém como eu poderia ser visto lutando contra alguém como você? Onde já se viu um nobre mergulhar as mãos no lixo?


Um sorriso surgia no rosto daquele mauricinho, quase pedindo para ter meu punho afundando seus dentes.


— A verdade é que você deveria desistir aqui mesmo, não é sábio ficar contra alguém que já é destinado a grandeza. — O mais esguio dos três falava.

— Então viemos aqui para fazer o favor de esclarecer para você. — O mais robusto tomava a frente. — Que William não deveria ser humilhado tendo que se rebaixar a lutar contra alguém como você.

— Verdade, ele perderia feio. — Afirmei, não recuando nenhum passo.

— Como se você tivesse alguma chance. — O esguio completou. — Não vale a pena tentar dialogar com um néscio como este.


Com os olhos pude analisar o cenário em que me encontrava, aquele trio havia arquitetado aquela situação e eu havia caído em sua armadilha, o plano deles não era de me convencer e sim intimidar, eles haviam me encurralado ali para uma briga desigual, não só para conseguirem o que queriam, mas também para me humilhar, visto que caso não comparecesse à escola iria parecer que eu havia desistido, fazendo minha reputação ficar manchada como um covarde.


— Você quer tanto assim entrar na primeira classe? — Falei olhando diretamente para o líder. — Isso é o suficiente para fazer você jogar toda sua honra fora?

— Honra…Pfff! Que palavra ridícula, as pessoas apenas veem resultados, não códigos morais, se quiser posso facilitar para você, vá embora e não vá amanhã para a escola, que tal? Não sou bondoso?


Encarei aquele grupo uma última vez antes do inevitável embate, todos pareciam dispostos a lutar e fazer com que me machucasse o suficiente para não poder me levantar depois, estavam determinados apenas em ganhar, independente do que acontecesse, chegar em primeiro lugar era tudo que seus olhos conseguiam ver, só que para o azar deles, eu não me renderia.


— Muito bem, então “senhor” William. — Disse, indo até uma parede próxima e colocando minha mochila ali, encostando-a na parede. — Estou pronto para lutar.


Com minha última frase, antes daquele corredor se tornar um palco de batalha, coloquei-me em posição de combate, ajustei minha postura e estalei meus braços e pescoço, alinhando meus pés para conseguir uma base sólida e ajustando a posição dos punhos, não achei que teria de lutar tão cedo novamente, só que nesse momento a escolha não cabia a mim.


— Uma luta é quando os dois lados revidam, isso vai ser um massacre. — William fechava seu rosto e suas feições ficavam sérias, como se estivesse sentado em um trono, me olhando de cima. — Alvie! Irwin! A brincadeira acabou…

jonyorlando
BigJo

Creator

E finalmente a parte final desse capítulo, agora temos finalmente 2 capítulos inteiros para ler, sim, acabou com um baita cliffhanger, mas ainda sim, emocionante, não?

#Shielders #PT_BR #portuguese #slice_of_life #magic #Fantasy #Action #shonen

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gabrielcamargom
gabrielcamargom

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Ok, que baita Cliffhanger

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