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Parallel Universe - O universo paralelo de Kelsey Blackstar

The Bidding

The Bidding

Sep 17, 2023

A jornada na estrada continua, e a paisagem desértica parece nunca acabar. A cada hora que passa, minha mente fica mais agitada. Eu me pego olhancondo para Lohan, tentando entender as motivações por trás de suas ações. Ele é um enigma, e eu me sinto como um peão em seu jogo. Enquanto a tarde avançava já pousando a noite e a estrada estendia-se diante de nós, a viagem prosseguia, e a tensão que pairava no ar parecia quase palpável. Meu olhar fixava-se na estrada à frente, não consegui se quer dar um cochilo, enquanto o Zeppelin parecia tão imerso em seus próprios pensamentos quanto eu. O silêncio reinava no carro, interrompido apenas pelo suave ronco do motor, enquanto minha mente inquieta estava relembrando os eventos recentes e tentando decifrar os próximos passos. 
De repente, Lohan quebrou o silêncio, suas palavras soando como um rompimento no casulo de tensão que havíamos construído ao nosso redor. 

- É engraçado como a silêncio pode ser tão barulhento às vezes. - Sua observação inesperada me tirou da minha própria caixinha de pensamentos. Eu o encarei por um momento, e percebi que ele também estava lidando com sua parcela de incertezas. 
- É verdade... parece que tem tantos pensamentos brigando por espaço na minha cabeça.
- Acho que é uma característica humana, essa necessidade de preencher a silêncio com palavras. 
- Talvez... ou talvez seja só porque o silêncio pode ser desconfortável demais. - Uma sutil conexão havia se formado entre nós, uma espécie de entendimento mútuo. 
- Sabe, garoto da California... Ser raro encontrar alguém que também aprecie músicas antigas como eu. Parece que temos algo em comum além de tudo isso. - Eu assenti com o que ele dissera, sentindo um certo alívio por encontrar um tópico de conversa menos tenso. 
- É verdade. Acho que a música tinha um jeito de nos conectar quando eram cantadas e tocadas por humanos, ao invés de produzidas estritamente por inteligência artificial igual hoje em dia. 
- Exatamente! É como se essas músicas carregassem a essência de um tempo passado, e ainda assim, conseguem falar conosco no presente. - A atmosfera parecia mais leve agora, e percebi que Lohan estava genuinamente interessado em compartilhar esse momento comigo. Foi então que ele teve uma ideia um tanto surpreendente. 
- Ei, por que não colocamos algumas músicas para tocar? Eu adoraria conhecer mais das seus escolhas musicais. - O ruivo olhou pra mim entusiasmado, eu hesitei por um momento, mas acabei concordando, tirando a caixa e em seguida o fone de meus ouvidos. Talvez fosse uma forma de amenizar a tensão entre nós. 
- Claro, vamos lá. - tentei conectar o iPod ao sistema do carro, foi um pouco trabalhoso pois o sistema desse pequeno aparelho se tornou tão obsoleto agora quanto a época em que ele fora lançado. Já conseguindo a conexão e dando tudo certo, escolhi uma das minhas músicas favoritas, "Psycho Killer", e a melodia começou a encher o carro. 
- Essa ser boa, Blackstar! Você ser um dos meus! - Enquanto a música tocava, eu percebia que Lohan não só estava gostando da canção, mas também estava cantando junto. O que eu não esperava era o "grande e gélido" ruivo reagir desta forma. Assim que a música começou, ele começou a cantar sozinho, acompanhando cada palavra com entusiasmo e um sorriso que era meio contagiante. Ele estava completamente imerso na música, como se aquelas palavras e notas o transportassem para um lugar

distante. 

- Psycho killer, qu'est-ce que c'est... 
- Você conhece essa música? 
- Fa-fa-fa-fa-fa-fa-fa-fa-fa-far better... - Lohan ainda cantarolando. 
- É, parece que sim. - dou um sorriso vendo a cena. Até que a voz dele não era tão ruim no canto. 
- Ya! Essa música ter um ritmo tão cativante, ser difícil não cantar junto. Você ter bom gosto, menino Blackstar. 

Eu ainda estava um pouco tenso, mas não pude deixar de sorrir com a animação de Lohan. Enquanto ele cantava e se movia no banco, eu observava a estrada à nossa frente, pensando em como aquela experiência inesperada estava nos aproximando de alguma forma. 
- E aí, o que achou?
- Uau, eu diria que você é um ótimo cantor. O Sr. Zeppelin deveria abrir um "Von Karaokê" também. 
- Danke! Danke! Mas eu acho que a melodia da música que ser incrível. 

À medida que a melodia se desvanecia, a noite continuava escura ao nosso redor. Enquanto tentava compreender a mistura de sentimentos que aquela cena havia provocado em mim, percebi que a música tinha o poder de nos aproximar, independentemente das diferenças que nos separavam. Continuamos a escutar músicas até o momento em que o aparelho descarregou, o clima acabou por ali, fazendo ele voltar ao seu estado de coração gélido. 

[..] 
Em resumo, o trajeto até a base foi longo e desconfortável, tirando os dois minutos do Lohan sendo amigável. Há três horas, o silêncio predominava no interior do carro, exceto pelo leve zumbido do motor e o ocasional barulho da estrada. Minha mente estava a mil, repleta de pensamentos de uma ansiedade incontrolável. A noite já havia caído sobre o deserto de Nevada, e o céu estava salpicado de estrelas brilhantes. E então, finalmente vejo luzes no horizonte, a base da Von Voyage estava surgindo, a lua pairava no alto, lançando uma luz prateada sobre as grandes fortalezas da base, o brilho do luar refletia sobre as estruturas futuristas contrastando fortemente com o ambiente árido noturno ao redor, fiquei boquiaberto com o que estava vendo. A medida que nos aproximávamos, o som dos motores e o burburinho de atividades intensas preenchiam o ar seco. 
O nervosismo me consumia enquanto percorríamos a estrada que nos levava à entrada da base. Lohan estava ao volante, controlando o carro com uma auto confiança que contrastava com a minha ansiedade. Ele tentou sussurrar palavras tranquilizadoras, mas meus pensamentos estavam tão tumultuados que mal consegui absorver suas palavras. O ruivo reduziu a velocidade do veículo e, finalmente, parou diante de uma portaria externa vigiada por guardas armados. O som do motor cessou, deixando um silêncio incômodo que parecia ecoar em meus ouvidos. Lohan e eu trocamos olhares, e ele fez um gesto para que eu saísse do veículo. Deslizei para fora do carro, minhas pernas pareciam trêmulas e instáveis, ainda do resultado da briga mais cedo. Ao ficar totalmente do lado de fora do carro, o ar frio da noite me envolveu, fazendo-me estremecer involuntariamente. Eu olhei ao redor, tentando me orientar naquele novo ambiente. 
Em mais um gesto automático, coloquei a minha caixa de volta na cabeça, o guarda que estava próximo a nós notou minha ação e arqueou uma sobrancelha, claramente intrigado. Ele começou a se aproximar tentando dizer alguma coisa, mas eu estava tão absorto em minha própria ansiedade que mal consegui processar suas palavras. Olhei para Lohan em busca de alguma orientação, me sentindo como um animal encurralado. Lohan percebeu minha aflição e se aproximou do guarda, dizendo algo em alemão. A língua era estranha aos meus ouvidos, mas entendi que o ruivo estava tentando explicar a situação. O guarda olhou para mim e então assentiu, aparentemente satisfeito com a explicação de Lohan. Era evidente que Lohan estava usando seu domínio sobre a língua materna para acalmar a situação e evitar qualquer problema, eu me senti como um observador distante, incapaz de participar da conversa. Acho que quando eu voltar para casa, terei que, obrigatoriamente, começar a ter umas boas aulas de Duaslingue. Isso se eu voltar... 

Após alguns momentos, a conversa parecia chegar ao fim, e o guarda se afastou com um gesto de cabeça. Lohan voltou-se para mim. 
- Não se preocupe, Blackstar. Não precisar usar caixa, ok? Agora vamos encontrar uma "figura" e tanto antes de ir para a sala de enfermaria, só apenas seja o mais discreta possível e não chame mais atenção. - hesitei em abaixar a caixa mas ele parecia não se importar tanto. O ruivo me guiava segurando em meus ombros enquanto éramos escoltados por três guardas no caminho até a entrada principal da base. Eu reclamei sobre as algemas ainda estarem me machucando e ele respondeu que brevemente irei me livrar delas.

Nossa chegada à entrada principal foi marcada por uma barreira de segurança, onde soldados uniformizados realizavam verificações minuciosas. Os olhares curiosos que lançavam em nossa direção aumentavam meu desconforto. Notei uma certa coisa meio estranha, na minha opinião, foi não ver se quer um zkhayan nesse meio, mesmo sendo a raça que mais venera os Voyageurs. Após apresentarmos nossa identificação e recebermos autorização de entrada, seguimos por um corredor largo que levava ao interior da base. As paredes eram revestidas com painéis metálicos, e luzes brancas e frias iluminavam o caminho. À medida que avançávamos, pude observar pessoas vestindo jalecos brancos, conversando em grupos e olhando para telas repletas de informações complexas. 
Finalmente, chegamos à sala de controle. Era como entrar num centro de comando vindo diretamente de um filme de ficção científica: Monitores que exibiam dados, gráficos e informações em uma enxurrada de cores e números. No centro da sala, Wilhelm Zeppelin, o esquisitão de cabelinho chanel e terno branco, estava ali, sentado em uma cadeira giratória, sua postura era rígida e seu olhar parecia penetrante, ele estava absorto em seu trabalho, examinando documentos em seu tablet. Lohan e eu adentramos a sala, e a presença de Wilhelm imediatamente dirigiu sua atenção para nós dois. O ruivo dá um suspiro de desprezo ao ver o irmão rodando em sua cadeira enquanto analisava alguns dados, a rotação para e de canto o irmão mais velho encara o mais novo. 
- Ah, du bist es! Olha que maravilha! Se não é o meu maravilhoso irmãozinho prodígio, Finalmente decidiu dar as caras depois de três longos anos de ausência. - Wilhelm rangia os dentes ao pronunciar essas palavras, ele dá um mata leão em Lohan e bagunça seu cabelo com o punho enquanto o ruivo dava tapinhas em seu braço pra aliviar a força. 

- Também não senti sua falta, depp - Disse Lohan ao se afastar do irmão massageando seu pescoço. A troca de interação entre os irmãos revelou uma mistura dinâmica de sarcasmos e um certo desprezo mútuo. 

- Der Volldepp! - Presenciei ambos os irmãos trocando xingamentos em alemão sem entender nada, eu gostaria que fosse algum tipo de rivalidade amigável mas eles claramente estavam dispostos a arrancar um pedaço um do outro, ao verem que estavam pegando pesado demais começam a rir mostrando um leve e estranho companheirismo, Wilhelm deu tapinhas nas costas em meio às suas gargalhadas enquanto Lock dava estranhas risadas, como se ele não fosse acostumado a isso. 
- Eu tinha um missão importante, du weißt es. 
- Ah, sim, a "brincadeirinha" de encontrar o Remini da estrelinha negra. Uma lenda que muitos acreditavam ser apenas uma história. - Wilhelm retruca, erguendo uma sobrancelha 
- Eu a encontrei, Wilhelm. Ele está aqui comigo. - Um tanto presunçoso, o ruivo menor fala apontando para mim, que timidamente me apresento com um aceno. 
- Oi... eu sou K-Kelsey... - O olhar do ruivo de dois metros de altura sendo lançado diretamente para minha pessoa me intimidou por completo. Wilhelm arregala os olhos, incrédulo com a minha presença, se pondera até que levanta a caixa de minha cabeça. 
- Estrela negra? - O Zeppelin mais-velho brinca com os meus olhos, ainda desconfiado, tenta "apagar" a marca da estrela esfregando seus dedos nela. Com as mãos, arregala os meus pares de olhos dourados, talvez imaginando que sejam apenas lentes, uma reação típica. Mexe em meus cabelos naturalmente azuis, e por final, pinça com os dedos casaco, ligeiramente analisando cada pin contido ali. - Você fede. 
- O que vocês pretendem fazer comigo? - Fiquei levemente deprimido com o comentário negativo e seu olhar de desprezo lançado. 
- Não se preocupe, Blackstar. Meu irmã pode ser um tanta sarcástico, mas ele ser uma homem de palavra. - dando tapinhas nas minhas costas - Vim aqui para finalizar aquele acordo, Wilhelm. Eu tenho algo que vocês querem, o Blackstar. E vocês ter algo que eu querer, a liberdade do piloto Olivera. O aposentem de seu cargo em WIRES e retirem a dispositivo explosivo implantado na sua cabeça. Eu quero a total liberdade dele em troca do Blackstar em sua lugar. 

Wilhelm franze a testa, analisando a proposta de Lohan. Não parecia confiar sobre esta informação, muito menos aceitar o fato de que eu sou o Blackstar. Comecei a suar frio novamente só de ouvir e lembrar o propósito do qual fui literalmente sequestrado até aqui. 

- Hum, e como eu posso ter certeza de que você realmente tem o Blackstar e não um mendigo de cosplay? Faz ele soltar a Remini aqui e agora, volldepp! 
- Ele ser real, Wilhelm. Eu vi ele agindo com as meus próprios olhos! Ele ser muito poderoso! Não poder usar seus habilidades gratuitamente assim. Por favor, acredite. Du weißt nicht, wie viel ich geopfert habe, um dich zu finden! - o ruivo menor fica furioso com o desdenho de seu irmão, que parece refletir por um momento antes de finalmente dar uma resposta. 

- Está bem, pare de pirraça. Vamos terminar o acordo. Vou providenciar a remoção do dispositivo da cabeça do Wires depois de testar esse tal Blackstar. Mas saiba que o pai está a caminho da base, e ele não ficará feliz com essa situação. Você também não sabe o quanto isso vai afetar o departamento de marketing e dos merchans que o Wires produz! 

- Estou ciente das consequências, meu irmã. Irei cuidar disso por conta propria. 
- Claro, claro. E quem diria que meu irmãozinho antisocial se importaria tanto com um Remini. Also das ist also der berühmte Blackstar, der den Platz deines Freundes Wires stehlen wird, huh? Ich glaube nicht, dass er darüber auch glücklich sein wird! Veremos o que o pai tem a dizer sobre essa situação toda. - Os dois irmãos se encaram, não faço a mínima ideia das palavras que ele acabara de soltar, mas Lohan aparenta está se contendo para não sujar suas mãos no rosto sardento e intocável de Wilhelm, que o encara com um sorriso de desprezo. 

Ainda sofrendo das dores do ocorrido no trem, acabei-me desestabilizando e caindo no chão, chamando toda atenção de Lohan, que me dá suporte e coloca seu braço em volta de mim cuidadosamente. Eu agradeço pela ajuda e o ruivo responde apenas com um aceno na cabeça, voltando a direcionar seu olhar para o mais-velho. 

- E só para deixar claro, eu não ter amigos, Wilhelm. Apenas penso de forma racional sobre certas coisas discutíveis deste recinto. - Lohan se vira para sair da sala junto comigo, Wilhelm solta uma risada sarcástica para o que acabara de presenciar. O ruivo me guia pelos corredoes até a enfermaria. O lugar é bem equipado, com macas e equipamentos médicos avançados para atender possíveis emergências depois das missões interplanetárias. 

- Vamos, Blackstar, você precisa descansar um pouca. Um médica irá cuidar dessas ferimentos agora mesmo. Estarei esperando lá fora para levá-lo ao refeitório depois.
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shiro bolo

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