Sábado, 30 de janeiro, 19:23 horas da noite.
Se passou uma semana desde o seu último encontro com o alfa, por isso Enarê se sente ansioso e solitário sem a sua campainha, as breves ligações e mensagens so aumentam a saudade que ambos sentem.
Sua última esperança era encontrá-lo no fim de semana,
mas Yohan está ocupado demais com os assuntos do hospital. Então Enarê é obrigado a passar à tarde inteira entregue a sua arte, tentando esquecer o quanto se sente sozinho naquela casa.
Ao anoitecer o ômega recolhe seus pincéis, tintas e telas, guarda tudo e se apressa em fazer o jantar, um estômago cheio iria ajudá-lo a se sentir melhor. Enquanto põe os ingredientes sobre o balcão da cozinha, ouve seu celular tocar e ao revisar suas mensagens ele abre um lindo e largo sorriso.
*Mensagens de texto*
19:45 horas da noite.
Surgiu um imprevisto e meu compromisso foi adiado, gostaria de te ver.
Você já jantou ?
Ainda não.
Ótimo, podemos jantar juntos, tem algo que gostaria de comer ?
Risoto de cevada com cogumelos.
Chego em 40 minutos!
*Fim das mensagens*
Enarê fica super animado ao ler aquelas mensagens, de repente seu dia havia se tornado muito melhor, sem falar do seu humor que muda rapidamente. Ele se apressa e deixa tudo arrumado, toma banho e espera ansiosamente até que o alfa chegue, e antes do esperado Yohan já estava em frente ao seu prédio.
Algum tempo depois o alfa bate em sua porta e no mesmo instante o coração do ômega começa a palpitar e suas mãos tremem como se fosse a primeira vez.
- Trouxe vinho também! - Yohan diz ao ver o ômega e sorri enquanto ergue as sacolas em suas mãos. Enarê o encara por alguns segundos e se da conta do quanto ele parece cansado, o alfa teve um dia tão ruim quanto o seu.
- Entra, pode deixar tudo na bancada! - Yohan entra e segue em direção a bancada da cozinha, deixa suas sacolas sobre ela e suspira.
- Você parece cansado, tem certeza de que não quer ir para casa ? - Enarê o encara com um olhar de culpa e se sente um pouco envergonhado, mas o alfa apenas sorri e o abraça de uma forma reconfortante.
- Eu queria te ver... - ele sussurra e beija o topo de sua cabeça. Enarê o abraça com força e respira fundo, procurando a segurança que somente o aroma dos seus feromônios proporciona.
- Vamos comer! - Yohan se afasta e encara seu rosto, que estava vermelho como um morango e isso o faz rir, ele sempre achava isso adorável.
Após pôr a mesa e servir o jantar, o alfa se senta ao lado de Enarê na pequena mesa de sua cozinha e enquanto come, o observa se deliciando com a comida.
- É bom ? - Yohan estende sua mão e limpa o canto de sua boca, o ômega recua e fica corado novamente.
- S-sim! - sua voz vacilante e tímida o faz sorrir.
- Tem algo em mente ? - Yohan diz enquanto enxuga suas mãos após ter lavado os pratos, Enarê o encara com um sorriso astuto e ergue a garrafa de vinho que ainda estava cheia.
- Eu pensei a mesma coisa! - o alfa ri e se senta novamente, serve um pouco de vinho para o ômega e também um pouco para si.
- Beba devagar. - Enarê sorri com o seu conselho, mas o ignora e bebe um gole do delicioso vinho.
- Por que isso é tão bom ? Não consigo parar! - o ômega da risada enquanto Yohan apenas o observa.
- Algum problema ? - Enarê pergunta um pouco hesitante. O alfa estende sua mão direita em direção ao seu rosto e o acaricia devagar, deslizando a ponta dos seus dedos suavemente pelo local. Em seguida ele se aproxima e o beija, um beijo quente e apaixonado onde suas línguas se movem seguindo o ritmo que já conhecem bem.
- Você é tão lindo que eu não consigo resistir... - o alfa sussurra e o beija novamente até que ambos estejam ofegantes. O corpo do ômega reage quase que imediatamente aos seus toques e acaba deixando escapar um pouco dos seus feromônios, logo Yohan percebe e se afasta.
- Ainda não consegue controlar ? - ele cobre seu nariz com a mão e luta com todas as suas forças para se manter sobre controle.
- Me desculpe, isso incomoda você ? - ao dizer aquelas palavras o ômega desvia seu olhar para o chão e se sente culpado, a expressão no rosto do alfa parecia com a de alguém enojado.
- Não! Não é isso! - Yohan se levanta e se ajoelha em frente ao ômega. O peso de suas palavras rasga o seu peito.
- É difícil segurar quando se trata de você, não quero te machucar! - Enarê desvia seu olhar para os olhos do alfa e tenta buscar conforto, mas não consegue. Ele odiava ser um ômega e se o Yohan odiasse isso também, seria demais para ele.
- Você não gosta do meu cheiro ? - o alfa arregala seus olhos e se da conta de que havia causado um grande mau entendido.
- Eu fiz você pensar isso ? - Enarê balança sua cabeça concordando.
- Eu sinto muito, não foi minha intenção! - Yohan ergue sua mão direita em direção a nuca do ômega e o puxa para mais perto, beija sua testa e o abraça.
- Eu amo absolutamente tudo sobre você Enarê! - o ômega o segura com mais força e novamente seus feromônios são liberados, agora o alfa estava em seu limite. Yohan o pega em seu colo e caminha em direção ao quarto, o coloca sobre a cama e se inclina sobre ele.
- Podemos fazer isso ?
- Sim. - Enarê sorri e toca levemente o rosto do alfa, também estava em seu limite.
Deitado ao seu lado, Enarê o observa enquanto ele dorme tranquilamente? se perguntando o porquê ele agia assim.
- Você parece curioso, tem algo que queira perguntar ? - o ômega se assusta e fica corado, Yohan abre seus olhos e sorri como se estivesse satisfeito por deixá-lo tão envergonhado.
- Por que não gosta de feromônios ? - ele questiona um pouco inseguro, com medo de sua resposta.
- Eu não odeio feromônios, apenas não sou como os outros alfas. Apesar de ser um dominante não consigo reagir ao cheiro dos ômegas. - Enarê estava um pouco confuso ao ouvir aquilo, um alfa que não reage corretamente aos feromônios com certeza era algo inusitado.
- O problema não é você. - o alfa o segura com força e se aconchega ao seu lado.
- Obrigado por me dizer! - Enarê sussurra e entende que já é hora de esquecer aquele assunto.
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